«O Paços Ferreira será diferente do que foi nas primeiras jornadas. É uma equipa mais moralizada pelo facto de este novo treinador ainda não ter perdido nenhum jogo da Liga e por não ter sofrido golos em três dos quatro jogos. É uma equipa moralizada também pelo facto do ano passado ter roubado seis pontos ao Sporting: isso também é um factor de confiança para eles.»
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«Sabendo desta conjunção de elementos, o Sporting, na sua casa, com os seus adeptos, tem de pensar o jogo de uma forma responsável e séria, com grande intensidade e sabendo que o adversário vai jogar com um bloco baixo e em transições.»
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«Eu preferia que o Sporting jogasse as competições europeias, independentemente de ter mais ou menos tempo para preparar os jogos. As equipas que estão na Europa podem ter menos frescura física, mas têm mais ritmo competitivo e têm mais intensidade de jogo porque isso é-lhes solicitado mais vezes. As vantagens de não estar nas provas europeias são só na teoria»
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«Não acredito em jogos fáceis. O Sporting ainda este ano perdeu mais pontos em casa do que fora de casa, perdeu até em jogos que teoricamente eram mais fáceis. Sem desvalorizar o Rio Ave, acho que era mais fácil do que jogar em Braga ou em Guimarães, por isso, partindo desse pressuposto, não vale a pena estar a catalogar os jogos de difíceis ou fáceis. Nós é que temos de os tornar fáceis com a nossa competência: é isso que transmito aos jogadores.»
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o que é necessário acontecer para a equipa assumir a candidatura ao título?
«Era necessário, no início da época, quando formalizou o projeto e a época desportiva, ter esse objetivo: e não o tinha. Por isso trabalhou dentro das suas capacidades e limitações, de forma a preparar-se para outros objetivos numa primeira fase. É isso que estamos a fazer: estamos a tentar ser competitivos todos os jogos, a ambicionar cada vez mais, mas sem definir o título como objetivo porque não foi isso que definimos: ao contrário de outros clubes que o definiram […] As minhas preocupações, e de toda a estrutura, estão diretamente ligadas ao processo. E o que é o processo? É fazer evoluir a equipa para patamares mais elevados de performance desportiva, quer coletivamente quer individualmente, valorizando os ativos. Queremos proporcionar aos nossos adeptos bons espetáculos, com intensidade, e claro, disputar todos os jogos com ambição de vencer e estar o mais acima possível na classificação porque não pode faltar-nos nunca a ambição.»
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O Slimani já foi utilizado mais do que uma vez, sobretudo numa estrutura diferente, quando pretendemos outra presença dentro da área. É uma mais-valia para o plantel porque tem características completamente diferentes dos outros jogadores que temos. Montero e Slimani estão num excelente momento de forma. O Montero não marcou nos últimos quatro jogos, mas tem 9 golos em 10 partidas. É um nível de eficácia extremamente alto. E ainda há Cissé… É sempre bom quando o treinador tem mais do que uma solução dentro do plantel. Temos alternativas e isso responsabiliza muito mais os que jogam e abre uma janela para outros poderem jogar a curto prazo»

Leonardo Jardim, in Maisfutebol