Regressamos com o nosso dia de futsal para falar da Taça da Liga, resultados diferentes para as nossas equipas, mas Loulé voltou a ser palco do hábito mais comum do nosso futsal: João Matos a levantar mais um caneco, por isso venham daí que temos vários jogos para falar!

FUTSAL MASCULINO – OS MELHORES DOS MELHORES

 

Sporting – Quinta dos Lombos: A segunda parte salvou

Nos quartos de final e naquele que foi o jogo que deu início a esta fase final, vencemos o Quinta dos Lombos por 7-3, mas a verdade é que tivemos uma primeira parte má que nos valeu um grande susto. Como esperado, o Quinta dos Lombos criou-nos muitos problemas. Entrámos com Matos, Merlim, Caio e Cavinato, ou seja, sem uma referência na frente e com Bernardo Paçó na baliza, ele que dispôs da primeira chance de golo deste jogo, é verdade, o primeiro remate do jogo foi do Bernardo ele que depois viria a sentir alguns problemas neste jogo. Nós começámos bem, por cima, a dispor de mais oportunidades, mas os Lombos foram crescendo, depois de alguns maus passes e erros na saída, a equipa de Jorge Monteiro subiu a linha de pressão e isso deixou-nos com algumas dificuldades, começaram a surgir mais erros na construção, mais perdas de bolas e foi quando o Bernardo começou a errar mais.

Depois de alguns sustos e desses problemas criados pelos Lombos, eles conseguiram marcar, bola parada marcada rapidamente, Murilo mesmo com pressão do Cardinal conseguiu colocar na área onde Pany viu Kaká antecipar-se e fazer o golo, estávamos assim a perder e a jogar menos do que o habitual. A nossa resposta foi imediata, bola de saída, Cavinato a criar na ala ele que cruzou para João Matos ao segundo poste empurrar para a baliza restabelecendo assim a igualdade, uma boa resposta dos nossos Leões. Tentámos subir, pressionar mais, entrou Cardinal para pressionar mais e tentar segurar a bola, mas estava uma grande luta, o Lombos continuava a conseguir sair bem e a criar-nos grandes problemas. Zicky entrou pela primeira vez a cerca de 10 minutos do intervalo, gestão natural de Nuno Dias e Zicky entrou logo a fazer a diferença. A única coisa que não ia funcionando no Lombos, era o jogo de pivot porque Tomás Paçó ia anulando o Carioca.

Num jogo tão dividido, os erros custavam ainda mais caro e foi isso que aconteceu, numa subida do Schutt concedemos muito espaço que o guardião do Lombos aproveitou, depois Rodriguinho avançou sem oposição e conseguiu colocar no Milton Dias que na cara do Bernardo não desperdiçou e marcou, erro nosso na pressão e na defesa. Nuno Dias parou logo o jogo para acordar a equipa, batendo na tecla da nossa pressão que estava a falhar e ainda na questão dos erros na nossa saída, foi aqui que também entrou o Guitta depois de todos os erros do Bernardo, foi um dia mau para o jovem guarda-redes, logo depois fizemos a quinta falta e ainda nos colocámos em maiores problemas. Com Guitta começámos a ter mais posse, guarda-redes subido, foi aqui que o Lombos começou a sentir algumas dificuldades e de forma natural chegámos ao golo, depois de algumas oportunidades, golo de Merlim, o mago a inventar a jogada e a rematar sem dar hipóteses ao Schutt. Tudo empatado, Sporting com um primeiro tempo menos bom.

Na segunda-parte, voltámos a entrar sem pivot, algo normal, tentativa desde cedo de ter uma equipa mais móvel com Matos, Tomás, Merlim e Cavi, depois entrou Waltinho, mas a verdade é que entrámos muito melhor, a pressionar mais alto, o Lombos deixou de conseguir sair sem problemas, Guitta avançava e criava mais problemas ao Lombos e a nossa saída voltou a ser a que nós conhecemos. Estávamos por cima, a dispor de mais oportunidades e o golo com a nossa primeira vantagem a chegar de forma natural, reposição lateral de Pany que colocou em Caio e este devolveu ao Pany que rematou sem dar qualquer hipótese ao Schutt num dos melhores desta Taça da Liga. Estávamos melhores, começaram a aparecer ainda mais as grandes figuras como Pany, mas além da pressão que exercíamos ao Lombos, ainda estávamos uma equipa muito mais dinâmica e bem mais forte. Não demorou muito para surgir novo golo nosso, mais uma bola parada, Merlim a colocar à entrada da área para o Cavi que rematou de primeira a meia altura, Schutt defendeu e na recarga à boca da baliza, Zicky não perdoou e marcou. Só dava Sporting, Jorge Monteiro parou o jogo, tentou mudar, voltou a chamar à atenção à pressão, mas a verdade é que éramos nós que estávamos melhores, muito agressivos, sem erros na saída e a impedir que o Lombos conseguisse sair e ter bola. O quinto golo também não tardou, uma recuperação de bola do Tomás, saída rápida com Zicky a colocar no Caio este devolveu ao nosso pivot na profundidade e depois de rodar e ganhar, Zicky colocou em Tomás Paçó que sentou o Rodriguinho e bateu o Schutt, quinto golo, total domínio do Sporting e víamos uma equipa mais à nossa imagem e bem diferente do que tínhamos tido no primeiro tempo.

O jogo nunca acalmou, o Lombos tentou subir as linhas, pressionar mais, o Schutt passou a adiantar-se mais em busca de mais posse, mais estávamos realmente muito bem e a controlar a partida, o Lombos apesar do Schutt estar bem, não ia conseguindo chegar perto da nossa baliza. Lombos ainda apostou no 5×4 e foi já nessa situação de jogo que voltámos a marcar, sem Erick defendemos o 5×4 com Pany, Matos, Miguel Ângelo e Waltinho e foi numa recuperação de Pany que surgiu o sexto golo, ele que roubou a bola, arrancou e assistiu o Waltinho ao segundo poste. O Lombos marcou logo depois, Murilo arrancou e com um remate surpresa ainda reduziu, o Lombos recebeu aqui uma ligeira motivação, mas a verdade é que não resultou em mais nada, estávamos melhores e até ao final o maior destaque foi o golo de Cardinal que assim regressava aos golos. Jogo nosso, depois de uns primeiros 20 minutos maus, demos a volta, tivemos uma segunda parte à nossa imagem e sem dar qualquer chance ao Lombos, vitória inequívoca e muito pelo melhor treinador do mundo, Nuno Dias voltou a brilhar muito neste jogo.

 

Sporting – Eléctrico: Superioridade e classe

No dia seguinte, defrontámos e vencemos o Elétrico por 7-1 nas meias-finais, este já um jogo totalmente dominado por nós apesar dos sustos e dos problemas que a equipa de João Freitas Pinto nos criou. Começámos melhor, uma entrada totalmente diferente do jogo anterior, com a aposta inicial a recair em Guitta na baliza, Tomás, Matos, Cavi e Merlim, entrámos a pressionar muito alto, Zicky foi a primeira aposta, trocou com o Matos e desde os primeiros momentos deste jogo que se viu aquilo que iria ser o jogo, o Eléctrico a tentar construir, nós a pressionarmos muito alto e a criarmos problemas ao conjunto de Ponte de Sôr. André Correia não demorou para mostrar que ia ser um obstáculo complicado, mas depois de alguns remates, algumas chances chegámos ao golo, Guitta a subir pela primeira vez na quadra, ninguém saiu na pressão e o nosso guardião rematou sem dar hipóteses ao André Correia e estava assim feito o nosso primeiro golo neste jogo. Neste golo surge um dos momentos mais bonitos desta Taça da Liga, Guitta marcou e correu de imediato para abraçar o Bernardo, ele que havia tido um dia mau com o Lombos e por isso mesmo o simbolismo e o peso deste gesto, Guitta a revelar o porquê de ser o melhor do mundo.

O Eléctrico rodou a equipa, lançou o Hugo Neves, o Célio Coque e o Russo, tentaram pressionar mais alto, mas fomos nós que voltámos a marcar, canto de Merlim para Cavinato que sozinho rematou para o fundo das redes com a bola ainda a desviar no Ygor Mota, a defesa zona do Eléctrico a não funcionar. João Freitas Pinto parou o jogo logo de seguida, a equipa melhorou, depois de um remate do Merlim ao poste, o Eléctrico saiu rápido, Neves a colocar no Ygor Mota que rematou muito forte para fazer aquele que acabou por ser o tento de honra da equipa, um belo golo diga-se, mas que não abalou a nossa equipa. O jogo foi relançado com aquele golo, um pouco mais de equilíbrio, mas a verdade é que continuávamos melhores e com o controlo do jogo, o Eléctrico subiu na partida, a muita qualidade da equipa passou a estar mais à vista, mas dava Sporting apenas e só. Depois de várias oportunidades para ambos os lados, mas em maior número para nós, depois da boa gestão da posse que íamos fazendo surgiu o nosso terceiro golo, bola parada trabalhada por Paulo Luís, pois foi o nosso adjunto a passar a estratégia para esta bola parada e na marcação, Cavi a surpreender ao colocar no Merlim que fintou e rematou muito forte, fazendo assim o golo numa bola parada muito bem trabalhada e que surpreendeu, porque ainda não tínhamos visto esta cobrança. Mais Sporting, vantagem mais que justa, fomos melhores e por isso o 3-1 ao intervalo fruto de um primeiro tempo muito bom e onde conseguimos anular o Eléctrico.

No segundo tempo, ainda mais posse e ainda mais controlo, conseguimos gerir ainda mais, entrámos logo a criar perigo, mas a verdade é que deu ainda mais Sporting. Mais remates, mais domínio e mais oportunidades, por isso mesmo o nosso golo surge mais uma vez de forma natural, Cavinato a pressionar alto na saída do Eléctrico o Célio Coque que tentou sair em drible, Cavi pressionou, recuperou e marcou fazendo assim o quarto e deixando a nossa equipa ainda mais confortável na partida. O quinto golo também não demorou muito, estávamos com mais posse e num lance onde o Guitta subiu, chegámos ao golo, troca de bola deixando o Eléctrico ainda mais desequilibrado, o esférico chegou ao Pauleta que estava isolado na ala e rematou colocado e sem oposição, belo golo e só dava mesmo Sporting. Logo de seguida, já com Erick na quadra, ele que estava de regresso depois da lesão, chegámos novamente ao golo, uma bola parada marcada por Pany para o segundo poste com o nosso regressado Erick a encostar para o golo. Até ao final ainda um novo golo, mais um de Erick que assim regressou da melhor forma depois da lesão e o regresso do Bernardo Paçó à baliza, somou mais uns minutos muito bons, meia dúzia de excelentes intervenções e a provar que o outro dia foi apenas um mau dia.

Grande jogo, o Eléctrico mostrou muita qualidade, em especial o Hugo Neves, que quem já acompanha aqui há algum tempo, sabe que é um jogador que gosto e neste jogo foi um dos melhores do Eléctrico, a verdade é que fomos muito melhores, soubemos gerir a posse, a utilização do plantel e jogámos muito bem, um belo jogo e uma exibição completa da nossa equipa que não deu espaço para que o adversário surgisse.

 

Sporting – SL Benfica: Quarta Taça com muito suor e sangue

Na final, o esperado, defrontámos o nosso maior rival e vencemos por 5-2, naquela que foi a nossa sexta final e a com o triunfo desempatámos com o Benfica e passámos a ter mais Taças da Liga, temos agora quatro Taças da Liga.

Já toda a gente falou da arbitragem e prefiro falar do jogo, obviamente que a arbitragem não foi a melhor, mas a verdade é que errou para os dois lados e não foi a equipa de arbitragem que decidiu este jogo, mas assim a nossa equipa e o belo jogo que fizemos. O jogo como habitualmente começou “quentinho”, muito pouco futsal, mal se jogou nos primeiros minutos com muitos duelos, muitos confrontos, agressões, provocações e demasiado além do que um jogo destes merecia, estávamos a ver um duelo de wrestling e não de futsal, felizmente e depois de alguns minutos maus, as coisas melhoraram. Falando do jogo, entrámos com Guitta, Tomás, Matos, Cavi e Merlim, o nosso 5 habitual, depois como também é habitual a primeira rotação que nos trouxe Erick, Pauleta e Pany em troca de Cavi, Tomás e Merlim, nada de novo aqui, uma aposta na mobilidade e na capacidade defensiva, principalmente o Erick que entrou para o duelo com o Jacaré, ele que depois dos confrontos e dos momentos mais “quentinhos” acabou por sair lesionado.

Assim que se começou a jogar, fomos nós a assumir, a ter mais posse e a ficarmos mais perto do golo, que surgiu ainda dentro dos primeiros 8 minutos, uma jogada de ataque nossa, troca de bola, Zicky e Cardinal a arrastarem marcações e Merlim a rematar à entrada da área sem hipóteses para o André Sousa e estava assim feito o primeiro golo deste jogo. Nervos à flor da pele, muita intensidade, estávamos na frente e por cima neste encontro. André Sousa depois de sofrer o golo começou a surgir com defesas importantes que nos foram impedindo de dilatar a vantagem. Rocha já havia sido expulso e com isso o Benfica sentia problemas no ataque, isto porque faltava a peça mais importante, Arthur foi assumindo protagonismo, mas faltava a referência na frente que conseguisse segurar a bola de costas para a nossa baliza, algo que Zicky ia conseguindo fazer do outro lado com um grande duelo entre o nosso pivot e o Rómulo, um dos maiores duelos desta partida. Guitta sempre presente, nos melhores momentos do Benfica surgia Guitta a fechar a nossa baliza. Chegámos às 5 faltas ainda a 3 minutos do intervalo e com isso, Nuno Dias para o jogo para um dos melhores momentos deste jogo, a pausa técnica onde Nuno Dias deu mais uma vez uma aula.

Depois deste momento fantástico, mais Sporting, continuávamos melhores e até ao intervalo ainda conseguimos voltar a marcar, numa jogada de ataque do Benfica, Zicky recupera a bola ao Chishkala, coloca no Cavi que conduziu, colocou no Merlim e este puxando para dentro rematou de pé direito entre as pernas do André Sousa para o golo. Vantagem de dois golos, resultado justo face ao que tivemos no primeiro tempo, demorou para se jogar, mas assim que se jogou fomos melhores e superiores ao Benfica, apesar de ser sempre um jogo animado e equilibrado.

No segundo tempo, até foi o Benfica a começar melhor, mais uma vez o Arthur a estar em evidência, mas a verdade é que não demorou para que o ascendente voltasse a ser nosso, sempre a conseguir defender bem, a segurar a posse e nos momentos em que eles iam estando por cima surgia Guitta e a nossa boa defesa. Organização sempre, alguns sustos, mas estávamos melhores e a controlar a partida. Ao Benfica valia o André Sousa a impedir que conseguíssemos aumentar a vantagem, mas a verdade é que depois de várias ocasiões defendidas pelo André, o nosso terceiro golo surgiu, bola parada marcada pelo Pany, com o Zicky a arrastar marcações e a defesa zonal do Benfica a deixar espaço que o Pauleta sozinho ao segundo poste aproveitou para fazer o nosso terceiro golo.

Baixámos um pouco a intensidade com este golo, conseguíamos ter mais posse, estar por cima, mas este baixar de intensidade levou a que o Benfica conseguisse marcar, erro de Miguel Ângelo e Pauleta na nossa saída, Benfica a recuperar por intermédio de Bruno Cintra, bola a sobrar para o Hemni que rematou para a defesa de Guiita e na recarga o Bruno Cintra reduziu. Este golo sofrido serviu para se voltar a subir linhas, voltámos à pressão alta e ao ritmo elevado, mais posse também e claro, mais intensidade para que não voltasse a acontecer um erro como este na nossa saída. A verdade é que o Benfica voltou a acreditar, também eles subiram a pressão, tentavam procurar o nosso erro e foi isso que aconteceu, perda de bola, eles conseguem sair rápido e para travar o Chishkala o Cavinato acabou por fazer falta. Na marcação da falta, Arthur rematou forte e o russo desviou ao segundo poste onde estava sozinho, estava assim ainda mais ao rubro a partida.

Este foi o golo que nos acordou em definitivo, aqui sim voltámos a assumir a partida, entrou Zicky, Pany ainda mais em jogo e com isso voltámos a estar mais perto de voltar a marcar, depois do bom período do Benfica, erámos nós de novo que estávamos no comando da partida, mais Sporting, mais oportunidades e por isso mesmo novo golo a surgir de forma natural. Ataque organizado, trocas de bola que criaram problemas na marcação do Benfica, Zicky a segurar o Afonso e o Nilson por dentro, Pauleta arrancou com a bola na ala, foi até à linha de fundo e à entrada da área surgiu Pany com um míssil a fazer o 4-2, momento decisivo porque foi aqui que carimbamos a vitória com mais um grande golo do Pany que mais uma vez apareceu no momento certo. Pany é aquele jogador que não falha, que aparece nos melhores e piores momentos, que não se esconde, que além do que faz na defesa e no ataque, ainda marca golaços destes.

Novamente vantagem de dois golos, estávamos por cima, agora ainda mais no controlo do jogo e com o Benfica a ficar mais “desnorteado” na partida. Mais posse, controlo de jogo, Benfica ainda tentou o 5×4 com o Hemni a ser o guarda-redes avançado, a verdade é que mesmo com as nossas ausências somos os melhores a defender esta situação de jogo e por isso mesmo o Benfica pouco conseguiu incomodar. Defendemos o 5×4 com Matos, Pany, Merlim e Cardinal, poucos remates o Benfica fez, ainda nos assustaram com as duas bolas nos ferros, mas a verdade é que fomos nós a marcar, corte do Matos em cima do Hemni, bola a sobrar para o Cardinal que conduziu e assistiu o Pany para o 5-2 final com que vencemos esta Taça da Liga. Vitória incontestável, fomos muito superiores, jogámos melhor, estivemos por cima e na gestão do encontro a maior parte da partida e somámos aqui mais um troféu, mais um caneco conquistado com muito suor, sangue e um jogo de muita qualidade só ao nível dos melhores.

Para terminar as palavras de Nuno Dias, mais uma vez o mister falou muito bem. Aqui já depois da festa, já molhado, mas com declarações que dizem muito do porquê desta ser a melhor equipa do mundo.

No próximo sábado, dia 5, pelas 19 horas, recebemos o Fundão no Pavilhão do Leões de Porto Salvo num jogo a contar para a 17ª jornada. Falamos claro de uma equipa complicada, uma das mais fortes da Liga Placard, que depois de um período menos bom, voltou a estar muito bem, estão numa serie de 4 vitórias nos últimos 5 jogos, perdendo o último com o Azeméis por 4-0 para a Taça da Liga, foi a surpresa desta edição diga-se, mas a verdade é que não nos podemos esquecer que já perdemos com este adversário esta época. O Fundão deve jogar com, Luan Muller na baliza, depois Peléh, Bebé, Mário Freitas e o Yuri Bahia, além destes ainda têm nomes como o Thalles, o Nem, o Kutchy e o Felipe Leite. Falamos de uma equipa muito bem trabalhada pelo Nuno Couto, equipa muito bem organizada, defendem muito bem, agora com o Luan tem um guarda-redes que joga bem com os pés e sabe sair a jogar, depois são uma equipa intensa, agressiva, que sabem muito bem o que fazer à bola e que não vão precisar de muito para chegar ao golo. Vai ser um ótimo teste pós-Taça, não podemos dormir e vai de certeza ser um duelo muito complicado e provavelmente o jogo da jornada.

 

Futsal Feminino: Derrota merecida, mas que não reflete a real diferença entre as equipas

No caso das nossas leoas, foi diferente, tínhamos pela frente o Nun’Álvares nas meias-finais e acabámos por perder, 5-1 foi o resultado que não espelha a diferença entre as duas equipas, revela que ainda precisamos de subir uns degraus e assim acabámos por não conseguir chegar à final caindo perante a equipa que viria a vencer derrotando o Benfica mais de 100 jogos depois.

Antes do jogo em si, destacar estas duas imagens. Como podemos ver, temos a camisola da nossa Cris e da Débora Queiroz, as duas ficaram de fora por lesão e o grupo não se esqueceu delas, mesmo longe estiveram ao lado da equipa, uma demonstração brutal da força deste grupo, algo que é ótimo de se ver e que revela bem um dos pontos mais fortes e mais importantes desta nossa equipa.

 

No jogo, estrámos sem a Cris, a nossa habitual titular de fora e com isso a aposta recaiu sobre Carlota Galvão, jovem guarda-redes de apenas 18 anos e que não era titular desde o jogo para a Taça de Portugal no princípio de janeiro, além da Carlota, o mister Márcio Marcelino apostou na Débora Venâncio, Inês Pombo, Inês Lima e Ana Alves. As fafenses entraram a ter bola, nada que não fosse esperado, queriam ter mais posse desde cedo e foi isso que foi acontecendo, com a Carlota a entrar cedo em ação mostrando que nem a idade, nem a falta de jogos pesava. Boas intervenções da Carlota revelando o que já disse aqui, estamos muito bem servidos de jovens talentos e a Carlota é um deles. Depois desse começo melhor do Nun’Álvares fomos subindo de rendimento, subindo as linhas e começámos a criar algumas oportunidades com a Ana Alves em grande destaque.

Apesar sempre do Nun’Álvares estar melhor, ascendente desde os primeiros instantes, a primeira-parte foi equilibrada, conseguimos travar a força da equipa de Fafe, conseguimos criar perigo junto da baliza da Maria Odete que voltou a mostrar o porquê de ser uma das melhores guardiãs nacionais e internacionais. A rotação do Sporting foi sempre funcionando, entrou a Carolina Pedreira que entrou muito bem, mais uma vez a ala desequilibrou, mostrou a sua capacidade técnica, além dela a Débora Lavrador também entrou bem, foi lançada trocando com a Ana Alves, Márcio Marcelino buscava assim a velocidade, o nosso 4×0 que funcionou muito bem, isto porque a Cristiana Gonçalves dava equilíbrio, a Venâncio mostrava de novo a sua qualidade na saída e depois a Pedreira e a Lavrador criavam muitos problemas à defesa fafense. Estávamos dentro do jogo, pressão alta, mais posse para o Nun’Álvares, mas nós a chegar perto da baliza delas com perigo e por diversas ocasiões. Foram várias as oportunidades que não conseguimos marcar e isso acabou por fazer a diferença com a segunda parte melhor do Nun’Álvares. Primeiro tempo em que tivemos um ataque organizado, bloco a pressionar alto e a criar problemas ao Nun’Álvares, impedimos sempre os contra-ataques do conjunto de Pedro Nobre, nos primeiros 20 minutos raramente conseguiram explorar e ter espaços nas nossas costas e nas poucas vezes que conseguiram estava lá a Carlota. Foi uma primeira parte ótima, muito disputada e que apesar do ascendente delas, estávamos no jogo, em muitos momentos até fomos melhores e a falta de eficácia era o que estava a fazer a diferença e acabou por fazer mesmo quando olhamos para os segundos vinte minutos. Destacar ainda o quarteto com que terminámos a primeira parte, Cristiana, Lavrador, Pedreira e Ana Alves, deu muito ao nosso jogo, conseguimos anular a Carla Vanessa e ainda conseguimos ter posse e algum controlo do jogo, mas sempre conseguíamos sair rápido e com perigo, mas faltou mesmo foi marcar, é repetir muito, mas a verdade é que foi isso que ditou este desaire.

No segundo tempo entrámos com a Pombo no lugar da Cristiana, mas o Nun’Álvares subiu as linhas de pressão, passaram a ter sempre vantagem no ataque, no primeiro tempo uma das nossas vantagens foi sempre defender com mais uma jogadora, o 3×2 que nos dava superioridade e nos segundos vinte minutos isso mudou, além disso ainda cresceu a Cátia Morgado, mais espaço e a magia de uma das melhores do mundo voltou a surgir e isso deixou-nos com ainda mais dificuldades. O Nun’Álvares estava mais pressionante, começámos a perder mais bolas na nossa saída, fomos ficando cada vez mais perto da nossa baliza e a pressão alta e a agressividade das fafenses iam-nos deixando com cada vez mais problemas.

O primeiro golo surge numa saída nossa, a Carlota a colocar na Inês Pombo com a mão, era a jogadora que estava mais próxima, tentativa de sair desde trás, a verdade é que a Inês com a pressão perde a bola, comete falta, o Nun’Álvares marca rápido e a Ana Pires apareceu sozinha na cara da Carlota e não desperdiçou inaugurando o marcador. Conseguimos reagir, mesmo com algumas dificuldades ainda conseguíamos nesta altura criar perigo junto da baliza da Maria Odete. Depois de alguma insistência conseguimos chegar ao golo, pressão alta, erro do Nun’Álvares a colocar a bola fora e na marcação a Inês Lima marcou rápido, a Ana Alves e a Débora Venâncio ganharam nos bloqueios e a bola sobrou para a Cristiana Gonçalves que à entrada da área rematou muito forte para o golo, ganhávamos aqui novo ânimo com este tento do empate. Voltamos a dispor de nova oportunidade depois, o Nun’Álvares sentiu o golo, perderam a bola na saída, nós lançámos rápido em profundidade, a Maria Odete faz falta sobre a Inês Lima, vê amarelo o que deixava claro que tinham acusado o golo e com isso disponhamos de um livre perigoso que nos podia levar ao empate, a verdade é que não conseguimos aproveitar e pouco depois, mais um erro na saída, desta vez a Inês Lima a ser pressionada pela Cátia Morgado, a perder a bola e a Cátia colocou na Carla Vanessa que assim marcou aquele que viria a ser o golo mais determinante desta partida. Sentimos muito este golo, começamos a errar mais, ainda apareceu em maior evidência a Cátia Morgado e com isso não demorou para que o Nun’Álvares voltasse a surgir, antes ainda tivemos uma grande chance, mas a Inês Lima não conseguiu marcar à boca da baliza e pouco depois novo golo fafense, perda de bola da Ana Alves que faz falta sobre a Taninha e na marcação, Cátia Morgado assistiu a Pisko que rematou rasteiro sem hipótese para a Carlota Galvão e estava assim fechado o jogo. Nós não desistimos, nunca baixámos os braços e fomos atrás até ao fim, mas a verdade é que dois golos foram duros golpes que nos deitaram abaixo, além disso o Nun’Álvares estava muito bem na partida e ficaram ainda mais confortáveis com a vantagem de dois golos.

O jogo ganhou velocidade, as fafenses estavam no controlo da partida, Márcio Marcelino tentava, a nossa equipa mesmo com mais problemas conseguia ter algumas chances e depois de uma nova oportunidade que não conseguimos marcar, o Nun’Álvares voltou a chegar ao golo, Liana Alves no lado direito a inventar uma jogada, a arrastar a nossa defesa que abriu espaço para a Taninha que ao segundo poste e completamente sozinha voltou a bater a nossa Carlota. Márcio Marcelino parou o jogo, lançou o 5×4 com a Débora Lavrador como guarda-redes avançada, conseguimos trocar a bola, estivemos bem, com uma posse perigosa, a chegar perto da baliza da Maria Odete, a dispor de algumas oportunidades, mas a verdade é que ou a Maria defendia ou a bola passava perto, com isso o tempo ia passando, íamos tendo posse, mas não conseguíamos marcar. Bolas na trave, Maria Odete a defender tudo e com isso foi o Nun’Álvares a voltar a marcar, jogada de ataque, troca de bola e Cátia Morgado a descobrir a Ana Pires que bisava e fechava assim o placar dessa meia-final. Jogo complicado, resultado pesado, o Nun’Álvares venceu e bem, mereceram este triunfo, mas o resultado é pesado para o que fizemos, merecíamos mais aqui a falta de eficácia pesou muito e fez novamente a diferença, mas como eu disse, este resultado não reflete a diferença entre as equipas, basta ver os jogos para perceber isso, é preciso investir e dar mais condições a esta equipa, para deixar esta diferença para trás. Muita qualidade, o jogo foi excelente, foi dos melhores deste fim de semana e ficou à vista apenas que mais um “push” no orçamento, mais aposta e podemos vencer as nossas rivais.

Agora vamos ter pausa para as seleções, a nossa equipa só volta em abril, por isso falar da convocatória da nossa Carolina Pedreira para o Campeonato da Europa, a nossa leoa vai estar em Gondomar na discussão do título europeu, ainda vai cair uma jogadora, mas dificilmente será a Pedreira. Parabéns à nossa leoa que merece muito esta convocatória.

Ficou aqui o nosso dia do futsal na Tasca do Cherba, vivemos momentos complicados, espero que todos os que estão a ler estejam bem, é difícil não ter a guerra na mente, mas falámos aqui sobre mais um caneco conquistado, mais futsal leonino analisado e espero que tenham gostado, até para a semana para mais um dia de futsal.

 

*quando a bola roda na quadra, o Zé Ricardo mostra que está mais atento que o mister Nuno Dias e traz-nos todas as novidades do Futsal