A imprensa desportiva portuguesa está para a revista satírica Charlie Yebdo como um monte de merda está para a Declaração dos Direitos do Homem. Ou seja, qualquer semelhança entre as duas coisas nem sequer é fruto de coincidência…é fruto de impossibilidade.
A coragem para dizer o que ninguém diz, fazer de cada palavra intervenção, a desconstrução da hipocrisia, a desmontagem das grandes mentiras, a capacidade de rir de tudo e todos, até de si própria…todas estas virtudes podem ser relacionadas com a polémica edição francesa. Aquilo que eu relaciono com a nossa imprensa desportiva é a antítese de tudo isto. Cobardia, especulação sem profundidade ou interesse, alinhamento em todas as grandes teorias que vendam continuamente os olhos dos adeptos, incapacidade de se auto-criticar…enfim, podia estar aqui todo o dia a adjectivar negativamente e mesmo assim ficaria aquém do sensacionalismo acéfalo sobretudo dos nossos 3 grandes diários (ABola, Record e OJogo).
É claro que o resto da imprensa, dita genérica, não está melhor. A inoperância de desafiar os grandes poderes, de denunciar os grandes escândalos e manter por exemplo isenção face aos lobbys partidários ou financeiros, cega e amordaça a capacidade de qualquer bom jornalista de destemidamente usar fontes, pistas ou denúncias para chegar ao que se pode chamar uma “bomba” noticiosa. É claro que também não se pode exigir aos media que sejam os fiscais da honestidade dos portugueses, mas convém que no meio do processo não se tornem eles meros informantes (alguns pagos) da propaganda dos poderosos. Para isso é preciso coragem. Precisamente o que o Charlie Hebdo tinha. Precisamente o que vai faltando mais a cada ano que passa.
Não alinho em teorias do caos, mas também não sou dos que permanentemente acham que um ligeiro tilt na mesa vai colocar tudo no sítio. Há mais de 20 anos que assisto a um país cada vez mais incapaz de se reinventar, incapaz de definir prioridades e de respeitar na sua identidade. 10 anos de apertos no cinto, de cortes na esperança, de falência de segurança e felicidade acinzentou Portugal de tal forma que olhamos para os nossos líderes como se estivéssemos a ver um cartaz de um circo, olhamos para o nosso futuro como se estivéssemos a contemplar um electrocardiograma sem qualquer registo de pulsação. E chego sempre à mesma origem…a coragem. A minha, a tua, a nossa, a de todos nós.
Numa terra onde cada vez é mais difícil condenar criminosos influentes, um cidadão opor-se a uma empresa, alguém ser independente sem que lhe conspurquem a reputação, a educação e investigação são “despesas” e as regras de gestão são afuniladas em cortes salariais e despedimentos. Numa terra onde um contribuinte de poucas posses espera 1 ano por uma cirurgia urgente enquanto um politico acumula 2 e 3 reformas estatais…há tremenda falta de coragem. Há falta de justiça, solidariedade, democracia genuína, porque para que estas existam e sejam inatacáveis, tem de existir sempre, coragem.
Muitas das personalidades que adoptaram o chavão “Je suis Charlie” em Portugal fazem parte deste circo, são parte dos que nos estimulam diariamente a ter medo, a adoptar rotinas de aceitação, alguns dizem-nos na cara que Portugal não nos quer, que emigremos enquanto ele e os seus amigos, uns mais relvas que outros, se divertem a brincar às elites, ou aos pobrzinhos nas herdades da Comporta. Muitos dos que se dizem “Charlies” estão se a cagar para a liberdade de expressão, muitos já ameaçaram jornalistas ou insultaram comediantes, alguns já pediram a “cabeça” dos poucos que ainda se atrevem a ignorar que os media são empresas que fazem parte de grupos de empresas onde o cão, jamais morderá ao dono.
Perguntam-se vocês “mas o que é que esta merda está relacionada com o Sporting”. Nada. E tudo. Tenhamos nós a coragem de pensar.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
14 Janeiro, 2015 at 10:34
Extraordinário texto.
14 Janeiro, 2015 at 10:38
muito boa prosa … para refletir … !!!!!
14 Janeiro, 2015 at 10:44
Je suis
Leao de plástico
14 Janeiro, 2015 at 12:49
+1
14 Janeiro, 2015 at 10:45
Antes de mais, não é “Hebdo”?
A imprensa hoje está vendida aos mais variados interesses. No caso do futebol, convém que algumas verdades inconvenientes fiquem escondidas. Nomeadamente, que o nosso futebol é uma bela trampa.
Que a competitividade é reduzida, a qualidade quase nula, que os adeptos preferem ficar em casa, e que os patrocinadores se mantêm afastados.
Que a Selecção vive quase exclusivamente (desportiva e mediaticamente) do Ronaldo, e que quando ele se retirar, vai ser uma calamidade.
Sem falar em outros assuntos, como empréstimos a organizações falidas e sem receitas.
Basicamente, vivemos no Portugal pré-2000. Uma festa permanente, de expos e feijoadas. Uma bebedeira continuada. E numa festa, ninguém gosta do gajo que anda por lá a avisar que o excesso de álcool é mau, e que no dia seguinte alguém tem de limpar o vomitado do chão. Por isso, os poucos que se prestam a esse papel, ou se calam, ou falam fininho.
14 Janeiro, 2015 at 12:53
É. O Yebdo é o irmão mais velho do Yebda 🙂
14 Janeiro, 2015 at 13:28
Hebdomadaire – HEBDO
14 Janeiro, 2015 at 15:20
Que em português é : semanal / semanário !
14 Janeiro, 2015 at 10:47
Muitas verdades, “truísmos”, e alguns disparates populistas. Hoje o Leão de Plástico passou-se mesmo da marmita. Enfim, todos temos dias menos felizes.
14 Janeiro, 2015 at 10:51
Não queiras menosprezar a verdade dos factos por te sentires magoado com uma qualquer analogia política… São exemplos!
14 Janeiro, 2015 at 10:53
“…verdades, “truísmos”, e alguns disparates populistas…” Quais são quais. Pode ter piada falar sobre isso, ou não, gostava de ter a oportunidade de não ficar tão infeliz com o post caro(a) EVER
14 Janeiro, 2015 at 11:14
Se a conversa se adensa, provavelmente acabaremos a juntar esforços, caro javardas.
14 Janeiro, 2015 at 16:35
É tão boa, mas tão boa a sensação de constatar que em qualquer lugar onde a liberdade de expressão e o seu uso efectivo se concretizam é possível ler, mesmo em Portugal, genuíno pensamento independente. É bom, é raro, e aconteceu aqui (como muitas vezes tem acontecido). Ainda bem.
14 Janeiro, 2015 at 16:36
É tão boa, mas tão boa a sensação de constatar que em qualquer lugar onde a liberdade de expressão e o seu uso efectivo se concretizam é possível ler, mesmo em Portugal, genuíno pensamento independente. É bom, é raro, e aconteceu aqui (como muitas vezes tem acontecido). Ainda bem.
14 Janeiro, 2015 at 10:47
Tudo o que penso sobre o assunto… Parabens pelo texto!
Somente não estarei tão certo sobre ser exclusivamente uma questão de coragem, ou falta dela. Muitos que não tem coragem de saltar para a piscina, têm a ‘coragem’ de empurrar os outros.
E é por isso que fico sobejamente orgulhoso do post anterior, percebo que não vivo somente rodeado de escroques…
14 Janeiro, 2015 at 10:54
Ah…mas somos “todos” anjos e demónios, quem nunca arruinou um banco que atire a primeira pedra
14 Janeiro, 2015 at 11:01
Eu ando a dar dinheiro a ganhar ao meu! Faço a minha parte… embora não sinta orgulho nisso!
14 Janeiro, 2015 at 11:07
Parabéns ao JAVARDEIRO e ao PGB é isso mesmo, ainda bem «que não vivo somente rodeado de escroques». SL
14 Janeiro, 2015 at 10:55
E “Hebdo”.
Basta ver a côr do Charlie Hebdo que sai hoje em frança para saber qual a côr da liberdade!!
Isençao è o que se pede a CS e pertinencia seria uma mais-valia.
14 Janeiro, 2015 at 12:51
??
14 Janeiro, 2015 at 14:09
A capa è verde
14 Janeiro, 2015 at 10:57
Uma perspectiva diferente:
um dos nossos (lusitanos) problemas é a incapacidade de rirmos de nós mesmos. Isso impede a sátira, daí que haja tão pouco humor nas nossas tvs e jornais.
Achamos graça ao achincalhamento dos Gouchas, e dos Vieiras, mas quando satirizam algo que nos é querido, normalmente levamossa mal.
14 Janeiro, 2015 at 11:12
Aí está uma coisa de que não podes dizer dos Alentejanos, rirem-se de si próprios. São eles que constroem as anedotas ditas alentejanas.
14 Janeiro, 2015 at 11:31
Relevante: https://m.youtube.com/watch?v=IxTe-BuayXw
14 Janeiro, 2015 at 11:06
Como se este texto nao falasse por si, a completa ausencia de qualquer eco do recente artigo sobre o arranjinho do carnide com o Dinamo é a prova provada que nao se morde a mao a quem nos poe comida no prato. Agora imaginemos que esta estoria tinha como protagonista o Sporting…. Com quantas capas seriamos brindados?
Valha-me que hoje é dia de Sporting e vou ter 90min em que me posso concentrar se o Marco dà um bacalhau ao BdC ou se celebra muito ou nada.
Spoooooooorting!
14 Janeiro, 2015 at 13:06
Barbosa
Neste caso, acho que a CS esteve “bem”
14 Janeiro, 2015 at 13:09
Faltou o resto do post…
Os do carnide serem corruptos, realmente, já não é noticia…
14 Janeiro, 2015 at 15:29
Hahahaha
Eu quero é saber se se cumprimentam hoje com um beijo ou um abraço Peyroteo.
Fontes próximas do CM confirmam que o relógio do BdC tem um intensometro para medir a força do aperto de mão. Se for menos de 5.2 é despedido (novamente) por justa causa.
14 Janeiro, 2015 at 11:10
Muito bom texto! Mas difícil de entrar em algumas cabecinhas….cristalizadas com lixo debitado por esses pasquins ao longo de anos! Mentiras e chavões mentirosos, com que permanentemente somos brindados e que vão “aperfeiçoando” as opiniões dos mais incautos, que infelizmente são muitos!
Parabéns Leão de Plástico!
14 Janeiro, 2015 at 11:10
Já sabemos que o Bruno não é sensato. É essa precisamente a maior qualidade dele. Se fosse sensato, não atacaria simultaneamente TODOS os poderes instalados que ele conhece. Poderão acusá-lo de uma estratégia suicida porque ninguém consegue atacar todos de uma vez, mas realmente não se pode colaborar com corruptos temporariamente para só denunciá-los quando nos convier. Estamos em luta com os poderes instalados na Liga e Federação (Orelhas e Frutas, mais os clubes-satálite que lhes ficam com os jogadores de segunda e mudam de estádio de vez em quando, lesionando jogadores também de vez em quando…), estamos em luta com os fundos que são um poder fortíssimo e que corrompeu em grande escala no futebol, e que tem em sentido Benfica, Porto, Braga e outros indirectamente. Estamos em luta com os árbitros, para os quais propusemos algumas mudanças e que obviamente vivem mal com um clube que está fora do circo de nomeções, reuniões em bombas de gasolina e lobbies de hotéis. E estamos também em guerra com a comunicação porque é quem proteje isto tudo. É quem esconde, quem coloca as derrotas do benfica num determinado contexto, quem mete o Orelhas na primeira página a falar da formação, quem oculta os 6 jogadores titulares do Sporting vindos da formação, quem oculta os golos em fora de jogo do Benfica e os pontos ganhos. Não há análise isenta, e quem não se apercebe disto informe-se melhor.
A estratégia de ultra-ataque de Bruno de Carvalho tem muitos riscos e desvantagens, mas é a única moralmente defensável. E para haver possibilidades de sucesso não pode haver um número enorme de Sportinguistas que vêem o seu clube tal e qual os pasquins querem: um clube burguês, perdedor, falido, que vive de antigas glórias e agora tem um chefe incendiário e ressabiado que mal-trata os próprios funcionários e não tem capacidade de autocrítica. Ainda não perceberam que ele é o personagem mais incómodo do mundo do futebol Português desde sempre? Ainda não perceberam que as críticas que se lhe fazem de coisas que ele não faz bem (comunicação) se tornaram uma forma de escape para o que ele está REALMENTE a dizer sobre o futebol Português? Acordem, caralho! Os comentadores, os colunistas, os paineleiros não são o diabo concerteza. Mas o futebol Português é uma aldeia, e o Bruno de Carvalho quer acabar com ela. Percebam que ele não vai consegui-lo com silência. E deixem de obedecer a ordens.
14 Janeiro, 2015 at 12:16
+1
Je suis Sporting
Je suis Bruno de Carvalho
Só se perdem as que caem ao chão. E das que caem ao chão, algumas eram bem aplicadas nalguns Sportinguistas.
A imprensa cada vez mais é uma má piada. A desportiva não existe.
SL
14 Janeiro, 2015 at 15:44
Raramente estive mais de acordo com um post como com este, faltou apenas dizer que as raízes são mais profundas, as raízes estão na nossa sociedade civil, nos nossos dirigentes, nos nossos políticos, juízes e sim nos “jornalistas” generalistas que tal como os seus “primos” futeboleiros, encobrem uns em detrimento dos outros, mentem inventam e propagandeiam as ideias dos respectivos donos.
Vê-los supostamente solidários com “charlie”, que representa tudo aquilo que eles não são, dá-me náuseas, ou então confundiram com charlie chaplin e sim, aí ja admito porque aquilo que se lê diariamente nos jornais portugueses, desportivos ou não só pode ser uma obra cômica porque aquilo que é publicado todos os dias é tudo menos sério…
14 Janeiro, 2015 at 11:10
JE SUIS TANAKA
14 Janeiro, 2015 at 11:11
Num tom mais sério, o meu texto favorito da série Leão de Plástico.
14 Janeiro, 2015 at 11:13
Imprensa desportiva? Não sei o que é isso, na minha perspectiva os três jornais citados não passam de tablóides, e desses já não leio desde que o tal&qual fechou.
Agora mais a sério.
Não há independência de imprensa em portugal, e ponto final. Falta-nos massa critica e quem tenha massa que esteja disposto a investir em fazer barulho para abanar isto tudo.
Assim, o meu pensamento é muito simples. Quem não percebe que a CS portuguesa é toda, ou quase toda, manipulada, ou não o quer ver ou não se importa que assim o seja. Da minha parte não levam um cêntimo, e já não de agora.
Toda a gente sabe quem são os donos dos grandes grupos de comunicação, e as ligações que têm à politica e a todos os escândalos que são conhecidos (e os que não são).
Infelizmente isto é a escolha da maior parte do nosso povo continuar a contribuir para estes abutres que dominam a nossa sociedade e nos levam dia após dia para a desgraça.
Portugal está a morrer, a ideologias já foram, o idealismo tá enterrado e o desânimo é cada vez maior quando os grandes estão impunes e os pequenos passam fome. Não é este o país que quero para os meus filhos viverem, e a continuar assim, certificar-me-ei que não será aqui que crescem por muito mais tempo, por maior que seja a mágoa de abandonar este pedaço de terra que tanto estimo.
14 Janeiro, 2015 at 11:14
Parabéns Javardeiro, mais um excelente texto!
14 Janeiro, 2015 at 11:17
Estou farto de Sportinguistas que não considero estúpidos, de record debaixo do braço a gesticular contra Bruno de Carvalho e a debitar as ideias lidas no jornal. Magoa-me como Sportinguista. Os jornais desportivos querem as coisas como elas estão. Não querem mudança de líderes nem de regras nem nada. Estão bem assim. Se dantes não havia respeito pelo Sporting porque era um clube incompetente, agora há respeito mas há medo. E o medo de todos os intervenientes gera uma idea que hes dá jeito. Perguntem a um intelectual de direita o que pensa de Saramago? Dirá que é uma merda. Pergunta a um comunista o que pensa do Garcia Llorca. Dirá que é um capitalista de poucas ideias. Cada um gera a ideia que quer de uma pesonagam, mas por favor percebam que essa idea do Bruno é totalmente fabricada pela imprensa, e falsa.
14 Janeiro, 2015 at 11:23
Num passado não muito longínquo a imprensa e a musica eram contrapoder, hoje fazem parte do sistema salvo raras exceções.
Os culpados desta merda somos todos nós que nos deixámos engolir pelo “medo” (imprensa a vomitar desgraças, manter o emprego, os empréstimos a 30 anos….) que o javardeiro fala.
Como o Português reage tarde tenho esperança que ainda vamos lá, não podemos deixar para as gerações seguintes este estado de coisas. O 1º passo pode ser dado através do SPORTING, pelo amor que nos une à causa lutando contra o poder instalado (Imprensa, Fundos, Carnide, FC Putas, Bois de Preto….) e ir a Alvalade PUCHAR pelo SPORTING.
NÂO PODEMOS TER MEDO. EU QUERO QUE OS MEUS FILHOS BRINQUEM NA RUA.
Abraço,
14 Janeiro, 2015 at 11:28
A Imprensa desportiva é apenas o reflexo do país que temos, nem mais nem menos.
Só a classe política consegue ser pior, porque tem todos os defeitos da sociedade portuguesa e nenhuma virtude.
Existe bom jornalismo (sim, existe: http://www.maisfutebol.iol.pt/tanaka-sporting-liga-figura-figura-jornada-16-junya-tanaka-tanaka-historia-topnews/54b435fc0cf293f09e963b80.html) e mau jornalismo, que se caracteriza por textos maus, escritos por pessoas com péssima cultura geral, que nunca leram um livro clássico na vida.
E ainda existe uma terceira categoria: jornalismo travestido. Esse é o pior, porque é feito com intenção.
14 Janeiro, 2015 at 11:31
Grande reflexão caro LdP!
Je suis SPORTING!
14 Janeiro, 2015 at 11:32
Um texto mito bom…
Que vai muito para além…”do simples pontapé na bola…”
“Je suis Maximino…”
Era-o antes do 25 de Abril e sempre continuei e continuarei a sê-lo…
Até que uma pasada de terra em cima…me coloque ao nível do nada…
Se bem que acredito …que nem tudo acaba aí…!!
“… Numa terra onde cada vez é mais difícil condenar criminosos influentes, um cidadão opor-se a uma empresa, alguém ser independente sem que lhe conspurquem a reputação, a educação e investigação são “despesas” e as regras de gestão são afuniladas em cortes salariais e despedimentos. Numa terra onde um contribuinte de poucas posses espera 1 ano por uma cirurgia urgente enquanto um politico acumula 2 e 3 reformas estatais…há tremenda falta de coragem. Há falta de justiça, solidariedade, democracia genuína, porque para que estas existam e sejam inatacáveis, tem de existir sempre, coragem….”
É isso…CORAGEM…!!
É o que eles não têm….e dificilmente terão…!!
Isso “obriga-nos” (aos que querem realmente que as coisas mudem…para melhor…) a “vestirmos” em cada dia da nossa vida…uma “boa dose de coragem…”…
SL
14 Janeiro, 2015 at 11:35
Muito bom LdP
14 Janeiro, 2015 at 11:35
Não gosto de falar de terrorismo, nem misturar tais conversas com desporto…
sou agnóstico e respeito todas as religiões etnias…
No entanto, fazendo aqui ponte para a liberdade de imprensa, e a liberdade de expressão quero escrever o seguinte.
Vou aqui demonstrar de forma objectiva e cabal de como a opinião publica é envenenada por grupos de comunicação e de como se distorce a verdade e se ocultam factos fazendo uso, não de liberdade de expressão, mas sim de libertinágem de comunicação (que é mais que existe no jornalismo em Portugal do que outra coisa)
Se alguém frequentar a pagina online dos jornais «A bola» ou « Record» não irá estranhar em encontrar fotografias do presidente do Sporting em poses estranhas, enfim é normal…
Uma pessoa a quem lhe tiram milhares de fotos, que é muito observada e que esta debaixo dos olhares de todas as pessoas é natural que não esteja sempre composto, alias é relativamente fácil nos dias de hoje já que anda tudo com telemóveis na mão de estar a tirar fotos, e portanto no meio de muitas fotografias, há sempre as que ficam mal, as ficam bem, as que são engraçadas, as que são caricatas…
Enfim, em muitas fotografias, há fotos para tudo, que podem ser usadas para definir bem ou mal uma pessoa…
mas curiosamente o presidente do Sporting sempre que é notícia num dos jornais referidos, nunca tem uma foto decente, tem sempre uma foto de forma descomposta, ou a demonstrar um ar pouco credível, ou um ar pouco sério, e curiosamente, a vontade e orientação é tal em fazer isto, que chega-se ao comulo de se escolherem fotos de baixa resolução para preencher uma pagina quando tem ao dispor deles milhares de fotos, mas la está…. a vontade é tanta
de fazer passar a imagem de uma pessoa daquela forma que se for preciso até se usa uma imagem cheia de pixels…
Isto para que percebam a forrma de como é facil de como se pode vender uma imagem fragilizada, ou pelo menos tentar, de alguém publicamente…
Se vocês andarem no facebook a postar imagens de vocês próprios com ar de maluquinhos a toda hora, é natural que quem não vos conheça pense que vocês são malucos, ou pelo menos não vos leve a sério…
Mas eles não se ficam por aqui, a libertinagem é tal, que já se dão ao luxo
de no estrangeiro haver um escândalo de um suposto resultado combinado com outro clube há uma serie de anos, e não se falar nenhuma virgula sobre o assunto nos jornais hoje… ZERO
Assim como hoje também não se dá relevo nenhum ao que disse um jogador da formação do Benfica ontem, onde criticava que se estivessem a contratar jogadores ao qual ele entende terem um nível similar ao que já existe por lá…
La está, isto é mais um exemplo de como neste país a imprensa distorce, estica e retira importância a vários assuntos consoante a orientação que é seguida vindo de cima…
Estas noticias são publicadas numa hora, o facto de vivermos numa era de comunicação global a isso obriga, mas depois não existe nenhuma consequência, aquilo que para uns é usado para espremer até ao limite dos limites, para outros não serve para sequer referência numa manchete
Eu imagino só, se fosse um jogador da formação do Sporting a ter as declarações do Rafael Guzzo, imagino…
Era coisa para no mínimo andarmos durante 2 semanas a falar disto, para se interpelar 3 ou 4 ex-presidentes e ter hoje não só 3 manchetes, como 3 ou 4 paginas a falar do tema, com ex-colegas de equipa, ex-treinadores e tudo, a malhar opiniões no sentido que interessasse…
Não sendo um jogador do Sporting, não interessa explorar, assim como também não interessa explorar noticias de fraude desportiva, ainda que com mais de 15 anos…
Libertinagem caros Sportinguistas, não confundam liberdade de expressão com libertinagem…
A imprensa tem obrigação de informar de forma isenta e equidistante em todos os temas, tem obrigação de ser crua e objectiva no que faz, mas infelizmente como tudo neste país o capital apoderou-se da informação e hoje o capital organiza a informação, a informação que nos é vendida diariamente é orientada não para informar, mas para nos fazer pensar sobre determinadas coisas quando lhes dá jeito…
Eles conseguem elevar bestas a bestiais, e tornar bestiais em bestas…
è tudo uma questão de usarem a “liberdade” de pintar ou desenhar a figura de alguém da forma que lhes apeteça…
Eu por acaso tenho jeito para o desenho, qualquer dia também começo como o Charlie Hebdo, começo a denunciar podres do futebol em caricatura
Por exemplo estou-me já a lembrar de uma: que é o Benfica emprestar um jovem ao Paços de Ferreira, quando daqui a meia duzia de dias tem que ir a Mata-real jogar no ínicio da segunda volta… isto dava uma bela caricatura!
14 Janeiro, 2015 at 12:12
Grande comentário RG!
+1000
14 Janeiro, 2015 at 13:15
“A imprensa tem obrigação de informar de forma isenta e equidistante em todos os temas, tem obrigação de ser crua e objectiva no que faz”.
Não concordo.
Desde que haja uma declaração de interesses e uma linha editorial clara, um jornal ou tv ou qualquer outro meio de CS não tem que ser isento. Nos Estados Unidos é ponto assente que diferentes televisões são de esquerda ou de direita (como a comedy central e a FOXNews). Em Espanha a Marca é manifestamente pró-Madrid e o Mundo Deportivo pró-Barcelona. Não me incomoda nada.
O que me incomoda é o fazer-se de equidistante e isento e, afinal, ser faccioso e tendencioso.
De resto, 100% de acordo.
14 Janeiro, 2015 at 16:46
Não se deve confundir linha editorial com isenção. Atenção.
14 Janeiro, 2015 at 11:38
A resignação anda de braço dado com a falta de coragem. O que temos hoje não nos foi ferecido. Foi conquistado pelos nossos pais e pelos nossos antepassados e podemos perder tudo isso num ápice se nada fizermos. Não devemos ter dúvidas acerca disso.
Além de dar os parabéns ao autor do post e centrando-me nos pasquins, já há muito tempo que vinha verificando a deriva lampionica da Bosta. Houve uma altura (mea culpa) que revoltado com comentários de atrasados mentais que por lá proliferam a comentar, constituindo verdadeira poluição visual, perdi algum tempo a comentar. Percebi que mais de metade dos comentários não eram publicados, enquanto que outros malcriados e idiotas de tripeiros e lampiões, entravam. Claro que desisti. Mas também o Rascord que não sendo verde tinha inicialmente como mais imparcial me fazia o mesmo. Neste momento temos O Nojo perfeitamente alinhado com tripeiros numa lógica de implantação regional, a Bosta como órgão oficial dos lampiões e nojenta e o Rascord que sendo menos mau está também claramente a tingir-se de vermelho. Ora temos é de pensar o que podemos e devemos fazer contra isto. Afinal somos 3 milhões e merecemos respeito. Uma das coisas é obviamente deixar de comprar estes pasquins de merda. Mas talvez devêssemos ir mais longe: denunciar nas redes sociais, enviar cartas e emails às direcções destes ordinários que exploram até à náusea as divergências no Sporting mas que não denunciam a corrupção e as arbitragens, usar as redes sociais, tentar envolver a Sporting TV nesta cruzada… Tudo mas mesmo tudo serve. Não podemos é ficar quietos e enterrar a cabo na areia…
14 Janeiro, 2015 at 11:58
Não concordo.
O pessoal da Charlie Hebdo é tudo menos corajosa. Aliás, acho precisamente o contrário, são uns cobardolas que se escondem atrás do chavão da liberdade de expressão para publicar merda. Eu não sou Charlie.
Acho que aquilo que eles fizeram é precisamente aquilo que a imprensa desportiva faz com o Sporting. Ridiculariza, inventa, caricatura, menospreza. E, aqui entre nós, eu não me importava nada que um marado qualquer entrasse pelas redacções dos pasquins e começasse a aviar cartucho forte e feio.
14 Janeiro, 2015 at 12:07
Tem tudo a ver de facto. Cartonistas ja ouviste falar?
14 Janeiro, 2015 at 12:10
Sá, a liberdade de expressão não é um chavão. É o direito de elogiar ou criticar um jogador, um treinador ou um presidente. Aplica-se a jornalistas, comentadores, adeptos, bloggers e a toda a gente. Temos de aceitar que há pessoas que não gostam do nosso Clube e escrevem barbaridades….por muito que nos custe e custa muito, porque nesse capítulo estamos em minoria. Quem convive mal com isso, convive mal com a liberdade.
14 Janeiro, 2015 at 12:10
Pois o teu comentário foi a melhor homenagem que podias prestar ao Charlie. Apenas uma correcção que acho fundamental – Charlie Hebdo é anti-impérios, a nossa media desportiva é pró-corrupta.
Sigo há 2 anos a publicação e sempre achei que se colocavam à frente da liberdade de expressão e não atrás da mesma. E vou-te dizer que sempre entendi os conteúdos como humor completamente anti-ideológico…anarquista talvez, absurdamente negro, mas sempre a expressar o lado mais corrosivo que todos temos…mas cada um com a sua.
14 Janeiro, 2015 at 12:17
Desculpa lá mas não posso concordar. Podia ou não achar-se de bom gosto o que o pessoal do Charlie Hebdo fazia, até porque área vamos em todas as religiões. Corajosos claro que eram até porque sabiam que corriam riscos, pois já em 2011 tinham sido atacados. As ideias combatem-se com outras ideias e argumentos . Mas as armas combatem-se com armas. Sou cristão não muito praticante e tolerante por princípio. Provavelmente tenho sangue árabe nas veias como grande parte dos portugueses que eles estiveram cá muito tempo. Mas não sou tolerante com animais. Tolerar intolerantes levará a prazo a que a intolerância possa vencer. E isso não estou disposto a aceitar.
Quanto aos pasquins combatem-se denunciando, alertando sportinguistas credulos e tentando atingi-los nas vendas
14 Janeiro, 2015 at 12:22
Onde se lê ” área” deve ler ser arreava…
14 Janeiro, 2015 at 12:42
Ler-se…fogo! merda para o corrector automático
14 Janeiro, 2015 at 12:27
Gostava de te ver dizer isso na cara das famílias, amigos, mulheres e filhos das pessoas que morreram em Paris.
“O teu papá levou um balázio na cabeça porque desenhava merda, bonecos e piadolas. Ah, já agora, ele era um cobarde”.
Tem um pingo de decência e pensa 2 segundos antes de escreveres.
Se a democracia e a liberdade de expressão só existem para se publicar conteúdo do teu agrado (aquilo que tu consideras não ser “merda”), o que mereces tu por escreveres “merda” com as quais eu posso não concordar?
14 Janeiro, 2015 at 12:44
Ó iluminado, eu sou muçulmano e senti-me ofendido com a publicação. Ofendido e insultado. O Corão tanto é lido pelos fundamentalistas como pelos moderados como eu. E não, o Corão não é “uma merda”. É um livro fantástico, muito semelhante à Tora ou à Bíblia. Tudo está em quem lê e interpreta.
A única diferença é que eu não pego numa arma. Isso não torna correcta (ou sensata) aquela abusiva publicação.
Os fins não justificam os meios, sim. Mas também…quem semeia ventos colhe tempestades. É a lei da vida.
14 Janeiro, 2015 at 12:49
Sim e essa lei da vida há-de aplicar – se também a todos os anormais que usam a religião (seja qual for) para matar pessoas inocentes. Não tenhas dúvidas disso.
14 Janeiro, 2015 at 12:55
Claro. Vale para tudo
Eu não defendo o terrorismo. (defender? Abomino!). Mas também não defendo o insulto gratuito.
Parem de tentar fazer a malta da Charlie Hebdo os paladinos da liberdade de expressão. Não foi por não poderem praticar a liberdade de expressão que eles morreram. Foi porque a utilizaram de forma insensata.
14 Janeiro, 2015 at 12:59
Não se mata ninguém por delito de opinião. Talvez em algumas ditaduras onde se incluem também alguns regimes árabes …
14 Janeiro, 2015 at 13:20
Estava também a lembrar-me de comunidades cristãs muito antigas como os coptas no Egipto e no Iraque que depois de 2000 anos de coexistência pacífica com muçulmanos (como deve ser) são agora perseguidos e mortos. Não conheço o Corão mas não acredito que em alguma parte venha que se pode assassinar quem tem outras convicções. Penso que estes animais estão aliás a prestar o mesmo péssimo serviço a religião muçulmana que a Inquisição prestou à religião católica…
14 Janeiro, 2015 at 13:14
Sá,
não vou entrar numa discussão deste tipo, muito menos aqui, pois este é daqueles temas que serve mais para dividir do que para unir. Um dia, se quiseres e se se proporcionar, falaremos pessoalmente. Mas não podia deixar de dizer-te, e socorrendo-me de uma imagem futebolística, que essa óptica de quem semeia ventos colhe tempestades praticamente nos legitima a nós, Sportinguistas, partir as pernas (para ser simpático) a um árbitro ou a outras figuras da nossa bola. