tentativa de tradução sem Google:

“Nani, extremo do Man Utd, impressiona em Lisboa durante o empréstimo ao Sporting.

Nani foi a estrela do jogo na vitória, por 4-2 sobre o Schalke, que manteve viva a esperança do Sporting no apuramento para a fase seguinte da CL.
Adam Bate, da Sky Sports, assistiu ao jogo e viu um rejuvenescido extremo em acção, que lhe fez pensar se o homem do Man Utd não precisava apenas de carinho para se evidenciar (em Inglaterra).

Dos jovens que envergavam a camisola 77, à saída do metro do Campo Grande, até aos Ultras da Curva Sul que acabaram a noite a cantar o seu nome, houve muita demonstração de amor por Nani, na noite de 4ª feira, em Alvalade.
Enquanto os jogadores e adeptos do Man Utd estão fora das competições europeias e se contentam em perseguirem os rivais do City e do Liverpool (na liga inglesa), as aventuras de Nani na CL prosseguiram com uma vitória por 4-2 sobre o Schalke, em Lisboa.
Com um golo e uma assistência, Nani foi decisivo para o triunfo da sua equipa – tal como tem sido durante a maior parte desta época de empréstimo ao clube onde começou a carreira.
Marco Silva diz que ele “voltou a casa” e regressou para ser “o” homem dos Leões. E talvez seja isso mesmo o que Nani quer.
“Não podes jogar bem se não te sentes feliz”, disse o próprio no mês passado, o que pode ser interpretado como uma referência velada aos seus últimos tempos em Manchester.
Actuando bem adiantado no terreno, num papel de extremo/avançado, Nani parece ter uma motivação completamente diferente.

Um passe “a rasgar” no 1º minuto, que deu origem a um canto, definiu o tom da partida. A sua confiança não diminuiu mesmo depois do Sporting ter sofrido um golo madrugador. Na realidade, foi Nani quem procurou reanimar os colegas de equipa enquanto regressavam ao centro do terreno.
Continuando a insistir, o seu passo seguinte foi a conquista do livre que permitiria o golo do empate.
Tudo o que de positivo o Sporting produzia, parecia acontecer graças à sua entrega.
Houve, por exemplo, um passe em profundidade para João Mário, um remate a testar o GR Fahrmann e uma série de duelos (de 1 para 2), que precederam o cruzamento bem medido para Mané, perto do intervalo, mas que este apenas conseguiu cabecear para fora.
Na 2ª parte, o Schalke continuou a concentrar atenções em Nani, algo que se revelou contra-producente, devido ao enorme empenho do lateral-esquerdo Jefferson.
Deixando para tras 2 adversários, Nani fez um passe simples, que permitiu o estoiro do brasileiro para as redes do indefeso Fahrmann.
Depois, marcou ele próprio o 3º golo da equipa e o seu 3º na CL deste ano, ao ter a honra de finalizar uma jogada com 30 passes e na qual esteve envolvido por duas vezes.
Se esse golo era um bom indicador da confiança da equipa, o malabarismo que fez antes de ser substituído, demonstrou melhor ainda o seu estado de espírito. É um homem a divertir-se com o seu futebol.
As estatísticas do jogo enfatizavam mais ainda a sua influência.
Fosse nos remates, na criatividade, nos cruzamentos, nos passes ou nas fintas, Nani esteve sempre perto do topo de todas essas estatísticas.
Nada de surpreendente, se pensarmos que “o jogo” sugeriu recentemente que Nani estava no pico da sua forma, enquanto o “record” publicava um inquérito em que Nani foi eleito o melhor jogador da liga portuguesa (deste ano).
A lista de “grandes momentos” é impressionante: o brilhante remate à distância contra o Gil Vicente, a finalização subtil sobre o GR do Penafiel, o golo marcado num remate cruzado de pé esquerdo em Maribor ou o drible decisivo que permitiu o golo caseiro contra o Porto.
Mas há muito mais do que apenas “grandes momentos”. Há sinais de que Nani está a aproveitar o seu talento para se tornar num jogador mais eficaz.
Sem nunca tomar a opção mais fácil, a sua urgência para impressionar em Manchester afectava-lhe a capacidade de decisão, levando, aqui e ali, a remates muito ao lado ou a dribles irresponsáveis.
A noção de que o número da sua camisola não corre o risco permanente de aparecer, sempre que a placa de substituições é levantada, parece ter trazido uma melhor abordagem ao jogo, como demonstra a elevada média de passes obtida.
Nani tem vindo a combinar um jogo “directo” com um uso resonsável da bola.
Da meia dúzia de jogadores que criaram mais oportunidades do que ele, na Champions deste ano,
só Messi conseguiu mais dribles.
É o regresso de um talento que Ferguson identificou há 7 anos: “O que me atraiu nele foi o seu ritmo, força e habilidade aérea”, explicou o treinador na sua recente autobiografia.
“Tinha 2 bons pés. E “Ginástica” também.
As suas “atléticas leituras de jogo” eram sempre de primeira classe. Por isso, o fundamental estava lá.
Com Nani estavamos a adquirir pura matéria prima. Era imaturo, inconsistente, mas com um maravilhoso instinto. Quando se compra um jogador com todos estes atributos, o segredo, depois, é conseguir organizá-los. Porque ele era um pouco desorganizado e precisava de ser mais consistente”.

Houve um momento em que pareceu que isso ia acontecer em Old Trafford.
Na temporada 2010/2011, Nani contribuiu com 9 golos e 14 assistências para o título de campeão do United.
Apenas os mais célebres Drogba, Tevez e van Persie conseguiram bater estas duas estatíticas combinadas.
Foi eleito o jogador do ano do United, pelos seus colegas de equipa, e ficou no Top 10 da Premier League desse ano, em termos de remates, oportunidades de golo criadas, dribles e cruzamentos.
Foi, ainda, o jogador mais pontuado no site de estatísticas “WhoScored”.
Apesar disso, ficou no banco durante a final da Champions.
E talvez isto resuma o problema.
Apesar de ter assinado um contrato de 5 anos, na última temporada (com Moyes no United), havia a sensação de que Nani nunca tinha ganho a confiança plena de ninguém, em Old Trafford.
Existe um desafio mental quando se joga irregularmente e a rotatividade não é para todos, especialmente para um extremo de quem se espera que jogue com confiança e classe.
“Quando existe um jogador desta qualidade”, diz Marco Silva, “é lógico que as equipas médicas tenham enorme preocupação e cuidado, em criar uma forma do jogador poder actuar com a máxima intensidade, jogo após jogo, de 4 em 4 dias. Mas ele tem demonstrado também uma grande atitude nos treinos”.
Talvez Nani precise apenas de ser acarinhado.
Se assim é, tudo faz crer que está no lugar certo para isso.
“Neste momento, estou a adorar estar aqui, com pessoas que gostam de mim e que acreditam nas minhas capacidades”, afirmou.
Tal como ficou demonstrado na ovação de pé que recebeu, pela sua prestação como “melhor em campo”, existe muita confiança em Lisboa.