Nos últimos dias (e particularmente após a venda da Olívia Smith para o Liverpool),vários tasqueiros retomaram o debate já recorrente sobre a necessidade de maior investimento da Sporting SAD no FF.
Procuro seguir sempre esse debate com bastante interesse porque entendo que: 1º – todas as opiniões são justificadas, desde que queiram (como geralmente acontece) expressar o modo como cada leão pensa o seu Clube e se preocupa com o seu presente e futuro; 2º – todas essas opiniões são tanto mais válidas quanto mais visem ser expressas com respeito pelas opiniões dos outros e quanto mais procurem ser sustentadas em argumentação racional e coerente e em dados factuais comprováveis.
Os exemplos, com maior ou menor expressão, de comentários contaminantes do dedate sério, são sabiamente permitidos pelo dono da Tasca, o que faz com que qualquer insensata “bebedeira” que nesta se verifique não afecte significativamente o ambiente sadio de irmandade vivido pela maioria dos seus frequentadores, maioria que reage à desviante insensatez reconhecendo esses desvarios como … a “espuma dos dias” que não deve ser confundida com o essencial … e o essencial é que numa boa Tasca o seu ambiente não “permite” que as más “bebedeiras” estraguem os “bons petiscos”
Feita esta “delaração prévia de interesses”, vou procurar apresentar alguns dados que (acredito) podem ajudar a “estruturar” uma resposta mais racional e assertiva ao dilema identificado no título deste post. E, depois, exponho-me com agrado ao Vosso comentário crítico e opinião construtiva.
I – A expansão e desenvolvimento global do FF.
Tomemos como dados “estatísticos” que sustentam a inegável verdade desta afirmação os principais dados de assistências dos Mundiais e Europeus desde 2015 (apenas há 9 anos atrás):
a) Mundial 2015, Canadá (1º ano que passa de 16 para 24 equipas): nos estádios – 49 jogos total 1.251.936 espectadores (média 25.549/jogo) – jogo da final (EUA 5 vs Japão 2), Vancouver, 53.471 espectadores; na TV, o jogo da final (direitos de transm.exclusiva da cadeia americana Fox) só nos EUA, mais de 27% das pessoas que estavam com TV ligada escolheram o canal para assistir ao jogo da final; esse número só foi superado (em TODOS os eventos desportivos dos EUA desse ano) pelo 6º jogo da final da NBA (e ultrapassou até os números da final da Super Bowl).
b) Europeu 2017, Países Baixos: nos estádios – 31 jogos total 240.839 espectadores (média 7.179/jogo) – jogo da final (Países Baixos 4 vs Dinamarca 2), Enschede, 28.182 espectadores. Não consegui dados fiáveis sobre assistências televisivas.
c) Mundial 2019, França: ao vivo – 49 jogos total 1.085.277 espectadores (média 21.706/jogo) – final (EUA 2 vs P.Baixos 0), Lyon, 57.900 espectadores (novo record no FF); na TV, os direitos de transmissão en sinal aberto foram distribuidos por 14 cadeias de 8 países e os números globais de assistências apontam para um crescimento de cerca de 500% comparativamente ao Mundial de 2015
d) Europeu 2022, Ingaterra: ao vivo – 31 jogos, total 578.130 espectadores (média 18.139/jogo) – jogo inaugural, Old Trafford, 68.871 (record em jogos de seleções femininas, até então) – final (Inglaterra 1 vs Áustria 0), Wembley, 87.192 espectadores (novo record absoluto em jogos de Campeonatos da Europa de FF e FM !!). Este evento marca em definitivo a afirmação da evolução do FF na Europa.
c) Mundial 2023, Austrália/Nova Zelândia (1º ano que passa de 24 para 32 equipas): nos estádios – 60 jogos total 2.159.303 espectadores (média 35.993/jogo) – jogo da final (Espanha 1 vs Inglaterra 0), Sidney, 75.784 espectadores (novo record no FF); na TV, os números globais totais de teleespectadores apontam para mais um crescimento de cerca de 300% comparativamente ao Mundial de 2019 (o que mesmo com mais 12 jogos, dado o crescimento anterior, é uum dado assinalável O Mundial reforça o peso qualitativa da eUropa no panorama continental do FF (6 equipas europeias nos quartos de final, a Austrália e o Japão; nas meias-finais, 3 europeias e a Austrália; a final foi “europeia”).
II – AS MUDANÇAS QUE ESTÃO A REVOLUCIONAR O MERCADO do FF
Os dados estatísticos apresentados no item anterior já são indicadores do enorme potencial de crescimento financeiro e económico propocionado pelo progresso da actratividade do FF na última década. Também apontam para uma deslocação continental dos principais centros desse mercado (que se movem dos continentes americano – EUA, Canadá, Brasil – e asiático – China, Japão – para a Europa Ocidental e Central – Inglaterra, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suiça e Áustria).
Curiosamente, também se verifica uma tendência para “descomprimir” a regulação excessiva do mercado específico do FF, liberando mais o mercado no benefício preferencial dos direitos económicos das jogadoras, invertendo, assim a anterior tendência de preferir a “defesa” dos Clubes. Nos debates da Tasca, quem primeiro me chamou a atenção para a factualidade dessa tendência foi o “Sou Sporting” (4 Jul 2024, 18:02) com o seguinte comentário, que passo a citar:
«Caro Álvaro. Com as alterações e novas dinâmicas, que estão a ser criadas na América do Norte. Com uma nova Liga Profissional, com calendário europeu e sem drafts, assim como a Super 8 Canadiana, nos mesmos moldes e com a atual WNSL a ter que investir para não ser ultrapassada e juntando a Liga Mexicana, em crescendo. Estou em crer que a Olivia Smith, terá sido a última jogadora de nível mundial a cruzar o Atlântico. Pelo menos de lá para cá».
Relevo especialmente as alterações aos Regulamentos competitivos da NWSL que “acaba” com os Drafts e liberaliza muitas das restrições às composições dos plantéis, nomeadamente com aumentos significativos dos tectos salarias, individuais e globais; isso pode vir a significar que, tal como o Sou Sporting refere, as transferências norte-transatlãnticas entre jogadoras que jogam nos 2 continentes passem a ser dominadas pelo sentido leste-oeste (Europa para EUA/Canadá). No entanto, embora seja um dado importante na definição da valorização das jogadoras, não creio que isso vá tão cedo ser determinante para alterar a tendência de um mercado de transferências dominado pelos países mais “fortes” da Europa Ocidental.
Ou seja, esse é mais um elemento a juntar-se ao crescimento exponencial do mercado de consumidores do produto FF, que fará subir o preço das jogadoras; mas a curto prazo até vai beneficiar mais Inglaterra, Espanha, França e Itália (onde o mercado cresceu muito mais que nos EUA e Canadá e, apesar de ainda haver algumas diferenças “de cultura” (desportiva e de género), essa diferença enquanto tendência é enorme e torna-se um íman para as jogadoras americanas.
Retomemos os factos: após o Mundial de 2019, realizado em França, a boa prestação da Inglaterra, consequência da persistente aposta da Fedederação inglesa, a F.A. ou Football Association, [expressa quer no apoio a uma estrutura forte de seleções nacionais, quer no incentivo aos Clubes históricos para uma participação empenhada no sucesso da FASWL (Super Women’s League, o campeonato nacional principal) e da FA Women’s Championship (o campeonato nacional secundário)], gera uma onda nacional de otimismo no futuro do FF em Inglaterra que une todos (Clubes, Federação, Liga, público e patrocinadores) no desiderato de aproveitar a organização inglesa do próximo Euro (previsto para 2021, mas que só se viria a realizar em 2022 devido à COVID) para o tornar um evento de sucesso tão absoluto, que pudesse recentrar na Europa (e em particular na Inglaterra) o “comando” do desenvolvimento competitivo e da expansão comercial do FF.
Já vimos como a Inglaterra foi bastante bem sucedida nesse objetivo. E são os números das estatísticas desse Euro que, em boa parte, justificam a atração da Inglaterra para várias jogadoras que actuavam na NWSL (principal campeonato dos EUA): o campeonato inglês e a cada vez mais competitiva UEFA Women’s Champions League eram as montras mais apetecíveis para as craques da NWSL. Mas outro factor era ainda mais relevante, a compreensão da FA da necessidade de acompanhar os crescentes anseios e reivindicações das jogadoras profissionais levaram a uma maior liberação dos regulamentos de competições dando mais margem aos clubes para a livre negociação contratual num mercado de transferência que, assim, também crescia. No verão de 2019, o Chelsea concretiza uma transferência até então impensável: a ponta de lança australiana Sam Kerr, melhor goleadora da NWSL por 3 anos consecutivos, é contratada às Chicago Red Stars por 275.000€ e é-lhe oferecido um contrato em que passaria a auferir mais de 600.000 euros anuais, o que correspondia a cerca de 15 vezes o salário máximo então permitido às jogadoras da NWSL e quase 2 vezes o tecto máximo da folha salárial anual total para cada equipasa competir na NWSL.
Estava aberta a “caixa de Pandora”. A maior parte das jogadoras dos então 9 Clubes profissionais da NWSL dos EUA e dos 8 Clubes profissionais da Super Liga canadiana,não tinham contratos de mais de um ano, as que tinham raramente eram “cobertas” por cláusulas de rescisão e, quando o eram, essas eram risíveis para o poder económico e a maior liberdade contratual dos maiores clubes ingleses ou franceses.
Cedo, em Espanha e na Itália também perceberam essas nuances da recente expansão global do FF e os Clubes com maior capacidade económica começam também a fazer os seus investimentos de vulto. Em Espanha, o Barcelona aposta forte não só na conquista da posição então hegemónica do Atlético Madrid a nível nacional, como ainda na disputa da posição hegemónica do Lyon na Champions e é bem sucedido em ambos os casos: isso gera uma tentativa de resposta nacional do Atlético e a entrada em cena no FF espanhol do Real Madrid. Em França, o PSG investe ainda mais forte para roubar a hegemonia nacional ao Lyon. Em Itália, a AS Roma junta-se aos crónicos Juventus e Fiorentina e conquista os campeonato em 2023 e 2024. Em Inglaterra, o Man. United adere ao FF em 2019, disputando a Championship e sobe à FASWL onde a concorrência com o rival City, o crónico Chelsea e os reforçados Arsenal e Liverpool geram um campeonato que, cada vez mais, rivaliza com o correspondente masculino na conquista de públicos televisivos globais e de super-sponsors (em Inglat,, já existem, para as 2 principais divisões do FF, negociações centralizadas de direitos televisivos, com a distribuição das receitas anuais determinadas pelos méritos competitivo da época cessante).
III – O QUE EMPERRA AS MUDANÇAS No FF PORTUGUÊS
O principal factor de condicionamento do progresso competitivo e comercial do FF em Portugal é, na minha opinião, cultural: ainda estamos muito atrasados no reconhecimento do enorme e crescente potencial do papel da mulher portuguesa na evolução da formação académica, das atividades sociais, da produtividade do trabalho, das tendências de consumo, etc. Em termos meramente quantitaivos, “crus”, em 2001, havia 5.355.976 mulheres e 5.000.141 homens em Portugal e, em 2021, as mulheres eram 5.422.846 e os homens 4.920.200. Mas se acrescentarmos algum contúdo a essa evolução vemos que, há maiis de 10 anos que Portugal é o país do Mundo com mais mulheres licenciadas (e em 1960 só havia 10.000), que atualmente 57% das mulheres no Ensino Superior estão em áreas científicas, que no mercado de trabalho a qualificação (académica e profissional) feminina é superior à dos homens mas estes recem em média mais 386 de salário que as mulheres. Estes números atestam a persistência do preconceito machista na sociedade portuguesa, mas também o potencial de transformação que é negado ou condicionado à mulher. E isso aplica-se ao Desporto, ao Associativismo, ao potencial de Consumo nos mercados e a imensas outras áreas em que a ostracização da mulher prejudica não apenas esta mas também a qualidade de todas as actividades em que ela deveria estar mais valorizada. O que também afecta a qualidade de vida dos homens e o progresso e sucesso das empresas e das instituições.
