Falta de opções na frente, temos apenas duas de momento, falta de velocidade em alguns momentos do jogo e alguma falta de experiência. São estes alguns dos problemas do ataque do Sporting, que muitas vezes são superados com um jogo acente na posse e na raça dos nosso incríveis jogadores. Nesse sentido, é com alguma estranheza que verificamos que Carlos Mané está cada vez mais afastado das primeiras opções no plantel.

Mané é um jogador que nos entusiasma desde os seus primeiros anos de formação. Tem faro de golo, graças à sua formação como ponta-de-lança, velocidade e um bom remate a meia distância. Precisa de trabalho na definição dos lances, mas isso é um traço comum a todos os jogadores ofensivos nos seus primeiros anos de carreira. Já provou que tem capacidade de desbloquear jogos, consegue actuar na ala, no meio-campo ofensivo e até já terminou um jogo, dos mais épicos de sempre, a lateral direito.

Mané é uma opção válida, muito válida, e um dos mais talentosos jovens jogadores portugueses, mas que não poderá ajudar se continuar a ser esquecido em todas as convocatórias, mesmo depois de recuperado de uma lesão complicada. Desconhecemos se é um gosto pessoal do treinador, qual o seu estado físico e quais os planos tácticos que o mister tem, onde Mané não encaixará, mas a verdade é que o seu desaparecimento é estranho, tendo em conta todo o contexto do plantel.

Assim sendo, e caso não conte para os planos de jogo, qual a melhor opção para Mané? Deixamos que um dos maiores talentos seja desperdiçado para cumprir um número no plantel? Emprestamos o jogador para que some minutos, sabendo que comprometemos o seu futuro no clube? Ou nada disto será mais que um momento, e Mané voltará a ser importante nesta segunda volta?

*às terças, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa