Uma das notas mais relevantes deixadas pelo dérbi, é o que a presença de Slimani provoca na forma de estar da nossa equipa.
Muito se tem falado na ausência de golos com a assinatura de Montero (acho piada que, de um momento para o outro, um jogador que alguns iluminados da nossa praça se apressaram em rotular de «sem qualidade para assumir as despesas goleadoras do Sporting», seja, agora, olhado como alguém com obrigação de marcar todas as semanas) e, parece-me, isso tem a ver com o abaixamento de produção dos nossos extremos. Principalmente no dragão e na luz, Montero teve menos bolas do que o habitual (contra o Marítimo teve oportunidades suficientes para marcar) e, também, teve menos quem o acompanhasse nas tabelas que provocam os desequilíbrios no último reduto adversário. Mais isolado, Montero torna-se, igualmente, um alvo mais fácil para as entradas dos defesas adversários.
Ora, é aqui que surge Slimani que, no espaço de uma semana, marca dois golos decisivos e empresta uma presença física na área adversária como há muito não víamos em Alvalade. O homem é um autêntico bicho, compensado algumas dificuldades com os pés, quando tem que recuar para receber a bola, com um claro sentido de baliza e uma potência nos duelos físicos assinalável. Depois, o jogo aéreo. Slimani não é, apenas, grande. Slimani sabe movimentar-se e cabecear com certeza. Falha golos? é verdade, mas também é inegável que as oportunidades para marcá-los crescem a olhos vistos quando o argelino se junta a Montero. E não acredito que este “impacto argelino” só se faça sentir porque SuperSlim entra quando já existe desgaste no adversário.
E há um dado incontornável: não temos número 10. Por muito que André Martins seja esforçado, a sua posição é a 8 (o que o remete, imediatamente, para o banco, tendo em conta a forma da dupla William-Adrien); por muito que pareça um jogador interessante, Vítor parece longe de poder agarrar o lugar sem deixar margem para dúvidas. Curiosamente, é Montero o homem mais capaz de desempenhar esse papel, sem se assumir como um dez. A classe do colombiano permite-lhe recuar, jogar e fazer jogar (atente-se, por exemplo, no movimento que dá a Wilson a oportunidade de cruzar – e que cruzamento – para Capel). E, sinceramente, acredito que essa classe poderá sair beneficiada caso Montero jogue mais de frente para a baliza adversária e esteja menos desgastado com os constantes choques com os defesas. A sua inteligência fará o resto, permitindo-lhe continuar a aparecer, consecutivamente, em zona de finalização.
A tudo isto se junta um pormenor: em 90% dos jogos que fazemos, justifica-se jogarmos com dois homens na frente e com dois extremos, recuperando uma imagem e um desenho táctico que sempre associei às equipas que acompanharam a evolução do meu Sportinguismo.
12 Novembro, 2013 at 21:29
Apos 1/3 da epoca, e 2 debys, o trabalho inicial de LJ parece completo.
A equipe tem rotinas, tem maneira de jogar, tem Alma, tem poder ofensivo, mas tem ainda fraquezas defensivas.
Cimentado o 4-3-3, chegou a altura para o 2. nivel, um sistema alternativo.
Jardim comecou pelo alternativo ofensivo (por forma de jogadores, opcoes de plantel, e situacoes de jogo no decorrer da epoca).
Temos andado sempre atras do resultado nos jogos ultimamente.
A opcao de Slimani e Montero parece boa. Da mais poder de fogo na area, mas perde-se poder a meio campo.
Slimani entrou bem, e a equipe parece ter respondido bem.
Para plano B ofensivo, ou para jogos em que se tenha que ganhar, e o adversario poe o autocarro, esta optimo. Falta treino e rotinas neste sistema alternativo. Esta paragem e os proximos jogos vao trazer isso.
LJ deve fazer alinhar este sistema ja em Guimaraes, se nao de inicio, para o fim do jogo.
Nao esquecer tb que necessitamos de um plano C, alternativo defensivo… tudo a seu tempo.
Acabamos a apoca em grande forma como equipe.
Mantendo a equipe e para o ano, com alguns ajustes, temos Equipe (com E grande), com mais que o talento e a ALMA, tera rotinas e cultura tactica, alem de mais experiencia.
Mas primeiro, jogo a jogo, vamos ganhar ao Guimaraes.
SL
12 Novembro, 2013 at 23:11
http://svpn.blogspot.pt/2013/11/sporting-b-201314-15-jornadas-com.html
12 Novembro, 2013 at 23:46
Primeiro comentário no novo estamine! O período de “luto” pelo bom velho Cacifo já passou… 🙂
Acho que a jogar com o superslim e o Montero na frente é o ideal para os tais 90 por cento dos jogos. Mas, no entanto, parece-me que para este jogos com equipas mais fortes o LJ devia adaptar a equipa. O Freitas lobo (bem sei que odiado por muitos) fez um comentário que me parece pertinente sobre o nosso meio campo: tem dificuldade na recuperação de bola. Eu não podia estar mais de acordo. E isso notou-se Mt nos jogos com os andrades e lampiões.
Por um lado, estivemos sempre em desvantagem numérica no meio (os andrades tinham o Fernando, o mexicano, o lucho e o Josué como falso extremo; os lamps tinham matic, enzo, Amorim, e gaitan Mt vezes no meio tb), por outro jogar com o andré Martins como terceiro médio não me parece resultar nestes jogos. O moço sabe jogar, mas a dimensão física é Mt importante hoje em dia e só se consegue ultrapassar uma menor capacidade nessa área sendo um infesta, Messi e malta dessa estirpe. Ora o andré, infelizmente está longe dessa malta.
Até concebia o andré Martins no onze, a fazer algo parecido ao que faz o Josué no Porto. Isto deixaria uma vaga no trio do meio, e eu não percebo como já ninguém fala do Rinaudo. Este tipo de jogos parecem-me ideais para o fito! Intensidade, intensidade! Há menos de dois anos, toda a gente estava maravilhada com o fito:era ele e mais dez. Agora, já não conta nem para quinta escolha… Acho estranho.
13 Novembro, 2013 at 0:32
Intensidade, intensidade, intensidade = cartão vermelho (e é uma sorte se não for direto).
13 Novembro, 2013 at 8:08
bem vindo, de volta 🙂
13 Novembro, 2013 at 0:35
“É de Chaves, é de Chaves”
Quem é que se lembra de ouvir isto?
Pronto, hoje apeteceu-me…