Na passada sexta-feira, quando anunciei que daria continuidade ao que fazia no Cacifo num outro canto da Internet, acabei, inconscientemente, por potenciar uma situação de todo indesejada: permitir que outras pessoas fossem julgadas.
Olhando, à distância, para o que escrevi e para alguns dos comentários daí resultantes, vejo que as minhas palavras foram, efectivamente, propícias a interpretações várias e erradas. Isso é algo que me tem incomodado profundamente, com o peso extra de estarmos a falar de pessoas que ocupam espaço muito importante na minha vida.
Assim sendo, não poderia continuar sem assumir este erro e sem tentar deixar as coisas claras.

Ao contrário do que possa ter parecido, não estamos aqui a falar de interesses monetários. Não se falou de dinheiro, nem nunca isso foi discutido (ou me foi questionado). Não há heróis, nem há vilões. Há, isso sim, pessoas que, olhando um projecto ao qual se dedicaram, têm diferentes pontos de vista relativamente à sua continuidade. Percebemos as motivações uns dos outros, mas não concordamos em diversos pontos, sendo essas discordâncias inultrapassáveis.
Assim sendo, ao fim de três semanas a ponderar, cheguei à conclusão que o caminho a seguir era o da mudança. E que era esta mudança que me permitia seguir com as minhas ideias, sem abdicar do que considerava fazer sentido.

No meio desta situação, lamento, sinceramente, que a minha vontade de dar-vos uma explicação não me tenha deixado perceber que, sem ser essa, de todo, a minha intenção, estava a abrir a possibilidade de outras pessoas serem atingidas.
Fui irreflectido, imprudente, inconsequente, se assim quiserem. Resta-me aprender com o erro (não será o último, por certo) e pedir desculpa a quem de direito.