Numa semana onde conseguimos algo ainda há uns anos pensado como difícil, mormente nos u16, cabe-me destacar os pais e a família por trás dos atletas.
É verdade que os u16 acabaram a primeira fase de apuramento do CN 2 em primeiro lugar, que os nossos u18 ainda têm hipótese de apuramento (têm jogo dificílimo este domingo às 11:00, nas Caldas da Rainha – quem puder estar apareça, todo o apoio será bem vindo), e os nossos u14 continuam o seu caminho de vitórias no CN de rugby 13… tenho que destacar os Pais (e MÃES) dos nossos super atletas.
Duas vezes por semana, ou três, e sem contar com os fins de semana, com jogos e torneios e treinos, levam a Equipa ao colo. Os seus filhos os nossos filhos jogam treinam, placam, marcam ensaios, divertem-se fazem amigos aos ombros destes pequenos gigantes.
E é vê-los nos fins de semana, a puxar pelos meninos e meninas, a incentivar, a apoiar, a passar a mão pelo cabelo quando as coisas correm menos bem… Mas nunca em exagero, a Vida e o Desporto são para ser vividos e sentidos. E nestes parâmetros ainda mais o rugby. Os pais aprendem ao mesmo ritmo que os putos, o que hoje correu mal vai dar trabalho mas vamos corrigir. Eles não perdem nunca, eles ou ganham ou aprendem. Juntos.
Pois uma equipa é mais que os que entram em campo.
É o Capitão que lesionado vai ao jogo incentivar os companheiros.
Os que vendo um jogo difícil de outro escalão fazem os tpc’s e querem estar presentes a apoiar, são Um … l
Os pais que garantem que os jogadores que não têm transporte vão e vêm dos treinos e jogos.
Os team managers que são pais e treinadores e sei lá que mais.
E ainda são claque, são ultras, no apoio aos seus, e aos adversários. E ao arbitro.
E tudo isto faz mais que uma equipa, faz uma Família.
A nossa em alguns escalões tem dois clubes o Sporting Clube de Portugal e o Belas Rugby Club. Os pais deles são os nossos. Vibram como nós vibramos.
Acho que eram estas as linhas em falta, e que pensei quando vi uns papás num jogo de futebol sénior a comportarem-se como imbecis. E que graças dou por gostar de Rugby.
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
25 Janeiro, 2019 at 17:11
Felizmente isto ainda vai acontecendo em clubes mais pequenos de futebol. É verdade que, hoje, os pais pagam uma mensalidade para os filhos andarem a treinar, mas, e tenho o caso da minha filha, isso esquece-se com o bom ambiente que reina e com a amizade entre os miúdos.
Eu sou um gajo brutalmente competitivo (quem já jogou comigo que o diga), mas tenho aprendido a respirar dez vezes e olhar para uma derrota como um degrau na evolução, tanto a nível desportivo como a nível de personalidade, da minha miúda e de todos aqueles miúdos.
Uma das coisas que mais prazer me deu, até hoje, foi tê-la questionado sobre a forma individualista como celebravam golos e, no jogo seguinte, ela correr a abraçar quem tinha marcado, prática que passou a ser recorrente. A outra, foi ser chamada para jogar na equipa do escalão acima e darem-lhe a responsabilidade de ser capitã numa equipa… só de rapazes.
Pequenos “nadas” que fazem a diferença para quem lhes dá valor
25 Janeiro, 2019 at 17:24
Nem mais. O coletivo tem que ser sempre superior ao individualismo.
Sempre. Por isso se chamam desportos coletivos.
Abraço.
26 Janeiro, 2019 at 13:14
Mais um bom texto. (O que é que se passou no último derby feminino, E.? Foi um resultado inesperado…) SL
26 Janeiro, 2019 at 14:03
Não sei. Temos atletas em recuperação. Mas acho que terá sido algo acidental.
Abraço.
26 Janeiro, 2019 at 15:01
Excelente.
Vejo aqueles vídeos dos paizinhos nas bancadas, e penso como é possível. Depois lembro-me de alguns comentários e percebo.