Enquanto a equipa B vai jogando e Diego Rubio continua a ir marcando, aproveito para roubar este vídeo ao Artista do Dia onde assistimos à reviravolta no marcador, frente ao Tondela. Diz o MC, que há três pormenores que devem ser destacados: a deliciosa combinação Matheus – Gauld – Matheus – Rubio na construção do terceiro golo; a arrancada de Palhinha pelo meio campo, carregando sobre 5 adversários antes de entregar a bola em Sacko; o facto de Matheus ter entrado em campo cheio de vontade e ser visível a alegria pelo golo marcado. A tudo isto, eu acrescentaria o “ferro” que Gelson Martins prega no defesa, no terceiro golo, e a qualidade estética e técnica do remate de Matheus.

Mas o que me leva a escrever este post é o facto de, quando olho para estes miúdos a jogarem, ser impossível não perspectivar quais poderão ter uma oportunidade na próxima época.
Começando pela defesa, André Geraldes, até por aquilo que mostrou na Taça da Liga, justifica fazer a pré-época. Aliás, é ainda uma incógnita a renovação de Cédric e a continuidade de Miguel Lopes. E será que Esgaio regressa de Coimbra? Ao centro, será que Ruben Semedo cresceu no “desterro” e regressa apostado em colocar em prática as qualidades inatas que tem? E será que Ewerton fica? E o que será feito de Saar?

Depois de uma travessia do deserto, Palhinha vai, aos poucos, recuperando os créditos que fizeram apontá-lo como um dos futuros craques do Sporting. Todos desejamos que William continue de Leão ao peito, portanto Palhinha seria, por assim dizer, o homem sombra, nunca perdendo o ritmo ao serviço da equipa B. Mas há Rosell. E Fokobo, emprestado ao Arouca, entra nestas contas? Zezinho não me parece entrar.

Wallyson e Ryan Gauld estão prontos e seria um choque não vê-los na equipa principal, para a próxima época. Parece-me quase certa a não renovação e a saída de André Martins, portanto teremos um quarteto de opções Adrien-Wallyson-João Mário-Gauld. Entretanto, lá pela Madeira, Chaby, que também pode fazer a posição de médio ofensivo, vai fazendo pela vida e piscando o olho à pré-época. Ah, é possível que alguém se lembre de Labyad e que se avente a possibilidade de renegociar o contrato, mas para mim é para esquecer. Mas não nos devemos esquecer de Slavchev. Continuo a achar que está ali jogador. A propósito de estar ali jogador… Matheus Pereira. Será que renovou para ficar e encantar ou apenas para recebermos uns bons milhões na transferência?

Do centro para as alas, ou talvez não, será desta que Iuri Medeiros tenta afirmar todo o seu potencial? A saída, quase certa, de Capel, abre uma vaga, mas há um rapazinho que também me parece merecer uma oportunidade: Dramé, o homem do pontapé bomba. Quanto a Heldon, não me parece que volte a vestir a verde e branca, destino que me parece ser o de Viola embora, confesse, não me importasse de vê-lo fazer a pré-época. Falar em Viola faz-me lembrar Wilson Eduardo, também ele com aquele problema de nem ser extremo nem ser ponta-de-lança.

Ponta-de-lança. Acho que não vale a pena falar de Cissé ou de Enoh. Sacko também não é ponta em lado algum, quando muito uma espécie de Douala. Rubio, esse sim, vem mostrando que tem qualidade, mas depara-se com um problema: imaginando que Slimani, Montero e Tanaka continuam em Alvalade, o que nós precisamos é de outra opção ao estilo do argelino, coisa que o chileno não é. Quem, a continuar assim, nunca será o que um dia prometeu ser, é Betinho. O que é uma pena.

 

p.s. – com estas mexidas todas, também dei por mim a pensar naquela que será a base da nossa equipa B: Luís Ribeiro ou Guilherme Oliveira; Riquicho, Domingos Duarte, Mica Pinto, Palhinha, Francisco Geraldes, Gelson Martins, Podence, Ponde. Só posso dizer que gosto. Muito.