A FPF tarda em perceber isso e aplica à competição profissonal um “proteccionismo” regulador exageradíssimo, não investe proporcionalmente na vertente feminina do Futebol e perpetua uma visão provinciana sobre o potencial de evolução do FF em todas as suas vertentes. Por outro lado, a visão sobre a organização da competição tem sido assustadoramente e desajustadamente “abrangente”, impondo um quadro competitivo profissional completamente fora da nossa realidade, com mais Clubes amadores que semi-profissionais e profissionais o que só torna a qualidade competitiva uma quimera, que apenas vai sendo disfarçada por algum esforço e muita resiliência dos próprios Clubes, uns (poucos) por se sujeitarem ao desperdicio de investir para “competir” contra “simpáticos clubes de bairro”, todos os outros por terem de se sujeitar à humilhação de levar cabazadas dos 4 ou 5 Clubes mais fortes (e de fingirem que jogam à bola na maioria dos restantes jogos com os competidores do mesmo baixo nível e perante públicos por vezes mais “curtos” que os intervenientes diretos no jogo). Não há muito tempo, 2021/22, a “competição” profissional no colosso Portugal iniciava-se com 20 (!!) clubes, enquanto na mesma época, nos EUA a NWSL disputava-se a 9 Clubes, a Lifga A Femina em Itália tinha 12 Clubes, em Inglaterra a FAWSL disputava-se a 12 Clubes, no Canada a Super8 tinha 8 participantes, a D1 Féminine em França tinha 12 Clubes e a Frauen 1 Bundesliga da Alemanha tinha 12 equipas. A FPF optou no FF por aplicar a bipolar “mania das grandezas” quando pensa em organizar uma competição contrastando com a mente pequenina ao regulamentar essa mesma competição. E só no próximo ano deveremos ter, finalmente, um quadro competitivo a 10 equipas. Até aqui foi andar a marcar passo e perder oportunidades de gerar atração através de maior competitividade, maior qualidade e melhores condições de investimento.
Perante isto, a Liga, olha para o lado e assobia, continuando a não assumir a organização do Campeonato profissional e a IMPOSIÇÃO a todos os Clubes seus associados que inscrevam nas competições de todos os escalões, equipas de FF. Claro que as falhas da Liga refletem a falta de vontade dos seus associados, mas a uma Direção da Liga cabe a função de dirigir, orientar, dar rumo, regular, incentivar, criar as melhores condições de sucesso.
Já os Clubes, parecem não ter qualquer estratégia a médio e longo praxo, coerente, com objectivos claros e balizados. Todos (ou quase todos) parecem ir “navegando” ao sabor do vento, ou ajustando “estratégias” para o Feminino como “sobras” do Masculino; e reparem que estamos a falar de compromissos de valores e de sucesso competitivo que se deviam assumir com os associados dos Clubes accionistas geralmente maioritários das respetivas SAD, mas também de OBRIGAÇÕES para com os seus accionistas (no nosso caso, em primeiro lugar com o accionista SCP que ainda deveria pertencer aos sócios) a quem se deve a obrigação de trabalhar EM TODAS AS ÁREAS DA SAD para valorizar as acções tornando bem sucedidas competitivamente, financeiramente e comercialmente TODAS ESSAS ÁREAS de “NEGÓCIO”. Alguém na Sporting SAD presta contas sobre a realidade e os planos para o futuro do seu FF profissional? Alguém sondou os accionistas que percentagem, que proporção ou que montante do orçamento global da SAD deve ser alocado ao FF? O accionista maioritário, o SCP, presta alguma informação (nem digo apresentação de planos e estratégias de investimento coerentes)? Alguém entre os “responsáveis” da SAD se preocupou em elaborar um plano de objectivos a curto, médio e longo prazo (2, 5 e 10 anos) para que o Sporting volte a ser hegemónicoa a nível nacional e passe a ser presença regular nos quartos de final da Champions (porque foram esses o objectivo estabelecidos respectivamente a curto e a médio prazo, quando, em 2017 voltou ao FF)? Alguém criou para o FF um tipo de estrutura idêntica à do FM para estudar, avaliar e abordar o mercado de transferências de uma forma assertiva racional, sujeita ao modelo de jogo (existe?) e às necessidades do plantel profissional Reconhecem-se?)? Alguém é ao menos capaz de transmitir aos sócios do SCP quem é que coordena (se é que alguém coordena) essa área?
Quando falei de respostas erráticas às necessidades de estruturação e investimento nos Clubes do FF profissional português no plantel feminino do SCP posso “sustentar” claramente essa “acusação com a resenha histórica dos zigzags de investimento ou desinvestimento na construção do plantel e nas súbitas suvessivas alterações aos objectivos estratégicos originalmente definidos aquando do regeresso do FF ao Clube [apercebidas e intuídas pelos Sócios SCP porque confrontados pela realidade dos factos mas nunca verdaeiramente assumidas e/ou explicadas por alguém responsável … se é que “isso” existe … não falo de treinadoras, jogadoras ou capitãs … falo de um responsável (VISÍVEL PELA PRESENÇA E SUJEIÇÃO A ESCRUTÍNIO) pela coordenação do Futebol feminino … como tínhamos com a Raquel Sampaio].
IV- NEM QUERO SABER O QUE FAZEM OS RIVAIS OU OS CONCORRENTES.
Mas quero que a SPORTING SAD aproveite esta “janela de oportunidade” dificilmente repetível para INVESTIR, com tacto mas com decisão, na construção de um plantel para ter fortes possibilidades de ser JÁ campeão e para recuperar parte desse investimento em prémios da Champions, em maiores receitas de bilhética e em vendas optimizadas dos passes de 1 ou 2 jogadoras com qualidade que permita essa rentabilidade.
Quero que cada ano possamos ser mais ambiciosos e sempre assertivos, oportunos e cirúrgicos nas abordagens ao mercado de transferências.
Quero que todos os anos tenhamos uma equipa mais competente, que dentro de 10 anos esteja em condições de disputar as finais da Champions.
Porque essa é a forma de acumular receita (de ranking europeu, de prémios de jogos, de receitas televisivas, de grandes assistências a bons espectáculos) E AUMENTAR A NOSSA CAPACIDADE DE ATINGIR O SUCESSO COMPETINDO ENTRE OS MELHORES. E se começarmos bem e já, tudo isto, não é AINDA tão difícil quanto o seráa se continuarmos a nos deixar ultrapassar e distanciar.
O que é então NECESSÀRIO FAZER JÁ?:
1º – Debater e definir o melhor Plano Estratégico para colocar o Sporting entre a liderança (competitiva, financeira e comercial) do FF Europeu;
2ª – Proporcionar as melhores ferramentas financeirasara atingir esse fim; alocar (nos próximos 3 anos) respectivamente MAIS 2, 3 e 4M€ do orçamento da SAD para as necessidades do plantel principal do FF.
3º – Criar um Departamento de FF autónomo com: responsável de área comercial (para tratar de sponsoring, publicidade, direitos televisivos, bilhética, merchandising próprio, fontes de financiamento criativasalugueres de espaços nos jogos da equipa profissional, eventos promocionais, etc); MANAGER PARA O FF para abordar o mercado de transferências, coordenar com a/o responsável técnico pelo plantel, coordenar com o gabinete de scouting (que deve dispor de 2 ou 3 técnicos dedicados ao FF); coordenar com o gabinete de alta performance (que deve dispor de 2 ou 3 técnicos dedicados ao FF); responsãvel da ÁREA ASSOCIATIVA e de promoção junto da massa adepta. É MUITO relevante cativar muitos adeptos para acompanharem com regularidade o FF: criar um GOA FM de expansão nacional e em ligação com os Núcleos (devendo cada Núcleo aderente indicar 1 ou 2 dirigentes, de preferência mulheres para coordenar com o responsável da área associativa e com o responsável nacional do “Sporting Ladies”)
4º -Procurar realizar o máximo de jogos no José Alvalade (nos 1ºs 2 anos com gameboxes específicas e bilhetes de grupo para conjuntos de Núcleos a preços muito acessíveis; bilhetes para sócios quase tão acessíveis; e os outros bilhetes a preços que se considerem normais para o espectáculo; durante os 3 anos seguintes (e se o sucesso desportivo o sustentar aumentar) os bilhetes em 5% e depois estabilizar os preços de bilhética e apostar muito mais decisivamente numa política de vendas de merchandising de forte ligação emocional e com estética atractiva.
5º -Um ajustamento muito competente, crúrgico, assertivo e racional do plantel deve ser procurado já este ano. Sou de opinião de que para além das mexidas que já houve é necessário confirmar todas as manutenções e proceder a mais 4 ajustes de qualidade [2 boas centrais (ou 1 boa central + 1 ótima média defensiva, intensa e com capacidade de ocupação de espaços e progresão no terreno), 1 extrema veloz, criativa e “espalha brasas” (“expressão da moda”), 1 média-ofensiva/PL móvel).
p.s.: deixo os detalhes desta exposição (como nomes para a recomposição, ou o que penso sobre a abordagem até aqui), em aberto para os comentários de debate do post
Um forte abraço a todos os companheiros de Tasca e saudações leoninas
ESTE TEXTO É DA AUTORIA DE… Álvaro Dias Antunes
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
24 Julho, 2024 at 13:31
Excelente Post!!!
Os meus parabéns… já li de passagem, mas quero ler melhor e pensar/reflectir mais a fundo, antes de escrever qualquer coisa de relevância
24 Julho, 2024 at 13:50
Muito obrigado, caro Álvaro.
Leitura que merece atenção e reflexão. Do nosso lado, simples sócios, adeptos, simpatizantes, mas também – e principalmente – por parte de quem nos dirige (acrescentando-se, neste caso, a palavra acção).
Se alguém puder fazer este texto chegar à Direcção, agradecido.
24 Julho, 2024 at 14:37
Uma chamada de atenção para uma regra.
Os clubes que queiram disputar as ligas profissionais de futebol feminino, em Portugal, têm de ter no mínimo, 16 jogadoras, cujo salário mínimo, são 3,5 IAS.
São orçamentos de 400000€ anuais, no mínimo.
Vou-me abster de dar a minha opinião.
24 Julho, 2024 at 14:48
Tomás, quanto é atualmente um IAS?
Obrigado
SL
24 Julho, 2024 at 15:01
Creio que 509,26 euros (2024).
24 Julho, 2024 at 16:45
Obrigado!
SL
24 Julho, 2024 at 14:49
Há outra razão, a FIFA e UEFA há muito tempo que não tratam o futebol como um desporto mas sim como um produto e aquilo que estão a fazer agora inflacionar artificialmente o FF, pode parecer que é para a promoção do futebol como desporto numa das suas vertentes o FF, mas na realidade é apenas uma “line extension” como qualquer outro produto e como qualquer gajo do marketing reconhece em 3 tempos…
Quando as vendas da coca-cola original chegam a um plateau lançou-se a coca cola zero, a coca cola light etc etc etc, para “responder ás necessidades do consumidor” (na realidade para fintar a retração do mercado) é apenas uma manobra para aumentar o negócio, claro que acidentalmente é bom para o FF, mas é apenas circunstancial e artificial, até os consumidores começarem a gostar do “novo sabor” claro, a partir desse momento o “novo sabor” começa a ter uma base de clientes real e não artificial que promove uma facturação correspondente…
Há uma diferença para o futsal por exemplo, no caso do futsal está debaixo da “asa” da UEFA por uma questão de monopólio, o FF é uma questão de investir para aumentar a facturação…
Mas seja porque razão for há na realidade uma “onda” um “trend” dos consumidores e o SCP ou a aproveita e navega essa onda ou perde o comboio, tão simples como isso.
