Nota: por motivos técnicos, a apresentação dos grupos E e F, agendada para ontem, não foi publicada. Assim sendo, juntam-se essas previsões à do grupo G, sem alterar os textos originais em função dos resultados já conhecidos.

 

GRUPO E

França: à procura de uma surpresa
A impossibilidade de contar com Ribéry foi um duro golpe para a França, mas a possibilidade de poder disputar o grupo mais fácil deste mundial poderá dar o tempo necessário para que a equipa crie rotinas e tenha uma palavra a dizer neste mundial. A atravessar um período de renovação, os gauleses colocam na montra nomes como Lloris, Varane, Pogba, Griezmann e Benzema, entre outros.

Suíça:  reino dos “ic”
Treinados por Ottmar Hitzfeld, os suíços são uma equipa certinha, compacta e pouco dada a grandes devaneios futebolísticos. Claramente apostada em ocupar o segundo lugar do grupo, os helvéticos contam com o talento de nomes como Lichtsteiner, Shaqiri e Drmic para provocar calafrios junto à baliza dos adversários. .

Equador: sem nada a perder
O que a Costa Rica fez ao Uruguai, transformando-se na grande surpresa da prova até ao momento, era o que eu perspectivava que o Equador poderia fazer. Fisicamente fortes e com um futebol de ataque – Valencia é o craque, Caicedo também brilha quando veste de amarelo – o Equador não é um adversário nada cómodo e disputará com a Suíça o acesso à fase seguinte.

Honduras: para participar na festa
Mal comparando, Rony Martínez está para a selecção hondurenha como Weah estava para a selecção da Libéria. No fundo, são eles e mais dez, sendo que esses dez dificilmente passam da mediania. Ok, pronto, Rony tem a ajuda de Palácios, mas os dois não chegam para permitir sonhar com o que quer que seja.

 

GRUPO F

Argentina: a vizinha
Para os argentinos, conquistar um campeonato do Mundo em solo brasileiro seria a verdadeira cereja no topo do bolo. Partindo como uma das selecções favoritas à vitória final, a Argentina tem grande parte da sua força na linha atacante – Messi, Aguero, Iguaín e Di Maria, por exemplo –, mas forma uma equipa muito compacta no seu todo, com jogadores experientes nos vários sectores. Deverá ganhar os três jogos do grupo sem grandes sobressaltos.

Bósnia: no reino dos “ic”
Estreante em fases finais do Campeonato do Mundo, a Bósnia apresenta um conjunto bastante sólido e que causará dificuldades a qualquer adversário. Dzeko é a figura maior de uma equipa que sabe tratar a bola e onde cabem outros jogadores a ter em linha de conta: Misimović, Pjanić, Lulić, o capitão Spahić e o redes Begović..

Irão: trancas à porta
São claramente a equipa mais fraca deste grupo. Carlos Queiroz montou uma equipa que se fecha razoavelmente bem na defesa, desafiando a paciência dos adversários, mas que poucas bolas faz chegar aos rápidos Dejagah e a Ghoochannejhad.

Nigéria: lutando por recuperar o estatuto
Quem não se lembra da selecção nigeriana onde brilhavam Rufai, Oliseh, Okocha, Amunike, Finidi, Yekini, Amokachi, entre outros? A verdade é que o estatuto de mais forte selecção africana deixou de pertencer à Nigéria, que chega a este Mundial com possibilidade de discutir o segundo lugar com a Bósnia. As suas principais figuras são Enyeama, Ambrose, Obi Mikel, Victor Moses e Shola Ameobi.

 

GRUPO G

Portugal: a incógnita Cristiano
Não há volta a dar: muito do que a selecção nacional consiga fazer neste Mundial, depende da capacidade de Ronaldo ultrapassar a lesão que o impede de estar a 100%. Depois, há outros pormenores que farão a diferença, como termos um Nani a sério, Meireles não ter que receber oxigénio a meio de um jogo, os centrais continuarem a fazer a diferença nos lances de bola parada ou o seleccionador perceber o sinal que lhe foi dado quando William entrou, frente à Suécia, no jogo que valeu o apuramento. Aliás, que outro jogo exemplifica tão bem o peso que Cristiano Ronaldo tem na nossa selecção?

Alemanha: crónicos candidatos
A selecção alemã conseguiu renovar-se e apresenta-se como uma das favoritas à vitória final, algo já assumido pelo seleccionador Joachim Low. Da baliza ao ataque, o que não faltam são soluções de enorme qualidade técnica e táctica: de Neuer e Hummels a Schweinsteiger e Muller, passando por Ozil, Gotze, Podolski ou Klose, entre outros, o que não faltam não trunfos capazes de decidir jogos.

Estados Unidos: muito mais do que marines
Os EUA deixaram de ser aquela equipa de toscos e, actualmente, dão trabalho a qualquer selecção que os defronte. A uma capacidade física bem acima da média, os americanos juntam a experiência de jogadores como Tim Howard, Altidote, Michael Bradley, Bedoya ou Clint Dempsey e a vontade de ganhar do técnico Jürgen Klinsmann.

Gana: perigo iminente 
É a peça que faltava para elevar o grau de dificuldade deste grupo e lançar a dúvida sobre quais as selecções que seguem em frente. Se conseguirem controlar a sua tendência para o anarquismo táctico, os ganeses poderão tirar partido da capacidade de jogadores como Muntari, Kevin Prince Boateng, Gyan, André Aywe ou Kwadwo Asamoah e ser uma das surpresas deste campeonato do mundo.