sportingxelxi«Não me é fácil estar muito feliz quando o Sporting empata ou perde. Mas, para ser justo com os jogadores, considero que foi um grande jogo, uma festa que começou nas bancadas com mais de 40 mil pessoas, que realmente fizeram o espectáculo do início ao fim do jogo e mostraram, uma vez mais, que temos os melhores adeptos do mundo […] A segunda parte foi quase perfeita e, por isso, percebo que os adeptos tenham ficado contentes. O Rui foi soberbo e outros jogadores estiveram muito bem. Pessoalmente não consigo ficar assim tão feliz, mas devo sublinhar que os jogadores dignificaram a camisola, que dignificaram o clube. Esforçaram-se e quiseram do princípio ao fim. É isso que eu lhes peço, por isso, tenho de estar contente, mas feliz fico com outros resultados. O meu nível de exigência é grande […] Estou convicto de que com o trabalho que está a ser feito, outros resultados virão»

As palavras de Bruno de Carvalho, proferidas à margem da assinatura da parceria com o New England Revolution, da Major League Soccer (MLS), agradaram-me bastante. Confesso que não tinha achado a coisa mais correcta e lógica, aquela ida à SportingTV para afirmar que o empate na Eslovénia o havia chocado tanto como a derrota da selecção nacional, com a Albânia. Aliás, acredito que no balneário, o descontentamento tenha sido transmitido de forma ainda menos simpática.
Podem dizer-me que um presidente está lá para exigir e eu concordarei. Não concordo, até porque não foi isso que vi nesse empate com o Maribor, é que o presidente faça declarações públicas que parecem colocar em causa o empenho dos jogadores e o trabalho desenvolvido pela equipa técnica. Aliás, Bruno, se estás a ler isto, fica sabendo que a minha opinião é que és bem capaz de ter ido buscar o treinador que entrará para o top 3 das minhas preferências nos últimos 25 anos, juntando-se a Robson e a Jozic.

As palavras proferidas agora, no rescaldo da derrota com o Chelsea, parecem-me bem mais justas e ponderadas. Passam uma mensagem de confiança para a equipa técnica e para o plantel. Servem, até, de resposta a quem questionava o nível de exigência de quem elogiou a prestação da equipa: podemos estar contentes e orgulhoso, podemos acreditar no trabalho que vemos transposto para o relvado, sem com isso passarmos a usar um babete onde se lê «fico feliz quando o meu Sporting perde».

No fundo, é isto, Bruno. Ponderação quando a cabeça está quente e confiança nas pessoas com quem escolheste trabalhar. Quando estiveres mesmo irritado, arranja um nick e deita cá pra fora aqui na Tasca! Ah, se estiveres com o Maurício, manda-lhe um abraço de rápidas melhoras e diz-lhe que todos sabemos que nem só de Ronaldos, Figos e Balakovs se faz a história do Sporting Clube de Portugal!