24 Julho, 2024 at 15:57
Muito bom post!
Por ser uma assunto que me interessa, especialmente a formação, deixo aqui alguma informação para que se perceba como está o vosso clube (eu sou Estoril) na formação feminina.
Tem várias equipas de muito jovens a disputar torneios. Tem uma equipa a disputar o campeonato masculino de Sub13 e uma equipa a disputar o campeonato distrital de sub14 masculino.
Não tem representação nos campeonatos distritais de sub-13, sub-15 e sub-17 femininos.
Ganhou a taça nacional de S13 (prova por inscrição onde não participaram algumas das melhores equipas nacionais) com a equipa de S13 reforçada conforme os regulamentos com as melhores s14.
Participa no campeonato de sub-19 com uma equipa constituída praticamente por s15 e s17.
Participa no campeonato nacional da 2ª divisão de séniores com uma equipa de s17 e s19.
A questão a fazer, e que parece relevante, é o porquê de fazer “falta de comparência” nos campeonatos de s13,s15 e s17.
A falta de competitividade dos campeonatos é um argumento que começa a ser curto. A evolução das equipas nos campeonatos de s13, s15 (o que conheço melhor) e s17 foi extraordinário. Melhoraram, e muito, as equipas técnicas dos clubes e a capacidade média das atletas.
Este hiato está a fazer o clube perder o comboio em relação ao seu mais direto rival em Lisboa e mesmo em relação ao principal rival do Norte (Ainda é o Rio Tinto, mas o Braga, o Vitória, o Boavista, o Feirense, o Paços, o Famalicão e no futuro o Porto estão a ganhar terreno)
Em Lisboa, dos clubes de primeira divisão só o Benfica e o meu Estoril têm todos os escalões a competir. Existem projetos muitíssimo sérios e de mérito em alguns clubes “maiores” (Estrela e Casa Pia) e em outros “menores” (Vila Fria, Sintrense, Damaiense).
Por agora é só. Alguma imprecisão ou dúvida é só dizer.
24 Julho, 2024 at 16:06
IMPERDOÁVEL!
Queria fazer um ponto especial para o Torreense e ficou para trás!
O Torreense é, provavelmente, o projeto mais “sério” de futebol feminino da AFL. Tem equipas em todos os campeonatos distritais e conseguiu vencer a Taça Nacional de S.17.
Aposta muito na qualidade dos seus plantéis e na forma de trabalhar. É um projeto muito interessante para seguir.
Última nota para dizer que a AFL-S14 perdeu a final do Interdistrital para a Associação de Futebol do Porto nas grandes penalidades e venceu o interdistrital de S-16.
Para se perceber o mundo que ainda separa os rapazes das raparigas tenho de informar que o Torneio Lopes da Silva – o interdistrital de S15 para rapazes – foi integralmente transmitido no canal 11 e tinha VAR. Das raparigas nem um resumo das finais de S14 e S16. É a vida!
24 Julho, 2024 at 17:11
João Marau, não lhe poso responder concretamente, neste momento, por que não tem o Sporting equipas femininas a competir nas sub17.
No projecto inicial tinha “equipas” de sub-13, sub15, sub17, sub19 e equipa A.
Nessa altura, a AFL não tinha competição feminina para sub 13 ou sub 15. Havia competição distrital em sub17 e sub19 e nacional (taça de Portugal nos 2 escalões).
O Sporting optou, como exigência formativa, por colocar as sub17 a jogar o campeonato sub 19 e as sub 15 a jogar o de sub17, sendo que, nos 2 pimeiros anos (2016/17 e 17/18) a maioria das poucas com idade sub 19 jogavam com as seniores e as restantes no próprio escalão.
A partir do 3º ano, com a criação da equipa B, a quase totalidade das jogadoras com idade de sub19 jogava na B e algumas mesmo na A.
Ora nos 2, 3 primeiros anos doprojecto do Sporting, o tratamento dado ao Clube pela AFL e pela FPF foi simplesmente miserável: nunca se preocuparam em responder aos pedidos de criação de campeonatos distritais femininos sub 15 e sub13 (nem sei quando foram criados mas acho que foi há muito pouco tempo – pós-pandemia?) e em 2017-18 fizeram coincidir AFL e FPF a final da Taça de Portugal (com o Marítimo e outra equipa de fora de Lisboa) num fim de semana coincidente com jogo do distrital do escalão que não permtiram adiar!!! E o Sporting era “só” o detentor do título.
provavelmente haverá, também, algum resquício de ressabiamento dos dirigentes do SCP para com a AFL.
De qualquer modo concordo consigo que, uma coisa é manter o grau de exigência ao privilegiar competir num patamar etário superior em detrimento de uma política resultadista e outra é ABDICAR DE TODO DE COMPETIR EM ESCALÕES (que até passaram anos a exigir que tivessem competição).
Até porque, havendo já essas competições, elas serão (como foram) “ocupadas”/lideradas (com ganhos de atratividade) por aquelas para quem até parece que foram “criadas à medida”.
Obrigado João marau pelo seu contributo e pela informação preciosa que aduziu.
Um abraço
24 Julho, 2024 at 21:04
A ausência dessas categorias, deve-se ao facto do Sporting preferir ver as suas jogadoras evoluírem em contexto nacional e não distrital.
Assim a Equipa B, tinha:
7 sub 19
7 sub 18
12 sub 17
4 sub 16
1 sub 15.
Equipa sub 19 A
1 sub 19
7 sub 18
14 Sub 17
8 sub 16
7 sub 15
Equipa Sub 19 B:
2 sub 18
8 sub 17
4 sub 16
14 sub 15
4 sub 14.
Por exemplo, enquanto Benfica, Torreense, Estoril, tiveram em sub 17, uma média de 30 jogadoras a competir no seu escalão. Pelo Sporting, estiveram cerca de 40, nos escalões acima.
24 Julho, 2024 at 21:55
Sim caro Sou Sporting. Isso foi referido (quer por mim quer pelo adepto estorilista João Marau – que prazer poder contar com a sua opinião neste fórum).
No entanto ele colocou a questão de não termos equipas a competir nas sub 15 e sub 17 (nem que tivéssemos que competir nas SUB17 com jogadoras sub14 e sub 13; nas SUB15 com jogadoras sub 13 e sub 12; e nas sub13 com miúdas entre os 9 e os 11 anos). As que entrassem nos Distritais de SUB 15 e SUB 13 , poderiam fazer “pré-epocas” organizando o Clube Torneios com equipas convidadas masculinas dos distritais sub 14 e sub 13, para enfrentarem os escalões Distritais Femininos (particularmente contra as “tubarões”) com outra estaleca competitiva.
Isto, como o Marau refere bem não ten tanto que ver só com a elevação da exigência competitiva, mas com o FACTO de deixar competições oficiais para as rivais as tornar mais atrativas para muitas pequenas (ou pais das pequenas) e também temos de ganhar terreno aí.
Percebo essa “preocupação” do Marau e acho que deve ser tida em conta.
Caro Sou Sporting
Perdoe-me insistir no repto que lanço mais abaixo. faço-o porque prezo a sua opinião e porque acho que este é umdebate que deve ser o mais alargado possível dentro do universo leonino. Mas também tenho consciência que debitar n muita opinião de uma assentada pode ser uma estopa.
Por isso, sugeria que transmitisse a sua opinião e/ou sugestões sobre os 5 pontos abordados no final do artigo (sobre «O que é necessário fazer JÁ»)
MUITO OBRIGADO
um abraço e saudações leoninas
25 Julho, 2024 at 0:49
Para iniciar e antes da reformulação dos quadros competitivos. Temos que pensar numa coisa, profissionalismo.
Portugal, ocupa neste momento, o sexto lugar do ranking UEFA, (é o que nos vai garantir 3 equipas pelo menos na próxima época). No entanto, é o único campeonato de um país dos 8 primeiros, onde a primeira liga de futebol feminino, tem estatuto de amador (os ingleses, para atribuir pontos, para licença de trabalho a jogadoras estrangeiras, consideram a nossa liga nível 3(nível amador ou semi amador). Temos então a questão dos salários, para profissionalizar, o sindicato dos jogadores, propôs, o ano passado um contrato colectivo de trabalho, equiparado à primeira liga, mas nem equiparado à Liga 3, a maioria dos clubes consegue. Mesmo nesses moldes, são cerca de 50000€ mês para plantel e staff, metade dos clubes não conseguiriam seguir esse caminho. Numa base de 1200 euros de salários, seriam 500000 por ano e sabemos que há jogadoras a ganhar bem mais do que esses 1200. Existem três clubes profissionais, mais dois, profissionais a 75% e o resto a 50% ou menos. Para termos uma competição totalmente profissional, competitiva, seriam 8 equipas a 4 voltas. Mas isso se calhar seria redutor. 10 equipas com duas fases, como na Itália, seria o ideal. No que diz respeito a jogadoras, na época passada foram utilizadas 408, sendo 130 estrangeiras. Se tivéssemos a limitação de 25 jogadoras a plantel A, seriam 250 e mesmo mantendo os cerca de 30% de estrangeiras, teriamos cerca de 125 portuguesas e em apenas 125, já é mais fácil ter melhores jogadoras por plantel.
A questão de NFL, não concordo com a limitação nestes termos. Se a base da regra, é a proteção do jogador nacional, porque é que a Cotta Wade, a Stephanie Ribeiro, a Nádia Gomes ou a Nelly Rodrigues (isto falando de cor pelas últimas convocatórias da seleção), se viessem para Portugal, seriam NFL. Por outro lado, temos a Maiara, que esta época, já é FL. Afinal onde é que se protege a jogadora portuguesa, nestes casos?
Seria mais lógico, como faz Espanha, limitação de Extra Comunitárias. Só podem ser inscritas 6 e estarem na lista 5. Mas há a obrigação de estarem no mínimo 8 espanholas, sendo 4 da formação do clube na lista.
Mas mantendo-se a regra como está. Seguiria o que fez a AF Lisboa. mínimo 50% da lista é FL, no caso a nível distrital a lista é de 18. No entanto, eu para o feminino faria uma alteração. Sabendo-se que as listas são de 20, reduzia a 18, e permitiria 20, se o clube completasse a lista com duas jogadoras sub 19, como acontece por exemplo no Futsal.
Uma coisa que deveria ser equacionada, trazer Benfica, RP, Braga e Damaiense a jogar em Alvalade.
25 Julho, 2024 at 18:21
Caro Sou Sporting.
Muito obrigado pelo seu contributo.
Estamos de acordo com a maioria das questões por si colocadas.
Comecemos por reter que, sendo colocado como 6º no ranking europeu o campeonato tuga é o único com estatuto de “amador”. ISTO DIZ TUDO. Temos uma “competição” que é uma farsa:em mais do que 1 aspecto: é farsa em termos de equilíbrio competitivo; é farsa em termos de lealdade concorrencial e ainda é uma farsa em termos de direitos das atletas.
