«O processo Sporting-Marco Silva tem de ser lido à luz das estratégias de comunicação. Não estou no activo, mas este caso parece igual a tantos outros: há uma (ou mais) fonte(s) com interesse no caso a soprar a notícia do desconforto entre presidente e treinador; essa (ou essas) fonte(s) não assume o odioso da revelação e mantêm-se anónima(s); o desconforto, porém, existe, pelo que a notícia é verdadeira. O caminho fácil é despejar em cima do leitor a pesporrência da fonte, sem a nomear, fazendo-lhe o jogo sujo em troca de mais uma informação que no futuro dê jeito a ambos; o caminho certo é denunciar o desconforto existente e expor a estratégia da fonte.
O problema é que seguir o caminho certo pede um mundo certo, em que as empresas de comunicação social não cedam a lobismos, que são tão ou mais fortes no futebol do que na política. Ao contrário do que já vi escrito, o cavalgar da onda não tem a ver com pageviews. Tem a ver com sobrevivência, com a vontade de continuar no jogo. O caminho certo enquanto consumidor de informação também não é assobiar para o lado e dizer que o jornalismo é a nova forma de populismo. Não é vestir a camisola e disparar que o jornalista quer desestabilizar o clube. É exigir que nos expliquem como é que, de um dia para o outro, as redes sociais estão cheias de alusões à associação de Marco Silva a um empresário que tem relações com a Doyen (como se as não tivesse já quando ele assinou contrato por quatro anos) ou como é que José Eduardo aparece a dizer o que disse acerca da agenda própria do treinador.
Mas isso, mais uma vez, seria num mundo certo, em que as empresas de comunicação social não cedessem a lobismos como cedem e o consumidor tivesse a possibilidade de escolha educada entre o jornalismo e isto que se faz. O problema é que o jornalismo está a tornar-se um vício muito caro. E como há por ai muitos sucedâneos grátis, ninguém quer pagar por ele.»
António Tadeia, in Facebook.
28 Dezembro, 2014 at 21:27
posts interessante com a resposta dele:
Jóta Bento Caro António Tadeia, penso que nestas situações a preferência de clube de cada jornalista é o aspecto menos importante, em minha opinião, o que decide são as orientações editoriais de um jornal e nesse aspecto estou convencido (até me provarem o contrário) de que o Sporting é um alvo a ser abatido. Basta ter comprado o record nos últimos 4, 5 anos para se perceber que a mensagem que passou foi e é … deitar abaixo o Sporting Sporting Clube de Portugal, pois devem pensar que como o slb é o clube com mais adeptos, então venderão mais exemplares (papel e online) se se demarcarem do SCP e simultaneamente o o deitarem abaixo seja de que forma for… No entanto, este ano 2014 provou-se que essa estratégia não se recomenda muito, pois, o slb foi campeão e o nº de jornais record caiu face ao ano passado, além disso perderam muitos leitores Sportinguistas “bem informados” e que “toparam” essa mesma estratégia… para não falar da despromoção do querido manha, de director para uma coisa qualquer…
4 h · Editado
António Tadeia Jota Bento, as vendas do Record caíram em 2014 (até setembro, que depois não sei) como caíram as vendas de todos os jornais. E, surpresa, caíram menos que em 2013. Essa sua teoria foi tantas vezes repetida, serviu para intoxicar tanta gente, que se tornou uma verdade.
3 h
29 Dezembro, 2014 at 0:52
há outra interpretação mas essa não convem ao tadeia os jornais desportivos caiem desde que começaram a fazer a campanha anti-sporting de forma mais evidente, porque os Sportinguistas não deixaram de comprar jornais, todos ao mesmo tempo oh tadeia, então o menino não se lembrou desta? Tadinho mas a gente lembra-o não se preocupe a si e aos outros que ainda lá estão…
28 Dezembro, 2014 at 22:08
Meninos está na hora da medicação!
29 Dezembro, 2014 at 0:08
Toma um xanax que isso passa