Já foi há quase 8 anos…
O meu filho foi às compras comigo e sozinho foi buscar uma bola oval… Entre o meu contentamento e o franzir do nariz da mãe, fomos brincando com a bola e ele começou a ganhar gosto. Até que um dia, no meu trabalho me disseram que o Sporting ia fazer um open day de rugby…
Nesse mesmo dia combinei com o meu filho, e fomos comprar uma botas, etc… No sábado, lá estávamos, ele a correr e a passar a bola, a praticar placagens… e já com a camisola do nosso clube vestida. Nunca mais a tirou. Fazia birra para ir ver os jogos, ver os treinos dos seniores, e já os conhece quase a todos. Sabe em que posição quer jogar, a #2, talonador… posição de sacrifício, mas que se adapta bem à sua maneira de ser e à sua vontade. Durante estes anos, evoluiu, e fez amigos, daqueles que vão ficar para a vida toda. Conhece “meio mundo”, os adversários cumprimentam-no quando se encontram, em jogos da Selecção Nacional, ou em outros lugares. Nos jogos, deixa tudo em campo, sangue suor e lágrimas… sim lágrimas, porque nem sempre se ganha … mas ainda assim, ele sai dos campos sem nada dever aos colegas, ou adversários.
Bem sei o que me dizem muitas pessoas “Epá, o rugby não te vai dar nada” , ou “como é possível deixares o teu filho jogar rugby” , etc., etc. Mas esta modalidade já me deu muito. Deu-me a possibilidade de ver o meu filho jogar no meu (e no seu) Clube do coração; O meu filho fez amigos para toda a vida, e espero que ele não fique por aqui;
E fez-me ver que a força de vontade e o espírito de união que caracterizam esta modalidade e este Clube, vão ser importantes no futuro dele, e dos seus colegas.
Já vai longo este texto, mas só para terminar, sempre que o vejo no campo, a placar, a roubar a bola, a marcar ensaios, a cumprimentar os adversários no fim dos jogos, agradeço os valores e a força que o Sporting Clube de Portugal Rugby me ajuda a lhe transmitir. A quem ler este texto, apareça nos jogos, nos treinos, ou nos torneios onde estes nossos pequenos Leões espalham magia e placagens em doses generosas.
ESCRITO POR O Escondidinho do Leão
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
13 Janeiro, 2016 at 22:17
é isto:
«esta modalidade já me deu muito. Deu-me a possibilidade de ver o meu filho jogar no meu (e no seu) Clube do coração; O meu filho fez amigos para toda a vida…
E fez-me ver que a força de vontade e o espírito de união que caracterizam esta modalidade e este Clube, vão ser importantes no futuro dele, …., agradeço os valores e a força que o Sporting Clube de Portugal Rugby me ajuda a transmitir»
13 Janeiro, 2016 at 22:27
Desculpem o off topic, mas..
Como! É! Que! É! Possível!
Pênalti no ulimo minuto e falham!? Pqp!
13 Janeiro, 2016 at 22:28
Nem para os cansar para o jogo de Guimarães serviram!
13 Janeiro, 2016 at 22:44
Como? Puseram um miúdo a bater o pênalti!
Sofrem um não-golo em que o redes(?) se atira para o ar quando o remate é fraquíssimo e rasteiro. O heldon oferece um golo aO avançado de rabo cavalo e comete pênalti, mas o gajo atira fraquíssimo e sem ângulo quando bastava cair para provocar expulsão do helton e pênalti. Enfim, que equipa tão estúpida este Boavista.
Quando penso nas equipas que apanhamos na taça….
13 Janeiro, 2016 at 23:03
A equipa do Boavista parece feita de amadores, mas a verdade é que nos foderam 2 pontos. Também nesse dia estava lá um banana vestido de árbitro que nos sonegou 2 penaltis.
13 Janeiro, 2016 at 23:50
Dois penaltis e não só – Artur Soares Dias “cagou-se” para o jogo, o objectivo era não deixar o Sporting jogar e evitar que o Boavista perdesse.
Cumpriu com distinção. Terá tido boa nota?
13 Janeiro, 2016 at 22:30
Que seja em primeiro lugar (quando chegar o tempo…) um homem daqueles que nós pais…gostamos que os nossos filhos sejam…
Se algum dia ele vier jogar aqui à vizinha cidade das Caldas da Rainha…com o Caldas Ragby Clube…
Prometo se os meus horários o permitirem…
Ir ver o nosso Sporting e “puxar ” entre outros…pelo seu “Custódio Junior”…
Força Ragby Leonino…!!
SL
13 Janeiro, 2016 at 22:30
Mijões estes gajos. Sobretudo porque o prolongamento ia desgastá-los para Guimarães.
13 Janeiro, 2016 at 22:33
Joguei rugby dos 8 aos 20 Anos. Uma única lesão e por agressão. Viril, mas leal.
Encaixa que nem uma luva nos nossos valores leoninos
13 Janeiro, 2016 at 23:21
“Talonador” 😀 Estamos sempre a aprender… Para mim o râguebi é um desporto que não gosto muito\ não percebo mas se um dia puder vou ver um jogo do Sporting e quem sabe até me possa interessar mais…
Também de destacar a importância dos “open days” que permitem dar a conhecer e experimentar as mais variadas modalidades e descobrir paixões de uma vida!
13 Janeiro, 2016 at 23:27
O Rugby é o desporto dos valores, da dignidade, do respeito pelo adversário, da capacidade de encaixe que nos leva a acatar qualquer decisão do árbitro. É o desporto da confiança que nos leva a depender dos colegas de equipe como nenhum outro, de contar com a sua plena e permanente solidariedade. É um desporto “físico” e tanto que, afinal é um desporto de fortaleza mental e equilíbrio emocional. É um desporto que se coaduna em absoluto com um Sporting Clube de Portugal que viva os seus mais constitutivos valores e princípios.
O Rugby é um desporto em que nem por instantes alguém entre os jogadores ou sentado na bancada suspeita que os árbitros errem por razões que não, exclusivamente, a extraordinária capacidade do ser humano de tomar decisões incorrectas.
No Rugby, nenhum dirigente de Clube desconfia da seriedade dos árbitros, no Rugby o jogo não excede as quatro linhas.
Agora, com video árbitro, ou antes de ter sido introduzido, a confiança na arbitragem, por parte dos jogadores, das instituições e do público que gosta do jogo, não mudou. Apenas se enraízou ainda mais, na permanente busca de transparência nos processos de decisão.
Não há desporto mais exigente no que toca à Seriedade Intelectual.
O video árbitro não aparece no Rugby para evitar que os árbitros “gamem”. Aparece no Rugby para os ajudar a tomar sempre a melhor decisão, a mais justa a mais correcta. Hoje aparece no futebol para garantir aquilo que as câmaras garantem nos supermercados, que os árbitros -gatunos tenham medo de roubar.
Se o Sporting pudesse olhar-se ao espelho, que via?
-Via uma gigantesca equipe de RUGBY. Não via uma equipe de mais coisa nenhuma. Ver-se-ia a Si-mesmo como a maior equipe de RUGBY de todos os tempos.
O Meu Pai jogou, os meus Tios jogaram em 1960 o mais Sportinguista dos meus Tios Maternos, meu Tio idolatrado que me levava a Alvalade, jogava no Direito, era médico e Capitão da Selecção Nacional de Rugby.
Eu joguei Rugby, os meus irmãos jogaram Rugby, os meus Primos Direitos e em “segundo grau” jogaram Rugby. O meu primo Bernardo, ceifado pela morte tão prematuramente, antes de completar a vida, foi um dos maiores jogadores Portugueses de Rugby de sempre, capitão do CDUL anos a fio, capitão da Selecção Nacional, trabalhou anos na Federação e era treinador de Rugby do CDUL, quando morreu. O Filho joga Rugby e os sobrinhos também.
Dois dos meus Sobrinhos mais velhos jogaram RUGBY.
A minha Filha mais nova jogou Rugby em “Agronomia” um dos meus netos tem uma “queda” especial para a “bola” Oval.
Os valores do Rugby atraem os Sportinguistas como um íman, são os nossos valores espelhados num jogo onde impera a Verdade Desportiva e a Lealdade aos companheiros e aos adversários.
Em boa hora o Rugby regressou ao Sporting ou, será que foi o Sporting que regressou ao Rugby?
Uma velha “piada” diz que o Rugby é um jogo de selvagens jogado por gentlemen e que o futebol é um jogo de gentlemen jogado por selvagens. Acho que a frase é fruto de um bom observador do futebol e desconhecedor do Rugby mas, está tão “certa” como uma flecha que acerta na mouche.
Vi recentemente na televisão o campeonato do Mundo. Terei visto o melhor Rugby de toda a minha vida, apenas comparável à selecção de França da minha juventude que incluía os Irmãos Spangeraux e o arrière Vilpreux ? Não sei. Vi além de jogos absolutamente emocionantes, jogadores extraordinariamente dotados, ao nível de um Cristiano Ronaldo ou de um Figo mas, vi também equipas de uma solidariedade interna e de uma solidariedade com o desporto absolutamente inultrapassáveis. Vi nesse torneio a afirmação da Verdade Desportiva, de braço dado com o Homem Civilizado e isso, não tem preço.
O Sporting Clube de Portugal merece o Rugby, tal como o Rugby nos merece a nós. Aquilo que o Sporting não merece é a trapaceirice rameira do futebol Português. O futebol Português não merece claramente o Sporting. Merece aquilo que tem.
Um Pedro Guerra, por exemplo, não seria tolerado como comentador de Rugby em nenhuma televisão do Mundo! Homens da estirpe moral de uma gripe A, como Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa, o Valentim Loureiro, o Damásio, o Vale e Azevedo, o Godinho Lopes, o Carlos Pereira, o Salvador, jamais teriam chegado à posição de presidentes de qualquer clube de Rugby, da Europa , de África ou da Austrália e Nova Zelândia. Jamais. Não teriam quaisquer hipóteses de vingar no Rugby, teriam sido segregados à primeira tentativa obscura, ao primeiro comportamento repreensível.
14 Janeiro, 2016 at 2:08
Como o entendo, Mário! Desde o campeonato do mundo tenho vindo a gostar mais e mais de rugby. O ADN do Sporting está no rugby, sem dúvida alguma!
14 Janeiro, 2016 at 9:13
Tudo dito Carlos e Túlio…
Tb joguei em modo “brincadeira”, nunca competi rugby, fiquei-me pelo Judo, mas as amizades e valores que o rugby, tal como o Judo transmitem, ainda cá estão 😉
SL
13 Janeiro, 2016 at 23:35
Rugby…
Gosto.. joguei uns meses!
Mais bruto mas também mais Leal e honrado que futebol.
É um desporto histórico do clube.
Mas bastava ser o desporto que nos “deu ” a listada para estar no nosso coração.
Merecia mais peso no clube, especialmente tendo uma figura como o Tomás como sportinguista.
Mas o caminho será este: formação e dentro de uns anos equipas competitivas, com craques feitos em casa. Inundados de sportingyismo
14 Janeiro, 2016 at 8:05
O Tomás não está ligado à secção, correcto?
14 Janeiro, 2016 at 9:07
Acho que não.
14 Janeiro, 2016 at 9:33
Pena. Talvez seja possível envolvê-lo no projecto.
Experiência, postura, sportinguista.
Mesmo num projecto a longo prazo, seguramente chegaríamos ao topo.
13 Janeiro, 2016 at 23:38
un off
Curioso e para chapar na tromba dum lamp que chateie com a agressão do slimani:
http://comquemsporting.blogspot.pt/2016/01/mais-demagogia-lampia-ou-o-slimani-nao.html?showComment=1452727652787&m=1
13 Janeiro, 2016 at 23:59
Jogo de brutos jogado por cavalheiros!!!
Tal e qual o futebol mas ao contrário…
14 Janeiro, 2016 at 0:01
O MUNDO SABE QUE…
O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR!!!!!
SL
14 Janeiro, 2016 at 0:29
raguebi, jogo complicado de jogar por causa da maldita lei do fora de jogo…
14 Janeiro, 2016 at 0:31
gosto mais do andebol… por não existir tal lei.
14 Janeiro, 2016 at 1:40
muito bom falta agora desenharem uma haka do Sporting….tal como o mundo sabe que é agora cantado no principio dos jogos de futebol….
14 Janeiro, 2016 at 1:47
Boas, alguém tem tido problemas a aceder a Tasca através de telemovel? De a uma semana pra cá nao tenho conseguidoerfa e sempre que introduzo o link este diz que o servidor está lotado.
SL
14 Janeiro, 2016 at 6:18
Limpa o histórico/cache do computador
14 Janeiro, 2016 at 22:33
Boas, ja fiz isso e continuo com o mesmo problema. Aparece me a seguinte mensagem ” Hostservices – O serviço de alojamento encontra-se suspenso /desactivado. Contacte a entidade responsável pelo mesmo de modo a apurar a razão da suspensão/desactivação.”
SL
14 Janeiro, 2016 at 1:49
*conseguido
14 Janeiro, 2016 at 2:08
Só em portugal é que um clube chega ao jamor sem sofrer golos – quase de certeza – não por mérito, mas por demérito dos adversários e com a ajuda das bolas que ditam sortes escolhidas pelo Homem
14 Janeiro, 2016 at 2:17
Excelente texto , obrigado por partilhar
14 Janeiro, 2016 at 2:25
Com o comentário do nosso caro Mário Túlio ao já por si brilhante post do Carlos Custódio, qualquer coisa que eu diga passaria nos pingos da chuva.
No entanto, posso contar também eu uma coisa.
Joguei futebol e cheguei a praticar râguebi no secundário (devo ter experimentado mais de 10 modalidades). Jogo complexo, viril mas leal. Interessante e apaixonante mas, para mim, nunca houve nenhum que me afastasse do futebol.
Tive o privilégio de me ter formado numa Escola de Futebol e não num clube (embora não deixasse de o ser).
Isto nunca foi assumido mas eu sei que os valores que me quiseram passar eram os valores que eram passados na maior escola de futebol do país, a do Sporting. A maior parte dos fundadores do clube eram Sportinguistas, alguns deles com ténues ligações ao nosso Clube e sem que o nosso lema fosse “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória”, ele estava lá.
O lema da Escola de Futebol onde me formei era “Antes de formar jogadores, formar homens”. Desde cedo nos era incutida a necessidade do esforço, da dedicação e devoção (não necessariamente com estes termos) como caminho para a glória. Glória essa que nunca podia atingir-se sem os mais altos valores do ser humano: o respeito pelo próximo, neste caso, o adversário.
Nunca fui incitado a simular, ludibriar, tirar esforço do adversário… Sempre em mim cultivaram a vontade de ganhar pelo mérito próprio, pelo trabalho.
É também por isto que sou hoje melhor homem e Sportinguista. Porque me foi dada em casa e no futebol a melhor educação que um ser humano pode ter.
Escolham bem os clubes, associações ou escolas onde colocam os vossos filhos a estudar e praticar desporto porque, ao fim e ao cabo, acabam por passar lá tanto tempo como em casa. Nem sempre é possível mas ajuda a formar um melhor ser humano.
14 Janeiro, 2016 at 8:07
O mais próximo de rugby que joguei no secundário foi a mandar balões de água.
14 Janeiro, 2016 at 10:49
Tive durante anos um Prof que era quase anti-futebol. Dizia “a malta da bola” sempre num tom depreciativo.
Durante 3 anos experimentámos de tudo…vólei, andebol, hóquei, ténis, badminton, atletismo, râguebi, canoagem, rapel, escalada, ciclismo, basebol e até jogos e danças tradicionais.
14 Janeiro, 2016 at 9:08
Bom conselho!!
14 Janeiro, 2016 at 8:22
Também joguei uns meses e adorei. Sempre fui fã do rugby, ou râguebi, saudadas das tardes de sábado coladinho à tv a preto e branco a ver o saudosos Torneio das Cinco Nações, comentadas pelo enorme Cordeiro do Vale (alcunha -nunca soube o seu verdadeiro nome). J John Williams e a seleção de Gales eram os meus favoritos.
O meu filho jogou rugby o ano passado, aqui na Alemanha, num campeonato de escolas internacionais e ficou fã da modalidade. Tem a mítica camisola dos all-blacks e não perde um jogo entre as grandes seleções.
Sonho com uma equipa de primeira água, toda formada por miúdos nossos, desde os escalões mais baixos, a envergar a mítica verde e branca e a bater-se com as melhores equipas do velho continente. A par do futebol, nenhuma outra modalidade me atrai tanto. A lealdade, a ética, a entre-ajuda e o espírito de sacrificio que o rugby emprega são verdadeiramente irresistiveis para qualquer Sportinguista. Nenhuma outra modalidade é “mais” Sporting do que esta, na verdade.
SL
14 Janeiro, 2016 at 9:19
Bom dia tasca.
Um exercício para unir os pontos:
http://misterdocafe.blogspot.pt/2016/01/os-negociatas-de-antonio-salvador.html?m=1
Um queijo a quem disser o nome do jornal que uniu estes pontos…
(p.s.: ninguém vai ganhar queijo !!!)
14 Janeiro, 2016 at 9:35
Deve ter sido no Correio do Minho ou no Diário do Minho.
Ou então não.
14 Janeiro, 2016 at 10:57
Também a mim o rugby me moldou. E muito!
Da minha relação com o rugby só guardo um senão: nem sempre consegui dedicar-me como queria. Fiquei até uns anos sem jogar por chatices de crescimento entre tíbia, perónio e rótula.
Mas mesmo assim, comecei a jogar com 9 anos e consegui jogar a sério até aos 23 (entre São Miguel, Agronomia e FCT). Depois disso, só uns joguinhos aqui e ali para tapar buracos em equipas de amigos.
Mas guardo tudo, a solidariedade, a amizade, o estabelecimento de objetivos, a capacidade de superação. Tudo isso trago comigo.
E sempre fui o mais pequeno! Sim, porque o rugby também tem isso, altos, gordos, magros, pequenos, há espaço para todos!
14 Janeiro, 2016 at 17:19
Ecletismo é isto, desporto para todos aliado aos valores de uma instituição centenária.
Boas placagens para esse Leão.
SPOOOOOOOOOOORTING!