Ora, recapitulemos:
o Andebol alcançou os oitavos de final da Champions
o Hóquei está nos quartos de final da Champions
o Futsal está nas meias finais da Champions
o Voleibol está nas meias da Taça Challenge
o Atletismo é bicampeão europeu de corta-mato feminino
o Judo é Campeão Europeu de Clubes
o Rugby conquistou a Taça Ibérica feminina
o Goalball é Campeão Europeu

Aplaudimos os atletas, emocionamo-nos, vamos esperá-los ao aeroporto, sentimos qualquer coisa de especial quando entramos no João Rocha. Dizemos que as modalidades fazem parte do nosso ADN. Que o ecletismo corre-nos nas veias. Que nem o Barcelona nos consegue acompanhar nesta pluralidade e vitalidade.

E, depois, encontramos como melhor forma de mostrar o nosso descontentamento com o futebol e com a actual direcção no comando desse mesmo futebol… suspender o pagamento de quotas por uma decisão não provocada por qualquer dificuldade financeira.

Sim, obviamente que qualquer um é livre de manifestar o desagrado da forma que considerar melhor. E, sim, obviamente que podem usar como justificação ou para se sentirem menos culpados, a teoria de que, neste momento, a direcção já está a canalizar o dinheiro das quotas para tudo menos para as modalidades.

Para mim, faz-me imensa confusão que se ache que esse é o único caminho de manifestar o que se sente. Já estou a imaginar alguém chegar ao pé de um dos nossos atletas das modalidades acima citadas (ou de outras, como o Ténis de Mesa) e dizer “meus amigos, vou deixar de pagar quotas para mostrar ao Varandas que quero mais é que ele vá prá guerra que o pariu!”.

O Pedro Gil dava-vos logo uma cabeçada. Eu que também sou Pedro, apenas vos peço, sinceramente, que me consigam justificar o porquê de acharem que esse é o melhor caminho. Conseguem?

campeões hóquei