Mariana Cabral, a nossa coordenadora da formação no Futebol Feminino e treinadora das juniores e equipa B, é jornalista de longa data e, desta vez, novamente para o Expresso, entrevista José Boto, homem que chegou a colaborar com Aurélio Pereira e que, depois de ter criado um departamento de scouting no benfic@, ruma à Ucrânia para trabalhar com Paulo Fonseca.
Vale a pena aproveitar a manhã de domingo para mergulhar num tema onde, como tantas vezes aqui dito, o Sporting precisa de investir seriamente.
Se calhar se lhes perguntares ainda vão dizer que não têm dinheiro, mas penso que é um erro pensarem assim, porque um departamento de scouting ajuda o clube a poupar dinheiro. Ajuda-te a não comprares mal, a comprares segundo aquilo que o treinador quer… E os gastos também não são assim tão grandes como as pessoas possam pensar. Aliás, Portugal é talvez o único país da Europa que tem alguma importância no futebol e em que há equipas que estão na 1ª divisão e não têm gabinetes de scouting.
Quero ser scout. O que faço?
[risos] Eh pá, essa é a pergunta que mais me fazem. Todos os dias recebo mensagens com isso e é muito difícil responder. Se alguém quer ser treinador, pronto, vai tirar o curso. Se quer scout, já é mais complicado, embora já haja aí alguns cursos, mas que não são garante de nada, nem te dão qualquer habilitação específica para seres scout. Há um deles que pelo menos dá uns estágios, que é normalmente aquilo que aconselho às pessoas, porque assim pelo menos já entram no meio. Claro que isso não é garantia de nada, até porque é um meio onde os clubes procuram gente com experiência e com muito networking, que é algo fundamental nisto. Não é um mundo fácil onde entrar.
É preciso experiência prática, mas é difícil tê-la.
Sim, não dá para tê-la sem trabalhares nisto. Como é óbvio, há sempre que começar por algum lado. Normalmente se os clubes tiverem de escolher entre uma pessoa nova, que nunca fez isto na vida, por mais boas ideias que tenha, e entre uma pessoa que tenha experiência prática, normalmente preferem a pessoa com experiência prática, porque o scouting tem muito a ver com a experiência que vais adquirindo ao longo do tempo e com o networking, que te permite chegar mais rápido e de forma mais fácil às coisas. Embora em Portugal também não haja muitas pessoas com experiência – se calhar até é dos países onde é mais fácil para pessoas que não têm experiência na área entrarem num clube.
E antes disso também é preciso ter um bom entendimento do jogo?
Convém ter [risos]. Embora a observação de jogadores seja um pouco diferente da observação normal de um treinador ou de um observador, que quer ver os comportamentos da equipa. Aqui tens de partir um bocadinho o jogo, tentar tirar o jogador daquilo que é o contexto tático da equipa, para tentares perceber o que o jogador vale e o que podes transferir para a tua equipa, para aquilo que tu procuras. Portanto, não podes olhar tanto para os comportamentos táticos do jogador, porque esses são muitas vezes condicionados por aquilo que o treinador lhe pede. Tens de tentar perceber o jogador naquilo que é seu, embora isto não seja uma coisa linear, como é óbvio. Os jogadores também são muito daquilo que os treinadores lhes vão dando, não é?
Quando vais ver um jogador ao estádio, qual é a primeira coisa que tentas ver?
Normalmente aquela malta mais antiga – e eu também já sou um bocado dessa malta [risos] – costuma dizer que se vê logo qualquer coisa no pisar do jogador, na forma como se movimenta. Muitas vezes isso tem importância, porque hoje em dia olhas para muitos jogadores que parecem robôs, não só a andar, mas na coordenação motora que têm. Se reparares, aqueles jogadores que têm mais talento têm até uma forma de andar diferente. Mas é óbvio que não é por aí que olhamos [risos]. O que me chama mais a atenção num jogador é a relação que tem com a bola e depois o entendimento do jogo, se é inteligente, se entende a movimentação dos adversários, dos colegas… Isso é que são as coisas que me saltam mais à vista. Acredito que haja pessoas que olham para outro tipo de características para as quais não olho e não dou importância, mas para mim estas duas são as mais importantes.
Quando estás a ver um jogo com outros dez scouts, veem coisas diferentes no mesmo jogador?
Sim, completamente. Nós chegamos a estar rodeados por 70 ou 80 scouts nos torneios, como no Europeu sub-19 que esteve a decorrer agora, por exemplo. Se fores lá ver, metade da bancada estava cheia de scouts. É óbvio que as pessoas olham para o jogo e para o jogador de formas completamente diferentes. Aquilo que te parece bem a ti, a outro já não parece tão bem. Depois também depende muitos dos campeonatos. Se falares com um scout francês ou inglês, olham para um determinado tipo de coisas…
O poderio físico?
Exatamente. Nós às vezes até costumamos brincar com os scouts ingleses, o jogo ainda nem começou e nós já começamos a dizer quais é que eles vão achar que são os melhores jogadores – os mais altos e os mais fortes. Fazemos isto na brincadeira, claro, e eles aceitam perfeitamente, porque realmente dão muita importância a esse tipo de coisas. Agora já mudou um bocadinho, até porque o [Manchester] City já quebrou alguns tabus que havia, mas, se falares com um scout inglês, normalmente a parte física conta muito.
Ingleses e franceses são assim – e depois como divides o resto da Europa?
Sim, os franceses também olham muito para isso, mas depois também depende um bocadinho do clube, porque há clubes que são diferentes, mesmo dentro de campeonatos que têm determinadas tendências. Por exemplo, em Espanha preferem jogadores inteligentes, tecnicamente evoluídos, que se associem bem uns com os outros, mas dentro do campeonato espanhol também há um ou dois clubes que não pensam isso, pensam de forma diferente. Agora, no geral, os ingleses e franceses são os que olham mais para as questões físicas, para o tamanho, para a agressividade…
Portugueses e espanhóis olham mais para a técnica?
Os espanhóis. Os portugueses já não digo tanto. Depende muito do clube e das pessoas. Acho que não nos podemos comparar aos espanhóis nisso.
Utilizando este Europeu sub-19 como exemplo, normalmente estarias lá como scout do Benfica. Quem seriam os outros clubes portugueses representados?
Normalmente éramos poucos. Era o Benfica, o FC Porto, o Sporting e o Braga. Ponto. Nos últimos anos, o Benfica marcou em presença em tudo o que era competição internacional “grande”, ou seja, desde os Europeus de sub-17 até aos Mundiais de sub-20. O FC Porto também esteve sempre presente. O Sporting tem alturas em que esteve presente e outras em que desapareceu um bocado. O Braga nos últimos anos também tem trabalhado bem nesta área e é natural vermos scouts do Braga nas grandes competições.
Faltam scouts nos outros clubes portugueses porque ainda não perceberam a importância do cargo ou porque não querem gastar dinheiro?
Se calhar se lhes perguntares ainda vão dizer que não têm dinheiro, mas penso que é um erro pensarem assim, porque um departamento de scouting ajuda o clube a poupar dinheiro. Ajuda-te a não comprares mal, a comprares segundo aquilo que o treinador quer… E os gastos também não são assim tão grandes como as pessoas possam pensar. Aliás, Portugal é talvez o único país da Europa que tem alguma importância no futebol e em que há equipas que estão na 1ª divisão e não têm gabinetes de scouting. Acredito que até possam ter alguém que veja isso por vídeo, mas não têm scouts presentes nos estádios regularmente. Se fores a Espanha, tanto os clubes da 1ª divisão como da 2ª divisão têm scouts nos estádios, na Alemanha também, Itália, França, a própria Holanda… Todos os clubes têm gabinetes de scouting. Em Portugal, tirando estes quatro clubes, não se vê ninguém. Nos estádios não estão.
Qual é a diferença de recursos entre o Benfica e os clubes europeus?
Nestes onze anos que passei no Benfica tive a sorte de contactar com muita gente e conhecer os gabinetes de scouting de praticamente todos os clubes. É óbvio que os clubes em Portugal, não só o Benfica, em termos de recursos, se compararmos com os ingleses… Eh pá, se te disser que o Manchester tem 40 e tal scouts e o Benfica tem quatro ou cinco, acho que dá para perceber que há uma diferença muito grande. Mas, se organizares bem um departamento de scouting, não precisas de ter muita gente, nem sequer precisas de ter gastos astronómicos, como se calhar as pessoas pensam que tem. Não me parece realmente que os gastos sejam uma desculpa para não ter um gabinete de scouting, porque isso vai ajudar-te a poupar. A diferença entre acertares e errares num jogador é essa. Ou teres um conhecimento mais profundo sobre o jogador. Claro que tenho ideia como se faz scouting em alguns clubes: é um empresário que fala de um jogador, dá-se uma vistas de olhos e pronto. Não é a melhor forma de se conhecer um jogador.
Quando chegaste ao Benfica, em 2007, já havia departamento de scouting?
Não. Quando entrei foi precisamente para começarmos a criar o departamento. Nessa altura o scouting era basicamente feito pelo treinador e nos moldes em que te estava a dizer, com os agentes a entregarem vídeos dos jogadores..
O best of de…
[risos] Exatamente, aqueles highlights em que os gajos marcavam o mesmo golo cinco vezes. Era um bocado assim. Na altura em que entrei, nós criámos o departamento e começámos a fazer muita observação in loco, porque também não havia as tecnologias que existe hoje.
Antes de entrares lá, que experiência tinhas em scouting?
Fui treinador e enquanto treinava já fazia algumas colaborações com o Sporting, com o Aurélio Pereira. A minha experiência era essa, no futebol juvenil. Enquanto treinador ia vendo alguns jogadores e ia indicando ao Sporting. Depois, quando fui para o Alverca, já fazia um scouting mais sério, para a equipa profissional, indo ver jogadores ao vivo ou vendo DVDs que nos enviavam.
Há uma grande diferença entre ver um jogador ao vivo e ver num DVD?
Faz alguma diferença. Quando queres observar um jogador, principalmente no que diz respeito aos comportamentos sem bola, num jogo televisionado, seja num DVD ou através dos vários softwares que há hoje em dia, Wyscout ou InStat, não consegues ver esse tipo de coisas, porque normalmente a câmara acompanha o centro do jogo. Ao vivo consegues perceber tudo.
A transição de treinador para scout foi fácil?
Não foi muito fácil. Não só pela mudança na forma como tinha de começar a olhar o jogo, mas também na falta do contacto diário com o treino – tudo isso custou um bocado. Mas passado um ano ou dois já me tinha esquecido [risos].
Na época em que entras no Benfica, o treinador era o Fernando Santos…
[interrompe] Até te digo mais: o treinador era o Fernando Santos, eu vou ao Brasil ver uns jogadores e quando volto a Portugal já era o Camacho [risos].
Que tipo de relação tem um departamento de scouting com o treinador?
Isso depende muito da estrutura do clube. Há clubes onde a proximidade é grande. Por exemplo, agora no Shakhtar, a proximidade entre o treinador e o diretor de scouting é grande. Mas há outros clubes onde há uma distância maior, porque existe um perfil de jogador que não é do treinador, é do clube, e nós reportamos mais à SAD do clube do que ao treinador. É óbvio que há sempre relação entre o treinador e o scouting, mas o nível de proximidade depende muito do clube.
No Benfica não havia tanta proximidade com o treinador?
Não era uma relação tão próxima. Havendo reuniões com o treinador, não era um contacto diário. Tínhamos um perfil de jogador bem definido pela administração da SAD e era o que buscávamos, independentemente do treinador. Depois, claro que tentávamos adaptar algumas coisas àquilo que eram as ideias do treinador.
Normalmente vês quantos jogos de um jogador antes de contratá-lo?
Depende muito.
Há um mínimo indispensável?
Não. Quando eles são muito bons não precisas de ver muito e quando eles são muito maus também não. Olhas para eles e vês logo [risos].
Há algum que tenhas visto e pensado logo à primeira “temos de ter este”?
Sim, posso dar-te um exemplo de um jogador que depois até nem singrou muito, mas que aqui teve uma época excelente. Não foi preciso ver muito, vi só um jogo dele ao vivo e fiquei logo encantado com o que vi. Depois ainda vi mais uma ou duas vezes, até porque na altura já tínhamos o Wyscout, mas foi mesmo só por descargo de consciência, porque sabia que aquilo que tinha visto já me chegava perfeitamente. Era o [Lazar] Markovic.
É engraçado, porque ele chega, faz uma grande época…
[interrompe] É vendido e sai.
E depois volta a Portugal, para o Sporting, e passa algo despercebido.
Isso é complicado, mas é um tema interessante. Em Portugal… quer dizer, não é só em Portugal, é em toda a Europa, temos a mania de dizer logo “aquele jogador foi um flop”. Mas isso muitas vezes não tem a ver com a qualidade do jogador, tem a ver com os contextos em que os jogadores são inseridos e principalmente com uma coisa que para mim é fundamental, que é a confiança do jogador. É o treinador que tem de lhe dar essa confiança, porque ele do clube já tem a confiança, porque foi contratado. Mas depois é o treinador que o mete a jogar ou não. E normalmente quando os jogadores sentem essa confiança por parte do treinador têm um rendimento sempre superior a outro que não sente essa confiança, porque se um jogador sente que o treinador não confia muito nele, cada vez que vai jogar, vai jogar sobre brasas, porque quer mostrar que tem valor. Temos casos como o Markovic, que chega aqui e tem um rendimento excelente e depois a partir daí a carreira dele foi a pique. Para mim, não é por falta de qualidade, são contextos. Se calhar os contextos para onde ele foi não foram os melhores para ele. Mas também acontece o contrário: há jogadores que chegam aqui e não têm a confiança dos treinadores mas depois saem daqui e conseguem. Estou a lembrar-me, por exemplo, do Cristante e Jovic, jogadores que chegaram aqui muito jovens e que as pessoas rotularam logo de flops, porque não começaram logo a jogar. Depois eles vão perdendo confiança e a partir daí é muito difícil terem um rendimento bom e mostrarem aquilo que as pessoas viram neles.
Esses dois casos que mencionaste foram as tuas maiores desilusões?
Não digo que sejam desilusões, porque eles acabam por dar, não é? Tanto o Cristante como o Jovic. Em termos daquilo que observei, não considero que sejam uma desilusão, porque estão a dar agora. Mas há um jogador que para mim foi uma desilusão: o [Filip] Djuricic. Foi um jogador em que eu, pronto, não só eu, mas nós todos apostávamos muito, depois de tudo o que tínhamos visto nele. Tínhamos a ideia de que ia ser um craque e depois não foi. Nem neste contexto nem em mais nenhum. E quando assim é também serve de reflexão.
Mas não dá para perceber ou dá?
Não é fácil, sinceramente. Tentamos perceber, mas é difícil. Agora, quando os jogadores não dão aqui e não dão noutro sítio, aí sim é preocupante.
Quer dizer, na tua perspetiva não é preocupante, porque então a culpa é dele.
Sim, mas se calhar nós devíamos ter percebido isso antes.
Quando vais ver um jogador, só podes saber como ele é até determinado ponto ou também tentas saber coisas sobre a vida pessoal, por exemplo?
Essa é outra questão importante. As pessoas acham isso, mas não percebem bem como se trabalha hoje em dia e o que é o negócio do futebol moderno. Se calhar acham que devíamos ter um conhecimento profundo daquilo que é a vida pessoal e a parte psicológica dos jogadores, mas isso é completamente impossível nos dias de hoje. Tu para perceberes isso tens de te aproximar do jogador e se fizeres isso estás a dar indícios de que estás interessado e isso às vezes é a diferença entre pagares €1 milhão ou €5 milhões. Há pessoas que às vezes me dizem: “Mas não eram bom fazerem uma entrevista ao jogador, para perceberem a parte psicológica?” Era, mas isso é impossível. É como vê-lo treinar. Hoje é inconcebível tu conseguires ver um treino de uma equipa, porque os treinos são todos fechados. O que consegues – e agora voltamos ao início, porque é por isso que muitas vezes os clubes preferem ter pessoas com boas redes de contactos – é perguntar a alguém da equipa técnica ou a alguém próximo como é que ele é no treino, como é a vida pessoal… Mas é sempre informação obtida através de terceiros, não és tu que estás ali a ver em primeira mão, porque isso é impossível.
No início, quando ainda não tinham sido feitos muitos negócios de sucesso, como é que explicavas a alguém que ele tinha mesmo de contratar aquele jogador?
Isso é sempre uma questão de confiança, que se põe a toda a gente que trabalha nesta área, até ao Monchi [risos]. Quando mudas de um contexto onde estás inserido, onde as pessoas já têm confiança em ti, para outro diferente, é natural que tenhas de mostrar serviço e normalmente até teres uma prova de sucesso há sempre alguma desconfiança. No Benfica, como é óbvio, ao princípio havia alguma desconfiança, mas a partir do momento em que houve algumas situações que resultaram bem, não só desportivamente mas financeiramente, a confiança obviamente cresceu e depois já não era preciso explicar tanto por que razão é que aquele jogador era bom ou não. Tudo isso depende também muito da visão do clube, se quer jogadores só para o rendimento desportivo ou se também quer valorizá-los mais tarde.
Numa conferência em que te ouvi a relatar algumas experiências, disseste que tinhas visto o Eden Hazard com 16 anos. É difícil contratar um rapaz de 16 anos?
Isso aí é que é mais difícil. Porque vês que há um jogador que tem um talento enorme, mas também sei que é difícil convencer um presidente a pagar um balúrdio por um miúdo de 16 anos que, por um lado, não está pronto para jogar na equipa principal, mas por outro lado sabes que se não o fores buscar naquela altura nunca mais o vais conseguir ir buscar. E esse é hoje o grande desafio dos clubes – não daqueles clubes que podem pagar €60 milhões pelo Vinicius ou pelo Rodrygo, brasileiros com 17 anos, como fez o Real Madrid agora. Nós sabemos que há jogadores que só dá para ir buscar naquele momento, só que naquele momento eles ainda não estão prontos para jogar na equipa principal e não estando prontos para jogar na equipa principal corres sempre o risco da imprensa e do público achar que são flops: “Então para que é que pagaste €10 milhões por um miúdo de 16 anos que não joga na equipa principal?” Mas se não pagares naquela altura, passa um ano e já não consegues ir buscá-lo. Dou-te o exemplo do Rodrygo, o miúdo do Santos que o Real Madrid comprou por €60 milhões. Um miúdo que nasceu em 2001, atenção. 2001. Esse miúdo, para teres uma ideia, em novembro do ano passado custava €15 milhões. O que, para um miúdo de 2001, já é muito dinheiro, não é? E tu convenceres alguém que tem de pagar €15 milhões por um miúdo de 2001 é complicado. E quando convences, passado um mês ou dois, se calhar esse jogador já custa €60 milhões.
Iam buscar o Rodrygo?
[risos] Falou-se disso. Mas percebo que pagar €15 milhões por um miúdo que na altura até tinha 16 anos… Tu dizes assim: este miúdo chega aqui e joga na equipa do Benfica? Ou do Sporting ou do FC Porto, tanto faz. Com 16 anos, não sei. Pode dar ou não dar, o treinador pode ter medo de pô-lo a jogar e depois pagas €15 milhões por um jogador que passado uns meses toda a gente começa a dizer que foi um flop porque não joga.
E a partir do momento em que entra um clube como o Real Madrid na corrida, já não há hipótese?
Não. Ou os clubes ingleses, por exemplo. Por isso é que no scouting em Portugal tens de ser muito rápido e tens de correr riscos. Porque se queres ter a certeza… O caso do Rodrygo é um bom exemplo. Ele era um miúdo que jogava na equipa sub-20 do Santos e ali já vias que ele tinha muita qualidade. Mas quando é que tens a certeza que aquele miúdo realmente pode jogar a um nível mais elevado? Quando ele começa a jogar na equipa principal do Santos. A jogar e a fazer a diferença. Tu aí percebes claramente, mas aí percebes tu e já perceberam todos os clubes do mundo [risos]. Aqui a questão que se coloca é tu correres o risco na altura exata, pelos valores que são. O caso, por exemplo, do Jovic ou do Zivkovic, para falar de jogadores que vieram para o Benfica, são assim: ou ias buscar naquela altura ou então se deixasses passar mais algum tempo o valor deles ia aumentar. Depois o que é que acontece: chegam aqui e são muito novos e às vezes a adaptação não corre como se esperava. Se calhar não estão prontos ainda para jogar a um nível principal e depois lá está: “Eh pá, este é um flop”. Tenho muitas dúvidas de que o Jovic não venha a ser um dos melhores pontas de lança do mundo.
Tem muito a ver com essa pressão de se catalogar logo de flop?
Um bocado. Acho que às vezes a gestão que é feita dos jogadores – e aí não sei se a culpa é dos clubes, se é do entorno do jogador ou da própria comunicação social – não é boa, porque se eleva as expetativas para patamares demasiado altos e isso faz com que os adeptos fiquem à espera que um jogador de 18 anos chegue aqui e seja o melhor marcador da Liga portuguesa. Depois não é e é logo um flop. Por outro lado, também tens outra coisa em que os clubes portugueses têm uma desvantagem muito grande em relação aos outros clubes: o projeto que podes apresentar a um jogador destes. Ou seja, normalmente quando estamos a falar deste tipo de jogadores, que são jogadores internacionais, que os clubes já os viram nos Europeus ou Mundiais, quando vais falar com um jogador desses, normalmente ele já tem proposta de algum clube inglês ou alemão, por isso o projeto que tu lhes apresentas não pode ser… Deixa-me dar um exemplo que é mais fácil para as pessoas perceberem: o Jovic quando chegou ao Benfica era júnior. Já jogava na equipa sénior do Estrela Vermelha e já havia vários clubes alemães interessados nele, que lhe davam um projeto de equipa B, com alguma projeção para a equipa A, com salários muitos mais elevados do que aqueles que nós podíamos pagar. Então, como é que tu consegues convencer um jogador destes? Dando-lhe um projeto de equipa A. Só que muitas vezes eles não estão preparados para isso e quando chegam à equipa A… E depois quando os baixas para uma equipa B a motivação deles também vai abaixo, porque não era isso que eles esperavam. “Se fosse para ir para a equipa B tinha ido para o Dortmund”, por exemplo. Isso depois afeta muito o rendimento deles em campo.
É muito solitário ser scout?
Sim. É solitário porque passas muito tempo longe da família e dos amigos.
Não há dias nem horários?
Não. Vives em hotéis e em aeroportos, a maior parte das vezes sozinho. Por outro lado, é provavelmente a profissão no futebol na qual as pessoas mais se ajudam. Não há rivalidades entre scouts de vários clubes. Damo-nos bem e quando estamos em sítios juntos acabamos por ser a companhia uns dos outros. Mas não deixa de ser uma profissão solitária, porque nunca tens aquele dia normal em que sabes que às sete da tarde sais e vais ter com a tua família. Passas muito tempo longe e vais quase sempre sozinho, viajas sozinho, almoças e jantas sozinho…
E nem sempre corre bem.
Ah, isso então éne vezes. Estás sempre fora do teu meio, da tua zona de conforto, com carros alugados, em sítios para onde nunca foste na vida, então isso normalmente proporciona-te sempre aventuras engraçadas. Por exemplo, uma vez voei para Paris e depois fiz 300 km propositadamente para ir ver um jogador a Nantes. Cheguei lá e ele estava a aquecer. Fui beber um café e quando voltei o jogador já não estava lá. E eu penso: “Onde é que está o único jogador que vinha ver?” Lesionou-se no aquecimento [risos]. E depois voltas a fazer 300km para Paris para no outro dia apanhares o avião e foi uma viagem perdida, basicamente. Há colegas meus a quem isso aconteceu na Argentina, o que é bem pior [risos]. São coisas que nós não controlamos, obviamente. Outra coisa que me costuma acontecer, por dormir tantas noites em hotéis diferentes, é, às tantas, já não me lembrar do número do meu quarto. Já me aconteceu ir pôr a chave num número de um quarto que era o do hotel anterior e aparecer-me uma pessoa a abrir a porta para saber o que se passa [risos].
Esse tipo de questões são incontroláveis, mas se formos pensar bem nisto, um scout não consegue controlar praticamente nada. Mesmo que acredites que um jogador é muito bom, não és tu que decides se ele é contratado, e mesmo que seja contratado, não controlas a adaptação dele e não controlas se será utilizado ou não.
Sim, sim, é uma incógnita muito grande, porque a maior parte dos fatores não depende de ti, são fatores externos que não controlas. A contratação depende sempre de alguém que está acima de ti, mesmo que a palavra final seja tua em termos desportivos, mas depois há sempre a parte financeira. Depois, mesmo que seja contratado, não és tu que o vais pôr a jogar, é o treinador. E depois ainda há a questão da adaptação a um país diferente. É verdade que é uma profissão em que controlas muito pouco, a não ser a ideia que tens sobre a qualidade – ou não – do jogador.
Nestes últimos anos, começou a falar-se mais do scouting do Benfica, por ter acertado uma série de negócios.
[risos] Começou-se a falar muito, principalmente a nível internacional, principalmente pela forma agressiva como estávamos no mercado, porque chegávamos mais rápido do que os outros – ainda os outros estavam a ver e já nós os tínhamos contratado. E depois é claro que teve muito a ver com os preços pelos quais vendíamos os jogadores. Houve realmente uma altura em que tinha colegas scouts que me diziam assim: “Eh pá, nós fomos todos chamados pelo chefe a perguntar porque é que não vimos este jogador que o Benfica viu e agora vamos ter de pagar três ou quatro vezes mais por ele”. [risos] Isso tem a ver com a agressividade com que os clubes portugueses – e aí não é só o Benfica, porque houve uma altura em que o FC Porto também trabalhava muito bem – se movimentam no mercado. Também porque se não for assim, de forma agressiva, depois não têm hipótese nenhuma. Sendo Portugal um país que até nem tem muita tradição no scouting, porque como já te disse há quatro clubes com scouting, a verdade é que os clubes que o tinham, neste caso mais o Benfica e o FC Porto, acabaram por ter uma visibilidade internacional muito grande, o que permite que os scouts portugueses sejam requisitados e saiam para clubes estrangeiros, como é o meu caso agora. Se falares e andares no meio, vais perceber que um scout inglês, por exemplo, demora muito tempo a tomar uma decisão e os portugueses são muito mais rápidos, com os riscos que isso acarreta, claro, para o bem e para o mal. Não precisamos de ver tantas vezes e não temos tantas dúvidas sobre o valor dos jogadores.
Achas que isso acontece porquê?
Acho que também tem a ver com questões culturais, porque nós somos mais desenrascados e achamos sempre que sabemos as coisas primeiro do que os outros.
Se calhar os ingleses também se focam mais em questões de análise quantitativa do que qualitativa?
Sim, eles também trabalham muito com isso. Mas pronto, sempre foram assim, são muito indecisos. Os jogadores têm sempre todos defeitos. Costumo dizer que quanto mais vês um jogador, mais defeitos ele tem. Porque é natural. Tu olhas para o Messi e consegues arranjar-lhe defeitos – e é o melhor jogador do mundo – e o mesmo para o Ronaldo. E eles são muito assim: olham, olham, olham, tudo ao pormenor, depois muita gente a ver, depois opiniões diversas e depois não avançam para a contratação. E depois o que é que acaba por acontecer? Chegam os últimos dias do mercado e os ingleses compram qualquer coisa [risos].
Como podem pagar…
Sim, também tem muito a ver com isso. Têm um poder económico completamente diferente. O Fulham recentemente pagou €20 milhões por um jogador e o Fulham acabou de subir à Premier League. Eles têm essa facilidade, o que lhes permite também demorarem mais tempo e comprarem mais tarde. Mas o que me faz confusão neles é que ponderam muito e depois acabam por comprar pior.
Já começaste a trabalhar no Shakhtar Donetsk?
Sim.
Em termos financeiros tem mais poder do que o Benfica?
Sim, mas também tem targets diferentes. Ainda estou um bocado a perceber o clube, porque entrei há pouco tempo…
Mas já percebeste que vais ver muito Brasileirão, porque contratam muitos brasileiros.
[risos] Sim. Mas eles contrataram-me também para terem uma abrangência maior no scouting e organizarem melhor o departamento, com base de dados, para ser um clube sempre presente em tudo o que são grandes competições, tal como o Benfica estava. É óbvio que por uma questão de tradição, por algo que tem funcionado bem, o mercado brasileiro é prioritário. Se olharmos para aquilo que era agora a seleção brasileira, tinha dois jogadores que jogavam no Shakhtar e mais três que já tinham passado antes pelo Shakhtar: o Fernandinho, o Willian e o Douglas Costa. Portanto, num universo de 23 jogadores ter cinco internacionais que passaram pelo Shakhtar é um sinal de que se tem trabalhado bem nesse mercado.
Isso acontece porque é um mercado barato e com muito talento bruto?
Não é tão barato assim, porque os jogadores talentosos agora saem por €60 milhões [risos]. Mas o Shakhtar é uma boa porta de entrada para os brasileiros, assim como foi há uns anos Portugal. O clube está na Europa, tem um bom nível, joga na Champions League e isso é apelativo para um jogador. Se calhar o Shakhtar é mais apelativo para um jogador brasileiro do que para um jogador português, por exemplo.
Gostas de ver os jogos brasileiros?
Gosto, porque é talvez dos poucos sítios onde o talento ainda se sobrepõe a tudo. Os jogos são um bocadinho anárquicos em termos táticos…
É mais fácil observar um jogador assim?
É, é, porque tu vês aquilo que o jogador vale. Como o jogo não é muito controlado pelos treinadores, felizmente, tu consegues ver o jogador naquilo que é natural dele: o entendimento que ele tem do jogo, a sua qualidade técnica, as decisões que toma, que não são padronizadas, são mais o que lhe sai da cabeça… E é por isso que são um produtor de talentos como não há mais nenhum no mundo.
Na altura em que o Jorge Jesus foi para o Sporting, falou-se que ele te tinha convidado para o acompanhares. Foi assim?
Prefiro não responder. Isso são coisas que já passaram, já estão no passado.
E agora antes de anunciares que ias para o Shakhar falou-se no interesse do Manchester United.
Não, ninguém falou comigo sobre isso. Se calhar também é importante esclarecer bem isto, porque na última assembleia geral do Benfica até confrontaram o presidente com a minha saída: a decisão de sair foi minha e foi apresentada ao presidente quando já estava tomada. E queria também dizer, para que as pessoas o saibam, que o presidente, mais do que ter sido meu presidente durante estes 11 anos, é também um amigo. Portanto, quando falei com ele e apresentei a minha decisão já não havia volta a dar, porque tinha a ver com a minha vontade de sair de Portugal e experimentar outros desafios. E também tinha a ver com a possibilidade de poder trabalhar com um treinador que, em termos daquilo que são as ideias de jogo, se aproxima mais de mim – ou melhor, eu é que me aproximo mais dele – do que com os outros treinadores com quem trabalhei até agora. E também teve a ver com o projeto do clube e com a forma como mo apresentaram, através do CEO do Shakhtar, Sergey Palkin, que é uma pessoa espetacular. Quando ele me apresentou o projeto, fiquei logo apaixonado. Portanto, quando falei com o presidente, já era uma decisão tomada, não era uma questão de dinheiro, nem nada que se pareça, porque não havia mais dinheiro que me fizesse ficar. O presidente tentou demover-me, mas depois também percebeu as minhas razões para querer mudar de ares e continuamos amigos.
Gostas das ideias do Paulo Fonseca?
Sim, em termos daquilo que é a sua ideia de jogo, ele é, para mim, dos melhores treinadores portugueses – talvez o melhor mesmo. O que é diferente de ser o melhor treinador português ou não, isso já é outra coisa. O melhor treinador é aquele que ganha. É a única forma que tens de ver isso. O gajo que ganha é melhor do que o gajo que perde, pronto. Mas depois há uma questão de gosto e daquilo em que tu acreditas, e nisso o Paulo é, para mim, o melhor treinador português, porque tem uma maneira de jogar com a qual eu me identifico.
Então não gostas muito das ideias de Rui Vitória e Jorge Jesus.
São treinadores com os seus méritos, como é óbvio, mas em termos daquilo que é a ideia de jogo, estou muito mais próximo do Paulo do que qualquer treinador que tenha passado pelo Benfica desde que lá entrei.
Estavas a dizer que o melhor treinador é sempre aquele que ganha. E o melhor scout?
É difícil dizer. Se calhar é aquele que acerta mais vezes. Mas como o acertar mais vezes não depende de ti… Imagina isto: tu aconselhaste dez jogadores a um clube médio da Europa. Nenhum desses dez jogadores deu no teu clube, mas os dez deram no City, no Liverpool, etc, depois de terem saído do teu clube. Então e agora? Como é que tu valorizas o scout? Podes sempre olhar para isto de duas formas: o scout não é bom porque não percebe o que o clube dele precisa ou então é muito bom porque foi buscar jogadores de qualidade que depois têm uma projeção muito maior.
Quando falei com o Gilles Grimandi, chief scout do Arsenal, ele disse que tu eras um dos melhores do mundo.
O Grimandi é um gajo porreiro [risos]. É uma pessoa que tem uma experiência enorme, com muitos anos de scouting, sempre como braço direito do Wenger. Se calhar o trabalho dele também era mais fácil porque conhecia perfeitamente o Wenger e sabia perfeitamente o que ele queria. Se calhar o Grimandi disse isso muito pela tal rapidez de decisão. Em 11 anos já vimos éne jogadores a aparecerem e acertámos em muitos. Como o Hazard, que vimos com 16 anos e achámos que ia ser top mundial – e depois se ele realmente chega lá isso também te dá um certo reconhecimento por parte dos colegas. Às vezes há casos em que há colegas têm dúvidas e eu atravessava-me logo por eles e dizia que aquele ia dar, e depois se dava…
Por exemplo?
O Courtois e o De Bruyne, por exemplo. Vi-os ainda muito novos, na altura em que saltaram dos juniores para a equipa principal do Genk e ainda não eram titulares. Alguns colegas na altura tinham dúvidas, porque o De Bruyne era muito mole, não tinha intensidade e não sei quê, mas pronto, isso é normal, às vezes achamos umas coisas e às vezes outras.
Mas dá para apontar uma lista de melhores scouts do mundo, como se faz com os treinadores?
Acho que não. Tens é pessoas que são muito experientes na área e que conseguem ter uma flexibilidade grande para perceber o que os treinadores e os clubes querem, e que também têm uma capacidade para dirigir bem os departamentos de scouting, rodeando-se das pessoas certas. Se calhar é mais fácil dizeres o que é um bom chief scout do que um bom scout. Porque um scout também depende muito… Não vou dizer o nome dele, mas tenho um amigo meu que trabalhava para um clube francês de nomeada e ele dizia-me: “Eu não sou scout, eu sou fazedor de relatórios. Eu faço relatórios e depois ninguém os lê”. [risos] Assim nunca sabes se essa pessoa é boa ou não, porque ninguém a ouve. Há clubes onde realmente isso se passa, há scouts mas depois ninguém lhes liga muito.
Temos agora um mês de mercado pela frente. O que te parece que os clubes portugueses podem conseguir?
Acho que, nesta altura, com o mercado em plena ebulição, o que os clubes portugueses normalmente conseguem, como têm provado nos últimos anos, são alguns jogadores que são mais-valias para a nossa liga, já com bons CVs, com experiência, e que não estão a dar e são descartados por clubes maiores. O foco é mais esse, já ninguém vai ao mercado agora para ir buscar um jovem de futuro, porque isso já houve o ano todo para ver. É altura de os clubes ficarem atentos, porque às vezes as coisas aparecem. Por exemplo, tenho uma história gira que acho que as pessoas não sabem, sobre o Aimar. Eu e o Rui Costa adorávamos o Aimar. E houve uma altura em que lhe disse: “Ó Rui, olha que o Saragoça está para descer”. E ele: “Eh pá, se calhar é uma boa altura para tentarmos o Aimar”. E então todos os domingos trocávamos mensagens a festejar as derrotas do Saragoça [risos]. Coitados deles, mas nós estávamos a torcer para que perdessem e descessem de divisão, para depois irmos buscar o Aimar. Portanto, aqui nem é uma questão de scouting, é uma questão de perceber as oportunidades e isso também acaba por fazer parte de um gabinete. Se perceberes que um jogador vai deixar de ter espaço num sítio, podes atacar essa oportunidade, no momento certo.
Pois, ia dizer-te que se calhar neste mês um scout até nem tem muito para fazer, mas pelos vistos até tem, numa outra perspetiva.
Pois, isto depende sempre dos clubes. No meu caso, no Benfica e no Shakhtar, nós avaliamos aquilo que são as oportunidades que surgem no mercado. Se nos dizem que há a possibilidade de contratar determinado jogador, temos de ver se vale a pena ou não. Ou seja, não podemos tirar férias nesta altura. Um scout que tire férias nesta altura é porque não tem muita importância no clube [risos].
Quando tira férias então?
Em setembro, quando fechar o mercado.
E no dia 31 de agosto…
[interrompe] Quando está toda a gente a bombar. Isso é uma estupidez, uma coisa criada para vender. As pessoas fazem do dia 31 a loucura total e depois não conseguem uma contratação por dez segundos… Acho que isso revela pouco profissionalismo dos clubes, porque tens dois meses, quer dizer, tens um ano inteiro para fazer as coisas. Acredito que há oportunidades que surgem nesta altura, até porque há um clube à espera de contratar um jogador para depois libertar outro e tu ficas à espera disso, mas depois não percebo essa loucura: “Faltam 20 minutos para fechar o mercado!” [risos]
Das contratações que temos visto neste mercado em Portugal, quem destacas?
Acho que o Estoril – e estamos a falar de um clube da 2ª divisão, atenção – foi buscar um jogador, o [Renat] Dadashov, que é um ponta de lança que pode ser um dos melhores pontas de lança da Europa, desde que o clube consiga que ele se centre naquilo que ele deve fazer, que é jogar futebol. Ele foi titular nas seleções jovens da Alemanha e entretanto decidiu mudar para o Azerbaijão, porque o pai é do Azerbaijão, e esteve no RB Leipzig e no Frankfurt. É conhecido por ter um feitio especial [risos], mas se conseguir moldar aquele feitio pode ser um caso sério, por isso acho que é um jogador que se deve seguir com muita atenção. Assim de repente é dele que me lembro, dos menos evidentes. Não vale a pena estar aqui a falar do Ferreyra, que já toda a gente conhece.
Há jogadores que andamos a desaproveitar?
Há alguns jogadores que acho que têm qualidade para mais e tenho alguma pena por ainda não terem dado, se calhar os treinadores também não souberam retiraram o máximo deles. Lembro-me do Francisco Geraldes, que para mim tem um potencial e um talento incríveis, e do próprio Podence também. Para mim, estes dois jogadores já deviam estar num patamar acima daquele em que estão.
Dos óbvios não vale a pena falar, porque toda a gente vê, mas quem é te deixou uma boa impressão no Mundial? Ou o Mundial não é sequer um bom sítio para ver seja o que for?
Pois, acho que o Mundial não é um sítio nada bom para ver jogadores. Primeiro, porque é uma competição muito específica. Depois, porque os jogadores chegam em condições físicas e psicológicas até algo debilitadas, porque estão fartos de estágios e de uma época inteira, portanto o Mundial às vezes até é mais uma chatice e não os vês na sua plenitude. Por outro lado, se não conheces os jogadores que chegam a um Mundial, então não conheces ninguém [risos]. Agora, das seleções menos óbvias, das que acompanhamos menos as Ligas, houve um jogador que me surpreendeu bastante, embora já o conhecesse antes: o Arzani, da Austrália. Acho que é um jogador que daqui a uns anos pode estar noutro patamar.
É engraçado, porque ele sempre que entrava, entrava bem, mas não chegou a ser titular.
Acho que as seleções muitas vezes têm pouco a ver com a qualidade do jogador e mais com o peso que ele tem no grupo. E se calhar o jogador que jogava ali tinha peso no grupo e não dava para encostar, por exemplo. Porque ele cada vez que entrava mostrava qualidade acima da média da seleção dele.
Gostavas de ser scout, por exemplo, no Real Madrid, onde podes comprar tudo o que te apetecer?
Bom, mas o Real Madrid até é dos clubes que anda a trabalhar bem no scouting. Tudo o que é bom jogador espanhol eles têm conseguido e estão a ter mais talento do que o Barcelona.
Porque veem antes ou porque pagam mais?
Pois, aí é que já não sei. A capacidade financeira obviamente sabemos que têm. Pagar €60 milhões por um jogador de 2001, que ainda nem pode vir para a Europa porque tem de fazer 18 anos… Agora, que eles estão a ir buscar o talento, tanto espanhol como brasileiro, isso estão.
Mas a minha pergunta era mais no sentido…
Eu percebo, é: “Então quer o Ronaldo ou quer o Messi?” Acho que não me dava gozo fazer isso. Para tomar esse tipo de decisões acho que os clubes nem precisam de scouts. É perguntar ao treinador: “Prefere o Ronaldo ou o Messi?” E depois compram o que querem.
5 Agosto, 2018 at 9:19
Francisco Geraldes….
5 Agosto, 2018 at 10:08
Comissão de Gestão…
5 Agosto, 2018 at 10:42
Moreirense… Rio Ave…
5 Agosto, 2018 at 12:55
Comissão de Gestão…
5 Agosto, 2018 at 13:00
Se vamos por aí … temos Fátima e Cercle e depois … pegou, ele e mais uma serie.
Muda-se o paradigma ou mudou-se apenas pelos interesses de alguns?? Não é preciso responder.
Volto a dizer e eu que nem sou particularmente fan da aposta forte na formação, se existe época que seria bom apostar nos jovens da formação, seria esta, tal como aconteceu na primeira época de BdC, e estavam vários jovens no ponto, depois de cumprirem a via sacra, Xico, Guald,Dala,Duarte,Palhinha, se ia dar certo, já não posso responder.
Posso dizer é que, mudas as coisas sobretudo por causa do futebol, e acredito que esta cena da aposta nos jovens da formação era um dos aspectos mais criticáveis e que muitos exigiam mudanças, nada fazer, é agora desculpável com um mero encolher de ombros e com exemplos do “antigamente”
5 Agosto, 2018 at 13:29
Eu não sou pela aposta na formação. Sou pela aposta no melhor que há disponível. Havendo talento em casa, não faz sentido comprar.
Qualquer aposta tem risco, mas qual a lógica de emprestar um xico porque tem de crescer, e depois levar com naturalidade com as Tretas de um sul-americano porque este precisa de tempo para se adaptar?
Empresta-se um iuri, encostado, e passa-se o ano a chorar porque não há opções (ao mesmo tempo que se enfia um Bruno César à direita).
Das duas uma: ou realmente o talento e mentalidade destes miúdos é menor do que pensamos, ou há muito favor a pagar. Só assim se explica o entulho que anualmente aterra em Alvalade, pré e pós JJ, e pré BdC.
5 Agosto, 2018 at 13:47
Estamos de acordo, se há qualidade é para ficar no plantel e lutar pelo seu espaço se apenas há potencial é “despachar” salvaguardando tudo o que for possível em termos de interesses do clube caso se concretize uma evolução positiva.
A minha questão é que se o CD destituído era criticado por validar o monte de entulho que chegou ao clube, as ultimas semanas indiciam que as coisas não parecem ter mudado. Se era criticável antes, mais o será agora, quando se muda espera-se sempre que seja para mudar o que está errado.
Por outro lado, os constrangimentos financeiros que resultam já da elevada folha salarial que existia agora agravados pela ausência das receitas da UCL, tal como no primeiro ano de BdC, este ano deveria ser também uma época para aproveitar ao máximo o resultado da formação.
5 Agosto, 2018 at 16:00
E mesmo assim, parece que não se pagaram os favores necessários…
5 Agosto, 2018 at 13:10
Tens razão Nuno. Mas se o Rio Ave já era questionável…
Olha, salsichas
5 Agosto, 2018 at 10:05
Este cabrão é bom
5 Agosto, 2018 at 12:37
É. E não o soubemos potencializar. Aliás, o scouting no Sporting está muito longe daquilo que se imagina. Vejamos, um exemplo, Gelson Dala e Ary Papel, estavam a ser cobiçados por clubes de nomeada (franceses, belgas e Ingleses) e vieram parar ao Sporting por carolice de algumas pessoas.
Não está em causa o talento dos jogadores e aquilo que fazem no momento, a minha questão é, como é que um clube como o Sporting não tem capacidade para:
1/ observar e elaborar relatórios técnicos de dois jovens, dos mais promissores do continente africano;
2/ mesmo depois de alertados npor sportinguistas, como é que aceitam um potencial negócio se os atletas atingirem determinados números;
3/ e mesmo depois de todos os entraves ainda tem que ser esses sportinguistas (só com vínculo emocional aí clube) a convencerem os jogadores da melhor opção a tomar.
Outro exemplo:
O melhor jogador africano de 2002 é Congolês, vai jogar no Anderlecht em breve, o City já o referenciou, mas poderia ser do Sporting se tivessemos um departamento organizado e funcional. Obviamente o presidente em fevereiro não poderia tomar a opção somente numa indicação pessoal, mas a recomendação já lá estava, numa qualquer gaveta, há vários meses…
Enfim. Estamos mesmo atrasados neste campo.
SL
5 Agosto, 2018 at 13:21
Temos Sportinguistas espalhados pelo mundo. Não deveria ser assim tão complicado nem tão dispendioso desenvolver uma rede.
Mesmo residindo no estrangeiro, eu não poderia ajudar porque sou daqueles que acha o Palhinha melhor que o Battaglia. Mas certamente há quem tenha conhecimentos para isso.
5 Agosto, 2018 at 13:46
Importante o que disseste ! Quando estive la fora propus me a fazer scounting uma vez que via miudos com muito talento nesses paises. So precisava de um sim e de linha orientadora nada mais. Nao recebi qualquer resposta ! Era tempo que poderia ter oferecido ao clube!
5 Agosto, 2018 at 15:19
Propuseste a quem?
5 Agosto, 2018 at 13:43
Isto aqui é verdade que o Sir Bobby diz.
Tendo ainda por cima ligações aos PALOPs mais fácil ainda é fazer isto.
E não esquecer que o talento dos jogadores acaba por ser potenciado pela qualidade e profissionalismo de treino que cá temos.
5 Agosto, 2018 at 10:08
Está entrevista vem na série de outros indicadores que demonstram que algo não vai bem no Reino do Leão há já muito tempo, seja na academia onde claramente nos estamos a deixar ultrapassar pelos concorrentes directos e até deixar outros aproximarem-se perigosamente, seja na SAD, onde algum amadorismo inexplicável continua a existir.
Aqui não podemos pôr as culpas a ninguém em particular, são problemas que se arrastam por anos e anos de má gestão, de falta de organização e de pouca visão do futuro, ainda que por vezes com um voluntarismo pouco profissional e centralizado na figura do presidente e de uma ou duas pessoas da sua confiança.
Uma organização como o Sporting em todas as suas vertentes não pode ser governado como um supermercado de bairro, como uma pequena empresa onde o dono ou gestor tem que decidir tudo e mais alguma coisa.
O Sporting é uma organização enorme que engloba algumas empresas e tem de ser gerido profissionalmente, não pode estar dependente das crises de direção ou das birras de qualquer decidir de ocasião. Tem que ter uma estrutura profissional estável e montada em todas as vertentes da sua actividade, o Scouting é apenas uma delas.
Por muito que nos custe , temos de fazer uma autoanálise e exigir aos novos candidatos e às suas equipas que se preocupem mais com isso do que andar a discutir problemas de treta. O clube é e deve ser sempre mais importante do que as pessoas que estão à sua frente.
5 Agosto, 2018 at 10:42
De treta em treta, No final o Xintra que decida 😉
5 Agosto, 2018 at 10:44
E qual foi o candidato que apresentou a proposta mais profissional, detalhada e moderna?
5 Agosto, 2018 at 11:48
João Benedito terá, até agora, apresentado a proposta mais detalhada e mais articulada com todos os outros factores determinantes para as condições do sucesso da formação e da seu papel e importância na estrutura do Futebol profissional e das Modalidades
Saudações leoninas
5 Agosto, 2018 at 15:57
É o que penso também e agora com o CV fora da equação, pelos vistos, só falta fazer um screning aos nomes que o podem acompanhar e apoiar….ah uma merda de um organograma!!!
SL
PS E pessoalmente nem tenho grande empatia ou simpatia por ele…
5 Agosto, 2018 at 10:13
Scouting = dominio da materia prima a baixo custo
Complementado com um bom enquadramento tecnico, pedagocio e psicologico permite potenciar o talento que é detectado …
Desde o inicio do mandato de Godinho Lopes ( com o nao pagamento dos valores à rede de scouting em portugal ) ate ao mandato de BC em que a exigencia de vitorias para esconder o menor talento existente nas diversas equipas levou a que perdessemos a lideranca deste sector.
No ultimo ano a aposta em Academias Sporting de proximidade ( Algarve, coimbra, aveiro, porto e braga ) demos um passo muito importante para recuperar o atraso actual.
Mas muito ha a fazer em termos de RH tecnicos e outros no nosso departamento de futebol de formacao.
SL
5 Agosto, 2018 at 10:38
Preocupante. Ele dá a entender que até o Braga está à frente do Sporting neste domínio. Basicamente dependemos de empresários e DVDs. Só assim se consegue entender malta como o Tanaka. E mesmo assim…
5 Agosto, 2018 at 10:54
Então não está?! Claramente!
O Braga não está nada dependente de empresários… Nem é o JM que manda em tudo o que entra e sai de Braga nem nada…
5 Agosto, 2018 at 10:50
Era interessante saber como alguns jogadores chegaram ao Sporting.
Videos, observação ou pedidos expressos do treinador baseados na sua BD?
Convém dizer que no mercado de hoje, há jogadores comprados, mas também há aqueles que são apenas vendidos.
A questão psicológica tem de ser considerada, se é bom profissional, se faz bom balneário, etc. Ele dá o exemplo do Markovic como vítima das circunstâncias, mas parece um tipo que, por já estar bem montado num contrato, está-se nas tintas.
5 Agosto, 2018 at 11:01
Não vi ninguém contratar melhor que nós no ano passado… E mesmo nos outros…
Com um scouting do crl e andam a contratar Waris e Douglas e outros que tais. E a pagar 23M por uma pérola como o Gimenez…
O scouting é uma área interessante mas que depende muito depois do que se faz com os jogadores. Há poucos clubes com realmente um bom scouting e a grande maioria estão agarrados a empresários…
O Real não tem scouting. O Real tem dinheiro. Se tivesse um scouting minimamente bom não andava a pagar 60M por putos… Pagava 5 quando eles ainda não eram ninguém…
5 Agosto, 2018 at 11:02
Em PT ninguém tem um scouting particularmente bom… Os 3 grandes estão ao mesmo nível…
5 Agosto, 2018 at 11:49
Não é verdade. O scouting dos lamps é forte.
Nós andamos a ver um puto meses. Qd está quase fechado aparece um lamp e paga ao pai. Segue para o Seixal.
Imbatível.
5 Agosto, 2018 at 12:24
Estás a falar de formação ou de equipa principal? Eu estou a falar da equipa principal que é o que trata o texto. É aí o scouting deles é uma merda…
E mesmo nesse caso o que eles têm fortíssimo não é o scouting… É dinheiro. Não descobrem pérolas onde mais ninguém vê. São capazes é de pagar mais…
5 Agosto, 2018 at 12:48
Se comprar as ostras quase todas que aparecem no mercado e natural que apareçam mais pérolas.
Chamar a isso scouting … alias e como diz o Tiago, ainda não vi nenhuma equipa deles com meia dúzia de jogadores formados no clube, no Sporting tivemos isso durante anos e só não continuamos a ter … porque, enfim, é outra discussão.
5 Agosto, 2018 at 15:18
Sim, formação.
Conheço dois casos… e se te disser que os pais aceitaram 500€ é no mínimo preocupante.
Um joga, o outro deixou a bola.
5 Agosto, 2018 at 15:25
Assensio, Lucas Vásquez….
5 Agosto, 2018 at 11:46
Na parte que nos toca… Podence e geraldes já deviam estar noutro patamar, disse aí o (alegado) mestre de scouting.
Se comprassemos bons jogadores em barda, até percebia. Não é preciso perceber muito de bola para perceber que essa dupla, por exemplo, já pelo menos há dois anos que devia ter oportunidades com regularidade. Ponto assente, quero que o anão se foda.
Fizeram uma bela meia época (tentar não ser exaustivo, que o potencial saltava a vista), regressaram e foram encostados pelo merdas do JJ. Para jogarem gajos sem futuro e nem mesmo presente.
Podes ter o melhor Scout do mundo, mas se a política desportiva não for adequada, de nada serve.
A nossa melhor estratégia é focar na academia, ter planos sustentados para os melhores, acompanhamento próximo e oportunidades sustentadas e progressivas (quando vender x, aposto em y), e investir de forma criteriosa no mercado. 3 ou 4 bons jogadores, sem grande margem de erro. Dinheiro bem investido, em vez de dinheiro mal gasto em catálogos duvidosos da silhueta season de verano. Planos desportivos atirados ao lixo por um qualquer mankovic contratado as 24h00 de um qualquer 31 de agosto, não é, definitivamente, a melhor política desportiva para nós.
Importante controlar os timings das vendas, para não ter jogadores contrariados e já ter uma alternativa trabalhada e ambientada as exigências da primeira equipa.
Não temos dinheiro para um jogador com o talento, classe e inteligência de Geraldes. Ainda por cima barato e identificado com o clube. O que fazemos? Emprestamos no penúltimo ano de contrato. Tem tudo para correr mal. Ao mesmo tempo que sustentamos jogadores que custam, no minimo, 1 milhão por ano só em salários (para trás já acarretaram investimento na contratação) que não oferecem garantia de rendimento desportivo ou valorização financeira. Não faz sentido.
5 Agosto, 2018 at 12:24
Passa tudo muito pelo que dizes. O scout vale 0 se o teu treinador não souber usar a informação prestada.
Mais do que nunca precisamos de estabilidade. Um presidente para uns bons anos e um treinador que saiba que primeiro olha para a Academia e só depois para o mercado internacional. Contratar com critério para complementar o talento dos jovens formados.
Podemos demorar mais uns anos sem vencer mas criamos sustentabilidade e inevitavelmente sucesso
5 Agosto, 2018 at 12:28
Com os candidatos á presidencia do Sporting, então estamos todos mais descansados…o treinador tb…
Abraçoi de Leão
5 Agosto, 2018 at 13:25
É mais fácil “despachar a prata da casa” do que justificar porque razão é que se vai despachar uma contratação.
5 Agosto, 2018 at 11:58
Alguém sabe qual a razão para o Bruno ter-se afastado por motivos pessoais e inadiáveis das ações da sua “suposta” candidatura?
Terá a ver com a caixinha que aparece hoje no CM? Que o homem mudou completamente desde que se meteu com a criatura disso ninguém duvida, mas agora que o homem está sozinho e abandonado ela dá-lhe uma facada destas? Mais uma traidora e esta sim uma verdadeira Judas. Os apelidos estão trocados, devíamos ter uma Elsa Ornelas e um Joana Judas.
Existem 4 anos e tal bons do Bruno e depois existem uns meses do pior que poderia ser imaginado . Façam as contas e vejam a partir de quando o Bruno mudou de companhia…
5 Agosto, 2018 at 12:26
Pregunta estupiudas, como tudoi o que escreves. “Pessoal”—- vai ao dicionario e ve o significado…escusas de fayer (tantas) vezes figura de urso.. que de Leão tens “0”.
Preocupate c o teu cintra torres e o incendiario. Gente de merda mais do teu nivel.
5 Agosto, 2018 at 13:44
Nem contra nem a favor … uma mulher pode em 3 anos foder a vida a um homem.
Não estou a dizer que sim nem que não.
Mas nunca nos podemos atravessar neste assunto.
5 Agosto, 2018 at 13:07
Foda-se
5 Agosto, 2018 at 13:26
As coisas começaram a “cair a pique” assim que ele trocou de mulher. Coincidências…
5 Agosto, 2018 at 13:40
Cherba, posso chamar nomes à mãe deste?
5 Agosto, 2018 at 13:45
Não podes.
Mas podes dar um abraço
5 Agosto, 2018 at 14:25
Apartir do momento em que há insultos pedófilos penso que já vale tudo.
5 Agosto, 2018 at 15:27
Não. NOVA TASCA.
Convive, meu, convive.
5 Agosto, 2018 at 14:03
Mas a conversa já chegou s este nível, deves ser cronista da Revista Maria…estás ao nível do Porco Guerra. Dasse
5 Agosto, 2018 at 12:39
Será que vão demolir o Pavilhão João Rocha, visto que foi obra do ex-ditador?
Teria toda a lógica nesta “Comissão de Gestão”, em eliminar tudo o que diz respeito a uma época ditatorial.
Seria lógico também suspender todos aqueles que se tornaram sócios durante aquele regime, salvo erro, uns 80.000 ou algo assim, os quais foram obrigados naturalmente.
Doar/vender todas as taças nacionais e internacionais ganhas no período de terrorismo Facebookiano, as quais são mais que as mães.
Ainda há tempo até ás “eleições”.
5 Agosto, 2018 at 13:02
+1
5 Agosto, 2018 at 13:22
+1
5 Agosto, 2018 at 13:40
Vão só passá-lo para a SAD, para pagar despesa corrente…
5 Agosto, 2018 at 13:53
Sniff, sniff…
5 Agosto, 2018 at 14:39
Eu bem desconfiava
5 Agosto, 2018 at 14:00
Ninguém mandou abaixo a Ponte Salazar, vá lá…
5 Agosto, 2018 at 14:37
Mudaram-lhe o nome. Podemos fazer o mesmo. Adeus João Rocha olá Pavilhao José Roquette, ao menos a sigla fica igual lol
5 Agosto, 2018 at 14:40
Roquiardi…
Fica tudo em familia!
5 Agosto, 2018 at 14:47
João-Rocha. Fica suficientemente in.
5 Agosto, 2018 at 16:04
Foi cara.
De betão ou de alumínio?
Bem me pareceu que seria de alumínio .
5 Agosto, 2018 at 13:14
Imperativo melhorar neste dossier.
5 Agosto, 2018 at 13:39
Bom post e importante discussão.
É um argumento muito simples. Gastar tipo, sei lá, meio milhão por 3 anos numa equipa de scouting, com meios, etc. Basta uma contratação boa para pagar isso várias vezes. Entretanto tens um mapa de jogadores, uma base de dados, com prioridades e contactos na palma da mão. Sinceramente não sei o que andamos a fazer mas se isto não é o normal então falamos de amadorismo.
Ouço muito dizer que estamos atrás dos rivais em termos de formação e em termos de scouting.
Não sei se concordo e também não vejo grandes evidências disso.
Falou no Nelsón Semedo o que é um mau exemplo. O puto não é mau mas não vale 30M, como o Quisto Rei não vale 3… são vendas inflacionadas (sabe-se lá porquê)
Cédric foi barato para o seu valor mas foi uma venda possível, porque no nosso clube parece que tá tudo armadilhado.
5 Agosto, 2018 at 13:58
No dia em que os empresários deixarem de untar as mãos aos treinadores talvez o scouting passe a ter o seu espaço até lá vai continuar a ser mais do mesmo, carradas de contratações só porque $im…
5 Agosto, 2018 at 16:06
Peseiro é boa gente …
…
Zzz
5 Agosto, 2018 at 14:01
ILLUMINATOR
23 Maio, 2016 aScoutin:22
Responder
Grealish do Aston Villa também seria uma excelente opção.
Responder
O Novo Sportinguista
24 Maio, 2016 at 0:51
Responder
Já vi que tens bom olho
Isto é que é Scouting… Vejam por quanto o Tottenham está a tentar comprá-lo… Eu trabalho totalmente de borla 😀
#Arranjem-me um tacho.
Eu acho que nesta vertente os sócios podem ser um grande ativo para numa fase inicial descobrirem talentos e depois um gabinete profissional fazer a devida triagem!!!
5 Agosto, 2018 at 14:02
E tanto falei do Trippier…
5 Agosto, 2018 at 14:16
“…temos a mania de dizer logo “aquele jogador foi um flop”. Mas isso muitas vezes não tem a ver com a qualidade do jogador, tem a ver com os contextos em que os jogadores são inseridos e principalmente com uma coisa que para mim é fundamental, que é a confiança do jogador. É o treinador que tem de lhe dar essa confiança, porque ele do clube já tem a confiança, porque foi contratado. Mas depois é o treinador que o mete a jogar ou não. E normalmente quando os jogadores sentem essa confiança por parte do treinador têm um rendimento sempre superior a outro que não sente essa confiança, porque se um jogador sente que o treinador não confia muito nele, cada vez que vai jogar, vai jogar sobre brasas, porque quer mostrar que tem valor.”
Olha o que eu tenho vindo a escrever.
“Ah e tal quando entra não joga puto”…lembra o Iuri.
Grande entrevista.
Fala do benfas e Porto, como trabalham bem no Scout ou investem, ao Sporting nem uma referencia.
Tirando o Aurélio.
Algo a rever no futuro pelo novo Presidente.
5 Agosto, 2018 at 15:12
Atenção, deve ser feita a devida filtragem… O BOTO É UM LAMPIÃO DOENTE!!!
5 Agosto, 2018 at 16:07
Olha que nem se nota nada …
….
🙂
5 Agosto, 2018 at 14:20
Excelente entrevista, mas olho sempre com alguma dose de cepticismo para este tema.
Hoje em dia há muito mais informação sistematizada e acesso, disponível para qualquer pessoa, até para um simples adepto.
Quando o Boto reconhece nesta entrevista que o scout não consegue investigar a ética de trabalho, o contexto familiar e a estrutura emocional dos jogadores, sobra o quê? Ver jogos das selecções jovens? Todos vêem.
Nos últimos anos o Benfica contratou muitos jogadores jovens de diferentes nacionalidades porque pagou por eles. Só o Zivkovic custou 10 milhões. Já era titular do Estrela Vermelha aos 19 anos. É preciso um génio para perceber que está ali um.jogador genial? Ou é preciso um livro de cheques?
Concordo que um scouting profissional e bem estruturado é importante. Mas não confere poderes mágicos.
5 Agosto, 2018 at 14:37
Isso mesmo e conhecendo o boto há décadas, como eu conheço, fomos inclusive colegas de escola… Fica ainda mais evidente que (quase) qualquer um, basta perceber um pouco de futebol e de preferência, ter jogado também, para poder fazer esse scouting com alguma eficácia, até porque o boto nunca foi um pré-destinado na matéria…o mais importante no scouting… É fazê-lo e ter uma boa relação com a imprensa desportiva subserviente e isso o Carnaxide têm. Alguém disse num post anterior que os nossos jovens atletas (referia-se especificamente aos centrais) não podem queimar etapas… (Ruben Semedo, Tobias Figueiredo…) e quando começam a jogar na 1 equipa, nas primeiras entradas mais intempestivas são logo presenteados com os respectivos cartões. Já outros podem queimar todas as etapas porque são uns predestinados e vão ser enormes e por sua vez têm SEMPR3 a complacência dos senhores do apito… Assim de repente, David Luiz, Renato Sanchez, Ruben ribeiro… É isso também conta e de que maneira!!!
5 Agosto, 2018 at 14:50
Ruben Dias* e o Lindlof. Foi para o ManU com um rótulo de grande promessa e ao terceiro jogo os adeptos já não podiam com ele… o que valoriza os jogadores cá é o marketing, 2/3 capaz de jornal em que abafas as deficiências do jogador e o valor dispara. O Rúben Dias é banalissimo, apenas tem uma capacidade inata de fugir aos cartões
5 Agosto, 2018 at 14:53
O Sanches já era o que?
Da formação do Carnide só houve um dos ultimos anos que até hoje que me chamou logo a atenção… Não, não foi o Cavaleiro!
O Bernardo.
Hoje em dia é só hipes…
5 Agosto, 2018 at 14:55
P Ruben Dias é um Bruno Alves, só que bem pior.
5 Agosto, 2018 at 15:53
Se o Ruben Dias fosse um Bruni Alves era um grande jogador. Que grande escola de centrais que o Porto teve, fortes e feios como as querem os centrais.
5 Agosto, 2018 at 15:54
“Bruno Alves”
5 Agosto, 2018 at 14:59
Isso, queria dizer o Ruben dias e não Ribeiro, tanks.
5 Agosto, 2018 at 15:23
Não concordo.
Rúben Dias, Lindelof, Renato Sanches não foram comprados porque a imprensa os endeusa muito cedo (e isso é um facto que acontece), mas porque efectivamente tem valor É são bem agenciados.
Um dos problemas que BdC não conseguiu resolver/entender. E quando percebeu era muito tarde…
5 Agosto, 2018 at 15:46
Tinham potencial, deram o salto cedo, mas não correspondem às espectativas. O Lindlof se não encaixa esta época será muito difícil para ele. O Renato idem. O Rúben Dias joga cá. Em Espanha ou na Alemanha não fazia tantos jogos, e mesmo em Inglaterra a distribuir cotoveladas com faz cá, de vez em quando lá apanhava uma boa suspensão. Nós vendemos muito tarde, eles vendem muito cedo.
5 Agosto, 2018 at 16:25
Sir. Bobby
“…são bem agenciados”
Congratulo-me com o facto de BdC ter lutado com essa corja e nunca se ter rendido.
Uma das grandes perdas é o esforço feito nessa luta que valia a pena travar e agora com BdC ou sem ele, temo que nunca mais seja a mesma coisa.
Um dos grandes vencedores desta luta fratricida no clube foram os agentes, há mais vencedores e nenhum deles, na minha opinião foram os sócios.
5 Agosto, 2018 at 16:30
Há lutas que valem travar, mas os empresários existem e devemos saber conviver com eles.
Subserviência nunca, obviamente, mas teríamos de ter mais tacto a negociar com estes tipos…
5 Agosto, 2018 at 16:50
Pois existem e merecem ser remunerados quando e de acordo com o serviço que prestam. Não existem para forçar o que quer que seja.
O problema é que pela sua dimensão, para alguns, já não haveria tacto ou estratégia possível, era mesmo um braço de ferro, era aí que já estávamos.
Ver o leão livre dessa grilheta, facto que que tanto incomodava, era para mim uma satisfação tremenda, temo que nunca mais regressamos a um ponto em que já estivemos, estou com a sensação, que colocamos novamente as grilhetas e voluntariamente.
5 Agosto, 2018 at 16:11
O Ruben dias é o Jorge Costa e Fernando Couto num só jogador…no que toca à porrada.
O campeonato passado… o Gelson leva, não contesta e o prémio foi ir para o Atlético Madrid!
Business as usual
5 Agosto, 2018 at 16:30
Jesus…
5 Agosto, 2018 at 16:32
Carrega Xporting
5 Agosto, 2018 at 16:35
Ui…
Olha o processo disciplinar.
Pode ser que ainda te avisem antes… Se deixares de receber a ref MB desconfia… 😀
5 Agosto, 2018 at 17:56
O Homem vai a votos!
5 Agosto, 2018 at 14:49
Eu não vejo ali um jogador de 10M€… nem feito nem por fazer!
5 Agosto, 2018 at 14:50
Cá para mim a roleta andou…
5 Agosto, 2018 at 14:37
O problema é do calor…
5 Agosto, 2018 at 14:48
Não havia por ai um bananinha que pegava numa frase do BdC “Critiquem. Critiquem tudo”?
Andou tempos e tempos com essa…
O critério ainda é válido, não?
5 Agosto, 2018 at 14:52
Quando na entrevista leio isto:
“… Manchester tem 40 e tal scouts e o Benfica tem quatro ou cinco, …”
E depois o Manchester vem a Portugal e gasta dezenas de milhões num central e num defesa direito, algo está mal e de certeza não é apenas o scouting …
5 Agosto, 2018 at 15:10
Jorge mendes e não só… Eu se mandasse no Man United, depois do negócio… Bébé, mandava-o ir mamar na quinta pata de um cavalo….
5 Agosto, 2018 at 14:58
Hoje em dia muitos dos jogadores que são vendidos como craques ou simplesmente como bons jogadores, estão nitidamente valorizados MUITO acima do seu real valor, tanto futebolístico como monetário!! E em Portugal há um clube que faz isso melhor que ninguém, graças ao facto de dominar a imprensa no geral e a desportiva em particular, bem como os “agentes” do jogo, nomeadamente, arbitragem!!
5 Agosto, 2018 at 15:01
A missão de um grande presidente é escolher os melhores colaboradores se jam da área de treinamento ou scouting out outra qualquer é isso que faz a diferença ter os melhores profissionais nas áreas que a sua empresa necessita. Pode-se errar mas a margem é menor e o sucesso será maior.
5 Agosto, 2018 at 16:03
Elementar!
5 Agosto, 2018 at 16:06
Fácil, vou abrir agora mesmo uma empresa
5 Agosto, 2018 at 17:07
Para quê abrir uma empresa, estão abertas as candidaturas.
5 Agosto, 2018 at 17:18
Acredita… ele pode vir a precisar da empresa…
5 Agosto, 2018 at 15:21
Quando o Futebol for só interesses económicos e políticos ligados a empresários chulos este tema para mim é fediver. Um manto de fumo para lavar dinheiro nas transferências e tratar os atletas como gado.
5 Agosto, 2018 at 15:28
Tal e Qual!! Portanto segundo o que dizes… Neste momento este assunto para ti JÁ É um fediver!!
5 Agosto, 2018 at 15:58
Fundamento, os clubes grandes da Europa preferem o produto acabado jogadores feitos para terem resultados imediatos, em Portugal temos um problema cronico, qualquer miúdo com 17 anos faz 3 jogos na equipa A e a cabeça fica no estrangeiro.
5 Agosto, 2018 at 16:23
O nosso poder negocial já era baixo, agora depois de abrirmos as pernas é ZERO.
5 Agosto, 2018 at 16:36
Então vê-los a sair e depois abrir-lhes de novo as portas acenando com um maço de notas…. ui…
5 Agosto, 2018 at 16:35
fédiber…
5 Agosto, 2018 at 16:06
Nem mais
5 Agosto, 2018 at 15:34
Pela leitura de alguns comentários continuamos com o nosso já clássico complexo de superioridade… Pensamos que todos os benfiquistas são bêbados, corruptos e desdentados… Pois, flash news boys, não são!
Não há a mínima dúvidas que neste aspecto fomos ultrapassados pelos outros dois rivais. Não reconhecer isso é que está a atrasar a recuperação…
Mais, o Benfica está a desenvolver a sua rede de observação na América do Norte (essencialmente no Canadá) onde, como qualquer scout sabe, existem jogadores (principalmente descendentes de europeus) na casa dos 16/17 anos que são superiores a alguns do Sporting ou Benfica. A questão é que depois não são enquadrados competitivamente.
O anterior presidente tinha planos para desenvolver a rede de olheiros, mas nunca foi uma prioridade…
SL
5 Agosto, 2018 at 15:52
“Continuando,que na gestão do Sr Vieira nestes 15 anos o Seixal já deixou nos nossos cofres mais de 600 milhões de euros em jogadores formados no Seixal,o Sr Vieira já é considerado o melhor presidente da nossa história como clube,portanto o resto só é azedume de alguns que se dizem ser Benfiquistas”
Como vês… ele há muitos a comer geladinhos também…
Ora… “nos nossos cofres 600Milhões de €”… só aqui, o Mendes rebola… Isto é de quem nem se questiona de ter um passivo colossal…
Chapa ganha, chapa gasta.
O trabalho do BdC ficou por acabar… Começou muito bem com o Leo, continuou com o Sonso a mesma politica… Perdeu-se de amores por um Deus com pés de Barro…
Eu não critico que o BdC tenha querido subir a fasquia. Percebeu-se a intenção… Dois anos de aperto para melhorar as contas e investir… O problema mesmo foi a carta branca dada ao ReboleiraMan. Não estou a falar de apoio… estou a falar de carta branca… Esse poder nunca poderia ter sido partilhado, a estratégia é do clube nunca do treinador, o treinador é que tem de se enquadrar na estrategia. Leo e o Sonso enquadraram, com resultados “esperáveis” (sim, sempre disse que o Leo tinha condições até para ser campeão, com alguma sorte, pois tinha plantel para ganhar a qq equipa fora os dois estarolas e o Braguilha).
5 Agosto, 2018 at 16:03
Portanto, andaste aqui 3 anos a defender um “Deus com pés de barro” e a chamar nomes a quem dizia isso que agora achas dele.
Esse saké estragado dá cabo de ti e da tua credibilidade…
5 Agosto, 2018 at 16:20
Miguel o que dá cabo de mim é essa tua capacidade para entender coisas fora do texto que eu escrevo. E da minha credibilidade, só se for tu entrares numa conversa a pés juntos dizendo que sou a desonestidade em pessoa… Quanto a isso, estou descansado, sei o que escrevo e da honestidade com que o escrevo… mais, está ai para outros verem…
E o calor não ajuda…
Provavelmente estás com défice de atenção. Mas eu hj tb não te posso ajudar, sorry. Como disse, tenho trabalho para fazer, por muito que gostasse de fazer babysiting, hj não dá mesmo…
5 Agosto, 2018 at 16:33
Quanto ao saké, se não sabes beber dele… não bebas.
O material tem sempre razão…
5 Agosto, 2018 at 16:07
“Eu não critico que o BdC tenha querido subir a fasquia. Percebeu-se a intenção…”
Apesar de ter percebido a intenção e a legitimidade para a tomar, essa é uma das criticas que eu faço, atenuada com o facto de, mesmo assim, ter mantido a parte financeira equilibrada, que era uma das minhas maiores preocupações.
A parte do treinador seria sempre uma consequência, não pagas milhões a um treinador para depois lhe cortares as asas. Seria sempre um risco … ter menos receitas, sócios, assistência, títulos, e se tivesse ganho o campeonato, como deveria, teria sido brilhante, não ganhamos e estamos aqui …
5 Agosto, 2018 at 16:24
O que eu não entendi foi ter “perdido a mão”… Se fores ver, em todas as épocas do JJ eu devo ter defendido “comprem-se 3 ou 4 reforços a sério e não mexe mais”… Aposto que não andou muito longe disso. Depois começo a ver mais de 10/12 e começo a pensar “bom, se calhar eu não sei o que vai lá dentro ou bebi mais do que devia e nunca lá iamos com 3/4 reforços”…
Da mesma forma que sempre pedi ao BdC, para se resguardar mais… Olha, nem uma nem outra. 😐
5 Agosto, 2018 at 16:01
“Não há a mínima dúvidas que neste aspecto fomos ultrapassados pelos outros dois rivais. Não reconhecer isso é que está a atrasar a recuperação…”
Elementar, meu caro Watson!
5 Agosto, 2018 at 16:07
“Não há a mínima dúvidas que neste aspecto fomos ultrapassados ”
Neste e nas condicoes de formacao. Mas custa muito a muito Sportinguista reconhecer isto. Nos neste momento vivemos da fama do Sporting e do Aurelio Pereira, e nao tamos a acompanhar. Gozamos com o seixal lab e o seu cubo magico mas o slb tem trabalhado bem a area da formacao. Principalmente num aspecto, os lamps metem os miudos a jogarem num escalao acima dando-lhes mais competitividade, na vez de jogarem no escalao respectivo.
5 Agosto, 2018 at 15:43
Então parece que há nos Carnideos quem esteja a reunir votos para convocar uma AG Destitutiva… Estou espantado.
Se isto das destituição vira moda…
Curioso é que para eles é preciso reunir 10 mil votos. Alguém andou a fazer os trabalhos de casa… isso e os 25 anos de sócios ininterruptos, salvo erro.
Tirando o caso dos lampinos da cena, parece-me que no SCP vive-se “demasiada” democracia, tornando-a mais um exercicio libertino do que o exercer de um direito.
Mil votos, foram precisos apenas para fazer ruir uma direcção… Parece-me manifestamente pouco. Estamos a falar de mil pessoas a um voto cada, num clube com sócios na ordem de 170mil… Ora, 1/170 dá… pouco mais de 0,5% dos sócios a colocar em causa uma gestão?!
O problema aqui é de duas ordens:
1º) Sócios em letargia, não querem saber de se envolver (e isso foi claro em Fevereiro, que só agitou as massas por causa da “chantagem” de BdC) com o dia a dia do clube
2º) Fazendo contas de cabeça… 1000 x 6€ x 14 meses… 84mil €… é quanto custa a um clube de fora, se quiser criar tumulto num adversário, colocar 1000 toupeiras (fora outros desalinhados de dentro que podem ser arregimentados para esse fim)…
Ora… 84mil € parece uma pechincha… 840mil€ já parece puxadote… mas tendo em conta o bolo que a CL começa a pagar esta época, mesmo assim, não parece descabido.
Se não tivesse sido feito para manter o Orelhas no poder, parece-me que 10mil votos, atendendo à variação de escalões, não seria descabido. Quanto à questão dos 25 anos de sócio ininterruptos… ai parece-me algo descabido.
Há muita coisa nos estatutos que deve ser atualizada…. E quando muita gente criticou que não se mexem em estatutos em Fevereiro pq “ai jesus que estamos a meio da época e a malta quer é bola”, eu digo… E AINDA SE MEXEU POUCO!
Agora fiquem com este número… menos de 0,6% do sócios para detonar um clube com a dimensão do SCP… Pensem o que quiserem.
5 Agosto, 2018 at 15:59
A desonestidade em pessoa…
Não são mil votos que destituem uma Direcção!
São mil votos para marcar uma AG, o que é muito diferente…
E acho muito bem que não sejam precisos muitos votos para marcar uma AG. 10 mil, como nos rabolhos, é um exagero! Mas as coisas lá foram modificadas para manter esta direcção em funções até eles se chatearem e decidirem ir embora…
O que fez ruir a Direcção foram 71% dos mais de 15 mil votos…
71% dos votos disseram “não queremos lá o Bruno de Carvalho”. Entendes? E alguns dos 29%, como eu, também não o queriam lá, só o preferiam aos Marretas! É bom que entendam isso de vez, em vez de virem para aqui chorar “mentiras”…
5 Agosto, 2018 at 16:09
Hoje ainda está calor e ainda tenho um trabalho para acabar até final do dia, pelo que apenas te vou perguntar: Eu afirmei que eram 1000 votos que destituiam alguém?
“pouco mais de 0,5% dos sócios a colocar em causa uma gestão?!”
Uma AG Destitutiva NÃO COLOCA EM CAUSA UMA GESTÃO? Para mi, sendo a designação “Destitutiva” já coloca alguma coisa em causa… Mas isso sou eu e as aulas de português que tive…
“menos de 0,6% do sócios para detonar um clube com a dimensão do SCP”
Aqui até posso refazer a frase se quiseres… não será detonar, mas certamente, acender um rastilho… Um rastilho que muito incauto e mal informado pode fazer detonar!
Melhorou assim?
Da próxima vez, sr. Miguel, se quiser logo começar a conversa em outros moldes, sem acusar logo a pessoa de desonesto, pode ser que a conversa não descambe e não tenhamos de dar mais cabelos brancos ao Cherba…
Resto de boa tarde, da parte do desonesto…
5 Agosto, 2018 at 16:11
E não é 1000 votos para marcar uma AG qq… é uma AG Destitutiva.
Se é que dá para perceber a diferença…
5 Agosto, 2018 at 16:16
Sim… também acho 10 mil votos um absurdo, mas dá para perceber quem escolheu esse numero o porque… o que torna engraçado quando chamavam do lado de cá o Ditador e o Coreano…
Resumindo… 5000 votos para marcar uma AG extraordinária parece-me razoável (até pq o clube não pode ser gerido de fora pra dentro)… Quanto aos 25 anos ininterruptos até à data da candidatura… é de rir… mais se o candidato for ou tenha sido também sócio dos rivais… 10 anos para mim faria mais sentido, se bem que a mim, mais que isso, pesa o “histórico” desses 10 anos que não se vê num estrato…
5 Agosto, 2018 at 16:16
“O que fez ruir a Direcção foram…”
O que fez rui, foi o merdas de um alzheimarado que tinha como primeira obrigação estatutária, ser isento, e personificou a oposição a uma direcção legitima.
Tivessem os rabolhos um alzheimarado como este e tu vias se a direcção deles ficava por lá até se chatearem.
PS: Sabes se as assinaturas para marcar a AG foram validadas pelos serviços apôs o serviço feito, ou nem isso fizeram?
Desonestidade é isso que dizes que foram precisos mil votos para marcar a AG, para marcar a AG foi preciso ter ao serviço um fantoche alzeiMARADO.
5 Agosto, 2018 at 16:29
Eu ainda hoje gostaria de saber qual foi a justa causa alegada para marcar a AG…
Honestamente, até hoje, não conheço os “argumentos” dessa justa causa… para avaliar se até houve justa causa ou não.
Em concreto, não os conheço…
5 Agosto, 2018 at 16:52
Nem sequer sabes se houve assinaturas suficientes quanto mais as razões …
5 Agosto, 2018 at 17:08
Já dizia o nosso anterior treinador…
“As comissões tem justas causas que o próprio adepto desconhece”
5 Agosto, 2018 at 17:09
O JJ sabia muito…
Até de programação sabia, esse cão…
5 Agosto, 2018 at 15:52
O Sout é fundamental nos dias de hoje – na realidade, sempre foi! – mas o principal, a base de tudo, o que pode levar clubes dum patamar médio a subirem e chegarem a outro patamar é terem um projecto desportivo como deve ser.
Eu até acredito que um clube que tenha um projecto desportivo como deve ser, com bom scouting, com bons treinadores na formação, com uma politica de desenvolvimentos dos jogadores a 3 ou 4 anos, que se limite a fazer 1 ou 2 boas vendas por anos e 3 ou 4 boas aquisições, pode fazer um plano a 7/10 anos para ter um plantel para chegar a umas meias-finais ou mesmo à final da CL.
É importantíssimo ter capacidade para desenvolver os jogadores da formação.
Vou dar vários exemplos…
O principal de tudo é saber se se acredita que ali está um jogador que pode ter capacidade para jogar na equipa principal ou não. Se se acredita, então é de apostar. O jogador tem de ser trabalhado a nível mental, a nível físico e a nível técnico. Tem de ter um acompanhamento constante e o seu desenvolvimento tem de ser monotorizado e, sempre que necessário, corrigido.
MAX!
19 anos, 1,90m, internacional em todos os escalões e apontado como um caso muito similar ao do Patrício.
Para fazer o que fizeram com ele nesta pré-época, então não vejo porque raio não o deixaram ir ao Euro sub19.
O Max tem de ser a opção ao titular do Sporting nestes próximos 2/3 anos.
Naturalmente, joga o titular na maior parte dos jogos. O natural suplente, a estar no banco, será um GR experiente, que dê algumas garantias se tiver de entrar. O Max treinará com o plantel principal e jogará regularmente nos sub23.
Quando der para não jogar o Viviano – um ou outro jogo do campeonato e jogos das Taças contra equipas secundárias – a opção é o Max e não o GR experiente!
Neste primeiro ano vamos apostar em vê-lo em acção em 4, 5 ou 6 jogos… Para o ano nuns 8 ou 9… No 3º ano já tem de estar a um nível de poder disputar a titularidade com o que se considera o GR titular.
É por isso que um gajo como o Salin é fundamental no plantel. Dá alguma garantia mas aceita o papel de que para jogar está atrás do Max! Ir buscar o Renan é dizer que o Max NUNCA jogará na equipa principal este ano! Além do erro em termos do desenvolvimento do Max, é um custo acrescido para o Clube.
DEMIRAL!
20 anos, 1,92m… Um jogador com qualidade e raça, boa presença em campo, boa estampa física… Acreditamos que vai dar jogador ou não?
O Demiral tinha de ser o 4º central do plantel. Tal como o Max, treinava na A e jogava nos sub23, sendo aposta ao lado do Coates ou do Mathieu, ou até do André Pinto, em jogos das Taças sempre que o adversário fosse de escalões inferiores.
Em 2 anos – aos 22 – tem de estar pronto a ser opção na equipa principal. Para isso precisa de ser lançado aos poucos. Fazer uns 5 ou 6 jogos este ano e uns 10 para o ano. Não é a ir buscar Marcelos que se dá espaço para os jovens que vêm da formação evoluam! O Marcelo foi bem “apanhado” como oportunidade de negócio. Era despachar o gajo para a Turquia, ou outro lado, por 1 ou 2 M€…
Defesas Laterais!
Thierry Correia, defesa direito, 19 anos, 1,79m, internacional em todos os escalões de formação e acabou de se tornar campeão da Europa em sub19.
Abdu Conté, defesa esquerdo, 20 anos, 1,83m, internacional desde os sub17.
Gonçalo Costa, defesa esquerdo, 18 anos, 1,70m, internacional desde os sub16.
Destes 3, estou convicto que o Thierry e o Gonçalo têm potencial e capacidade para chegarem à equipa principal. O Conté já duvido um bocado…
Sendo que temos 2 bons laterais direitos, para mim o Thierry era emprestado a uma equipa da 1ª Liga este ano. Já o Gonçalo Costa, ainda júnior, era de colocá-lo a jogar nos sub23. O Thierry tem 2 anos para evoluir o necessário para fazer parte do plantel – implica que não se contrate nenhum DD entretanto e que um dos que temos seja vendido ao fim destes 2 anos! O Gonçalo tem ainda 3 anos para se afirmar e estando nos sub23 e com algumas deficiências em termos de defesas esquerdos no plantel principal, pode começar a ser chamado de vez em quando a treinar lá.
DIOGO BRÁS!
18 anos, 1,69m, internacional desde os sub15, e um puto cheio de talento, ainda júnior, a quem falta alguma intensidade. Sem essa intensidade nunca conseguirá vingar como jogador de uma boa equipa. É preciso trabalhar essa vertente e não é nem nos juniores, nem nos sub23 que o vai fazer. Nos sub23 ainda pode conseguir melhorar mas acho que não será um campeonato com a competitividade necessária, como tinham as equipas B na 2ª Liga. Será muito mais uma extensão do que existe já nos juniores do que realmente um salto para uma realidade completamente diferente.
O caso do BERNARDO SOUSA, ainda que tenha um pouco mais de intensidade que o Diogo, é muito similar. Portanto, são 2 jogadores com muito potencial, ainda juniores, que precisam de algo que lhes dê mais intensidade e não sei se jogar nos sub23 será o suficiente para isso. São jogadores que têm 3 a 4 anos para darem o salto competitivo necessário para se poderem afirmar na equipa principal do Sporting e para isso não podem só seguir o seu “trajecto normal”. Precisam de algo mais – que a equipa B podia dar mas que duvido muito que os sub23 dêem!
Já aqui falei de casos do passado, como o Palhinha – tapado com a compra do Petrovic que custou 2M€ e custa mais quase 2M€ por ano em ordenados – como o do Geraldes – que devia ter sido trabalhado para ser algo entre o Adrien e o Bruno Fernandes nestes últimos 3 anos em vez do que lhe fizeram – e do Matheus e do Iuri – com a vinda do Campbell e a aquisição do Alan a taparem aa sua natural evolução dentro do plantel!
Tudo porque não há uma politica sustentada e tudo é feito na base do “este ano é que é”! E na realidade, nem tem sido, nem nunca será…
5 Agosto, 2018 at 16:05
Concordo com a maior parte menos com as meias da CL. Isso vai começar a ser virtualmente impossível principalmente com os novos formatos.
O resto está aí tudo. Há que arregaçar as mangas e não ter medo de assentar a estrutura do futebol na formação. E quem for escolhido para treinador tem de aceitar a conjuntura. Se aos 20anos um jogador não é merecedor de aposta no Sporting ou tem de ser emprestado para ver no que dá ou então ir à sua vida. Outra a equipa b/-23 tem sempre de jogar tendo a conta a táctica dos seniores para que se forem chamados não tenha de haver adaptação à mesma.
Há muito que melhorar ainda, muito culpa do BdC e do JJ nestes últimos anos. Uma aposta sustentável na Academia e no scout não só renderá muito dinheiro como poderá trazer muitos títulos
5 Agosto, 2018 at 16:06
Resumindo a Formação não dá comissão….a ninguém, até os empresários dos putos lhes devem andar a fazer a cabeça para eles preferirem ser emprestados….
Como em tudo na vida Follow the money…..
5 Agosto, 2018 at 19:09
será que o SCP tem colaboradores com a clarividência do Miguel. Espero bem que sim.
5 Agosto, 2018 at 19:34
o comentário do Miguel devia dar origem a um post
5 Agosto, 2018 at 21:43
Um post? Porque não uma estátua?
Vieira a presidente!!
SSL
5 Agosto, 2018 at 16:06
entrevista irrelevante…
– funcionário de clube carrossel…
– o rabolhense no tempo deste sujeito vai com 123 jogadores com contrato profissional, muitos deles são verdadeiras burlas financeiras.
– é conhecida a contabilidade paralela, os mendilhões, este paspalho aparece para dar “credibilidade”.
– nunca mais ouviremos falar do “boto”.
5 Agosto, 2018 at 19:15
Ainda bem que acha que a entrevista é irrelevante. Por algum motivo não me lembro de jogadores estrangeiros contratados para os juniores ou para a equipa B que tenham dado o saldo. Por outro lado o Benfica tem vendido muito jogadores que se afirmam lá fora (Cancelo, Bernardo Silva, Ederson, Cristante – apesar das exceções como Renato Sanches) enquanto as nossas principais vendas tem falhado (João Mário, Slimani, Ruben Semedo e talvez Adrien – apesar das execeções como Rojo)
5 Agosto, 2018 at 19:15
* dado o salto
7 Agosto, 2018 at 10:19
Caro, tasqueiro.
Compreendo a sua dúvida e passo a esclarecer.
A politica do Benfica era essa mesmo. Compra jogadores com potencial, valoriza (mesmo que em outros clubes) e despacha. A politica é essa.
Ao José Boto só cabe identificar o talento.
5 Agosto, 2018 at 16:08
Muito bom Miguel.
Já aqui há tempo referi que era difícil para Peseiro fazer de Paulo Bento, ou mesmo de Peseiro, o que ele quer é fazer de Jesus. Para apostar em jovens é necessario estabilidade. Seres campeão ou apostares no futuro, o Sporting precisa urgentemente de um presente.
Só não concordo em emprestar miúdos como o Thierry, ainda necessitam de pelo menos um ano a treinar com os A e de preferência terem minutos, aí sim, ou se afirmam imediatamente ou rodam para ganhar estofo. Destroem-se muitas carreiras promissoras a jovens que não completam a formação e têm o azar de apanhar um cepo a treinador.
5 Agosto, 2018 at 16:10
Era resposta ao Miguel.
5 Agosto, 2018 at 19:18
O Peseiro não teve coragem em apostar nos jogadores e prefere continuar a apostar em Misic, Petrocic, …. que continuarão a ser flops.
5 Agosto, 2018 at 16:11
dizer que este paspalho se divertia com as derrotas do saragoça… sabendo nós que o roberto frangueiro foi vendido pra lá por 8,5 milhões, 0,5 milhões acima do preço de compra… para um clube que desceu de divisão.
5 Agosto, 2018 at 16:29
Para mim, é STOUT!!!
5 Agosto, 2018 at 16:39
OFF:
É verdade… o jogo é mesmo para se fazer, ou o “mister” quer continuar a guardar o seu “precious” de olhares gulosos?
Haverá borrifadela de Axe efeito Torres de Cintra hoje?
BF marca um golo hj e vão aumentar-lhe o ordenado logo a seguir…
“Bruno, tu és gold”