Pelas duas primeiras frases ainda pensei no J…

🙂

Z

O Morita tem a mentalidade japonesa de tentar sempre a perfeição. Mesmo estando bem, acha sempre que é possível fazer melhor, tem um sentido de autocrítica muito bom. Talvez por isso o Amorim tenha dito numa conferencia de imprensa que “todos os treinadores deviam ter oportunidade de trabalhar com jogadores japoneses”. Mas não se pense que todos os japoneses são assim, veja-se por exemplo o Yuki Tsunoda na formula 1, que tem tiques de puto mimado.

Esta mentalidade é algo que muita gente aqui na Tasca não percebe, quando alguém faz uma critica a um jogador. E percebe-se porquê. Acho que em Portugal há muito a mentalidade de nos deixarmos “dormir” quando atingimos um determinado patamar de sucesso, e de achar que não é preciso continuar a trabalhar para evoluir. Por isso acham que não se pode criticar o Trincão, ou o Pote, ou o Paulinho, ou seja quem for, só porque fez um jogo ou um conjunto de jogos bons. Ou que não se pode criticar o Amorim porque já nos deu dois campeonatos.

Mas o Morita também é inteligente o suficiente para percber que só a mentalidade “japonesa” não é suficiente para se conquistar coisas. O livro que ele escreveu no Japão é um bom exemplo da forma como ele percebeu que às vezes é preciso também um pouco de manha.

Sou muito suspeito porque gosto bastante da cultura japonesa e já estive várias vezes no Japao, mas gosto bastante do Morita.