Era o que maiores dúvidas me causava: como seria que iríamos entrar em jogo? Com que ritmo, com que intensidade? A resposta não poderia ter sido melhor. Pressão, movimentações, alternância de posições, alas bem abertos, mas capazes de inverter papéis com os médios e vontade, muita vontade de ganhar e de resolver o jogo o mais cedo possível.

Havia Sporting, muito Sporting. Daquele que nós gostamos. Daquele que faz sonhar. Daquele que faz crescer a onda verde que, ontem, uma vez mais, deu um verdadeiro festival de bem apoiar. E havia Montero, claro, num golo de classe que muitos dirão ser fácil, a fazer-nos soltar o grito contido na garganta. O segundo andava por ali, na cabeça do pequeno André Martins que ontem foi tão grande, mas teimava em não entrar (e que pena não termos tido extremos inspirados). O jogo endurecia, com a complacência do árbitro, e Adrien sofria uma entrada brutal. Não se passou nada, disse o senhor do apito, e passei-me eu sem saber o que se passou na cabeça de Wilson Eduardo para falhar um golo feito, na cara do guarda-redes, logo a abrir a segunda parte.

Uma carrada de nervos, porque nisto da bola a bola vinga-se de quem tem várias oportunidades e não a mete lá dentro. Patrício, dizendo presente como um guarda-redes de equipa grande tem que dizer, deslizando aos pés do avançado e acalmando o esférico prontamente despachado por Jefferson (e que enorme jogo, mais um, fez o lateral esquerdo). A porrada, servida aos «Peck’s», depois de “cotovelar” André Martins na cara, atinge o omnipresente William e dá-nos superioridade numérica. Capel puxa para dentro, remata. Recarga. Golo! Mais um dele mesmo, Fredy (já não marca um golo há 12 horas, crise!), envolvendo em aroma colombiano uma sensação que há tanto ansiávamos e que até permite relevar as falhas de concentração dos minutos finais.

Estamos lá, pois estamos. Com todo o mérito. E já todos perceberam que, este ano, há Leão. Ontem, deixando bem claro que sabe ter pressing de campeão!