Facto incontornável: mais uma vitória. E se há quem defenda que na pré-época há pormenores mais importantes do que ganhar, eu defendo que nunca é cedo para nos habituarmos ao sabor da conquista.
Conquista que, diga-se, esteve quase a resvalar para os penaltis, fruto de uma segunda-parte carregada de substituições que acabaram por resultar num onze cada vez menos mecanizado e capaz de dominar o jogo. Salientaram-se, nestes segundos 45 minutos em total modo treino e com a curiosidade de ver Semedo ocupar a posição seis, João Mário pela classe (quando o rapaz decide pautar o jogo, é um regalo para os olhos), Mica pela forma tranquila como se vai candidatando, cada vez mais, a um lugar na equipa principal e André Geraldes, que, apesar do autogolo, mostrou uma velocidade que o coloca entre os jogadores mais rápidos do plantel. Ainda no que toca a reforços, Paulo Oliveira precisa de esquecer-se que a camisola do Sporting pesa mais do que as que vestiu anteriormente; Tanaka, muito sozinho na frente, lutou como conseguiu e Slavchev pareceu à procura do seu espaço, alternando lances onde se impôs com alguns passes mal medidos.
Quem erra poucos passes é Rosell, o reforço que mais deu nas vistas e o único a merecer honras de jogar de início. O catalão é bom de bola e aproveitou o facto de Adrien e André Martins jogarem de olhos fechados, para se integrar bem na mecânica da equipa. E mecanizada é, parece-me, a palavra que melhor descreve a primeira parte do Sporting. Com um onze muito semelhante ao que actuava na época passada, foi com naturalidade (e com tremenda eficácia, diga-se) que se construiu a vantagem no marcador, fruto de dois belíssimos golos. E se aqueles remates de ressaca já são uma imagem de marca do Wilson Eduardo (novo golo, a agarrar-se a um lugar no plantel), o golo de livre directo, apontado por André Martins, é coisa que andava arredada de Alvalade há demasiados jogos. Nota, ainda, para o facto de Eric Dier ter jogado os 90 minutos e de ter assumido o seu papel de patrão da defesa (ainda que, em alguns lances, tivesse sido traído pela auto-confiança).
Factos incontornáveis: mais uma vitória; há, ainda, muito trabalho pela frente; para já, a antiguidade é um posto e os reforços vão ter que apertar bem os pitons se quiserem ganhar um lugar (a propósito, alguém reparou nas botas do Tanaka? Ninja style!)
19 Julho, 2014 at 20:21
O jogo do Sporting apesar de não ser uma maravilha, foi muito interessante, principalmente na primeira parte.
Adrien, na minha opinião o melhor jogador do Sporting, na primeira parte, (a que jogou), demonstrando um bom entrosamento com Rosel.
André Martins, com um excelente golo de livre, coisa que como foi referido não se via à muito tempo, esteve bem embora com algumas inconstâncias.
Wilson Eduardo, em bom plano, marcou mais um excelente golo, demonstrando ter categoria suficiente para continuar no plantel
Bom jogo de Carrillo, ao contrário do que diz muita gente, ontem tive oportunidade, de o ver atacar de forma decidida, mas também, defender em apoio de Cedric, que também me pareceu em bom nível para início de época.
Destacaria também o bom jogo de Dier, jogou todo o tempo e embora tenha começado algo nervoso ganhou confiança e afirmou-se como futuro titular do centro da defesa, ainda não sei com troca de quem.
João Mário demonstrou que de facto será um caso sério na equipa do Sporting e da segunda parte do jogo foi a par de Slavchev e Tanaka quem na minha opinião se destacou. (Foi bom ver a presença de alguns adeptos japoneses, no estádio com bandeiras do seu país, demonstrando que o futebol é um bom meio de divulgação).
É bom verificar que sendo uma nova equipa a atuar no segundo tempo, esta ainda não tem o mesmo nível de conhecimento mútuo e de rotinas de jogo, logo a equipa ressente-se, daí o menor rendimento.
Em relação à fraca afluência de público, sendo eu um Leão do Far West (Torres Vedras) e estando presente, é uma pena verificar que, com um jogo em Lisboa, embora fora de Alvalade não pudessem estar mais sportinguistas no estádio.