Depois, temos a questão das massas salariais: existindo a regra de cada equipa, para competir no na Liga Profissional portuguesa ter de possuir um mínimo de 16 jogadoras pagas a 3,5 IAS (Indexante de Apoios Sociais), isso significa que, aos valores de 2024 (IAS=509,26€) cada clube profissional teria de pagar acada 1 de 16 das suas atletas 1.782.47€ /mês (fora encargos com Seg.Soc. e IRC). Some as 16 atletas e conte com 13,5 meses e, só aí temos cerca de 385.000€ (apenas com 16 atletas a valores de 2024; indexe um aumento de 2,2% para 2025 e dará algo muito perto dos 400.00€. Ha que contar com um, mínimo de mais 6 atletas, staff técnico, médico e outro e o plantel senior principal de qq equipa que queira competir na Liga Profissional Portuguesa terá de contar com um mínimo de 800.000€ de orçamento (sendo BASTANTE OPTIMISTA).
Não vej como em 2025/26, ou mesmo em 2026/27, teremos mais de 8 equipas a procurar cumprir esses critérios; diria que Benfica, Porto, Sporting, podem e devem exceder esses mínimos no triplo, Braga e Guimarães têm algumas condições para procurar dobrar esse orçamento e equipas como o Racing Power, o Marítimo, o Famalicão, o Torreense, o Damaiense e o Estoril, poderão, COM UMA GESTÃO MUITO RIGOROSA e muito esforço na aquisição de patrocínios, aproximar-se desses critérios.
Daí achar que a aposta inicial talvez devesse ser por uma Liga com 8 equipas em 2 Fases. A 1ªFase todos contra todos a 2 voltas (14 jornadas). A 2ª FASE a 2 Grupos de 4, todos contra todos, a 2 voltas: no grupo para Campeão os 4 primeiros da 1ª Fase; no Grupo para definição dos 2 lugares de Despromoção, com o 4 últimos da 1ª Fase). Daria 20 jogos para TODAS as equipas sendo que as 4 teóricamente melhores (como as teóricamente piores) se encontrariam 4 vezes (cada uma recebendo os 3 “principais” rivais 2 vezes). Isso aumenta o número de jogos equilibrados, pode melhorar o espetáculo, justifica maiores assistências (e pagas), aumenta o potencial de receitas televisivas diminuindo a divisão do bolo, aumenta a atratividade para novos público (assim os Clubes e as instituições também queiram trabalhar mais proativamente para isso), aumenta a atratividade para mais investidores em sponsoring e em publicidade (e, tudo isso torna mais sustentável o investimento feito pelos Clubes.
Com uma aposta da FPF (em conjunto com a LPFP) na melhoria do quadro competitivo da 2ª divisão, (máximo de 12 Clubes a 2 voltas), na Transmissão de todos os jogos no Canal 11 (3 nos sábados e 3 nos domingos, 1 de manhã e 2 à tarde) e distribuição centralizada das receitas de direitos TV (os 2 que sobem com direito a receber no mínimo receita igual, respetivamente, ao 5º e 6º da Liga Profissional da época finda).
Havendo condições para isso, 2 anos depois subir para 10 a Liga Profissional e para 16 em 2 Zonas e o Campeonato de Elite semi-profisional de Portugal .
Claro que haverá mais modelos competitivos, mas devemos atender à realidade de mercado atual em Portugal, ao seu potencial futuro e às capacidades/ responsabildades de alguns Clubes com maior acpacidade de alavancagem imediata da qualidadda competição.
Um abraço e, mais umavez, obrigado pelo contributo
SL
25 Julho, 2024 at 18:30
Ah! E a respeito do útimo parágrafo, até sou de opinião que TODOS OS JOGOS em casa deveriam ser em Alvalade. Teriam era de ser muito mais efectivos e eficazes na promoção, envolver mais as jogadoras, a Sporting TV, os Núcleos (com incentivos a viagens de grupo, cada jogo do FF em casa ser “dia de Nícleos SCP”, com sector reservado a preços acessíveis e iniciativas de convívio pré-jogo na zona das roulotes e na “cidade Sporting”) enfim fazer de cada jogo não apenas um espetáculo desportivo, mas uma verdadeira festa leonina, que nocaso dos “não rivais directos” até deveria promover o convívio com adeptos de outras equipa, para também as “fidelizar” ao FF e a Alvalade), etre outras iniciativas promocionais
SL
25 Julho, 2024 at 18:57
Os números de jogadoras no plantel e salários que apresentei, foram os apresentados pelo SJPF e liminarmente recusado por quase todos os clubes.
25 jogadoras e as jogadoras a receberem 1,5 SMN (equivalente aos homens na Liga 3). E baixaram em relação às duas primeiras propostas
Primeiro 3 SMN (1 Liga) depois 2,5 SMN (2 Liga).
Concordo com essa ideia dos vinte jogos. Inclusive, eu próprio, já apresentei a quem de direito, no caso AFL, a proposta de criação de um campeonato AFL para as cinco equipas dos nacionais melhores colocadas na época anterior, que proporcionaria mais 8 jogos.
Uma coisa que é muito importante e que não falamos, são os direitos televisivos. Só a titulo de exemplo, o último classificado da FA WSL, recebe mais que o orçamento do Sporting.
24 Julho, 2024 at 16:48
Em relação ao preço dos bilhetes, a FPF impôs o valor de 5€ como máximo, até à época passada. Ainda não vi como será esta época, mas não penso que vá subir. Poucos clubes cobram entrada. Não fui a todos os estádios na época passada mas Benfica, Famalicão, Valadares e Torreense requereram bilhete. O Braga não o fez, por ter disputado o jogo no Estádio Municipal e não no 1. de Maio, como habitualmente. Outros clubes não vendem bilhete mas pedem “contribuição” à entrada, por exemplo com venda de rifas. Os jogos do Sporting no Aurélio Pereira costumam ser de entrada gratuita.
24 Julho, 2024 at 17:59
Caro António Manuel Dias: esta será sempre uma questão sensível nesta fase de “crescimento”.
Eu sou de opinião de que o FF deve ser valorizado com cobrança de bilhetes obrigatória. Dvemos é ter a sensibilidade para só colocar essa “exigência” quando forem “garantidas” condições de aumento dea competitividade e aqualidade do espetáculo.
Isto não pode ser no quadro competitivo atual: 12 equipas a 2 voltas é um logro para os espectadores, porque não estarão a assistir a um campeonato profissional.
O Tomás, mais acima, “explica” porquê:
«Tomás. 24 Julho, 2024 at 14:37
Uma chamada de atenção para uma regra.
Os clubes que queiram disputar as ligas profissionais de futebol feminino, em Portugal, têm de ter no mínimo, 16 jogadoras, cujo salário mínimo, são 3,5 IAS. (hoje, cerca de 1.530€/mês – nota minha a partir de dados de O Sniper de Alvalade)
São orçamentos de 400000€ anuais, no mínimo.
Vou-me abster de dar a minha opinião.»
Bem … eu não me vou abster de dar a minha opinião (e desconfio que até será coincidente à do Tomás). É por não haver 12 equipas com capacidade de orçamentos para um plantel de FF sénior de um mínimo de 400.000€, que ainda não temos Liga Profissional Feminina , organizada pela LPFP, e certificado pela FPF, mas sim um Campeonato de Portugal BPI organizado e cerificado pela FPF.
E é exatamente por isso que eu proporia:
– a criação “imediata” (época 2025/26) de uma Liga profissional disputada a 8 Clubes [1ªFASE a 2 voltas dos 8; 2ª FASE com 2 grupos de 4 a 2 voltas cada (num grupo os 1ºs da 1ª Fase e no outro os útimos da 1ª Fase) O que corresponderia a 20 jogos para cada equipa, mas todos potencialmente muito mais equilibrados e competitivos.
– Só se admitiriam equipas com certificação da FPF: “oferecendo” como garantia: a) máximo de 16 jogadoras a auferir 3,5 IAS. b) Mínimo de 20 jogadoras profissionais no plantel. c) Máximo de 4 jogadoras em idade sub 19, não profissionais. d) limite até 30% do plantel de jogadoras NFL. e) obrigatoriedade de ter equipas do Clube a competir nos escalões de formação de sub 17 e sub 19 (e, gradualmente até 2030, desde as sub9).
Com estas regras e a submissão, verificação e aprovação das mesmas a decorresr entre 1 de Maio e 30 de Julho de 2025, talvez estivéssemos em condições de ter 8 (??) Clubes a concorrer à 1ª Liga Nacional de Futebol feminino profissional.
Aí as coisa COMEÇARIAM A FUNCIONAR DE FORMA DIFERENTE. Os Clubes reconhecessem no FF o enorme potencial para se tornar um “produto rentável” iriam investir e procurar formas de “reproduzir” esse investimento. Os outros ou perderiam o combóio ou teriam muito mais dificuldade em o apanhar mais tarde.
É, nestas condições, de qualidade competitiva e de espetáculo, que se pode “exigir” cobrar “em conformidade” para assistir aos jogos. No quadro atual, a bilhética … “como está … está bem e não se mexe muito” … porque … “para pior já basta assim”.
SL
24 Julho, 2024 at 17:41
O texto é grande por isso vou fazer aqui um pequeno comentário com base nisto:
“Mas se acrescentarmos algum contúdo a essa evolução vemos que, há maiis de 10 anos que Portugal é o país do Mundo com mais mulheres licenciadas (e em 1960 só havia 10.000), que atualmente 57% das mulheres no Ensino Superior estão em áreas científicas, que no mercado de trabalho a qualificação (académica e profissional) feminina é superior à dos homens mas estes recem em média mais 386 de salário que as mulheres. Estes números atestam a persistência do preconceito machista na sociedade portuguesa, mas também o potencial de transformação que é negado ou condicionado à mulher.”
Isto, o facto de homens ganharem mais que mulheres porque existe preconceito machista, não é verdade e é amplamente rebatido quer pelo Matt Walsh, quer pelo Jordan Peterson – principalmente este que é um estudioso da matéria no mundo inteiro!
Não digo que não haja casos pontuais, que há. Aliás, nos países muçulmanos, de um modo geral, isso, sim acontece, mas fora desse contexto são só casos pontuais que não fazem com que a regra seja essa.
Os principais factores apontados quer pelo Jordan, quer pelo Matt, são o facto de os homens trabalharem mais horas que as mulheres, os homens trabalharem em profissões de maior risco, e os homens estarem mais dispostos a mudar-se para terem trabalhos melhores remunerados – isto tudo num contexto em que se comparam vencimentos anuais e NUNCA vencimento/hora, que é o que se devia comparar.
Mesmo num contexto em que as mulheres hoje têm, no geral e em média, mais estudos que os homens, e apesar de haver uma aproximação aos valores que se ganham anualmente – muito por hoje certas profissões bem remuneradas serem dominadas por mulheres – os factores “risco” e “horas de trabalho” continuam a fazer o peso dos ordenados anuais pender para os homens.
Inclusive há um estudo, que o Peterson fala regularmente, feito nos países nórdicos com grande incidência na Dinamarca, onde a sociedade dá grande liberdade individual na escolha das carreiras há muito tempo, e, por isso há muito pouco condicionamento social nas escolhas que se fazem das profissões, em que se prova claramente que o gosto e a apetência dos homens e das mulheres é basicamente diferente. As mulheres tendem a escolher profissões de proximidade e sociais – medicina, enfermagem, educação, serviços sociais, etc. – enquato os homens tendem em escolher profissões mais isoladas – engenharia, arquitectura, profissões manuais, profissões de maior risco, etc.
Diz ele, que esteve de algum modo envolvido no estudo, ou na analise dos dados, que o que saiu daqui foi o contrário do que se esperava – e defendiam certos analistas, principalmente as feministas! Ao contrário de haver uma maior divisão por todas as profissões entre a percentagem de homens e mulheres, uma vez que ambos eram livres de escolher a profissão que queriam sem serem minimamente condicionados pela sociedade, ficou evidente que há uma diferença de base entre a capacidade e gosto das mulheres e dos homens para as profissões, o que leva a que umas profissões sejam escolhidas por uma maioria evidente de mulheres e outras sejam escolhidas por uma maioria evidente de homens.
Se as mulheres têm menos tendência, ou gosto, a ir para profissões que requerem mais tempo de trabalho, mais uso da força, que obrigam a deslocações maiores, acaba por ser natural que no fim, quando se compara o ordenado anual dum e doutro, o peso do ordenado do homem seja maior.
Há ainda um vídeo muito interessante, tirado dum estudo que se fez nos EUA e que foi debatido no Congresso para tentar perceber até que ponto as mulheres eram realmente prejudicadas no ordenado em profissões iguais, em que um congressista está a fazer perguntas a uma das pessoas que tinha os dados do estudo e dizia que o resultado anual dava um ordenado maior, em média, aos homens…
Quando o gajo pergunta se o estudo teve em atenção as horas de trabalho dos homens e das mulheres, ela fica meio surpreendida e responde que não se fez esse estudo. O gajo então pergunta se na analise ao valor anual foi tido em conta o valor hora em causa, quer para homens, quer para mulheres, na mesma profissão. E a gaja engasga-se e diz que isso não foi analisado. O gajo então pergunta-lhe se lhe disserem que os homens ganham mais porque trabalham mais horas, ela é capaz de rebater essa afirmação… E ela, depois duma pausa, diz (baixinho) não!
Há ainda um outro dado, subjectivo, mas, para mim, algo esclarecedor…
Se fosse verdade que, no geral e em todo o lado, as mulheres recebiam menos salário que os homens, o mundo capitalista só tinha mulheres a trabalhar e o desemprego era todo masculino. Ora, isso não é assim!
Esta cena das mulheres serem prejudicadas no trabalho, de tudo ser racista, de tudo ser homofóbico, de tudo ser xenófobo, etc. é uma falácia. Haverá sempre gente parva que caberá nessa realidade, mas é uma minoria. No geral, no mundo civilizado há equilíbrio. Há é um óbvio interesse numa narrativa em colocar umas pessoas contra as outras e em desinformar, fazendo de minorias maiorias, para que se vá num determinado caminho!
24 Julho, 2024 at 18:24
Miguel, o teu comentário apenas debate uma questão marginal ao Futebol feminino e até às questões BASE do post.
Pouco ou quase nada me interessa rebater os teus argumentos (muito menos as tuas referências, que nem as conheço e onde apenas vejo aduzidos factores mais subjectivos que objectivos e mensuráveis).
Os dados estatísticos que apresentei foram para demonstrar a EXTRAORDINÁRIA evolução social, intelectual e profissional da MUlher e m Portugal e, através deles demonstrar o crescimento potencial da “Femina” na determinação dos factores de mercado e das decisões de investimento.
PORQUE ACHO QUE É ISSO QUE INTERESSA PARA A QUESTÃO QUE DÁ TÍTULO AO ARTIGO QUE COLOQUEI A DEBATE.
NOTA: Só como aparte, aquela que é conhecida como a profissão civil de maior stress regular em todo o mundo é a de Controlador de Tráfego Aéreo (CTA) (mais até do que a de piloto comandante de linha aérea comercial) e, em Portugal, apesar dos números sobre cursos superiores e evolução da população feminina que coloquei no artigo, continuam a ser muito maior a percentagem de jovens rapazes a serem aprovados nos concursos para a profissão (testes psicotécnicos + testes de língua inglesa + testes de Matemática e Física + entrevista – com o maior peso, claro!) do que raparigas apesar do número das concorrentes muitas vezes até ser maior.
Eu estive 33 anos na profissão, vários deles como monitor e instrutor, e nunca notei em qualquer das mulheres menor capacidade que nos homens. Pelo contrário, em muitos casos, mostravam maior adaptação às situações incomuns, maior resiliência aos stress e (em pelo menos 80% dos casos) mais disponibilidade para o trabalho, sem procurar se “baldarem”.
Miguel quanto ás questões do FF , particularmente no Nosso Sporting, fico aberto ás tuas opiniões e sugestões.
Um abraço e saudações leoninas (e vitoriosas, de preferência)
24 Julho, 2024 at 21:05
Logo já comento a parte desportiva.
Achei importante colocar este comentário porque o que referi é factual e hoje essa cena do choradinho das mulheres porque ganham menos é uma treta que, no meu ponto de vista, é preciso desmistificar.
Já foi verdade em todo o mundo.
É verdade em algumas partes do mundo – que referi!
Não é verdade no mundo e na civilização ocidental – que é a nossa! – e por isso há pessoas que se dedicam a apresentar dados contra essa falácia – que está presente no teu belo texto, infelizmente!
25 Julho, 2024 at 6:44
Parei de ler em Jordan Peterson.
25 Julho, 2024 at 9:34
E a referencia ao onanista Walsh? O amarelo é mesmo um ‘intelectual’…
25 Julho, 2024 at 11:40
São gajos que estudam os dados disponíveis sobre o fenómeno… As tuas referências são quem, já agora? A Mortágua?
O Jordan estuda o fenómeno há décadas e dá conferências pelo mundo inteiro. Tu fazes o quê mesmo?
Tens factos para rebater o que os gajos dizem?
Tens factos para contrariar o que foi dito no Congresso dos EU sobre o assunto?
Podes vir aqui “bater” no “amarelo” que eu estou a cagar para isso… Vale zero.
Mas se tiveres dados que rebatam o que os gajos dizem, terei todo o gosto em ler o que colocares aqui… imbecil do caralho que não fazes mais nada do que tentar atacar o mensageiro… Foca-te na mensagem!
25 Julho, 2024 at 10:29
E fizeste bem.
O gajo não percebe nada do que fala…
24 Julho, 2024 at 19:22
Lanço o repto a quem aceda a este artigo (E PARTICULARMENTE OS MAIS HABITUÉS A COMENTAR SOBRE O FF) para:
1 – Apresentar a Vossa opinião sobre que Quadro competitivo para propor uma LIGA EXCLUSIVAMENTE PROFISSIONAL PARA (já em 2025/26) SUBSTITUIR O ANACRÓNICO CAMPEONATO NACIONAL ATUAL (nº de competidores, modelo da competição, regras de certificação profissional –
tais como salário mínimo, máximo de jogadoras c/ esse salário, percentagem máxima de NFL no plantel, condições de sustentabilidade, etc)
2 – Comentar e apresentar as Vossas opiniões sobre CADA UM DOS CINCO PONTOS sugeridos no Artigo como medidas URGENTES para O SCP E A SUA SAD APROVEITAREM (HOJE!!!) O TIMING IDEAL DE UM BOM INVESTIMENTO NO NOSSO FF.
3 – APRESENTAR OUTRAS SUGESTÕES QUE POSSAM IR NO MESMO SENTIDO
4- ou ADUZIR ARGUMENTOS QUE CONTRARIEM TUDO ISSO E A NECESSIDADE DE APOSTAR MAIS NO FF.
Da súmula dessas opiniões apresentarei ao Cherba um documento de sugestões que ele possa entregar a qum coordena o FF (??), ao CA da SA, ao CD do SCP e c.conh. à treinadora Mariana Cabral. Claro que, se ele decidir nesse sentido (nã tem qq obrigação de o fazer), peço-lhe que publique na Tasca o documento produzido.
SL
24 Julho, 2024 at 20:17
Obrigado pelo post Álvaro, é sempre um gosto lê-lo sobre este tema de forma tão lúcida. Nos últimos dois ou três posts sobre FF aqui na tasca tentei enumerar algumas ideias que poderiam beneficiar o Sporting, aliás sempre que tenho tempo faço-o, não é o caso de hoje! mas gostava de um dia conseguir construir um texto mais detalhado sobre como penso o FF no meu clube… a verdade é que tenho perdido demasiadas energias a contrapor algumas desinformações sobre o tema e que me deixam irritado 😉
24 Julho, 2024 at 21:23
Caro Mirko
Obrigado pelas suas palavras.
No entanto permita-me insistir no repto (até porque prezo bastante as suas opiniões): bem sei que pronunciar-se (ou qq outro tasqueiro) sobre todo o texto num comentário seria excessivo.
Por isso gostava de conhecer, para já, a sua opinião sobre:
« … que Quadro competitivo para propor uma LIGA EXCLUSIVAMENTE PROFISSIONAL PARA 2025/26 S (nº de clubes competidores, modelo da competição, regras de certificação profissional – tais como salário mínimo, máximo de jogadoras c/ esse salário, percentagem máxima de NFL no plantel, condições de sustentabilidade, etc) »
NOTA: no meu comentário deste post (24 Julho, 2024 at 17:59) apresentei sugestões sobre essa matéria, gostava que contrapusesse as suas e/ou apresentasse sugestões sobre as minhas.
MUITO OBRIGADO
Um abraço e saudações leoninas
25 Julho, 2024 at 11:28
Bem, vamos lá à parte desportiva…
A FPF tem feito o que é preciso, mas, do meu ponto de vista, demasiado devagar. Deu passinhos na direcção certa, em vez de dar passos ou passões, que nos podiam ter ajudado a estar hoje mais perto do que se faz nos melhores países em termos do FF.
Um exemplo perfeito disso foi o tempo que levou à obrigação de se jogar em campos de relva, proibindo os sintéticos. Outro exemplo, falado no texto, a estupidez do exagero de clubes a competir na divisão principal, quando era demasiado óbvio que não havia jogadoras para isso e que muitos dos clubes não apresentavam as mínimas condições para serem competitivos.
E como eu já disse aqui, o que podia ser feito em Portugal com os portugueses e com o material que temos, está feito. Agora não vai passar disto.
Se queremos evoluir, temos de trazer know how de fora – treinadores competentes e conhecedores do fenómeno que é o FF, em primeiro lugar, e depois algumas jogadoras que ajudem a subir o nível de exigência que existe no FF, que é muito fraco!
Alguém disse aqui, há umas semanas, que os treinadores que andam em Portugal nas equipas femininas são os treinadores que ninguém quer no FM, mesmo em equipas secundárias… Ora, isso vai de encontro ao que eu tenho dito, que é que os treinadores das principais equipas, inclusive da selecção, são muito fracos.
A Patão é fraquíssima, a Cabral não é fraquíssima mas é fraca, o João Marques (Braga/Benfic@/Racing Power) é fraco, o Miguel Santos é fraco… O único que eu achava razoável, portanto o melhorzinhos desta mediocridade toda, era o Tengarrinha (Torreense,/Damaiense/Braga).
Portanto, em termos gerais, e na minha opinião, eu vejo que, apesar de se ter feito num período demasiado longo, fez-se o que se tinha de fazer com o que há em Portugal. Podíamos ter feito o mesmo em menos 2 ou 3 anos sem dificuldade nenhuma se a FPF quisesse investir mais a sério no FF. Mas, enfim, mais vale tarde do que nunca.
Agora é preciso passar a outra fase, na minha opinião, e isso já não é bem com a FPF. Já é mais com os clubes e com o investimento e caminho que cada um quiser seguir, sendo que, na minha opinião, se uns começarem a investir e a seguir o caminho certo, os outros irão atrás e farão o mesmo.
O que eu acho que falta a FPF fazer é obrigar os clubes que competem nas Ligas profissionais do FM a terem FF e criar uma quadro competitivo melhor.
Em termos de clubes, como disse, o FF está estagnado há uns 3 ou 4 anos… Não evoluiu grande coisa, não apareceram muitas jogadoras novas de qualidade razoável, não se aumentaram os índices físicos das jogadoras, não se melhorou o remate, não se melhorou a intensidade, enfim, está tudo muito na mesma… na minha opinião. E é por isso que eu acho que é preciso que venha gente de fora subir o nível de exigência e trazer coisas novas para que se possa melhorar.
O nível atlético da jogadora média portuguesa é fraco. Têm barriguinha, correm pouco, não sabem rematar, o jogo de cabeça é inexistente… Um gajo vês as atletas do Sporting do Atletismo e percebe que são atletas. Tudo corpinhos trabalhados, não há ali barriguinhas – excepto em modalidade de força – sabem correr, percebe-se que há uma preparação física profissional.
Um gajo olha para uma Andreia Bravo, uma Vera Cid, e outras, até de outras equipas, e nota-se uma barriguinha por baixo da camisola… Coisa absolutamente impensável de ver em miúdos da formação do Sporting, e que se vê na equipa profissional do FF.
E não me venham dizer que “são mulheres, é diferente”… A Mamona é o quê, um homem? A Cátia Azevedo… Qualquer profissional do Atletismo, tirando as das disciplinas de força/lançamentos, têm o que é raro ver nas jogadoras profissionais: um corpo que se percebe que é de atleta!
Há, na minha opinião, muito a fazer aqui – e isto não tem nada a ver com comparar com os homens, pois qualquer pessoa com 2 neurónios sabe que uma mulher nunca terá um desempenho de um homem em termos de desporto, tendo ambos a mesma preparação.
Em termos do quadro competitivo, eu defendo há muito tempo, praticamente desde que o Sporting voltou ao FF, que a divisão principal seja com 12 clubes, fazendo-se 2 fases, sempre a somar os pontos – sou contra o método que, por exemplo, existe no Andebol onde se passa para a 2ª fase com 50% dos pontos da 1ª fase. Acho que isso não faz sentido.
Portanto, uma 1ª fase de 22 jornadas que serviria para dividir a 2ª fase em duas séries de 6 equipas – mais 10 jornadas, o que daria um campeonato com 32 jornadas, que é mais ou menos o que existe no FM, tornado os calendários semelhantes. Numa série, as 6 primeiras equipas, lutariam pelo campeonato e pelos 6 primeiros lugares, e na outra lutariam por se manter na 1ª divisão, sendo que desceriam 2 ou 3 equipas.
Em termos de Sporting em particular. há uma coisa que vem no texto que, para mim, não faz sentido…
Quando se fala em sondar os accionistas da SAD, isso é uma falsa questão, porque nem sondam para o FF, nem para o FM, além de que o accionista maioritário, e que manda, é o próprio Sporting. O que se pode colocar aqui em questão é o que eu já tenho falado, e que outros também falam, de que se a SAD é do Sporting e se o Sporting é dos sócios, então a SAD deve consultar os sócios para decidir as linhas estratégicas a adoptar – e a realidade é que nunca ninguém fez isso, porque não há o mínimo interesse em estar obrigado a fazer o que os sócios acharem que se deve fazer.
Eu acho que devia estar definida uma percentagem do valor do orçamento da SAD para cada época para o FF… Já aqui disse que 5% é perfeitamente viável e chega para se fazer uma grande equipa de FF – 5% de 60M€ são 3M€, que é mais do que a esmagadora maioria dos clubes na Europa gastam com o FF. O nico clube que eu sei que gasta acima disso, na equipa principal, é o Barcelona. O resto anda abaixo disso e muitos abaixo dos 2M€.
E nem era preciso ir logo directo para os 5%… Podia-se começar com 2% ou 3%… e ir subindo 0,5% em cada época até se chegar aos 5%.
No meu ponto de vista, há muita coisa que o Sporting devia fazer diferente, em termos de contas e de organizar-se nessa vertente. A SAD só devia ter as equipas de futebol profissionais, masculina e feminina, e tudo o resto tinha de estar no Clube.
Isto tinha de ser tudo muito mais transparente.
O Clube NUNCA podia dever dinheiro à SAD – isso devia estar nos Estatutos!
E a SAD teria de pagar a utilização da marca Sporting e das instalações – Academia, Estádio, símbolo, equipamento, etc! Tudo super transparente!
Mas já se sabe que quanto mais confusas forem as coisas, mais opacas são e mais truques se podem fazer para esconder seja o que for…
25 Julho, 2024 at 23:08
« … Em termos de Sporting em particular. há uma coisa que vem no texto que, para mim, não faz sentido…
Quando se fala em sondar os accionistas da SAD, isso é uma falsa questão, porque nem sondam para o FF, nem para o FM, além de que o accionista maioritário, e que manda, é o próprio Sporting. (…)»
Miguel, aquilo que eu escrevi no que o Miguel diz que, para si não faz sentido … é praticamente o MESMO que o Miguel acha (e bem) que faz sentido, na maioria dos casos:
EIS O QUE ESCREVI “sem sentido”
«Alguém na Sporting SAD presta contas sobre a realidade e os planos para o futuro do seu FF profissional? Alguém sondou os accionistas que percentagem, que proporção ou que montante do orçamento global da SAD deve ser alocado ao FF? O accionista maioritário, o SCP, presta alguma informação (nem digo apresentação de planos e estratégias de investimento coerentes)? Alguém entre os “responsáveis” da SAD se preocupou em elaborar um plano de objectivos a curto, médio e longo prazo (2, 5 e 10 anos) para que o Sporting volte a ser hegemónicoa a nível nacional e passe a ser presença regular nos quartos de final da Champions (porque foram esses os objectivos estabelecidos respectivamente a curto e a médio prazo, quando, em 2017 voltou ao FF)? Alguém criou para o FF um tipo de estrutura idêntica à do FM para estudar, avaliar e abordar o mercado de transferências de uma forma assertiva racional, sujeita ao modelo de jogo (existe?) e às necessidades do plantel profissional Reconhecem-se?)? Alguém é ao menos capaz de transmitir aos sócios do SCP quem é que coordena (se é que alguém coordena) essa área?»
O facto de a opacidade ser extensiva ao FM faz do que escrevi algo “sem sentido”? O facto de a opacidade da SAD ser extensiva à opacidade do Clube como accionista maioritário faz do que escrevi algo “sem sentido”? (ainda por cima quando até saliento essa “extensividade”). Ainda por cima, o Miguel sabe MUITO BEM qual a minha posição, BASTANTE CLARA, sobre toda esta questão, expressa não só em múltiplos comentários em diversas ocasiões como também em artigos de fundo em que o Cherba gentilmente me proporcinou a ocasião de partilhar essas minhas PREOCUPAÇÕES com o conjunto dos Tasqueiros.
O que acho mais esotérico é que até sei que o Miguel também partilha da maioria das mesmas opiniões.
Um abraço e saudações leoninas
25 Julho, 2024 at 23:09
Quanto a outras opiniões manifestas neste seu comentário (mesmo não concordanado que a FPF tenha “arrepiado qualquer caminho” porque, ao manter o seu ritmo de “mudança” uns quantos compassos mais lemto que o belísssimo canto alentejano, só acentua a distância para os que, entretanto, externamente, se vão capacitando mais), valorizo sobretudo a frase «O que eu acho que falta a FPF fazer é obrigar os clubes que competem nas Ligas profissionais do FM a terem FF e criar uma quadro competitivo melhor.» Também sou a favor disso. Mas já o era há 5 anos. E, concordando que o Poder Regulador está nas mãos da FPF, esta matéria, na minha opiniãom requer uma concertação (que já devia ter sido feita há 6 anos) com a LPFP porque não basta “obrigar” … é necessário também criar condições para ques e posssa cumprir com as obrigações.
Quanto ao quadro competitivo que o Miguel defende: campeonato de 12 equipas a 2 voltas (se não reparou) é aquilo que já existiu em 2023/24: 22 jogos todos contra todos. O que não houve foi uma 2ª Fase a 2 grupos de 6 somando pontos e que daria um total de 32 jornadas, diz o Miguel, mais ou menos como no FM (que tem 34 ).
MAS agora é que o Miguel FEZ TODO O SENTIDO!?! No mesmo comentário onde passa quase um terço a depreciar a qualidade física média das jogadoras do campeonato senior principal português, o que propõe para o quadro competitivo desse campeonato é que … ainda façam mais 10 jogos. Só se for para castigar e para “perder barriga”.
Mas o castigo mais penoso, confiando na avaliação do Miguel sobre a qualidade do FF português, seria para o público e para a Modalidade que teria de suportar mais 60 jogos na época 3 quintos dos quais sem qualquer padrão aceitável de qualidade competitiva.
SL
25 Julho, 2024 at 23:10
Já no que respeita às opiniões sobre as necessidades de investimento no Sporting, diria que estou quase de acordo nos prazos (encurtaria 2 anos), mas acho insuficientes os montantes (para a necessária competitividade externa).:Se 5% do Orçamento do FM são 3M€, acho pouco; mais de metade disso já é gasto no FF (se falar só no plantel e staff sénior A, diria que pouco mais de 1/3). Não é verdade que o único Clube na Europa que gaste 3M€ no FF seja o Barcelona. Primeiro porque o Barcelona gasta mais que issso. E até acho que o PSG estava a gastar mais (a contratação da Kika talvez equilibre os orçamentos). O Chelsea gasta mais, talcomo a média de investimentos dos Clubes ingleses será muito maior que a dos franceses, espanhóis ou italianos. Este ano, como até temos uma boa base (só não fomos campeãs porque a apitadeira do jogo derradeiro do ass-hole-bê inclinou o campo a favor das lampiãs, queem condições normais teriam perddo o jogo e bastava que o tivessem empatado para o SCP comemorar o título), acho que devemos apostar em acabar de compor o plantel com 2 boas centrais e com a Jordynn Hudley (Miami State University Seminoles) para avançada móvel/ ponta de lança. Até o início da próxima época colocaria em Assembleia de accionistas a obrigatoriedade do orçamento para o FF ser de 5M€ revista anualmente com HIPOTÉTICO aumento de 5% a 10% (DEPENDENDO DO AUMENTODA CAPACIDADE DE GERAR RECEITAS).
Um abraço e saudações leoninas
26 Julho, 2024 at 17:53
Entretanto estive a ver o calendário “próximo” da nossa equipa principal de FF e temos como jogos de pré época:
Sporting 2 -Torreense 1 ( efectuado, a 21 de Julho; sem transmissão televisiva; sabe-se que um dos golos do SCP foi marcado por Jacynta Gala e o outro foi auto-golo de uma jogadora da equipa de Torres)
Deportivo – Sporting (2 de Agosto, a culminar o estágio em Santo Tirso; não está prevista qq transmissão televisiva)
Sporting – Sevilha (8 de Agosto, no 1º Torneio do Algarve, não está prevista qq transmissão televisiva)
Sporting – Benfica (10 de Agosto, no 1º Torneio do Algarve, não está prevista qq transmissão televisiva)
OU SEJA, CLUBES E FPF CONTINUAM A MOSTRAR:
O QUANTO SE INTERESSAM POR PROMOVER A MODALIDADE, AS EQUIPAS E AS ATLETAS;
O QUANTO SE PREOCUPAM EM ATRAIR E FIDELIZAR NOVOS PÚBLICOS;
O QUANTO ESTÃO INTERESSADOS EM TENTAR OBTER FORMAS DE GERAR RECEITA (por mais pequena que seja).
Só para exemplo: será que a Sporting SAD e o SCP se preocuparam em contactar directamente os Núcleos de Santo Tirso e numa área de 60Km ao seu redor para incentivar os seu sócios a assistir ao jogo e conhecr e apoiar a equipa, com acção de proximidade das Atletas combinada para antes do aquecimento para o jogo, com acções de marketing, e/ou outras formas de atrair público e reforçar, ao mesmo tempo, a expansão nacional do Clube e da Marca? … bem nem pediria tanto … será que mandaram pelo menos um mail às direções desses Núcleos a INFORMAR da presença da equipa em estágio na egião durante uma semana?
O mesmo pars os estágio ejogos no Algarve. será que fizeram algua coisa besse sentido ou continuam a entender que uuns parágrafos de uma nptícia no website do Clube é suficiente, e os Núcle, Sócios e Adeptos que se “desemerdem”. Já quando se trata de informar sobre pagamento de quotas, são muito proactivos e mandam e-mail a TODOS os sócios que o forneceram.
Já nem falo também no que se perde por não haver merchandising próprio do Sporting Futebol Feminino, que complementaria a necessária proactividade promocional com angariação de recitas e oportunidades ainda mais atrativas de aproximar atletas a Sócias/os e Adeptas/os.
Depois é muito fácil dizer que não se pode investir mais no FF porque não há públicos, nem mercados que gerem receitas.
TRABALHEM! E depois, TRABALHEM MAIS!! Finalmente, TRABALHEM AINDA MAIS!!! Se o fizerem, com energia, com transparência com criatividade, com recurso ao envolvimento coordenado dos Núcleos e dos GOA, verão que o público começa a crescer, as receitas até começam a aparecer e a capacidade de mehorar a qualidade da equipa e do FF, vem por arrasto.
Dia 4 de Setembro jogo com o Eintracht de Frankfurt (na Islândia) nas meias finais da pré eliminatória da Champions, se passarmos, dia 8 de Setembro (tamabém na Islândia), jogo com o vencedor da outra meia final dessa pré-eliminatória (as bielorussas do FC Minsk ou as islandesas do Breiðablik UBK).
Com mais 1 boa central de referência e com uma médio-ofensiva/extrema/PL (tipo Jordynn Dudley das Florida State University Seminoles, que até nem seria um grande investimento, provavelmente mais barata que a Jamaicana Jody Brown, com quem jogou e até acho a Jordynn bem melhor, mais completa e mais atlética) acredito que o Sporting teria fortes possibilidades de se apurar para a Fase de Grupos.
Tal como estamos, apesar dos bons reforços, mas tendo em conta a saída da Olívia Smith e da Bruna Lourenço, acho que só “por milagre” ganharemos um jogo neste grupo de pré-eliminatória.
Acresce que as 2 apontadas apostas nos colocariam, na minha opinião com o melhor plantel, do Campeonato português e com fortes possibilidades de conquistar o título (talvez nos faltem algumas apitadeiras … mas essas “contratações” que devemos sempre recusar)
Um abraço e saudações leoninas
26 Julho, 2024 at 19:16
O jogo de Santo Tirso, foi anunciado como à porta fechada. E acredito que o torneio do Algarve, vai despertar o interesse de algum canal de televisão, principalmente o Sporting X Benfica.
Relativamente a reforços. Quem jogou com e contra a Georgia Eaton Collins, refere que é uma central completamente diferente para melhor que qualquer central que esteja em Portugal.
26 Julho, 2024 at 20:20
Estou de acordo com Sou Sporting noo que se refere à Eaton-Collins (talvez não seja tão peremptório ma a qualidade é muita). Isso não impede de necessitarmos de pelo menos mais uma boa central de referência para disputar competições ao nível da Champions com a intenção de crescer e de ir, no mínimo, à Fase de Grupos (para este ano seria um bom upgrade internacional).
Já quanto aos jogos de pré-época a min ha opinião é a de que não devem servir apenas para preparar técnica, táctica e físicamente as equipas. No atual estadio de “evolução” do FF em Portugal, eles têm que servir para MUITO MAIS. E TODOS DEVIAM ASSUMIR RESPONSABILIDADES NISSO.
O que, CLARAMENTE, deveria ser totalmente incompatível com jogos à porta fechada.
Veja o caso de Santo Tirso: vão lá estar quase 1 semana. Dava para ter combinado com pelo menos 3 Núcleos a uma distância entre 15 a 40 minutos de autocarro (e.g.: de Vila doConde e Póvoa do Varzim; de Famalicão; de Braga; de Fafe; de Matosinhos; ou de Felgueiras) para sessões de convívio e proximidade com as atletas em que o Núcleo ofereceria o jantar à comitiva leonina e o SCP oferecia até 200×4 pessoas convites para assistir ao jogo com o Depor; o mesmo com o Núcleo de Santo Tirso a quem o SCP ofereceria 500×4 pessoas convites. As entradas ficariam restritas aos convites. Eventualmente, deveria acertar um aluguel com o Tirsense e um mínimo de policiamento. O Estádio tem capacidade para 10 000 pessoas. Deveria ser garantida transmissão pela Sporting TV. Isso iria aproximar imenso todas/os adeptas/os à equipa de FF e incentivá-las-ia a acompanhar o seu percurso com maior regularidade (pela TV ou em deslocações de proximidade às suas reidências.
Mas o efeito desse tipo de iniciativa só tem reprecussões de algum impacto se não forem isoladas, mas antes constituirem uma prática comum a TODAS as deslocações do Sporting para fora da área da Grande Lisboa.
Quanto ao Torneio do Algarve, nem sei de quem é a organização, mas a promoção e transmissão dos jogos deveriam ser uma exigência de Sporting e Benfica para participar no Torneio (mesmo que nas primeiras edições, não houvesse distribuição aos Clubes de receitas televisivas e estas se destinassem à entidade organizadora para garantir a sua continuidade).
O Canal 11 deveria ser o operador privilegiado para essas transmissões.
Obrigado por mais um interessante contributo
Um abraço e saudações leoninas
26 Julho, 2024 at 20:33
Caro Sou Sporting,
Imagine agora estes eventos de proximidade na Rede Ncional de Núcleos do Sporting tendo o Futebol feminino bom e variado merchandising AUTÓNOMO (com Centro de custo e faturação próprias nas Lojas Verdes e com uma carrinha de merchandising FF para acompanhar TODAS as deslocações e eventos promocionais da equipa).
Camisolas com o nome das jogadoras que estas autografassem, fotos individuaisdas jogadoras autografadas, fotos do plantel legeendado, Calendário do ano com fotos de jogadas/movimentos/momentos mais espectaculares ou marcantes do nosso FF; agenda com o calendário de jogos da época e contactos de um área responsável pelo marketing FF para confirmar as datas e a aquisição de bilhetes.
Mais importante até do que a receita própria que isso possa proporcionar é o elo emocional que pode criar com milhares de adeptas/os do SCP.
Um abraço e saudações leoninas
26 Julho, 2024 at 22:23
Esta época, acredito em 4 jogos, no máximo. A primeira eliminatória, acredito ser possível passar. Agora a segunda. Só com a estrelinha de calhar um Hacken ou mais remotamente Juventus. Arsenal, Real, Wolvsburg e PSG, seria para esquecer. Em relação à defesa. Concordo totalmente, mas num pensamento lógico. Em termos realistas, há que pensar que a MC, opta sempre por apenas uma central de raiz a titular.
26 Julho, 2024 at 22:54
Sou Sporting, para esta época, com os ajustes que proponho (apenas 2) e, necessariamente, novas nuances táticas daí resultantes no modelo de jogo (e acho a Mariana com sensibilidade para isso), acho que teríamos condições de passar estes 2 jogos da pré-eliminatória e entrar na Fase de Grupos.
Não digo que fosse uma “obrigação” mas seria uma meta realista.
Jogar a fase de Gupos já seria um importante upgrade competitivo, uma vez que nos aportaria experiência internacional a um nível a que AINDA não estamos habituados. Com um a equipa que acho que poderia não fazer “má figura” e crescer bastante.
Este upgrade (das 2 a acrescentar ao actual plantel e da capacidade competitiva daí resultante e do maior contacto internacional com equipas a que não estamos habituadas internamente) acho que nos colocaria como potenciais favoritas para o campeonato nacional.
E ficaríamos com uma base ainda muito melhor que a deste ano (se não desbaratarmos recursos e o seguramos por mais um ano). Assim o investimento do próximo ano seria melhorar as condições salariais de todas as jogadoras que queremos mesmo segurar, prolongar os seus vínculos, no mínimo ate 2027 e colocar nesses novos contratos cláusulas de rescisão acima dos 500.000€ (não que só saíssem por esses valores, mas passariam a constituir referência para negociações com Clubes interessados e uma maior segurança para nós). Novas contratações só para saídas inevitáveis (ou por idade, ou por propostas aliciantes para nós, ou por propostas tão aliciantes para as jogadoras que não tenhamos como as segurar).
Resumindo, acho que estamos de acordo no essencial.
Não sei é se não estarei a ser demasiado optimista quanto á versatilidade táctica da Mariana (concordo que o seu modelo defensivo tem sido o que expôs; mas até acho que já houve ocasiões em que o soube adaptar a circunstâncias diferentes “pedidas” pelo jogo – nos jogos com o Racing Power, por exemplo; no entant reconheço que houve outros – com o Damaiense, por exemplo e com o Marítimo, em que a Mariana teimou em esquemas defensivos com centrais adaptadas) .
Mais uma vez, obrigado pelo apport.
Um abraço e saudações leoninas
27 Julho, 2024 at 0:28
É uma eliminatória e um playoff. Os vencedores destes 4 grupos da League path, que vai apurar 5 equipas para a fase de grupos, juntam-se no playoff aos segundos classificados dos 6 primeiros países do ranking. Assim, o Sporting, passando a primeira fase, como não será cabeça de série, jogará com um de entre PSG, Wolfsburg, Real Madrid, Manchester City ou Juventus. Dos 5, o que nos permetiria sonhar com uma pequena hipótese de atingir a fase de grupos, a Juventus.
27 Julho, 2024 at 4:08
Poso estar enganado, mas nesta 1st Round há a Champions Path onde estáo o SLB e os campeões do 7º ao 50º do ranking (excluindo Russia)
Na Champions path desta 1st Round há 11 gruposde 4 que no caso do benfica é o grupo 1 jogando a meia-final com o campeão dinamarquês e, se passar a final cm o vencedor enetre o campeão bósnio e o das Ilhas Faroe
Já na League Path desta 1st round há 4 grupos de 4 e o Sporting joga o 1º jogo com o Eintracht Frankfurt e se passar com o vencedor entre as bielorrussas do FC Mins e as islandesas do Breiðablik UBK. Quer num ou noutro Caminho só passam ao 2º Round os 1ºs classificados de cada Grupo.
Na 2nd Round jogam 24 países Clubes em 1 eliminatória: os 3 1ºs dos paísses colocados entre o5º e o 7º do ranking Roma (Itália) Hammarby (Suécia) e Slavia Praga (Chéquia) mais os 9 que passaram em 1º na Champions Path da 1st Round jogam entre eles, apuramdo 7 vencedores para aa Fase de Grupos; os vice-campeões dos países entre o 1 e o 6º do Rankng e os 4 vencedores da League Path da Round 1 disputam entre eles, por sorteio condicionado a ter lugar a 9 de Setembro, os restantes 5 lugares em disputa para apuramento para a fase de Grupos (podendo calhar ao Sporting se tiver passado a 1st Round um dos seguintes vices: PSG, Wolfsburg, Real Madrid , Manchester City, Juventus ou Hacken da Suécia).
Teríamos hipóteses razoáveis com Juventus e Hacken,; com muita sorte, em nosso dia muito sim e dia dellas muito não poderíamos cometer a proeza de eliminar Manchester City ou Real Madrid. Só um absoluto milagre nos permitiria passar PSG ou Wolfsburg.
Masde qualquer modo, acabariamos outubro com 4 jogos internacionais muito competitivos quenos ajudariam a crescer (e alguns “trocos que seriam boa juda para a época seguinte). Se acedêssemos à Fase de grupos em janeiro deveríamos “arriscar mais 2 boas contratações ,apenas para tentar ganhar alguns pontos, que nos compensariam finaceiramente esse investiento e que nos ajudariam a subir no ranking, o que passará a ser MUITO IMPORTANTE NAS EDIÇÕES SEGUINTES.
Pode parecer que estes “ajustes”, nesta fase, constituam um risco, mas é exactamente esta transição de alteração radical d quadro competitiv e de prémios da Champions que gera uma oportunidade de investimento que JUSTIFICA O RISCO.
Poelo menos é essa a miha opinião. Mas que não se penso que consider investimento apenas comprar jogadoras. NÃO! É RECOMPOR ADEQUADA, COMPETENTE E EFICAZMENTE UM PLANTEL QUE JÁ TEM UMA BASE RAZOÁVEL E TRABALHAR IMENSO, MAXIMIZANDO A TRADIÇÃO ECLÉTICA LEONINA E A REDE ORGÃNICA DE NÚCLEOS E GOAs PARA GERAR UM MOVIMENTO CRESCENTE E IMPARÁVEL DE APROXIMAÇÃO DAS ATLETAS ÀS/AOS ADEPTAS/OS, CRIAR E POTENCIAR NOVAS FONTES DE RECEITAS:(MERCHANDISING PRÓPRIO, MARKETING AGRESSIVO, PROMOÇÃO DA IMAGEM DAS ATLETAS E DA EQUIPA, PROMOÇÃO DOS JOGOS, RECEITAS DE BILHÉTICA COM ATRAÇÃO DOS GOA E DOS NÚCLEOS EM PACOTES ESPECIAIS, JOGOS EM CASA NO ESTÁDIO DE ALVALADE, PROMOÇÃO AGRESSIVA DA MARCA SPORTING NO FEMININO, ANGARIAÇÃO E ATRAÇÕA DE NOVOS E MELHORES SPONSORS E PUBLICIDADE, PUGNAR POR UM MAIOR BOLO DE RECITAS TELEVISIVAS MAS COM DISTRIBUIÇÃO CENTRALIZADA SEGUINDO RGERAS DE MÉRITO COMPETITIVO, ETC).
É “SÓ” ISSO TUDO QUE ACHO QUE FALTA “INVESTIR”. MAS NÃO VEJO QUE SEJA TÃO DIFÍCIL ASSIM SERMOS BEM SUCEDIDAS/OS NESSAS TAREFAS, SE O FIZERMOS COM ESORÇO, DEDICAÇÃO E DEVOÇÃO E COM O EMPENHO E COMPROMISO DE TODOS.
saudações leoninas
27 Julho, 2024 at 9:00
Álvaro, respondo-lhe abaixo. Não sei porquê não colou aqui.
27 Julho, 2024 at 1:42
Caro Álvaro,
Primeiramente os meus parabéns e obrigado por mais um contributo valioso para ajudar a entender o que é e o que poderá vir a ser o Futebol Feminino do Sporting, dentro do espaço nacional e europeu.
“Segundamente” dizer que, como é habitual, sempre que o Álvaro dedica-se a algum assunto o trabalho é tão minuncioso, expondo praticamente todos os problemas e respectivas respostas, que resta muito pouco para acrescentarmos.
Dito isto, partilho a minha apreciação sobre o Sporting num todo antes de falar do nosso futebol feminino.
O que vejo quando olho actualmente para o Sporting (é a minha visão) é um frankenstein desportivo, uma manta de retalhos onde as modalidades são trabalhadas, tratadas, geridas de forma desigual e muitas vezes de forma não condizente com a grandeza e história do nosso Clube.
É visível a degradação que sofreram muitas das nossas modalidades amadoras nestes últimos 5 anos (tal como sofreram a participação associativa, a transparência, a informação e respeito pelos sócios) transformando-as em sub-modalidades com expressão cada vez mais reduzida no panorama nacional e mesmo internacional.
O exemplo que o Álvaro deu a dias relativamente ao desporto adaptado retrata na perfeição o desprezo e incompetência a que foram votadas algumas modalidades.
Hoje existe claramente diferenciação entre modalidades, há parentes pobres e parentes ricos, há filhos e enteados, e os atletas sentem-no.
Na SAD essa diferenciação nota-se menos quando falamos das vertentes masculina e feminina do futebol, porque partilham muitos dos espaços e recursos de excelência que a Academia tem.
Mesmo assim, se olharmos com atenção, veremos que o Futebol Feminino não tem o mesmo tratamento do Futebol Masculino, a começar pela falta de alguém que dê a cara e responda pelo projecto (que também não é claro), a terminar no investimento deficitário para dotar o FF de um departamento profissional ao nível do Masculino, e contratar mais jogadoras de qualidade.
Entretanto reconheço que até temos acertado em algumas contratações nas últimas épocas, o que terá de repertir-se brevemente devido a idade de algumas das nossas jogadoras mais influentes.
Confesso que não percebo de modelos de campeonatos para discutir que formato propicia um melhor e mais atrativo “produto” (não gosto desta visão mercantilista do desporto mas também não posso fingir que sobrevivemos sem ele…) mas as dificuldades são transversais à todo o universo do futebol nacional onde o 3 grandes (o Porto já anunciou a criação de uma equipa) secam tudo à volta e os clubes menores apenas participam na festa.
Se os clubes têm de investir, também a Federação tem obrigação de ajudar com incentivos financeiros relevantes os clubes com menos recursos e que trabalhem escalões de formação.
Esses incentivos para além de dar condições para contratarem equipas técnicas e garantir os recursos necessários, permitiriam também a estes clubes terem condições de contratar estrangeiras de forma a promover o crescimento e qualidade do futebol.
Por fim dizer que acho excelente a ideia de tornar verdadeiramente autonomo o Departamento de Futebol Feminino.
Infelizmente não é possível expurgar o presidente ou criar uma SAD separada, mas concordo que o Futebol Feminino não pode ser visto como o preço a pagar para o Futebol Masculino poder disputar provas profissionais, e para onde é passado um cheque todas as épocas para a Mariana escolher algumas jogadoras e fazer o melhor possível para não terminar o campeonato muito distante do rival encarnado.
É preciso um departamento profissional e competente, com tudo aquilo que é dado ao Futebol Masculino.
Um abraço e Saudações Leoninas
27 Julho, 2024 at 9:04
Mas o futebol feminino do Sporting, já foi autónomo. Onde o clube dava instalações e dinheiro e às vezes a cara, mas pouco tinha ao contrario do que muitos pensam a ver com a gestão da secção.
27 Julho, 2024 at 14:42
« … Pois é Mas o futebol feminino do Sporting, já foi autónomo. Onde o clube dava instalações e dinheiro e às vezes a cara, mas pouco tinha ao contrario do que muitos pensam a ver com a gestão da secção.»
Caro Sou Sporting, concordo muito com essa apreciação. Penso que o Projecto inicial (que Nuno Cristóvão apontou como centrado na jogadora lusa e apostando muito na sua Formação, e tendo como metas conquistar a hegemonia nacional a curto przao e, a médio prazo, fazer parte regular do lote das melhores 8 equipas europeias de FF) até estava a ser parcialmente excedido (a parte nacional) e parcialmente mal sucedido (o caminho para a elite europeia).
A “autonomia”, como diz, pouco tinha que ver com uma gestão “de Secção”. Penso (posso estar errado, até porque é um análise, mutas vezes à distância) que andava muito ao sabor da aposta de Bruno de Carvalho e da sua visão sobre o potencial do FF., mas que BdC tinha o “defeito” de confiar pouco nas pessoas para criar Secções Autónomas e concentrava em si próprio muitos níveis de decisão (deveria delegar mais os níveis sectoriais e intermédios e concentrar-se nas decisões estruturantes … que não foram poucas em 5 anos diga-se).
Mas, voltando exclusivamente ao FF …
Mais uma vez, NA MINHA OPINIÃO, O problema é que esse “projecto” foi interrompido com a “interrupção” do Clube em 2018. Sai Nuno Cristóvão e, logo de seguida, a Raquel Sampaio. Foi perda de know-how … sem substituição à altura. E foi não haver na gestão do topo do Clube e da SAD quem percebesse patavina do potencial e do momento histórico de evolução do FF. Desinvestiu-se progressivamente de forma que chegou a ser desesperante. Os 2 êxodos que se seguiram à conquista de hegemonia do ass-hole-bê foram um ABORTO DE GESTÃO DE PLANTEL.
Nestes últimos 2 anos parece estar a inverter-se a situação.
Espero sinceramente que tal se deva a alguma intervenção da “coordenadora de de secção” (que soube que parece que existe e dá pelo nome de Margarida Batlle Y Font); mas, negativa continua ser a falta de transparência da SAD e da sua principal accionista … soube da existência da senhora e do “cargo” por uma notícia do zerozero (ainda por cima, claramente transmitida por “fontes da SAD” que cometem imprecisões “estranhas” como a seguinte “pérola”:
«… Margarida Batlle Y Font será o rosto do departamento feminino num ano em que, além da NOVIDADE na coordenação, o zerozero sabe que o feminino VAI PASSAR A ESTAR sob a alçada do futebol profissional, ou seja, sob o controlo da SAD leonina.» . Enfim, cada qual “planta” as notícias da forma que a CS deixa.
Um abraço e saudações leoninas
27 Julho, 2024 at 8:57
Exato. Concordo com essa escalação de hipóteses. Só a ressalva de sendo a segunda ronda ou playoff da League Path de 5 jogos (10 equipas), e como o Álvaro disse e bem, a primeira ronda apenas apura 4 que se juntam aos 6 segundos que apenas entram na segunda e os 5 melhores classificados no ranking, são considerados seeded (cabeças de série) infelizmente, não poderemos em caso de passagem calhar com o Hacken, que é o sexto do ranking e como tal será unseeded como será o Sporting no caso de seguir em frente na primeira ronda. E completamente de acordo que o Sporting, até outubro poderá ter 4 jogos internacionais de alto nível.
27 Julho, 2024 at 15:25
Reduz hipóteses DE FACTO. Mas seja quem for será uma eliminatória para crescermos.
Espero que APROVEITEMOS A OPORTUNIDADE para crescermos em todos os aspectos: jogar EM ALVALADE, com forte promoção direccionada, especialmente junto dos Núcleos fora de Lisboa e dos GOAs com “oferta” de bilhetes de Sócia/o a 1, 2 e 3€ (dependendo do sector) e de 2, 3 e 4 € para adeptas/os para os mesmos sectores (reservas online abertas 15 dias antes do jogo e respetivas compras online efetuadas até 5 dias antes do jogo), Fora das organizações dos Núcleos ou dos GOA bilhetes a 3, 5 e 7€ para Sócias/os (para os mesmos sectores) e Adeptas/os a respetivamente a 5, 7 e 10€.
A maior promoção deve, no entanto, ser feita na Sporting TV com vários clips promocionais com Atletas e Treinadora a serem transmitidos em todos os intervalos de publicidade durante os 15 dias antes do jogo e com programas especiais de pré-jogo com comentadoras (e.g. ex-atletas como a nossa 1ª capitã em 2016/17, treinadoras/es como Nuno Cristóvão e a coordenadora de departamento acima citada).
Feito dessa forma, seria uma boa experiência piloto (tal como os tais 4 a 6 jogos que o Sou Sporting preconiza em Alvalade) para introduzir modelos “leves” de bilhética, que possam servir de base para o futuro e para uma Gamebox FF (que, por exemplo, inclua um “brinde” de merchandising – as camisolas oficiais Adepta e Adepto FF que até poderia ser esclhida por votação aberta aos associados).
Mais uma vez, ser CRIATIVOS E PROACTIVOS para aproveitar TODAS AS OPORTUNIDADE PARA PROMOVER e FAZER CRESCER o FF no SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
Um abraço e saudações leoninas