Enquanto a nossa equipa de Ténis de Mesa tenta continuar a fazer história levando de vencida o GV Hennebont, na primeira mão das meias-finais Taça ETTU, assinalam-se seis anos sobre a morte do homem que dá nome ao Pavilhão onde se joga essa partida: João Rocha.
João Rocha, aquele que foi também o maior presidente dos leões. A nível de anos no cargo, a nível de títulos e a nível de sentido visionário. Um sentido que nem mesmo a Revolução de Abril foi capaz de inverter; apenas mudou o rumo.
Recuemos a 1973, ano em que chegou à liderança do clube. O Sporting vivia o tempo em que os presidentes eram escolhidos pelo Conselho Leonino, órgão que herdara essa competência do Conselho Geral e do Conselho de Presidentes. A 29 de março, Orlando Valadão Chagas foi o escolhido pelos leões; no dia a seguir, foi o escolhido por Marcelo Caetano. E aceitou, renunciando ao cargo e assumindo a Secretaria de Estado da Juventude e Desportos. Manuel Nazareth, número 2, assumiu o comando. Mas não queria. E houve um vazio diretivo.
Em setembro, um empresário chamado João Rocha assumiu a presidência dos verde e brancos. E com um projeto visionário que prometia virar por completo a conceção de clube que existia até então: queria formar a SCP, Sociedade de Construções e Planeamento, imaginando um clube-empresa que tinha ações (no total de 2,5 milhões, a 100 escudos cada) e que, na década de 90, viria mesmo a acontecer mas com a denominação de Sporting – Futebol, SAD. No entanto, a ideia, que tinha sido aprovada pelo Secretário de Estado do Tesouro da altura, José Luís Sapateiro, acabaria por ficar na gaveta no seguimento do 25 de abril.
E por falar em 25 de abril, nada melhor para recordar o tipo de pessoa que era João Rocha. O Sporting tinha jogado no dia 24 na RDA na véspera, perdendo na meia-final da Taça das Taças frente ao Magdeburgo numa eliminatória que foi disputada taco a taco. No final do encontro, e com a equipa já na RFA para apanhar o voo de Berlim para Frankfurt, a comitiva teve conhecimento das notícias que diziam estar a haver uma revolução em Portugal. Todos pensaram no pior: mortes, feridos, tanques. Tudo menos cravos. E a viagem foi longa. As coisas acalmaram quando se percebeu que tudo tinha corrido de forma ordeira e pacífica. Estava tudo bem. Mas faltava saber como se voltaria a casa.
O presidente leonino moveu diligências e conseguiu arranjar um voo para Madrid, onde estaria à espera um autocarro que transportaria a equipa para a fronteira de Badajoz. Tudo certinho, até à fronteira – estava tudo fechado. Com todos os hotéis lotados, ainda se arranjaram algumas camas mas houve quem tivesse de dormir no autocarro enquanto João Rocha tentava desbloquear o problema. Demorou, mas lá conseguiu falar com membros do Movimento das Forças Armadas e, na manhã de dia 26, lá partiram para Lisboa com paragem no Alentejo para um almoço de bacalhau a culminar a aventura de loucos.
João Rocha, nascido em Setúbal, estava na casa dos 40 mas tinha já um percurso assinalável na sociedade ligado à Comundo, considerada na década de 70 como a maior ‘trade company’ nacional, após passagens por vários bancos e empresas. Inspirado nesses conceitos, abriu a Loja Verde e criou o primeiro departamento que se assemelhava ao que hoje designamos de área de comercial e marketing. Além disso, via na construção um início e não um fim, tendo ficado associado a várias obras de relevo para os leões como a construção da pista de tartan no antigo José Alvalade, a Bancada Nova, o pavilhão ou a Nave, entre outras. Mas foi na parte desportiva que mais se distinguiu, a todos os níveis.
Entre 1973 e 1986, ano em que saiu da presidência, o Sporting ganhou mais de 1.200 títulos nacionais e internacionais (se somássemos regionais e distrais, esse número iria disparar) e assumiu-se verdadeiramente como grande potência do desporto, com um total de 15.000 atletas – sobretudo da ginástica e da natação – a passarem por Alvalade todos os dias. Aumentou o número de modalidades, devolveu-lhes uma outra competitividade e mostrou-se uma pessoa próxima de todos: tão depressa via um jogo na bancada ou na tribuna como ia até ao banco abanar toalhas para combater o desgaste dos atletas.
No futebol, entre algumas escolhas polémicas, ganhou um total de sete títulos (três Campeonatos, três Taças de Portugal e uma Supertaça) com equipas que, provavelmente, valeriam mais do que esse número. Mas, por vezes, essa veia apaixonada pelo clube que passaria aos filhos – que criariam a primeira claque do país, a Juventude Leonina, em 1976 – também o atraiçoou em algumas decisões, sobretudo quando tinha de mexer na equipa técnica.
A contestação, ainda que tímida, pela falta de resultados no futebol acabou por levá-lo ao primeiro sufrágio com mais do que um candidato. Também aí, em junho de 1984, se viu que não era “um” presidente mas sim “o” presidente – perante as promessas do adversário Marcelino de Brito, entre um hotel e uma mão cheia de jogadores até ao cheque de 220 mil contos para resolver os problemas dos leões, João Rocha chegou-se à frente e disse que sairia da corrida se visse tudo isso ali, na mão. Que nunca viu. E após uma longa espera durante a madrugada para apuramento de todos os votos, ganhou com um total de 82,4%.
João Rocha era astuto, inteligente. Tinha aquele dom da palavra. E foi isso que lhe permitiu, por exemplo, aumentar em quase sete vezes o número de sócios verde e brancos, que passaram de 20 mil para 136 mil. Em paralelo, foram essas características que lhe permitiram também colocar o Sporting como o primeiro clube português a visitar Angola e China depois do 25 de Abril. E visitou Ronald Reagan na Casa Branca, em 1986, quando acompanhou o campeão olímpico Carlos Lopes no convite feito pelo então presidente dos Estados Unidos.
João Rocha faleceu a 8 de Março de 2013, vítima de doença prolongada, mas o seu nome permanece vivo na memória dos sócios e adeptos do Sporting e eternizado na nova casa das modalidades do clube.
8 Março, 2019 at 21:35
O melhor presidente que o Sporting teve. Deu tudo pelo Sporting, em prejuízo da sua vida profissional. E sofria como nós pelas vitórias do clube.
Acabei há pouco de ler o (excelente) livro sobre o ano em que fomos campeões com malcolm allison e é elucidativo como o autor descreve João rocha e como dava tudo para o Sporting ganhar. Um verdadeiro Leão.
8 Março, 2019 at 21:36
Tantas fotografias para honrar o nosso Eterno Presidente e pões logo uma com esse actor de 2ª categoria!
8 Março, 2019 at 21:43
eu curto fotos icónicas. Mas estás no teu direito em discordar
8 Março, 2019 at 22:54
😈
8 Março, 2019 at 23:25
Estão ali dois grandes Presidentes.
De certeza que haverá quem também não goste de João Rocha e diga que ele era de 2ª categoria. 😉
SL
9 Março, 2019 at 0:07
+1
8 Março, 2019 at 23:30
E o mundo pergunta: quem é aquele gajo alto que está a cumprimentar o grande Presidente João Rocha? 😉
9 Março, 2019 at 1:49
No meio de tudo isto, ninguém liga ao terceiro gajo da foto que é, só, o Carlos Lopes 😀
8 Março, 2019 at 21:55
O melhor presidente da historia do Sporting Clube de Portugal.
Um homem trabalhador, metodico, empreendedor, conhecedor dos dossiers na qual imprimia uma forte dinamica tentando e conseguindo dotar o clube da modernizacao necessaria.
Joao Rocha vivia e sentia o Sporting como ninguem.
Quando ele saiu do clube em 1986 eu tinha treze anos mas ja ligava muito ao futebol e desporto em geral.
Pelo que ja li em jornais, revistas e outras publicacoes da internet e com varios testemunhos de sportinguistas nao e dificil concordar que este homem faria hoje falta ao nosso Sporting.
Creio e acredito que pela sua mente , pelo seu trabalho (esforco), pelo seu amor (dedicacao), surgiria o tal paradigma necessario ao clube a luta e a garra na procura da conquista da gloria.
Joao Rocha foi um senhor com defeitos e virtudes com proezas e erros mas foi inegavel o seu trabalho que nos levou a um periodo de grandes conquistas.
Eu ainda me lembro de demonstracoes da Ginastica do Sporting na provincia.
Um presidente ecletico, um presidente eterno de todos nos Sportinguistas.
Que bom seria ter novamente tamanha visao de projecto com cultura leonina para novamente com perseveranca e assiduidade sermos tao grandes entre os maiores da europa.
A historia fala por si e Joao Rocha pelo que a historia eterniza merece a minha singela e justa homenagem de o considerar o melhor presidente de sempre do Sporting Clube de Portugal.
SL a todos os tasqueiros.
Viva o SCP.
8 Março, 2019 at 22:09
Se me permites …
Faço tuas as minhas palavras!!!
Obrigado a João Rocha!!! Será sempre recordado como um dos melhores Presidentes do Sporting Clube de Portugal!
Que Descanse em Paz!!! Mesmo no Eterno descanso tenho a certeza que continua a vibrar com as nossas vitórias e a remoer-se com as derrotas!
SL
8 Março, 2019 at 22:03
João Rocha tinha dinheiro
João Rocha tinha boas ideias.
foi um casamento feliz.
o Sporting cresceu muito, fez-se forte.
infelizmente, hoje estamos esfarrapados.
não foi por causa do dinheiro…
foi pelas companhias que arranjámos.
8 Março, 2019 at 22:07
minha patetice da noite…
e porque não dá para escolher o carl zeiss jena, jogo sempre com o magdeburgo lá no cm… quando vou para o campeonato alemão.
8 Março, 2019 at 22:10
Meu querido Presidente…
Sei que onde estiver está a sofrer pelo seu SCP…
E quem acredita como eu … havemos de voltar a encontrar-nos.
Até lá um abraço amigo
8 Março, 2019 at 22:25
“Quando saí, deixei o clube sem dívidas, com passivo zero, jogadores valorizados zero, estádio valorizado zero, tudo a preço zero e nada reavaliado. Além disso, 300 mil metros quadrados de construção aprovada, o que em termos actuais e se o Sporting tivesse sido administrado como deve ser, faziam dele hoje um dos maiores clubes da Europa. Só nesses 300 mil metros quadrados tinha um valor de 120 milhões de contos”
“O Projeto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projeto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projeto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa”
“Depois de ter sido corrido do Conselho Leonino continuei a ir aos jogos e ao estrangeiro com a equipa. Eu e os meus filhos sempre vivemos o clube com entusiasmo. Inclusivamente, paguei prémios de jogo da minha algibeira sem estar como dirigente”
João Rocha deve estar a dar voltas ao túmulo ao ver esta nova direção do Sporting.
Até ele foi corrido do Sporting (Conselho Leonino).
Que raio de clube…
8 Março, 2019 at 22:31
Por falar em ser corrido…
“O homem não ficou indiferente ao pedido do neto, e a história do Sporting Clube de Portugal começou a ser traçada. Para que José Alvalade cumprisse então o desejo, o avô deu-lhe «duzentos mil reis» e «ainda lhe disponibilizou parte dos seus terrenos da Quinta das Mouras (que abarcava as atuais zonas do Lumiar, Campo Grande e Alvalade)», conforme se lê no site do Sporting.
E assim, em 1906, aos 21 anos, José Alvalade juntou alguns amigos ao seu projeto – entre os quais os irmãos Stromp e os irmãos Gavazzo – e fundou um clube que apontou desde logo ao sucesso. «Queremos que o Sporting seja um grande clube, tão grande como os maiores da Europa», atirou naquela que seria a primeira pedra da ambição do clube.
Para o avô, figura central desta história, ficou ainda guardada a responsabilidade de ser o primeiro presidente do Sporting Clube de Portugal – esteve no cargo até janeiro de 1910 -, tendo sido também o autor dos primeiros estatutos do clube.
Desengane-se, porém, quem acha que a relação entre José Alvalade e o seu Sporting foi sempre pacífica. Longe disso. Porque mais do que um clube, o jovem aristocrata queria elevar o desporto em Portugal.
Por essa razão, depois de ter assumido a presidência entre os anos de 1910 e 1912, José Alvalade seria afastado do clube, em novembro de 1914.”
Destaco a parte final.
Se calhar ser corrido do clube até pode mesmo ser bom sinal.
8 Março, 2019 at 22:38
O melhor testemunho do que fizeram a este clube.
Cambada de ladrões. Com a conivência de maiorias ignorantes ou de minorias com muitos votos?!
O que podíamos ter sido e o que somos……
8 Março, 2019 at 22:40
Só nesses 300 mil metros quadrados tinha um valor de 120 milhões de contos.
Contos!!!!
Em euros?
Só 600 Milhões de Euros.
Mais do que o fantástico contrato Nos a 12 anos….
8 Março, 2019 at 22:49
E foderam tudo em 1 ou 2 décadas!
Da NOS daqui a 2 ou 3 anos já não sobra nada.
8 Março, 2019 at 22:50
#GestãoDeTopo
8 Março, 2019 at 22:56
#Banqueirosdemerda
8 Março, 2019 at 23:59
120M de contos à duas ou três décadas, trazendo para os dias de hoje o valor não duplica mas não anda muito longe.
9 Março, 2019 at 7:44
Isso…
9 Março, 2019 at 8:24
Tudo fácil fácil , gestão top top
9 Março, 2019 at 0:09
Subscrevo a 100%!
9 Março, 2019 at 0:03
“…dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos”
Como não amar este visionário, espreitem esta amostra, aqui:
https://twitter.com/BolosBolasBalas/status/1104156083038359552
9 Março, 2019 at 7:46
Era um desafio interessante.
Quem tem tomates para assumir a liderança e ter como objectivo chegar a esses valores patrimoniais que deixou João Rocha?
Tens tomates assume. Não tens? ADEUS…..
8 Março, 2019 at 22:40
Eterno Presidente!
8 Março, 2019 at 22:56
A falta que faz homens como ele.
8 Março, 2019 at 22:56
Nostalgia de ver o crónico jogar.
8 Março, 2019 at 22:56
A foto diz MUITO, sobre este mandato.
Um Sporting a chegar além fronteiras, na Casa Branca com Ronald Reagan…
Isto foi de uma dimensão enorme, um momento oportuno e único na história do Sporting.
O pavilhão é uma Justa e Bonita homenagem ao homem que elevou o Sporting a outro patamar.
A seguir a isso são “30” de anos a ver a “banda” passar, com mais ou menos dinheiro, o “projecto” fica sempre a meio caminho e para trás, quando começam a ter muitas BOCAS para alimentar…
É triste mas é a realidade.
Fica a história para recordar.
Mas esta gerações mais novas de qual eu faço parte, começam a ter “momentos” para recordar, então esta maltinha de 2000′ para cá, é só tristezas, vai valendo o “pai e o avo”, que passam o Sportinguismo ao filhos e netos.
8 Março, 2019 at 22:57
começam a NÃO ter “momentos” para recordar,…*
8 Março, 2019 at 23:23
Totalmente acertado este comentario. Infelizmente, é mesmo isto.
8 Março, 2019 at 23:10
João Rocha era um presidente para um clube grande, porque tinha poder, era uma pessoa economicamente forte o que lhe dava influência. Tinha uma mansão na Estrela, não sei se ainda pertence á família, era um palácio, onde ele reunia as equipas todas do clube e ele próprio cozinhava as suas famosas paellas. Também chamava dirigentes de clubes, federações.e jornalistas que ouviam a sua palavra, pois ele era um homem com peso na sociedade e no futebol, ao contrário de outros barrabotas que são gozados e fazem pouco deles, acabando o Sporting por sair prejudicado. João Rocha se quisesse tinha mudado a história do futebol português e possivelmente o Sporting era o clube mais laureado de Portugal, quando José Maria Pedroto teve reunido com ele para assinar pelo Sporting depois de estar vários anos em Setúbal e ter feito um maravilhoso trabalho, tendo ficado várias vezes em segundo e fazer grandes trabalhos na Europa, tendo até eliminado o Liverpool e chegado às meias finais, José Maria Pedroto um homem que sabiá tudo do futebol pedir-lhe naquela altura 10 mil contos para os árbitros anualmente e com esse pedido o negócio acabou-se pois para João Rocha isso era inaceitável, pouco tempo depois Pedroto foi para as Antas juntando-se a um nível dirigente naquela altura Pinto da Costa e ensinando-lhe o AEIOU do esquema que tinha para o futebol português. O resto é história, das vitórias dos Andrades em Portugal e na Europa.
8 Março, 2019 at 23:22
Eterno. E que bem fica o nome dele no Pavilhão
8 Março, 2019 at 23:31
Só me lembro de ver um Sporting com mística á Sporting com João Rocha, Cintra (nos 90s) e o Gordo.
O resto foi mau demais. E a malta, de pullover as costas, quis mais. Do mau.
8 Março, 2019 at 23:33
Os nabos do costume sonham com um sporting corporate. Onde os medíocres do costume enchem os bolsos. E secundarizam o clube.
8 Março, 2019 at 23:31
Bela homenagem ao grande presidente, aproveito pela lembrar este excerto de uma entrevista:
“Quando saí, deixei o clube sem dívidas, com passivo zero, jogadores valorizados zero, estádio valorizado zero, tudo a preço zero e nada reavaliado. Além disso, 300 mil metros quadrados de construção aprovada, o que em termos actuais e se o Sporting tivesse sido administrado como deve ser, faziam dele hoje um dos maiores clubes da Europa. Só nesses 300 mil metros quadrados tinha um valor de 120 milhões de contos”, referiu em entrevista a Record publicada a 15 de fevereiro de 2006.
“O Projeto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projeto, porque ele não dizia. Sabia-se, apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhares de contos. O projeto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não aparecem nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa”, lamentou.
Os acéfalos que voltaram a entregar o clube ao Godinho v2.0, caso se importem verdadeiramente com o clube e não apenas com a SAD que reflictam sobre estas palavras.
A aproveito para pedir ao fantoche que faça o que quiser com a SAD, mas que não mexa no clube, os últimos 5 anos com resultados sempre positivos provam que o clube é sustentável e competitivo. Que apresente apenas os patrocínios que disse ter e que vão permitir aumentar o orçamento do clube (24M) e incluir o basquetebol. Espero, embora com pouca esperança, que eles, godinhos e croquettes nunca se lembrem de meter as patas na gestão do clube.
8 Março, 2019 at 23:34
A minha vénia. Isto é o Sporting.
8 Março, 2019 at 23:36
Desculpa S Melo, não tinha visto que já tinhas colocado esta parte da entrevista, mas nunca é demais lembrar aos sonsos que andam por aqui a bela merda que fizeram em 23/06.
Um deja vu do que foi feito pelos velhos do século passado.
8 Março, 2019 at 23:45
Um Homem e um Presidente que não se dobrava, face aos seus rivais directos. Um Presidente que amava o futebol e de igual modo as modalidades. Um Presidente que tinha a dimensão exacta da grandeza do clube e que se portava como tal, sem hesitações e sem medo.
Defeitos e virtudes são próprios de qualquer ser humano, mas foi com João Rocha que se atingiu um record de praticantes, a nível dos clubes. Homem sem medo, foi à luta com PdC, sem hesitações e taco a taco.
QUE SAUDADES!
9 Março, 2019 at 0:12
O Grande Presidente que tivemos!
O 25 de Abril, ou a mentalidade mesquinha que se seguiu, “matou” muitos dos projectos e ideias que tinha para o Clube!
Cheguei a pensar que o Bruno podia ser uma versão aproximada dele… 🙁
9 Março, 2019 at 0:30
O problema começa logo ai, no pensar que o Bruno ou o Manel, vai ser uma versão aproximada de X ou Y.
O que o João Rocha fez, fica para a história, agradecimento e respeito, é muito bonito.
Mas os tempos são outros.
O futebol mudou.
O desporto em si mudou.
A sociedade também.
e por ai vai.
O Líder tem que se adaptar ao momento e defender os interesses do Sporting.
Vir para direcção, tentar fazer ou repetir feitos do passado, é estar parado no tempo.
É parecido á conversa da 3º via ou querer um “Bruno” sem o lado “mau”, a malta anda á procura de um gajo perfeito, mas relembro que perfeição não existe, muito menos no ser humano.
O necessário é defender os interesses do Sporting, apenas e só…de uma maneira ou de outra, não tem acontecido, sobretudo no futebol.
O resto é história que só acontece no Sporting.
9 Março, 2019 at 9:20
Depois do 25 de Abril a equipa acabaria por se ressentir. A aposta no futebol acabou por não acontecer como era do pensamento de JR.
Aideia de João Rocha era de trazer pelo menos 3 bons jogadores. Marinho , defesa central da selecção brasileira.
Duda avançado do Vitória FC e Vala da Associação Académica.
9 Março, 2019 at 0:13
O melhor presidente da nossa história, de longe.
9 Março, 2019 at 0:46
Nasci em 90, não sou do tempo do João Rocha, já vi o Sporting ser campeão duas vezes, no entanto foi com BdC que o meu Sportinguismo atingiu os píncaros, o entusiasmo à volta do clube era brutal. Para mim, o melhor presidente que já vi no clube.
As gerações mais velhas têm se esquecido dos mais novos, os motivos de alegria têm sido poucos, e a divisão entre gerações cada vez é maior.
9 Março, 2019 at 0:57
Ainda hoje, lá em casa, é o presidente.
9 Março, 2019 at 10:53
Lá em casa sou eu, fdx.
Quer dizer, eu acho que sim.
9 Março, 2019 at 1:11
E por falar em João Rocha, o Rui Pedro Braz, novo colunista do jornal Sol diz que “Todos temos que ajudar o Sporting”. Estou mais descansado, acabaram os bananinhas…
https://capas.newsplex.pt/detalhe/capa_jornal_sol_09_03_2019/
9 Março, 2019 at 1:15
Está a gozar o prato, é só mais um lampião de merda que escreve o que os outros mandam.
9 Março, 2019 at 2:13
Eu sou de 62 e o João Rocha é o meu Presidente, sempre foi sempre será…
Foi com ele que aprendi a amar o hoquei do Livramento, Chana, Sobrinho, Rendeiro e Ramalhete, o Andebol do Brito e Carlos Silva, “aquela” equipa de basquete cheia de “retornados” dos Baganhas, Pinheiros e Carlos Lisboa e o Agostinho meu Deus? O que dizer? Até o Futebol nessa altura com F grande e homens á séria, o Yazalde man, o Yazalde, o Senhor Damas, o Dé, o Diniz e o Fraguito, nunca vi um jogador como o Fraguito…
Foi com ele como presidente que chorei como uma madalena, duas vezes, com o Lopes, uma de raiva, com lágrimas de sangue, literalmente (não é o seu grande cabrão de lass viren?) e outra de alegria, a alegria de ver aquele ser franzino entrar isolado no estádio Olimpico depois de correr 42Km e com ar de quem ainda dava mais umas 3 ou 4 voltas ao estádio, não tem explicação…
Festejei alguns campeonatos de futebol com o JR a presidente, para ser honesto nenhum com tanta intensidade como aquele que quebrou o jejum dos 18 anos, o pessoal festejava, ficava feliz, mas não era nada de transcendental, no fim de contas estavamos habituados a ganhar campeonatos e se não fosse num ano e no outro a seguir, era de certeza no outro…
Mas sempre houve uma “sombra negra” no SCP sempre houve uma “linhagem” de gente no SCP que desde sempre achavam que tinham mais direitos e regalias que os outros que a “arraia miuda”
Essa gente tudo fez desde sempre para torpedear e armadilhar as presidencias de cariz popular, foi assim com o JR, Jaime Duarte (que não chegou a ser) com o malogrado Bigodes e como é óbvio com BdC, sim ele cometeu alguns erros, uns muito grandes até, mas se não fosse em junho era em janeiro ou fevereiro, estava “escrito” e decidido pelos “notaveis” independentemente dos méritos de cada um, há uma força obscura no SCP que prefere ver o Clube menorizado, humilhado e derrotado do que ceder o poder e as regalias ao “povinho” e esta é a verdade, depois há os que vão na cantiga porque é tudo “gente de bem” e os que não vão em aparencias…
E eu sei exactamente do que falo porque tenho a felicidade de conviver familiarmente com um ex-director do tempo do JR e ele sabe perfeitamente os nomes dos filhos da puta que andaram a minar a presidencia do JR desde o primeiro instante, ou mais própriamente quando perceberam que o JR não era defensor dos previlégios da auto-denominada elite Sportinguista!!!
Falar de João Rocha deixa-me com sentimentos divididos, a mágoa de ele ter partido, de ter sido “corrido” do SCP encapotadamente, como foi e a nausea que me provocam certas pessoas que andam sempre com o nome dele na boca, mas que pertencem exactamente á mesma “linhagem” (pandilha é o mais correcto) que lhe fez a vida num inferno durante os 13 anos que esteve no Sporting…
João Rocha é o meu eterno Presidente…que descanse em paz!!!
SL
9 Março, 2019 at 2:51
Belo testemunho caro tasqueiro!
Muito sofremos nós… enquanto não forem revistos por completo os estatutos e acabarmos finalmente com o sistema de votação arcaico e anti-democrático “simplesmente n limpamos essa elite bafienta dali”…
Para qd um SCP livre…
9 Março, 2019 at 9:39
yeep o problema é que quem tem mais poder de voto nessas alterações são…exactamente os suspeitos do costume…
9 Março, 2019 at 8:52
Isto só demonstra que estás velho… ou como diria no ramo automóvel, um clássico.
9 Março, 2019 at 9:38
lol, mas quando estiver outra vez a 100% da operação ao joelho ainda vai dar para marcar um golinho ou outro nos nossos jogos e dar-te uma ou duas rabetas…
9 Março, 2019 at 10:54
Lá vai a bola para a Cril numa das tuas trivelas.
Até o Mantorras tinha o joelho melhor.
9 Março, 2019 at 3:01
O Presidente dos presidentes!
9 Março, 2019 at 7:56
Grande Presidente, as minhas primeiras memórias do Estádio José Alvalade e do título 81/82. Assistia aos jogos na companhia do meu Tio a quem devo o meu Sportinguismo e com Amílcar Cantarinha da secção de Andebol. Pois foi mais um dos que corremos a pontapé, seguindo-se um Amado Freitas, o Unhas, Sousa Cintra, Santana Lopes, Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco, Bettencourt, Godinho Lopes, o Grande Bruno de Carvalho e imagine-se o Fivelas…Aguenta Coração
SPORTINGGGGGG
9 Março, 2019 at 8:30
Simplesmente “O Presidente”
O resto é paisagem!!
9 Março, 2019 at 9:22
o futebol não mudou…
os tempos não mudaram…
o que mudou foi uma terceira parte que apareceu.
uma especulação chamada “agente do jogador”.
o jogador passou a chamar-se “ativo financeiro”.
uma commodity.
e é contra isso que o adepto tem de lutar.
acabar com a 3ª parte.
9 Março, 2019 at 10:55
O que assusta é saber que hoje em dia caso este senhor fosse presidente do Sporting, teria uma cambada enorme de burros a contestar porque por certo não iria existir mama para medriocridade e burros.