Teo, Montero, Ruiz, Mané, Gelson. Acreditando que Jorge Jesus tem Slimani e Carrillo como indiscutíveis neste arranque de época, sobram dois lugares para cinco jogadores.

Confesso que me custou ver Montero no banco, principalmente durante uma pré-época onde mostrou ser um dos jogadores em melhor forma e com mais ganas de agarrar o lugar. É verdade que Teo acabou de chegar e que não admira que Fredy esteja muito mais entrosado com Slimani, mas continuo a achar que Montero dá uma inteligência extra e uma maior capacidade de jogar entre linhas do que o seu compatriota. Há quem defenda que Teo será mais expedito nos movimentos de fuga para a linha e arrastamento da linha defensiva adversária, mas eu continuo a ver o 19 como o homem que lutará com Slimani pelo papel de principal goleador.

Seja como for, e olhando para o que se passou no sábado, a escolha entre Montero e Gutiérrez parece-me passar, e muito, pela opção feita nas alas. Jogando com Ruiz, Jesus ganha um homem que procura facilmente o jogo interior e que chega às proximidades da área com total capacidade para fazer esse papel de pensador que Montero tão bem desempenha. Não admira que, ao apostar no costa riquenho, Jesus opte por Teo. Não admira, também, que ao lançar Mané ou o próprio Gelson, mais rápidos e explosivos do que Ruiz, Jesus lance mão de Fredy, voltando a ganhar esse toque de classe no apoio ao ponta de lança e na colocação de uma espécie de pivot ofensivo entre o meio campo e a defesa adversária.

É esta a grande curiosidade para o jogo da Supertaça. É esta, também, uma das riquezas do actual plantel, capaz de oferecer elasticidade e alternativas ao modelo de jogo.