Voltámos a ter vários candidatos a ocuparem a cozinha, o que é óptimo sinal. O primeiro a avançar, até por ser o que há mais tempo estava em fila de espera, é o Liedhold, trazendo uma belíssima receita que, acredito, mexerá com muitos estados de alma (até porque recupera a questão: devemos, ou não, venerar os nossos jogadores e criar os nossos ídolos?)
OS MEUS HERÓIS, by Liedhold
No dia 1 de Junho de 2006 o Sporting completou o seu primeiro centenário. Nesse dia, à falta de uma grande festa popular para celebração desse dia histórico, decidi ir ali para os lados da Póvoa de St. Adrião a um evento de stock-off do fornecedor de equipamentos desportivos do clube àquela data. Lá chegados, deparei-me com uma autêntica feira a verde-e-branco onde podia encontrar tudo o que tivesse os símbolos do SCP e da Reebok. Quando fui para comprar o principal artigo do merchandising do clube, já os outros fanáticos tinham surripiado todos os tamanhos L. Naquela temporada de 2005/2006 a camisola comemorativa do centenário procurava replicar o formato da camisola usada pelos Heróis de Antuérpia de 1964. Para meu descontentamento, tive que comprar uma camisola XL e, daí em diante, poucas vezes lhe dei uso.
Quando era miúdo, os meus heróis não eram de Antuérpia. Nem tão pouco eram heróis do futebol sequer. No meu imaginário de criança, o meu herói era de Los Angeles e chama-se Carlos Lopes, o Carlocas, como eu lhe chamava. Nunca consegui levar a sério aqueles que nasceram nos primórdios da década de 80 e dizem que começaram a ver futebol com 4 e 5 anos e que se lembram do Mundial de 86 e 90. Não consigo conceber que uma criança com 5 ou 6 anos me consiga explicar o que é um fora-de-jogo, mas enfim… O Atletismo, isso sim, parecia-me fácil de perceber: ganha aquele que for mais rápido. E o Carlocas – aquele da camisola verde-e-branca – era sempre o mais rápido! Tal como eu, que corria sozinho à volta da mesa da sala com uma camisola verde-e-branca e dizia que era o Carlocas, do Sporting, dando uma prova insofismável que se pode fazer uma escolha clubística na mais tenra idade com base na paixão.
O tempo passou e, como qualquer outra criança, passei a gostar de futebol. Naqueles anos de 1991, 1992, poucas referências tínhamos para amostra. O meu pai dizia-me que o Sporting tinha jogado e ganho 3-0 e eu perguntava-lhe: “quantos marcou o Cadete?”. Lembro-me dos cromos Marlon Brandão e Douglas com as meias pelos tornozelos, aquelas vitórias na Taça de Honra que se jogavam em jogos de 45 minutos no Restelo com o Estoril e com o Estrela, dos jogos dos juniores no velho Alvalade, e da minha primeira bandeira, claro! Os heróis passaram a ser de Alvalade. Obviamente que a primeira vez que o meu pai me disse que iria conhecer um jogador do Sporting nem dormi! Quando cheguei ao pé dele, disse-lhe “Olá!” e fugi cheio de vergonha. O jogador chama-se Marinho e era defesa-direito naquela época. Mas fosse o Marinho ou qualquer outro, provavelmente a reação teria sido a mesma. Bastava ser jogador do Sporting.
O meu primeiro herói que venerei no futebol chama-se Luís Figo. Acompanhei a ascensão dele desde o Mundial de juniores em Lisboa, a transição dos juniores para a equipa principal, o “cai-e-puxa-a-meia” quando ainda não tinha cabedal para passar pelos laterais, e a conquista da taça em 1995 no primeiro troféu que me lembro de assistir ao vivo o meu clube vencer, já eu era um adolescente. Sempre acalentei a esperança de ele terminar a carreira em Alvalade, como se de uma história de amor interrompida se tratasse mas que teria um final feliz. Ao Figo seguiu-se um prodígio chamado Simão Sabrosa, que contrariamente ao Pastilhas, não sentiu dores de crescimento a entrar na equipa principal e jogava sozinho no Sporting de Jozic. Depois veio um Ricardo Quaresma que fazia sonhar e passado dois anos já o Barça o tinha levado, conforme tinha feito com os dois anteriores.
O dia em que o Simão assinou pelo Benfica foi o dia em que deixei de venerar os heróis. Quando o Quaresma veio para o Porto já não me sentia inconformado. Mais recentemente senti-me enganado pelo maçã podre, mas com Izmailov e Liedson já não senti tanto o peso da faca nas costas. Antes, o Figo já acabara a carreira no Inter e hoje a minha esperança em que o Cristiano volte a casa para vestir a verde-e-branca de novo não passa de uma pequena utopia.
Dito isto, e uma vez que um adepto precisa de ter heróis, não me restou senão olhar para a história.
Ontem o presidente decidiu reunir os jogadores vencedores da Taça dos Vencedores das Taças. Uma pequena tertúlia para que os jogadores revivessem a epopeia da conquista, que juntou 8 dos jogadores ainda vivos. E eu fui. Sozinho. Poucas pessoas da minha geração assistiam às tiradas de um grupo de velhotes que parecia que a seguir iam jogar à sueca em dois grupos. Um Ribeiro Cristóvão a contas histórias da bomba de gasolina da Shell na 2ª circular onde um presidente do Sporting dos anos 60 não deixava os funcionários do clube por gasoil, um Figueiredo que é teimoso e ainda circula com o seu táxi aí pelas ruas da capital, um Pérides a falar a medo e que ainda parecia estar cheio de medo de apanhar do Carvalho e do José Carlos por ter driblado dentro da nossa área e perdido a bola, ou um Pedro Gomes que dizia que “já os mamámos” no final de cada eliminatória.
Enquanto assistia ao relato das desventuras que os obrigaram a disputar por três vezes jogos de desempate de eliminatória em campo neutro, pensava nos Wolfswinkel’s desta vida que trocaram um SCP por um Norwich (!!). Eu sei que o verde do dinheiro puxa hoje mais pelos jogadores do que o verde por trás do Rampante. Mas ainda assim, olho à minha volta e ainda vejo um Giggs no United, um Puyol no Barça, um Gerrard no Liverpool e um Totti na Roma. Será que os jogadores hoje não percebem que a sua carreira se torna tanto maior quão se permanecerem fiéis a um clube?
No fim da tertúlia peguei naquela camisola do centenário e cheguei ao pé do Mário Lino e pedi-lhe que a autografasse. Este ritual seguiu curso entre os seus companheiros de jornada, enquanto o presidente olhava para a cena. Todos eles me pareceram surpreendidos mas acederam ao meu pedido com um sorriso. Depois, dobrei a camisola, guardei-a e fugi quase tão rapidamente como daquela vez com o Marinho.
No caminho para o metro dei por mim a pensar: “Porra pah! Faltou-me o José Carlos”. Não sei se voltarei a cruzar-me com ele. Pode ser que o apanhe numa qualquer cerimónia de entrega dos leões de prata. Mas depois de ontem, dei por mim a descobrir os meus heróis e que prazer teria tido em ouvir as histórias dos Violinos ou do seu quinteto percussor (Mourão, Pireza, Peyroteo, Soeiro e Cruz) nos tempos do futebol a preto-a-branco!
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
18 Dezembro, 2013 at 11:19
eu vi na tv a reportagem sobre essa tertulia.
eles contaram como é que o Pérides acabou a titular( e que acaba por ter a ver com essa tal reação do Carvalho e do José Carlos) ?
é que no livro estórias de alvalade vem lá essa historia
18 Dezembro, 2013 at 11:24
de encontros com jogadores lembro-me de uma época no final dos anos 90 em que na pré época o Sporting foi fazer um jogo treino contra o Alverca.
claro que não fui preparado com caneta nem papel para os autógrafos, porque não esperava a cena que encontrei no final.
faltavam 2 ou 3 minutos para o fim e eu e o meu pai resolvemos sair e por baixo da bancada era o bar do estádio, e ao passar por lá estavam o Beto e o Iordanov na conversa e a beber cocal cola descansadinhos.
18 Dezembro, 2013 at 11:44
Tens andado tão desaparecido, pá… que estranho!
Senti a tua falta, pá nestes últimos posts… Bons e saudáveis olhos te leiam!
Abração forte, pá…
18 Dezembro, 2013 at 11:45
eu comento sempre o ultimo post, ou seja o primeiro do dia e deves andar distraído comentei um dos posts de ontem.
18 Dezembro, 2013 at 14:47
Não gosto quando me mentes…
18 Dezembro, 2013 at 14:50
estou-me a lixar para o que tu gostas ou não, nem tenho de te dar satisfação nenhuma, eu comento quando quiser e nos posts que quiser
18 Dezembro, 2013 at 14:53
Tu não eras assim… tás bruto, pá… o que foi?
A equipa de futebol do Sindicato dos Jornalistas perdeu, foi?
Perdeste o cachecol e a bandeirinha, foi???
Rasgaram-te o poster do Manha & Rita???
Tem lá calma, pá… isso faz-te mal!
18 Dezembro, 2013 at 18:55
isso é bullying 🙂
18 Dezembro, 2013 at 16:38
Bolas…estava tão bom até aqui…
Eu já pensava que realmente a epoca do Natal faz milagres…conseguiram estragar tudo 🙂
O que vale é que eu levo essas vossas turras na brincadeira…espero que voces façam o mesmo
18 Dezembro, 2013 at 16:54
Não me pressionem… Eu tentei, mas é mais forte que eu! 😉
18 Dezembro, 2013 at 22:08
Ó Ricardo Sampaio, desculpe lá, mas (já) anda por aí uma pontinha de paixão assolapada. Você já sente a falta do rapaz, pá.
(Ou será paternalismo seu?)
19 Dezembro, 2013 at 9:40
É aquela pontinha de masoquismo que todos temos mas que não admitimos ter… Ou então, podes chamar-lhe de… como se diz… ironia! Às vezes, para não dizer as coisas como realmente me apetece, lá mando umas ironiazitas pro ar, para a malta achar graça e tal e não tornar o ambiente tão pesado… paixão?! Arrefonix!!!
18 Dezembro, 2013 at 11:24
«Nunca consegui levar a sério aqueles que nasceram nos primórdios da década de 80 e dizem que começaram a ver futebol com 4 e 5 anos e que se lembram do Mundial de 86 e 90.»
Finais de 70’s… podes crer os putos viam futebol na TV a 2 canais quando dava as competições no estrangeiro tipo mundiais e campeonatos da europa e só apareciam em casa pra comer e dormir. Quando dava o Brasil parava tudo porque a gente nunca lá ia. Eu tive uma sapatilhas com o naranjito e uma colecção de latas de um refrigerante conhecido com as caras da nossa selecção do méxico86. Nunca passei de um modesto defesa direito da equipa de iniciados daqui só que ao contrário do maxi lampião eu sei o que é uma bola. 😀
18 Dezembro, 2013 at 11:26
a propósito… de todo o pessoal que escreve aqui, qual era a posição em que jogavam quando havia jogatana lá na rua? Eu era defesa direito.
18 Dezembro, 2013 at 11:44
Guarda redes, mas não era gordo ;D
18 Dezembro, 2013 at 11:50
primeiro líbero. Depois, quando os líberos desapareceram, uma mistura de Douglas + Redondo + Valckx + Paulo Sousa + Duscher, sempre a dominar o meio-campo e as transições 🙂
18 Dezembro, 2013 at 12:21
Cherba, fala com o Jardim que ainda fazes uma perninha 🙂
18 Dezembro, 2013 at 12:58
Na época passada faria uma perninha, após uma contratação por 6 milhões de euros. Entretanto as coisas mudaram e o lugar do Cherba está bem definido.
18 Dezembro, 2013 at 12:22
Foda-se que jogador !!! 🙂
18 Dezembro, 2013 at 12:39
Sendo assim, posso perguntar porque escolheste o Cherba como teu pseudónimo? Alguma forma de homenagem?
18 Dezembro, 2013 at 11:56
Central. Mas quando jogava no areal da meia praia jogava a matador ahah
18 Dezembro, 2013 at 12:12
8…mas dos fraquinhos…hehehe! Mas hoje em dia só mesmo futsal! hehe! Já não há pulmão para futebol 11…
18 Dezembro, 2013 at 12:16
Em Futebol quando me encostavam à linha direita ainda fazia umas assistências, mas nunca fui muito rápido.
Quando jogava no meio ainda mandava umas boas pastilhas lá para dentro!
18 Dezembro, 2013 at 12:41
Isto a falar de médio*
Box-to-box era a minha cena
18 Dezembro, 2013 at 12:23
Lateral-Direito, também, e cheguei a ser federado em junior.
18 Dezembro, 2013 at 12:26
Proximo passo: torneio de futsal da Tasca!
18 Dezembro, 2013 at 12:42
Isso é que é! Alinho!
18 Dezembro, 2013 at 12:36
Número 10 : puro.
Assistências e desiquilíbrios. Pouco cabedal (estatura do André Martins), mas alguma velocidade para compensar.
Remates de longe é que não é comigo.
SL
18 Dezembro, 2013 at 12:40
Eu sempre fui mais futsal..
18 Dezembro, 2013 at 12:41
Defesa direito, a la Joao Pinto. Baixinho, caracolitos, e dava porrada à discrição. Mas fazia as piscinas todas, e ainda dava umas bolitas a marcar…
18 Dezembro, 2013 at 12:58
Extremo direito no Rio ave desde os infantis aos juniores,numero 7 nas costas e sempre a ir para cima dos defesas qual Carrillo,eheh!depois i meu joelho cheio de ratos lá me fodeu pó futebol a sério,agora só com os amigos!
SL
18 Dezembro, 2013 at 13:13
A Lateral Esquerdo, ou extremo/ala Esquerdo apesar de não ser canhoto.
Resistência física e velocidade, não faltavam devido aos muitos anos de atletismo que pratiquei.
Habituei-me cedo a usar o pé esquerdo e cheguei ao ponto de rematar com mais força com este do que com o direito, isto devido a uma lesão na coxa direita.
O mais engraçado é que hoje em dia vejo o meu filho a escrever com a mão direita e jogar/rematar com a perna esquerda.
18 Dezembro, 2013 at 13:17
Eu escrevo com a mão esquerda e jogo com o pé direito,mas também me sair bem com o esquerdo.velocidade e técnica as melhores armas 😉
18 Dezembro, 2013 at 13:20
Nos os dois a trocar constantemente de ala, partia-mos qualquer defesa!
AHAHAHAHAHAHA.
18 Dezembro, 2013 at 16:06
Ahah,acredito que sim 😉
19 Dezembro, 2013 at 0:17
O teu filho é dos bons 🙂
18 Dezembro, 2013 at 13:46
Centralão… e trinco algumas vezes.
18 Dezembro, 2013 at 15:49
GR e central 😀
18 Dezembro, 2013 at 13:55
Nº 10. Daqueles que ou duram 45min ou entram para resolver nos últimos 20. E com final de carreira precoce devido ao maus hábitos.
18 Dezembro, 2013 at 14:29
Primeiro ponta de lança e depois, lateral direito.
18 Dezembro, 2013 at 18:02
extremo…esquerdo ou direito 🙂
18 Dezembro, 2013 at 23:37
Eu quando era puto jogava a lateral porque não tinha arte nem cabedal. Mas, durante vários anos no desporto escolar (de 5, ainda não se chamava futsal nem era futebol de salão) era defesa e capitão de equipa, onde chegámos aos nacionais e só perdemos um jogo, para o Futebol Benfica.
Hoje em dia, no futebol de 11 de brincadeira, gosto de jogar no miolo, a 6 ou 8, mas faço qualquer posição porque a malta acaba por ter pouca cultura tática e ando sempre a fazer compensações!
18 Dezembro, 2013 at 11:44
Eu tinha um boneco do naranjito, até há uns anos atrás ainda andava por casa da minha mãe…
Eu jogava onde pudesse dar pau no pessoal…
18 Dezembro, 2013 at 12:34
quem não tinha um boneco do naranjito? quem não teve do Pique, no méxico 86? E o Misha, mascote dos jogos olímpicos de 80?
18 Dezembro, 2013 at 13:14
Eu lembro-me mais do Cobi de 92 😛
18 Dezembro, 2013 at 18:03
mais um para o naranjito 🙂
18 Dezembro, 2013 at 15:00
E aqueles gelados feitos de gelo com essência de fruta do Naranjito! 🙂
18 Dezembro, 2013 at 11:32
Muito bom!
18 Dezembro, 2013 at 11:33
A malta da nossa geração nascida no inicio dos anos 80 teve um baptismo sportinguista de fogo. Foi complicado atravessar o grande jejum de 18 anos. Recordo-me bem desses tempos e de passar a adolescência a adorar um clube ques somente vi ganhar uma taça de Portugal ao Maritimo.
Sucede que o pessoal dessa geração é ferrenho do Sporting e está revoltado com os senhores que desbarataram o capital de dois títulos quase seguidos que nos podiam projectar para outros voos.
Lembro-me ainda de ver o Schemeichel entrar em Alvalade, acho que me baldei à aulas nesse dia e de ver os treinos em frente ao estádio com os velhos, aí sim os jogadores sentiam o calor do público.
Por isso acho que o nosso presidente embora um pouco mais velho viveu o tempo do jejum de títulos e acredito que isso moldou a sua vontade ferrea de vencer.
PS: Sou de 81 pelo que lembro-me Italia 90 e do Euro 92 mal e do mundial de 94 bem e do euro 96 muito bem.
SL
18 Dezembro, 2013 at 13:03
Mais um da década de 80 e completamente louco pelo Sporting,ainda mais sendo do norte do país não foi fácil,mas tenho tanto orgulho em ser Sportinguista,ai ai!estamos vivos caralho!!!
SL
18 Dezembro, 2013 at 13:52
Somos os sportinguistas mais duros, sem dúvida.
18 Dezembro, 2013 at 11:35
Eu joguei à bola na distrital 10 ou 11 anos como sénior. Defesa direito 😉 Com pouco jeito e muita vontade! Era relativamente rápido e agressivo.
18 Dezembro, 2013 at 11:37
Hoje em dia não idolatro ninguém. Mas enquanto estiverem com a verde e branca são os melhores jogadores do mundo!!!
19 Dezembro, 2013 at 0:22
Eu também não. O ultimo foi Rochemback e o cão morreu no ano passado depois de atacado por outros.
18 Dezembro, 2013 at 11:39
Bolas, falta-me tempo para comentar este post… fica a promessa de voltar aqui ainda hoje.
Belo post.
18 Dezembro, 2013 at 11:42
Prato do dia à maneira! Muito bom…como me revejo! Ainda há uns dias escrevi por aqui que não concordo com cânticos aos jogadores mas sim e sempre ao Sporting! Heróis e Ídolos só mesmo depois das carreiras terminarem..Foi com o cabrão do pinipom que para mim passou a ser assim…acabou cantar pelos jogadores ou pôr nomes deles nas camisolas ou o que quer que seja…quero uma camisola do Sporting e nunca uma camisola do jogador “X” ou “Z”, assim como já tive várias ocasiões para pedir autógrafos e nunca mais pedi nem voltarei a pedir (enquanto forem jogadores no activo)! Só depois de acabarem a carreira posso eventualmente gostar mesmo deles…Para mim no futebol os Heróis ainda existem mas é como os escritores…só serão reconhecidos depois de acabarem…
18 Dezembro, 2013 at 11:54
Adoro estas histórias do passado Sportinguista 🙂
Venham mais..
18 Dezembro, 2013 at 11:58
O meu primeiro idolo deve ter sido o Balakov. Depois disso nao me lembro de mais nenhum.
18 Dezembro, 2013 at 14:02
BALAKOV….a minha alcunha a jogar futsal, pois sou esquerdina…
Segundo reza a lenda, até tinha mto jeito, fui campeã distrital algumas vezes.
Saudades desses tempos…
SL
18 Dezembro, 2013 at 12:05
Das poucas vezes que joguei futbol 11 foi sempre lateral/central;
Futebol 7 também lateral/central;
Futsal sempre defesa, embora goste da mama e dos golos eh eh eh
Quanto a idolos foi o Figo sempre e o Carlos Xavier.
SL
18 Dezembro, 2013 at 12:05
Eu não tenho ídolos, apoio todo o atleta que veste a verde e branca. As minhas referência são aqueles que terminaram as carreiras imaculados.
Na minha infância, finais dos anos 70, início dos anos 80, influenciei muitos amigos meus a serem sportinguistas, tinha as cadernetas do meu irmão mais velho e já sabia o nome de todos os jogadores do Sporting. Na primária, quando fazíamos as equipas eu é que dizia quem eles eram na minha equipa… Quem fosse à baliza era o Vaz ou o Meszaros depois, o defesa seria o Eurico, havia um amigo meu que queria ser sempre o Jordão, eu era o Manuel Fernandes ou o Oliveira e a minha posição no campo era onde estava a bola!
18 Dezembro, 2013 at 12:25
🙂
18 Dezembro, 2013 at 12:08
Damas, Jordão ( ainda hoje me lembro do dia em que me piscou o olho! Estava eu com uma grande bandeira, feita pela minha mãe, à porta de entrada do estádio do Vitória de Setubal) e Manuel Fernandes! Carlos Xavier, mas este era mais pelos olhos verdes! 😛
18 Dezembro, 2013 at 15:56
e além dos olhos que, percebo a tua atenção, xavier era um grande jogador.
18 Dezembro, 2013 at 12:17
Belíssimo post. Plenamente de acordo em que não se deve endeusar jogadores. Temos muitos ,infelizmente, nos últimos tempos , exemplos de jogadores desse tipo que só nos deram desilusões. SPORTING sim. SL
18 Dezembro, 2013 at 12:19
Confesso que ando para escrever sobre esta questão dos ídolos há quase 2 meses. Por um lado compreendo a nova máxima de “zero ídolos”, mas por outro sinto a necessidade de explicar que estes miúdos são os guerreiros que vão connosco para a guerra e que temos de acreditar neles. Ora, claro que isso não faz deles um ídolo… Então, o que faz?
Depois lembrei-me do meu ídolo: João Benedito? E a razão é simples: o Benedito defende o Sporting como eu defenderia se estivesse no lugar dele. E a verdade é que neste momento, na equipa principal de futebol do Sporting, estão a aparecer alguns mini-Beneditos.
18 Dezembro, 2013 at 12:21
Mai nada
18 Dezembro, 2013 at 12:46
Eles vão à guerra, mas há uma diferença entre um exército que luta por algo em que acredita, e um exército de mercenários, que luta por quem lhes pague (mesmo que acreditem numa causa). Os futebolistas hoje são mercenários, hired guns. Apenas um sinal dos tempos. Os nomes mencionados no post, Totti, Giggs, apenas o são porque são excepções.
18 Dezembro, 2013 at 13:19
Já que falamos de referências como Totti e Giggs, há um que é sempre esquecido, o verdadeiro leal:
LE TISSIER
Deus do Futebol.
18 Dezembro, 2013 at 18:08
bem visto! grandíssimo jogador! marcava golos fabulosos, sempre ao serviço do seu Southampton
18 Dezembro, 2013 at 13:56
O João Benedito é também o meu maior ídolo no activo e ao serviço do Clube.
18 Dezembro, 2013 at 12:20
Cherba, que tal um post para a malta falar do seu primeiro jogo em Alvalade e/ou do primeiro jogo ao vivo do Sporting, caso tenha sido fora?
Não sei se já foi feito no antigo cacifo, mas era porreiro o pessoal falar das experiências vividas nesse momento que marca-nos para toda a vida e liga-nos para sempre a quem nos levou a esse jogo.
18 Dezembro, 2013 at 12:34
o meu primeiro jogo do sporting foi nos barreiros, estreia do nosso patricio, em 2006, tinha 7 anos
18 Dezembro, 2013 at 12:35
anotado!
18 Dezembro, 2013 at 12:47
Fo##-se, nem me lembro… mas recordo o 1º jogo com o Oceano, um particular pré-temporada na Figueira, contra a Académica. Não fiquei bem impressionado 🙂
18 Dezembro, 2013 at 13:06
O meu foi um Sporting-Boavista em 91 ou 92. Tinha 7 ou 8 anos.
Sei que é dessa data, pq o meu pai falava-me dum tal de João Pinto, q era perigoso! Empatámos, e ele marcou um golo…
Não tomei muita atenção ao jogo, estava a brincar com os carrinhos nas cadeiras e no chão! 😀
18 Dezembro, 2013 at 13:20
Sporting 2 – 0 U.Leiria | 1998/99
18 Dezembro, 2013 at 12:24
Espetáculo! Senti que perdi algo muito grande por não tido essa paixão clubistica quando era mais novo. Lembro-me de ter cadernetas de cromos com os jogadores do Sporting e que se iniciou no tempo do Marco Aurelio, do Oceano, do Dominguez, do Iordanov e do Sá Pinto. Infelizmente só comecei a prestar atenção depois do ultimo ano do Balakov e lamento não ter visto essa enorme estrela, embora ouvi-se falar dela. Mas basicamente o Sporting resumia-se a isso.. cromos! Nunca cheguei perto dos jogadores, ou dos treinos, ou modalidades, etc.. A primeira vez que fui a Alvalade terá sido no ultimo ano do antigo velhinho, tendo inclusive pertencido à claque da Torcida por umas semanas e esses sim eram os meus idolos, a “minha” curva.
18 Dezembro, 2013 at 12:27
Tive alguns jogadores preferidos. O jogador que mais me marcou foi o Figo (hoje em dia tenho um misto de sentimentos por esse pesetero). Antes dele: Manuel Fenandes, Jordão e Douglas. Com ele e depois dele: Carlos Xavier, Balakov, Pedro Barbosa e Beto.
O Figo foi o jogador mais extraordinário que vi Jogar. Com um estilo que aprecio mais do que o próprio C. Ronaldo.
18 Dezembro, 2013 at 14:53
O drama está ai o Figo é o protótipo do jogador português.
O melhor jogador no um para um no mundo e ainda por cima era uma personagem cool com uma namorada fantástica e capitão do Barcelona. Toda a gente era do Barça.
SL
18 Dezembro, 2013 at 15:09
Tal e qual. Tenho o equipamento completo do barça dessa altura. Da Kappa. Minto, a minha avó deitou as meias para o lixo por engano 🙁 Ralhei tanto com ela!!!!!
18 Dezembro, 2013 at 15:54
Figo era grande jogador, sem duvida, mas peseteiro no seu pior.
A sua especialidade era assinar mais do que um contrato.
18 Dezembro, 2013 at 12:29
1 de Julho e não de Junho 😉
18 Dezembro, 2013 at 12:29
Se não estou em erro, tanto o Simão como o Quaresma, tiveram hipótese de regressar ao Sporting. O Montinho foi o que foi, mas não foi só por ele. O que para mim é coincidente nesses casos é a incompetência das ultimas direcções.
É só comparar as clausulas do Illori e do Bruma se quiserem vir jogar para Portugal durante os 5 anos de contrato que assinaram com os respectivos clubes, e provavelmente ainda teremos a opção de recompra.
Eventualmente, só nos resta o Patricio.
SL
18 Dezembro, 2013 at 12:40
nunca fui a alvalade, e nunca vi com olhos de ver um sporting campeão, mas inspiro verde, expiro branco
jogo nos iniciados, médio defensivo, rápido, boa técnica e muita raça ( é o que dizem ), e sonho vestir a camisola mais linda do mundo, a do nosso Sporting!
18 Dezembro, 2013 at 12:42
O Sporting tem sido um clube que faz com que jogadores, para outros banais, cheguem a carreiras europeias boas, outras muito boas. No entanto, por algum motivo, temos levado facadas constantes, não só de malta da formação como de jogadores que cá fizeram 5 ou 6 épocas.
Só nos últimos dez anos, Simão, Moutinho, Quaresma (menos este), Liedson, Isma e, mais recente, a novela Bruma/Ilori…
Não sei explicar isto… Mas também por esse motivo gosto muito desta equipa, que me parece leal e guerreira, nascendo ou não sportinguistas.
Rui Patrício, fica para sempre!
18 Dezembro, 2013 at 12:42
Compreendo esse desencantamento com os ídolos, mas lembro-me de admirar muitíssimo Ricardo Rocha, Paulo Silas, Marco Aurélio (não sei bem porquê, mas sempre me pareceu um tipo simpático e um bom central, sem precisar de ser duro), Luís Figo (foi uma espécie de ídolo mesmo, o melhor jogador português que vi jogar, antes de Cristiano Ronaldo), Balakov (do mais fino que já vi também, ainda hoje o ponho lá em cima num Top 3 imaginário) e Beto Acosta (eternamente o defendi, mesmo quando o gozavam na 1.ª época menos feliz, e eternamente lhe ficarei grato, por mostrar que tinha razão e nos ajudar tanto a chegar ao titulo mais desejado de sempre). Já Cristiano Ronaldo é de outro mundo, e acompanharei sempre os jogos do clube onde estiver, continuando a fazê-lo no meu clube, assim regresse a casa 😉
P.S. Eu era um médio criativo, ofensivo, estilo Balakov (loooool), sempre adorei jogar à bola até que uma ruptura de ligamentos me acabou com a carreira.
18 Dezembro, 2013 at 15:56
Poh,moço…
marco aurelio!!! claramente um tipo simpatico.
umdos melhores centrais do SCP este e o valkx- limpos,seguros, rapidos qb, que gozo ve-los sacar bolas..macios!? porque nao era preciso mais!! o william a roubar bolas lembra- me muito! posicoes e diferencas de estil à parte!!
marco aurelio…. um dos jogadores masis subvalorizqdos quepassoj pela tugalandia… do uniao da madeira, xiiii.. ainda existe o UdaM??
18 Dezembro, 2013 at 15:59
caralho… que equipas tivemos, mesmo assim , no fim dos 90, inicio dos 2000
como nao ganhamos nada( alem da taca), porra!!!
mas temos novamente uma equipa do caralho e, acima de tudo, um presidente cojonudo e uka estrutura que nao dorme!!
nao ha sistema que nos foda este ano.
se cairmos será de pé!!!
18 Dezembro, 2013 at 12:43
E tinha um autógrafo do Damas ( que perdi para todo o sempre 🙁 ) . Cravado no Magriço!
18 Dezembro, 2013 at 12:43
Os meu primeiros ídolos do Sporting foram: Dominguez no futebol. Adorava que lhe tivessem posto a alcunha de “pulga elétrica”. Na mente de um miúdo, isso é o apogeu de alcunhas, mais que “malabarista” ou “mágico”.
No andebol era o Ricardo Andorinho. Primeiro símbolo que “descobri” para além dos futebolistas. Acompanhava os jogos de andebol todos muito por culpa deste rapaz.
No atletismo foi o Rui Silva. Em 1998 adorei saber que o Sporting também conquistava o mundo ( neste ano foi a Europa) através de várias modalidades. É nostálgico recordar os fins de tarde a ver o Sporting em pistas pelo mundo a conquistar medalhas.
Acho sempre complicado termos ídolos que se encontrem no ativo. A sensação de que a traição pode surgir quando as verdinhas aparecem é como os ciúmes. Por isso todos nós guardamos símbolos do passado, que nunca traíram e saíram “imaculados”. As “living legends” são cada vez mais escassas, mas sinceramente já estiveram mais longe de existir, pelo menos no Sporting.
18 Dezembro, 2013 at 12:50
O meu primeiro ídolo no sporting, foi o pedro barbosa, e a maioria daquela equipa de 2004\2005, lembro que tinha 6 anos e tava na sala agarrado ao meu pai, e lembro me do rogério ter falhado de baliza aberta, e eles marcarem no contra ataque, chorei como nunca
18 Dezembro, 2013 at 12:55
Em termos de ídolos, para lá do mencionado Lopes, claro que era o Joaquim Agostinho. Morte estúpida, digna de um país retardado, que muitos parecem querer fazer regressar.
Depois há outros… Mamede ($%&$%&), Canário (o gajo das pernas de tamanhos diferentes, o que vim a saber é normal), Mário Silva, Ramalhete, Trindade, Pedro Miguel, ou o “gordo” Carlos Silva, que fazia aquecimentos a dar pontapés na trave…
O desporto era diferente nessa altura, o profissionalismo era quase inexistente, as condições precárias… havia muito espírito de luta, sacrifício pessoal, não só de quem competia, mas também dos dirigentes. Por isso era mais fácil idolatrar os atletas. Não consigo ter o mesmo, chamemos, respeito pelo Carlos Lopes do que por um tipo que ganha uns milhões por ano e tem um exército de gajos a darem-lhe massagens e banhos quentes.
18 Dezembro, 2013 at 13:06
Pois eu como “tive a sorte” de nascer há muitos mais anos do que cdertamente a maioria de todos vós…
Sou do tempo de outras referências e maisnou mneos da idade dos heróis que nos deram a Raça dos Vencedores das Taças…
E é curioso…há umas semanas encontrei na sede da Torcida…o Pedro Gomes a quem dei um abarço e agradeci alegrias passadas…
É bom recordar e é bom “ter referências”…daí que aqui deixo os meus parabéns ao autor do post…
Sporting Sempre…!!
SL
18 Dezembro, 2013 at 13:07
Eh amigos…desculpem lá, mas não se pode escrever a correr…troca-se tudo…espero que consigam decifrar o que escrevi acima…
SL
18 Dezembro, 2013 at 13:48
prucubi tudu.
Um “abarço” para ti também