A 14 de Maio de 2000, após um triunfo em Paranhos frente ao Salgueiros, o Sporting sagrou-se campeão Nacional. Tinha 15 anos e pela primeira vez estava a festejar um título do “meu” Sporting.
Poucos se lembram ou sabem que nesse domingo, Portugal sagrou-se campeão Europeu de Sub 16, em Israel, com a presença dos leõezinhos Carlos Marques, Hugo Valdir, Hugo Viana, João Paiva e Ricardo Quaresma. Todos eles titulares na vitória, frente à Chéquia, por 2-1. Custódio foi posteriormente, contratado ao VSC.
Se já tinha interesse por futebol de formação (tendo assistido a vários jogos do campeonato Nacional de Juniores, com FC Porto e Boavista envolvidos, que me deram a conhecer Ricardo Carvalho, Ricardo Costa, Postiga ou Bosingwa), esse foi o dia que me despertou paixão pelas jovens promessas, pois achava que com aqueles talentos o Sporting seria uma potência mundial!
Os meus pais tiveram uma papelaria durante quase 30 anos e desde sempre, devorei as publicações de futebol (ignorando nos jornais diários as notícias das modalidades, algo que ainda hoje faço) e o gosto pela modalidade ultrapassava a prática como federado.
No dia 18/08/2001, vi ao vivo, pela primeira vez, alguns dos jogadores do Sporting que tinham vencido o Europeu. Estiveram ao serviço da equipa B, num amigável disputado em Mangualde. Fiquei encantado e quando cheguei a casa, estava a ser disputada a segunda jornada da Primeira Liga 01/02, com o Sporting a perder 1-0 frente ao Belenenses. O resultado fixou-se nos 3-0.
Durante o desenrolar do jogo, disse ao meu pai que o Sporting tinha, na equipa B, o jogador que o meio-campo precisava (jogaram Paulo Bento, Rui Bento e o checo Horvath). Esse jogador era o esquerdino Hugo Viana.
Curiosamente, dois dias depois, Hugo Viana foi a principal novidade na lista de convocados de Laszlo Boloni, para um jogo particular do Sporting, frente ao Celta de Vigo, a 21/08/2021. Hugo Viana estreou-se pela equipa principal e nunca mais saiu da equipa.
A partir daí, estreou-se na seleção principal (a 14/01/2001, num particular frente a Angola), foi campeão Nacional pelo Sporting, convocado para o Mundial 2002 e transferido para o Newcastle por 12,5 milhões de euros (transformando-se no jogador mais caro com a sua idade na história do futebol mundial).
O percurso de Hugo Viana deixou-me convencido (eu tinha apenas 17 anos) que a formação era o melhor caminho. O aparecimento do jovem Cristiano Ronaldo, na pré-epoca 2002/2003, apenas veio fortalecer essa convicção.
Passado um ano, após inauguração do novo Estádio de Alvalade, o prodígio madeirense foi transferido para o Manchester United, transformando-se no melhor jogador da história.
Antes da transferência de CR7, assisti ao vivo, em Maio de 2003, à vitória de Portugal, frente a Espanha (de Adán e David Silva) no Europeu Sub 17, disputado em Viseu, com a presença dos leões Mário Felgueiras, Miguel Veloso, João Moutinho, e Carlos Saleiro. Acompanhar as seleções, quando se deslocavam ao meu distrito, sempre foi uma pretensão, mas o Europeu foi especial, pois estava cada vez mais convicto da importância da formação.
Nesse mesmo ano, em Outubro, deixei o meu distrito para ir estudar para a cidade dos estudantes. Durante o curso, não deixei cair a paixão pelo futebol de formação, pois aumentou a possibilidade de assistir a mais jogos dos mais jovens.
Em 2006, comecei a fazer uma base de dados com todos os jogadores da formação do Sporting, desde o escalão de Iniciados à equipa principal.
Ainda em 2006, tive influência na contratação de um jogador da formação do Boavista para o clube da minha terra (disputava a II Divisão B), que passado um ano regressou ao Bessa e chegou à Seleção Sub 21.
Em 2007, tive preponderância na contratação de um jogador da formação do VSC, igualmente para o clube da minha terra. Durante esse ano chegou à Seleção Nacional Sub 20, despertando interesse de Nacional, Braga e SL Benfica. Assinou pelos madeirenses por 5 anos, com uma remuneração fantástica para um jovem da sua idade.
Ambos os jogadores fizeram belas carreiras e ainda hoje jogam, com 36 e 35 anos, na Liga 3 e II Liga respetivamente, sendo os capitães de equipa.
Nos anos seguintes, fui várias vezes consultado por dois treinadores com o curso de quarto nível da UEFA. Curiosamente desaconselhei a contratação de três jogadores da formação do Sporting (que acabaram por terminar a carreira precocemente).
Tendo terminado o curso em Coimbra, em 2007, passado poucos meses, fui trabalhar para a Região Oeste de Portugal, o que me permitiu adquirir muito conhecimento de futebol de formação, pela possibilidade de acompanhar as mais diversas equipas do Sporting, bem como as seleções nacionais jovens.
Com conhecimento de futebol de formação nacional, nomeadamente do Sporting das gerações de 82 até à fantástica geração de 88, foi a partir da geração de 89 que aprofundei mais conhecimento, por assistir ao vivo a um maior número de jogos.
No sentido da estabilidade financeira, optei por apenas manter a paixão pelo futebol, investindo na minha carreira profissional.
Em 2012 decidi ir trabalhar para Lisboa, para estar mais perto do “meu” Sporting, evitar inúmeras viagens, adquirir a minha primeira Gamebox e estar mais perto de Alcochete.
Nesse ano, conheci a minha mulher que curiosamente tem um primo que jogou no Sporting até aos juniores, fazendo parte da geração de 88 (Rui Patrício, Daniel Carriço, João Gonçalves, João Martins, Fábio Paím…). Quando falámos dele, eu sabia melhor o seu percurso que a própria prima.
Ao longo dos anos, no âmbito da minha profissão, tenho-me cruzado com muita gente do mundo do futebol. Alguns ligados ao scouting e que ficaram admirados com os meus conhecimentos sobre a formação. Surgiram convites, mas a estabilidade da minha vida pessoal e profissional, foi sempre a prioridade. Mas tal, não me impediu de muitas “horas de jogo” dos Iniciados B à equipa principal. Poucos serão os que “gastam” mais horas do que eu. Mas talvez existam outros com mais “horas de Sporting”, pois continuo sem despender qualquer tempo com modalidades.
Em 2018, criei conta no Twitter, durante muito tempo com a minha verdadeira identidade. Contudo, com a minha presença frequente nas bancadas de Alcochete, não me queria expor e criei o sporting_343.
Passado algum tempo, de um momento para o outro tinha convites para a elaboração de crónicas para A Tasca do Cherba e para marcar presença num Podcast do Sporting Táctico.
Ao longo destes anos de paixão pela formação, “sofri” muitas desilusões e frustrações, pois muitos jogadores não atingiram o nível que eu acreditava (Fábio Paim, Diogo Rosado, Diogo Tobias Figueiredo, Iuri Medeiros, Betinho, Joelson…).
Mas também tive vários casos em que a minha intuição estava certa (como os campeões europeus Rui Patrício, Adrien Silva, Cedric Soares, William Carvalho e João Mário). Ainda me lembro quando em 2017, no jogo de apresentação do Sporting contra o Mónaco, em que estava em campo Mbappé, com 19 anos, poucos dias antes da sua saída para o PSG, disse a quem estava a meu lado, que tínhamos na formação um “Mbappé”, de seu nome Rafael Leão e esse grande Sportinguista, com 50 anos de sócio, riu-se. Agora imagine-se a desilusão que tive quando ele rescindiu, bem como quando Bruma forçou a saída ou Demiral foi vendido ao desbarato.
A chegada de Rúben Amorim fez-me acreditar que a aposta na formação que sempre defendi (alicerçada em jogadores experientes e de qualidade inequívoca), seria uma realidade e os primeiros meses confirmaram essa ideia. A alegria provocada pela conquista do título em 20/21, ficará na memória. O projeto estava consolidado e a formação estava incluída no mesmo.
Contudo, com o passar do tempo, provavelmente pela pressão das vitórias e os resultados mais desfavoráveis, a aposta da formação tem-se diluído, com vários jogadores a fazerem parte do plantel de forma fictícia.
Em momento algum a aposta na formação, tem de ultrapassar a importância dos resultados desportivos. O que me deixa desiludido é a forma como tem sido feita a gestão dos miúdos que “chegam à equipa principal”, cuja evolução não está a decorrer de forma condizente com o seu potencial, havendo casos de estagnação.
O elevador A/B (com a paragem na equipa principal a limitar-se aos treinos), poderá prejudicar Afonso Moreira e João Muniz. Como tem prejudicado Essugo e Rodrigo Ribeiro e prejudicou Mateus Fernandes e Nazinho no ano passado. O único que se fixou foi Chermiti, que até vinha de uma paragem de 5 meses por pubalgia. Estreou-se num derby, sem qualquer minuto na época 22/23!
O tempo passa e ninguém dentro da estrutura questiona a importância de uma equipa B na segunda liga. Todos os jogadores mencionados, beneficiariam com a mesma. A subida à equipa principal aconteceria, quando os jogadores estivessem realmente preparados.
Para além dos miúdos da formação, facilitaria a integração de promessas recrutadas internacionalmente e a contratação das mesmas. Evitando assim situações de gestão errática, como a que se verificou com Fatawu, que apenas era lançado em situações desfavoráveis e contra adversários de elevado calibre.
Muitos destes miúdos fazem a semana de treinos com a equipa principal e chegam ao fim de semana e não têm competição, limitando a sua ação ao banco de suplentes. Ou então fazem um/ dois treinos com a equipa B e jogam na Liga 3, num sistema tático diferente daquele que treinam na maioria do seu ciclo de treinos. Algo que tem influência no rendimento, mas que se continua a ignorar na academia, nomeadamente por Cellikaya que está a cumprir a quarta época na equipa B e ainda não decidiu colocar a mesma a jogar com a disposição da equipa A.
Serei sempre defensor de que um jogador, tem de subir à equipa principal, se mostrar capacidade para tal e unicamente se for para ser aposta consistente. E isso não significa a titularidade. Mas também que não seja para convocatórias em jeito de visita de estudo ou prémio de mérito.
Nos escalões mais jovens, a gestão do Modelo Centrado no Jogador, também tem algumas inconsistências, semelhantes à gestão da equipa principal, apesar de melhorias em relação às épocas transatas.
Alguns estranham eu pedir Geovany Quenda na equipa B, mas também pedir (por exemplo) Pedro Sanca na equipa de Juniores. Tal acontece, pois devem ser atendidos os aspetos físicos, técnicos, táticos e psicológicos dos jogadores. Como tal um juvenil poderá estar preparado para a equipa B, mas um júnior de segundo ano, poderá ter de estar nos Sub 19, se não competir nos B ou Sub 23. Isso não tira valor ao jogador, mas sim respeita o seu grau de desenvolvimento. Por exemplo, Gonçalo Inácio e Geny Catamo, como juniores de segundo ano, disputaram campeonato nacional de juniores.
Por mais evidentes que sejam os benefícios dos treinos, os jogadores precisam de competir. Não se aumenta a competitividade, a confiança e a “fome” dos jogadores, se não jogarem. Os benefícios fisiológicos da competição estão estudados cientificamente. Até jogadores como Nani, subiram diretamente dos juniores para equipa principal, no primeiro ano de sénior. Mas claro que se os jogadores estiverem preparado para queimar etapas e forem utilizados nos escalões acima, esse é o cenário ideal. Mas se não estiverem a competir, queimar etapas, deixa de fazer sentido.
Estes assuntos já os tinha abordado, mas houve um conjunto de situações recentes que me fizeram tomar uma decisão.
Na receção ao Arouca, Rúben Amorim após o golo do empate do Arouca, optou pela entrada de Eduardo Quaresma. Quando estava para entrar, o treinador voltou a chamá-lo, o jogador vestiu o colete, dirigiu-se para a zona de aquecimento, e em poucos segundo volta a ser chamado para ir a jogo. Esta situação foi percecionada por poucos e acredito que tenha trazido ansiedade extra para quem estava a estrear-se no campeonato. Tanto que aos 63 minutos (5 minutos depois de entrar em campo), já estava amarelado. Aos 68 minutos o Sporting fez o 2-1. Aos 80 e poucos minutos vi Neto a aquecer e disse ao meu companheiro e amigo de Gamebox, que se Amorim substituísse Quaresma me iria embora. Aos 87 minutos o Arouca ficou reduzido a 10 e no minuto seguinte Neto entrou para o lugar de Quaresma. Como sou um homem de palavra, abandonei Alvalade.
A substituição de Eduardo Quaresma foi algo que me incomodou e que tirou racionalidade. Naquela substituição, para mim, não era só o Edu que estava a ser substituído, mas sim “toda a nossa formação”. Após a expulsão de Rafael Fernandes (curiosamente o suplente de Edu na nossa formação), no sentido de preservar o jogador, Ruben Amorim deveria ter cancelado a substituição, acreditando que tal não iria condicionar a vitória do Sporting, que obviamente é o mais importante.
Mais recentemente, a ausência de Rodrigo Ribeiro e Afonso Moreira (estava apto e já tinha jogado pela equipa B frente à equipa principal, uma semana antes) dos convocados, frente a uma equipa do quinto escalão nacional, deixou-me dúvidas se a aposta na formação não passa de propaganda em vez de ser uma realidade. Se os jogadores não estão preparados para enfrentar o Ol. Moscavide, têm de estar fixos na equipa B.
Quanto à necessidade dos jogadores readquirirem o ritmo competitivo, imposto pela pausa das Seleções, deixo duas questões: “Será a intensidade de um jogo, contra uma equipa da distrital, superior a um treino de conjunto de uma equipa como o Sporting?”; “Se os jogadores que não competem nas pausas competitivas, precisam de ter minutos contra uma equipa da distrital, para estarem aptos frente ao Rakow e Boavista, vamos esperar que os miúdos que jogam na equipa principal, de dois em dois meses, tenham rendimento?”.
Assim, existe um conjunto de situações, que me deixam desagradado e desiludido, não querendo entrar num caminho de crítica fácil, o que para mim seria tóxico, pois poderia estar a influenciar negativamente a opinião dos sportinguistas.
A minha paixão pelo Sporting é demasiado grande e vai continuar igual, com presença constante em Alvalade e assídua em Alcochete. Apenas o sporting_343 deixa de comentar no Twitter e de fazer crónicas semanais para A Tasca do Cherba.
Espero ter contribuído para alguma paixão pelo futebol de formação, despedindo-me com aquele que é atualmente, o meu 11 favorito da formação (excluindo aqueles que já jogaram oficialmente pela equipa principal como Essugo, Esteves, Rodrigo Ribeiro e Afonso Moreira):
Diego Callai
Atanásio Cunha
Rafael Mota
João Muniz
Leonardo Barroso
Rafael Camacho
João Simões
Júlio Vieira
Geovany Quenda
Gabi Silva
Yanick Filipe
Saudações Leoninas,
Bruno
*”Crónicas para Formação Lovers é um espaço da autoria de sporting_343
27 Outubro, 2023 at 12:21
espero que seja um até já.
abraço e obrigado pela dedicação colocada nos textos
27 Outubro, 2023 at 12:35
“disse a quem estava a meu lado, que tínhamos na formação um “Mbappé”, de seu nome Rafael Leão”
Pensei e escrevi o mesmo até aqui pela tasca.
É um jogador geracional.
Completamente adaptado ao futebol moderno.
Atualmente não vejo tal prodígios na formação em Portugal.
Belo texto.
Concordo sobretudo que é urgente sair da liga3 e subir á 2.
27 Outubro, 2023 at 12:46
Como eu disse e estou farto de dizer
Não há qualquer projecto ou aposta na formação.
Há uma navegação à vista com objectivo de manter em funções, vender e retirar o máximo de comissões, calar a boca aos sportinguistas que criticam.
Não há qualquer gestão da formação nem um projecto baseado nisso.
27 Outubro, 2023 at 13:02
Enquanto lia o post pensava “este post tem muito sumo para ser comentado”, isso em relação a actual gestão da formação do Sporting. Vou deixar para logo pois esta semana o trabalho não tem permitido nem acompanhar as modalidades…
E obrigado pelas crónicas. Soube a pouco…
SL
27 Outubro, 2023 at 13:24
A gestão dos jovens é feita para ter titulos de jornais…aposta e amorinho na mesma frase é uma incongruência
27 Outubro, 2023 at 13:45
Fdx
27 Outubro, 2023 at 14:48
Epahhhh….que pena!!
Era grande rubrica. Daquelas que era preciso ler com tempo e digerir….
Não deixes de escrever por discordares de politicas e de como as coisas são feitas. Apesar de toda a gente preferir escrever bem do que mal, acho mais importante escrevermos quando achamos que as coisas não estão a ser bem feitas do que o contrário.
É apenas uma questão da forma como se escreve, se não te sentes à vontade para ser demasiado brusco…
28 Outubro, 2023 at 13:55
Não perceber que isto é o degradar do associativismo.
O rapaz já não quer comentar, não é por não consegui criticar é por não se rever neste clube que aprendeu a amar.
SL
Tadeu
( desculpa A. Costa, mas pelos vistos o Dono da tasca ainda não fez as pazes com quem lhe deu o nome ao tasco )
28 Outubro, 2023 at 14:20
Caro Acosta (Tadeu),
Entendeste a minha posição na perfeição.
Ao longo destes meses, tenho encontrado uma certa tendência para a cegueira, o que me deixa desiludido. Nenhum treinador, dirigente ou presidente, poderá estar acima do clube.
Vou dar um exemplo claro.
As escolhas de Rúben Amorim, reduziram a probabilidade do Sporting vencer a Youth League 22/23.
Muitos defenderam que aquilo que interessava era a equipa principal e a YL não servia para nada.
Como se não fosse uma excelente montra (vide a transferência de Renato Veiga, que se deu a conhecer na competição) e um excelente espaço competitivo para a evolução dos jogadores.
Sabendo que o acesso à Liga dos Campeões estava complicado, vencer a YL 22/23, garantia à excelente geração de 2005 a participação em 23/24 (e provavelmente a luta pela vitória na competição).
Mesmo sem o Sporting vencer a edição 22/23 e a equipa principal não marcar presença na Champions, existia uma terceira via para a presença na edição 23/24.
Vencer o Campeonato Nacional de Juniores. Mas o Sporting não quis sequer descer os jogadores que faziam parte dos Sub 23, cuja competição já tinha terminado.
Ninguém pode achar isto normal, mas infelizmente não é isto que acontece!
Obrigado pelas palavras de todos!
SL
27 Outubro, 2023 at 16:01
Um excelente texto. Quanto a isso nao vou comentar mais porque acho que todos terao a mesma opinião.
Porem o texto traz à tona uma cultura que se tem instalado no Sportinguista 2.0. Que é esta:
“existe um conjunto de situações, que me deixam desagradado e desiludido, não querendo entrar num caminho de crítica fácil, o que para mim seria tóxico, pois poderia estar a influenciar negativamente a opinião dos sportinguistas.”
Epah desculpem, mas isto é o quê? Uma auto censura? Nao é muito mais tóxico a omissão perante o rei que vai nu?
Instalou-se no universo Sportinguista a ideia que criticar é toxico, mesmo que fundamentado em factos! Para discordar tem que ae usar pinças. Nao se poden”influenciar negativamente a opiniao dos Sportinguistas”.
Epah, desculpem lá. Isto é mesmo o primeiro passo para o abismo. Quando a ideia se se ser bom ou correto, passa pela omissão, pelo calar, pela falta de coragem de se ser inconveniente para com quem manda.
27 Outubro, 2023 at 17:16
É mesmo isto!
Completamente de acordo.
Z
27 Outubro, 2023 at 17:22
Muito isso…
Quando escolhemos comer e calar, é quando nos resignamos…
E a resignação é o primeiro passo para o fim…
Se toda a gente pensar assim, o Sporting não dura 10 anos…
27 Outubro, 2023 at 22:46
Concordo, Lyonne!
27 Outubro, 2023 at 16:42
Quando apresentas uma opinião fundamentada e a muitos pensam que está tudo bem, questionas quem afinal está errado.
E quando estás a dispensar tempo da vida pessoal em prol dessa argumentação e tens alguns a deturpar opiniões, deixa de fazer sentido.
27 Outubro, 2023 at 22:26
É tanto isto ….!!!!
27 Outubro, 2023 at 17:02
Existem muitos mitos com pés de barro neste Sportinguezinho graças à melhor imprensa que eu me lembro em 30 e muitos anos. Mas a aposta da formação, tanto do Capitão cobardolas como do treinador autista deve ser o maior deles.
Uma completa Terraplanagem para dar lugar a Bolasies, Doumbias, Eduardos, Rosiers, Vinagres, Trincões, Rochinhas, Artures, Tanlongos, Soitiris, etc, etc, etc a lista é longa e cansativa.
O que o estruturado fez a Quaresma para mim também foi a gota de água. É de uma imbecilidade, falta de senso e autismo exasperantes.
Obrigado pelas crónicas e que seja até já.
27 Outubro, 2023 at 21:13
Belíssimo texto. Apenas para sócios e adeptos lerem e degustarem.
Muitos desses jovens seriam e espero eu, serão o futuro do Sporting.
Ontem, depois de ver pela milésima vez uma paupérrima exibição do clube na Europa, quantos destes jovens não seriam titulares em vez das mais que nulidades Esgaio, Paulinho, Mateus reis, Trincao, etc, etc, etc.
Precisamos de sangue novo, como o nosso mestre da tática, o supra sumo Amendoim precisa de ideias novas e muitos afilhados para pôr a jogar.
É constrangedor ver um grande clube submisso por outro dos distritais do futebol europeu, apenas e só por culpa do mesmo amendoim que continua a insistir nos seus afilhados discípulos, em prol dos verdadeiros profissionais da bola.
A única coisa positiva deste milionésimo jogo de merda do Sporting dos últimos 40 anos, é que o único verdadeiro reforço vai jogar fresco, fruto da sua substituição ( expulsão) do último jogo.
Cada vez mais farto destes merdas que regem o clube, o supra sumo Amendoim e do capitão bananas, que receberam um cheque em branco aquando o último título. Enquanto houver palas nos olhos e cenouras à frente dos cornos, o associado do campo grande FC irá sempre tecer loas e hossanas a estes iluminados da bola.
Segunda à mais.
27 Outubro, 2023 at 21:27
Obrigado Bruno. Espero que seja um até já.
Afinal de contas através do Twitter do Sporting 343 deste-me a conhecer um dos jogadores que actualmente mais me encanta na formação, Rafael Camacho… e não estou a falar da m**** comprada a preço de ouro pelos incompetentes….
27 Outubro, 2023 at 21:48
Obrigado, Bruno. Felicidades.
27 Outubro, 2023 at 22:40
Excelentes crónicas.
Um abraço!
27 Outubro, 2023 at 22:48
Olha, lamento porque gostava de ler o que escreves.
Desejo-te boa sorte.
28 Outubro, 2023 at 10:19
Bom dia, quem dedica parte do seu tempo desta forma, merece tudo de bom.
Permite que te diga que não deves deixar de escrever a tua opinião, não permitas que te castrem esse dom.
Como diz o Max, Sporting Sempre!
Até o império romano caiu de podre.
28 Outubro, 2023 at 16:58
Valdir, Carlos Marques, João Paiva…fora os que todos passaram a conhecer, eram dos que esperava que desse algo. Antes tivemos a geração do Carlos Martins, Lourenço, Beto e do Santamaria. Esta foi a primeira geração de formação que acompanhei. Um rapaz que conheço pertenceu a essa equipa e contava coisas engraçadas. Havia um Dionísio que tinha claramente mais idade que na realidade. Havia um Gisvi. Vasco Faísca, que hoje é treinador pertenceu a essa equipa também.
Desde então também fui sempre tendo atenção às equipas mais jovens. Não com esse nível de conhecimento. Nem de perto. Mas houve muitos nomes que também pensei que dessem mais do que deram. Dos que me lembro mais, foi o Diogo Rosado e o Ibrahim Rabiu, que veio rotulado de futuro craque, num negócio tipo Fatawu. Esperava muito mais do Betinho, avançado da geração do Iuri Medeiros, equipa que fez uma belíssima campanha na Nextgen Series.
Hoje em dia sigo menos. Vejo sempre que posso os jogos da equipa B ou resumos dos Sub-23 ou Juniores.
Hoje, o jogador que mais me chama a atenção é o Manuel Kissanga. O Quenda também, mas o Kissanga joga que se desunha! A ver se mantém.
Que tenhamos oportunidade de poder ir sabendo mais sobre a rapaziada mais nova.
E que a política que hoje se pratica (ou não) passe a ser de aposta efetiva e não para português ver.
Abraço
28 Outubro, 2023 at 17:50
O Lourenço e o Beto (na altura era conhecido pelo Beto II) também jogaram o jogo da B que falei
O Gisvi de forma milagrosa chegou a jogar na equipa principal com Boloni.
O Rabiu Ibrahim era fantástico. Chegou ao Sporting dps de se ter sagrado campeão do mundo S17, tendo sido o segundo melhor jogador da competição a seguir a Toni Kroos (um ano mais velho). Vencemos a corrida ao Real Madrid que ainda fez proposta ao Sporting, dps do nigeriano assinar por nós.
Foi ainda pior gerido que Fatawu (o que é difícil).
Gosto muito de Kissanga também. Esperamos que a altura não condicione a sua afirmação
28 Outubro, 2023 at 18:23
Texto fantástico, parabéns.
As entradas em diversos jogos de:
Nazinho, Fatawu, Moreira, Essugo, Mateus Fernandes, Chermity … e mais recentemente de Fresneda, são tudo menos a aposta na formação.
Foi um lançar às feras e logo se vê. E o que se vê é que os miúdos facilmente são encostados em detrimento de outros com lugar como que cativo.
Entre muita coisa, é este um dos factores que me faz não gostar do treinador.
29 Outubro, 2023 at 15:40
Este Sporting tem o “prazer” de ver os verdadeiros Sportinguistas desinteressados em deixar de contribuir.
Por outro lado gosta de premiar quem pouco ou nada faz por isso. Sem me querer alongar, no penúltimo jogo em casa estava um convidado de honra do presidente do Sporting, com que este quer fazer uma parceria de negócio. O quê que isso tem a ver com o Sporting? Nada, mas faz jeito ao gago mental.
Habituem-se, o velho Sporting está de volta com todo o seu esplendor de porcaria e compadrio.
1 Novembro, 2023 at 13:07
Caro Bruno, aka sporting_343,
o que é que eu posso fazer para contribuir para que isto seja só um “até já”?
Vou sentir muito a falta destas crónicas. Uma boa parte do meu sportinguismo passa pela formação. Como vivo no estrangeiro é-me difícil acompanhar como gostaria …
Estas crónicas permitiam-me, entre outras coisas, ir antecipando na minha cabeça a estreia de um miúdo na equipa principal, o que é sempre um motivo de felicidade para um Sportinguista da minha espécie.
Quanto à crónica, totalmente de acordo com a aparente falta de estratégia. Acho que é óbvio que existe pouco espaço para os miúdos na equipa principal – o que é normal. Mais difícil de perceber, e portanto de aceitar, é a falta de aposta nas competições em que os miúdos realmente podem competir. A equipa B, a jogar no mesmo sistema táctico da A e na 2a Liga, devia ser uma prioridade inquestionável!!!
Enfim, tenho esperança que cheguemos lá para o ano e que entretanto voltem as crónicas para FormaçãoLovers como eu.
Portanto, um Até Já e Obrigado!