Desde milénios, sempre observámos os astros. Na nossa ânsia de compreender o Mundo, estudávamos comportamentos e padrões, elipses de estrelas e cometas. Humanos e os lendários Centauros, sempre quiseram interpretar e compreender o Cosmos, e por conseguinte, Deus.

Pois se já nesses tempos tínhamos como certo o nascimento e a morte, mas nos recusávamos a assim o aceitar, coisa que ainda hoje fazemos. E começamos então a enquadrar o nosso conhecimento e a observação que fazíamos do nosso Mundo em ciclos. O ciclo do Sol, da Luas, de Vénus, Marte, etc. E das estações do Ano, também… Onde Hades rapta Perséfone, filha de Deméter, Deusa das colheitas.

Zeus interferiu, e decretou que Perséfone passaria metade do ano com a sua mãe, e a outra metade com Hades, no submundo. Deu-se assim origem à explicação das épocas de colheita, e às estações do ano. Tal como os Romanos, com a festa do Deus Sol Invictus, e do seu triunfo sobre a escuridão. Ainda hoje acendemos fogos que duram noites escuras de breu, para ajudar o Deus Sol, a lutar contra a escuridão.

E tudo isto, meus caros, para passarmos ao que realmente interessa, a Passagem de Ano.

O subir das Escadas do Tempo, do homem já ancião, enquanto na última curva, ao dobrar as últimas badaladas, deixamos de ver o Velho Ano, e nos aparece, num riso cristalino, e a descer pelo corrimão, um bebé gordo e feliz, um ano novinho em folha.

Aqui chegados, e após alguns tormentos de escrita, desejo a todos um Feliz Ano de 2018, bem verdinho e branco. Um ano em que os nossos meninos e meninas do rugby se sujem e plaquem, e façam amigos. Onde todos nós olhemos para cada dia como uma oportunidade, de fazer Bem, de fazer Melhor. Um abraço oval a todos!

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio