Nao sei se é desnorte se mais uma prova de imbecilidade. Furioso e com as orelhas a arder depois da intervenção de Augusto Inácio, João Gabriel telefona ao seu amigo Octávio Ribeiro e segreda-lhe: «o Inácio deve 100 mil euros ao fisco». O grande director de jornal e tv, que ainda há dois dias utilizava uma foto de Nicolau Breyner com uma pistola apontada à cabeça para ilustrar a notícia da sua morte, não perde tempo e lança a farpa para a capa do seu pasquim.

vieira600O problema é que esta gente não tem, sequer, telhados de vidro. Sobre a sua cabeça paira uma corrente de ar maior do que a que espalhou lã de vidro pelo lampiódromo, daí que nem se tenham lembrado de pormenores como o que a imagem ao lado ilustra ou, tão bom ou melhor, como o que pode ser lido nesta notícia:

«O Estado, através da Parvalorem, empresa criada para gerir os créditos do BPN, herdou uma dívida de 17 milhões ao banco, a qual poderá ter sido gerada através de um esquema de burla, envolvendo a empresa do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o seu sócio, Almerindo Sousa Duarte. O crédito em causa estava colocado no BPN IFI, em Cabo Verde, mas o BIC, depois da compra da instituição cabo-verdiana, não quis ficar com ele. Aliás, em 2009, o próprio BPN classificou a dívida como “incobrável”.
Segundo uma queixa-crime apresentada pelo próprio BPN, em 2009, a operação começou com um pedido de crédito feito pela empresa “Transibérica” de Almerindo Sousa Duarte para investimento financeiros. Só que o dinheiro terá acabado nas contas da Inland, que amortizou uma dívida de 20 milhões, assim como se desfez das acções da Sociedade Lusa de Negócios.» (ler aqui na totalidade)