Mais difícil agora. Não impossível, já que a matemática é mesquinha nestas andanças, mas ficámos a ver o Porto a arrancar para a 10ª vitória consecutiva no Campeonato Fidelidade Andebol 1, em igual número de jogos. Tendo agora o Sporting 7 vitórias, 1 empate e 2 derrotas o que esperar desta prova?

É verdade que a coisa ficou feia porque depois do desaire caseiro frente ao Ismai tínhamos atenções redobradas na Madeira no último fim de semana. Um teste bem passado a mostrar que o jogo anterior tinha sido uma mera casualidade numa terra difícil em termos de apoio, visto que os nossos meios de transporte habituais do dia a dia ainda não circulam via mar (pelo menos na horizontal, para chegar aos arquipélagos). Já com este balde de água gelada no golo de Gilberto Duarte a dois segundos do fim, que fez o 23-24, e que poderia ter bem caído para o lado leonino por 2 ou 3 golos, ganhámos uma cicatriz mas não poderemos ficar com o veneno lá dentro.

Desatenções… falhas técnicas… fadiga psicológica ou física… Não! Não podemos agora tentar achar culpados para aqueles instantes finais contra o Porto. Batemo-nos bem contra o hexa campeão mas também não podemos vergar-nos perante o rival só por serem donos do caneco. Há que levantar a cabeça para o que aí vem! Ainda muitos jogos, muitas batalhas, muitas vitórias que nos farão ser melhores. No ano passado o campeão não foi a equipa a terminar a fase regular em primeiro lugar e eu pensei: – “Olha, trocava de bom grado!” – pode ser que acerte na mouche este ano.

Assim que vi as publicações dos jogadores acerca do resultado do último jogo esperei todo o tipo de comentários, porque é uma reação normal de todo o santo adepto. Escolher entre o reforço negativo e o positivo fica ao critério de cada um. Pessoalmente é pior levar com a fivela do cinto e andar sempre a medo de errar do que ser premiado e ter um objectivo moral para alcançar algo útil. Esse algo útil pode ser a eliminatória da EHF contra o Granollers, já este dia 23.

Esta é a tal equipa que tem uma organização defensiva muito eficiente mas contam os grandes sábios “andeboleiros” que há uma contra-tática que a consegue derreter. É tipo um pavilhão cheio de adeptos que gritam como se os céus fossem desabar na equipa visitante. Só porque na casa do Leão o oitavo jogador faz barulho por um milhão!

Texto escrito por Verde, logo Existo! (As Redes do Damas)

*às sextas, a bola encolhe. E passa do pé para a mão e do relvado para o pavilhão, dando ao nosso Andebol o destaque que ele merece.