793222Ontem perdi oficialmente a esperança. Tenho andado a adiar esta decisão há já algumas jornadas. Por muito que soubesse que o título já estava entregue desde o nosso empate no Bonfim, o coraçãozinho verde e branco ia traindo a cabeça, e dava por mim a desejar um derrota do rival, só para reascender o tsunami verde e levar-nos a sonhar. Claro, depois de ontem já não há esperança alguma que reste, apenas o que sobrou desta época.

Faltam 5 pontos, 5 míseros pontinhos para garantir a entrada directa na Champions League e regressar ao topo do futebol português, lugar nosso por direito e historicamente. O que sabemos é apenas isto: 8 milhões (um pouco mais) pela participação na fase de grupos, 2 milhões por transmissões televisivas, 1 milhão por vitória, 500 mil por empate e a receita de bilheteira. Sabemos também que deveremos começar no pote 3, algo que complica a “matemática”, mas tendo em conta que Benfica e Porto estavam no pote 1 e levaram com PSG, Zenit e Atlético, não temos nada a temer mais do que os outros. Somos o Sporting e as noites de glória europeia vão voltar!

Daqui a duas jornadas “acabou” a nossa época e começou a próxima. Chega a altura de Bruno, Jardim e Inácio voltarem a mostrar o talento até aqui evidenciado e tentarem de tudo manter as pérolas que honraram o nosso clube e nos tiraram do fundo do poço, bem como conseguir mais umas quantas. Os desafios de um Sporting europeu são maiores e a exigência aumentou significativamente. Todos vamos ser menos pacientes na próxima temporada, deixar de chamar-lhe “ano zero”, vamos cobrar mais os jogadores e treinador e vamos exigir pelo menos um título. Aí sim, o Sporting vai respirar normalidade outra vez (a bipolaridade leonina que nos persegue está a chegar).

O segundo lugar desta temporada não é excelente, é um milagre. O título seria um calamidade de alinhamento dos planetas, racionalmente sabemos isso. Mas é  certo também que já ninguém quer descer desta posição, apenas subir. Para isso, é essencial:

  1. Manter jogadores de valor ou com futuro: Slimani, Montero, Rojo, Eric, Adrien, William, Patrício, Cédric, Mané e Jefferson não podem ir a lado nenhum!!
  2. Potenciar jogadores dos nossos quadros: João Mário, Heldon, Rúben Semedo, Shikabala, Esgaio, Riquicho (um amor antigo), Dramé (chocada com a evolução) e Iuri têm de ser potenciados pelo talento e utilidade na equipa.
  3. Esclarecer o papel de alguns jogadores pouco ou nada utilizados como Magrão, Vítor, Píris e Welder.
  4. Comprar bem e barato: algo que Inácio parece saber fazer melhor que ninguém. Rúben Ferreira, Derley, Ali Ghazal (não substituto de William mas sim alternativa) têm sido apontados e a aposta no mercado interno é algo que me agrada particularmente. Precisamos claramente de um reforço para a lateral esquerda, trinco e poder de fogo no ataque.

Sabemos que não será fácil, o caminho ainda é longo. A partir de agora mais uma batalha nesta reconstrução do nosso grande amor. A exigência aumentou e com ela o número de jogos e a responsabilidade. As finanças ainda não estão no seu auge e o assédio aos nossos heróis já começou. Ao nosso Presidente cabe a ingrata tarefa de gerir um clube e tentar ainda agitar o bacoco futebol português. Ao nosso treinador cabe ter a preocupação constante de potenciar jovens portugueses, da nossa formação, e apresentar ainda assim resultados. Ao Director Desportivo cabe jogar FM com a conta sempre no zero mas ganhar quase todas as apostas. A nós, vozes da Curva Sul ou da Central, cabe-nos ser pacientes e verdadeiros leões. Saber erguer o orgulhoso andar de um sportinguista feliz, endeusar os nossos jogadores e acreditar sempre na vitória até que o árbitro apite.
Só peço esta União e este Acreditar, com eles e com mais qualidade, seremos em breve imbatíveis!

Ps: VENDEMOS O ELIAS!! SÓ ME APETECE DIZER ASNEIRAS DE CONTENTAMENTO.

 

* Às terças, a Maria Ribeiro mostra que não há pipis como os desta Tasca (e que há iguarias que, definitivamente, sabem melhor quando preparadas por uma Leoa)