Com mais de 30 troféus na carreira, entre Sporting e seleção portuguesa, em que se destacam oito títulos nacionais, um Mundial e dois Europeus, o ala luso mostrou ‘fome’ por mais.
“Falta fazer tudo de novo mais uma vez e mais outra vez. A cada época que termina, eu volto cá para baixo da montanha, analiso, corrijo, descanso e volto a trepar a montanha mais uma vez, porque eu acho que só assim é que faz sentido”, começou dizer o tetracampeão nacional pelos leões, em entrevista à agência Lusa.
Representar o clube lisboeta é estar “constantemente à procura da vitória”, muito por culpa da equipa técnica de Nuno Dias e dos colegas que se “alimentam” de triunfos, segundo o atual melhor jogador do mundo da modalidade.
“Primeiro, estou num clube em que o seu ADN está constantemente à procura da vitória, a equipa técnica comandada pelo Nuno Dias não sabe estar nem viver de outra maneira, felizmente. E estou rodeado de colegas que também se alimentam de vitórias diárias, vitórias ao fim de semana e vitórias ao fim de cada competição”, confidenciou à Lusa.
Face a esta mentalidade, Pany Varela referiu que “por natureza já é competitivo” e, por isso, acaba por andar “sempre a caça de mais títulos e de mais vitórias”.
Num ano que culminou com a conquista do quarto campeonato nacional seguido, diante do SC Braga, e da Taça da Liga, contra o Benfica, faltou ser mais “competente” na Liga dos Campeões, na qual o Sporting caiu perante espanhóis do Barcelona nas meias-finais.
“Faltou-nos ser competentes, essencialmente no capítulo da finalização e na defesa não consentir alguns golos que acabámos por consentir. Ao nível que nós estamos e contra os adversários que nós apanhámos nesse tipo de competições, há erros que não podemos cometer, porque vamos pagar caro, e acabamos por pagar”, lamentou.
Contudo, há sempre boas ilações a tirar mesmo quando se perde, pelo que, para Varela, o “importante foi analisar, corrigir, olhar para a frente e cumprir com os objetivos”.
Sobre a competitividade da Liga portuguesa, o internacional português em 92 ocasiões defendeu que há “cada vez mais jogos equilibrados, equipas melhor orientadas e com melhores jogadores”.
“O jogador português está cada vez melhor e também acho que é um processo natural. Se o Sporting tem estado quase sempre nas decisões, eu acho que é muito mais por mérito. Obviamente que não competimos sozinhos, sabemos disso, mas eu acho que o campeonato português não tem falta de competitividade e isso nota-se quando nós vamos jogar com equipas estrangeiras”, argumentou.
A caminho de cumprir a nona temporada de ‘leão ao peito’ e com contrato até 2026, o futuro passa por continuar no tetracampeão nacional, embora não feche portas a uma saída, após ter representado, até ao momento, apenas clubes portugueses.
“Eu estou muito bem no Sporting. Se surgir a oportunidade, não é descabido. Nunca fechei portas para o futuro e só a Deus pertence, mas quando se está num clube como o Sporting, que ano após ano luta para conquistar todas as competições, vou lá para fora porquê? Posso até ir, estamos a falar disto hoje, amanhã não sei”, concluiu.
22 Junho, 2024 at 8:17
Panny no seu melhor, Máquina.
22 Junho, 2024 at 10:48
A entrevista do João Matos está espetacular. Um senhor que merece um lugar na estrutura do Sporting para sempre. Seria excelente nas camadas jovens de todas as modalidades
22 Junho, 2024 at 11:03
Estátua.
22 Junho, 2024 at 11:24
Duas excelentes entrevistas do Varela e do Zicky.
Era aproveitar e esfregar nas trombas dos ratos de esgoto que rescindiram em 2018, e para os que pensam em fazer merdas do mesmo.
O sportinguimo deste dois, do João Matos, da restante equipa e equipa técnica dão autênticas chapadas de luva branca aos propalados notáveis e à rataria, que na maioria das vezes não põem os pés no estádio ou no pavilhão, mas não perdem uma oportunidade para se porem em bicos de pés nas CMTV e afins, com as asneiras que vomitam.
Estes nunca desiludem.
22 Junho, 2024 at 12:10
Antes dos atletas, estão sempre os seres humanos, os homens (no caso) que eles são ou não são. Quando estes são fraquinhos e/ou mal formados, pouco há a fazer. Esse episódio foi um “toque de acordar” brutal.
22 Junho, 2024 at 15:09
É disso que tenho medo no futebol de 11, os “homens” estão a sair todos, Neto, Paulinho…Até podem vir melhores jogadores, mas se lhes faltar “isso” arriscamo-nos a ficar pior…