*às segundas, a cozinha da Tasca recebe a visita de Madalena, autora do blogue Singularidades de uma Rapariga Sportinguista

Está a chegar o Natal, e como manda a tradição, o Sporting está lá bem no topo da tabela.
Sporting Clube de Portugal, o conhecido clube campeão do Natal, está a um ponto do Porto, e, segundo as línguas do povo, afinal era o jogo de ontem que decidia que objectivos é que tínhamos este ano ou, pelo menos, era o jogo que reafirmava a nossa não-mas-sim-mas-não-digam-a-ninguém-porque-somos-muito-modestos-candidatura-ao-titulo. E sim, nós ganhámos. Muito mal, com muito medo, e muita pressão. No minuto 90, Slimani marca e decide um jogo que a todos quase fez aborrecer, como os jogos que tínhamos o prazer, ou desprazer, de assistir no ano passado.

Não querendo correr o risco de parecer uma hatter, daqueles maus sportinguistas que mais parecem lampiões, em que mal o clube começa a dar para o torto, eles começam a desaparecer. Não é isso que quero dizer, mas confesso que fiquei irritada e começo a ficar irritada com esta mania de “não somos candidatos”, mas todos os próximos jogos é que nos vão fazer assumir que somos candidatos.

Slimani, que comecei por acusar que era equivalente ter um cone ou o jogador em campo, já que não faria qualquer tipo de diferença, começa a revelar-se um salvador da pátria, e a marcar sempre que estamos em dificuldades, já que Montero deixou de marcar assim que chegaram os jogos complicados. Não quero com isto dizer que deixo de acreditar naquele que é, ou vai ser seguramente, um dos melhores avançados do Sporting dos últimos anos, já que já demonstrou que marcar ele marca. Montero continua decisivo, claro, e é um grande jogador, mas, como é típico do adepto sportinguista, ao fim de um mês mudamos de herói e quase nos esquecemos do ultimo.

Este ano temos de ser diferentes, caros sportinguistas, temos de apoiar sabendo que muito provavelmente não iremos ganhar nada. Não criticar, ter calma com os nossos jogadores, porque os nossos putos merecem isso. Calma e apoio. Cabe-nos a nós e a nós apenas, não afundar o barco. Porque nós somos o Sporting e o Sporting somos nós!