estágioviewSeriam poucos os Sportinguistas que esperavam um início de Verão tão agitado como o que temos testemunhado. Mas, a verdade, é que o estado de sobressalto começa a ser uma imagem de marca deste nosso Sporting e a habituação começa a ser geral. A menos de dois meses de iniciarmos a época competitiva, os dossiers vão-se acumulando e as perguntas começam a ser cada vez mais.

Que reforços chegam? Que jovens sobem à equipa principal? Qual o esquema táctico de Jorge Jesus? Qual o orçamento para a próxima temporada? Quem é dispensado e quem é vendido? Quem é o nosso patrocinador?

A época de selecções não ajuda, as férias do mister também não, e já sabemos que tudo está a ser preparado nos bastidores, para que seja apresentada uma época competente e competitiva, deixando feliz a família leonina. Para além de tudo, o processo Doyen tem início esta semana, o que retira tempo à Administração, o Sporting ainda não tem um Director Desportivo e custa perceber quem está, afinal, à mesa das negociações com jogadores como Danilo ou Bryan Ruiz.

A vingança vai servir-se fria, tanto da parte do Benfica como do FC Porto, que viram esta subida de expectativa em torno do Sporting como uma afronta. Não podemos esperar facilidades em torno da nossa vida desportiva e a necessidade de fechar casos pendentes torna-se ainda maior. Os nossos “reforços” serão minados, jogadores em fim de contrato aliciados e a tentativa de descredibilização continuará.

A passada temporada começámos a época com imensos casos de indisciplina, que acabaram por sair a público. Rojo e Slimani, depois de Dier e antes de Jefferson, marcaram a época e têm, a todo o custo, de ser travados. Não posso deixar de temer que estamos a mexer-nos um pouco devagar, com uma comunicação vaga e pouco precisa para com os sportinguistas, e com muitas pontas soltas que podem afectar o plantel quando se aproximar a altura de competir.

No dia 9 de Agosto, o plantel tem de estar fechado e estabilizado (o que não implica surpresas de última hora). Isso engloba a chegada dos novos jogadores, a saída de quem não conta, mas também a revisão de lugares e importâncias dentro do nosso plantel. A única forma de vencer o que vem de fora é a competência. Que ninguém julgue que esta facadinha no Benfica nos dá uma almofada que permita relaxar. Chegou a altura de ser um clube estável, que ignora o que vem de fora pois se encontra concentrado apenas em somar títulos e arrumar a casa. Um clube competente no mercado, que compra o que precisa e não o que surge. Um clube com um plantel de fazer inveja, mas que mantém a base portuguesa na sua matriz.

Não digo que nada disto esteja a ser feito, acredito completamente que sim. Mas preciso de referir que começa a ser imperativo uma presença mais forte, com mais soluções à vista e menos pontas soltas. Não porque tenho medo que não seja cumprido, apenas porque é uma forma de acalmar o debate e especulação, bem como as dúvidas em torno deste novo Sporting – versão JJ.

 

*às terças, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa