Sporting were fuming following their side’s 4-3 defeat away at Schalke. Jonathan Silva, the Argentine full-back, was deemed to have played the ball with his hand inside the area deep into injury time. This permitted Eric Maxim Choupo-Moting to slot the winner past Rui Patricio, who had earlier committed a calamitous error.

That 10-man Sporting had also fought back from 3-1 down to level at 3-3 following Mauricio’s red card made the blow even harder to take. “What happened is not normal. It is a tremendous injustice. I don’t feel like saying anything else about it,” coach Marco Silva told the press afterwards.

Former director of Sporting’s General Assembly, Eduardo Barroso, told Portuguese radio on Tuesday night that the result was the work of “Russian mafia”, while fans took to social networks to criticise Uefa. The reason? Schalke’s tie-up with Champions League sponsor Gazprom. The Russian energy giant is the chief sponsor of both Schalke and the tournament itself, while the appointment of a Russian official for the game, Sergey Karasev, has left all connected with Sporting crying travesty.

The nature of the penalty kick was contentious to say the least. The ball struck Silva square in the face from a Klaas-Jan Huntelaar header and there did not seem to be any suggestion at first that a penalty would be given. On advice from the fifth official behind the goal, however, Karasev acted. Uefa did not respond when this writer asked whether or not there was a conflict of interest in having teams sponsored by Gazprom in a tournament also sponsored by the same company. Nor did it respond to the question of whether or not it is worried about accusations stemming from the relationship.

The governing body’s close links with the company were put under scrutiny last year when an anti-Gazprom banner was unfurled at the Basel-Schalke group stage match at St Jakob Park. This season, the relationship, ratified for three seasons in 2012, is again back in the spotlight. Meanwhile, Sporting are left with one point from three games and look certain to be eliminated as Schalke and Chelsea, incidentally also sponsored by Gazprom, take control of Group G.

 

O balanço da 3.ª jornada da Liga dos Campeões feito pelo site “goal.com” dedica boa parte ao que sucedeu no Schalke 04-Sporting e conclui que a grande penalidade que ditou o triunfo dos alemães “é, no mínimo, controversa”. Mas essa é a análise dos factos do jogo dentro das quatro linhas, pois no que toca ao jogo de bastidores, o jornalista Peter Staunton é bem mais duro. Staunton, que exerce cargo de editor para a publicação irlandesa do site, fala da ligação de patrocínio da empresa russa Gazprom à UEFA e ao Schalke 04, à qual se junta a nomeação do árbitro russo Sergei Karesev, e recorda que no passado recente procurou esclarecer a situação:

“A UEFA não respondeu quando este jornalista perguntou se há ou não um conflito de interesses por ter equipas patrocinadas pela Gazprom num torneio que é também patrocinado pela mesma empresa. E também não respondeu à questão se está ou não preocupada com as acusações decorrentes deste relacionamento.” No artigo são ainda ecuperadas as declarações do treinador Marco Silva e as de Eduardo Barroso, ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, que classificou o sucedido em Gelsenkirchen como uma situação típica de “máfia russa”.

“É evidente que houve dinheiros, que houve condicionamentos dos árbitros, isto não pode ser. Um árbitro russo a apitar um jogo em que uma das equipas é patrocinada por uma das companhias com mais dinheiro do seu país… O Jonathan [Silva]tinha a marca da bolada na cara [no lance que o árbitro considerou penálti]! É uma pouca vergonha. Assim não se pode aceitar”, acrescentou o antigo dirigente à Rádio Renascença. “Enquanto isso”, conclui Staunton, “o Sporting fica com um pontos em três jogos e parece condenado a ser eliminado, enquanto Schalke 04 e Chelsea, acidentalmente, também patrocinado pela Gazprom, assumem o controle do Grupo G.”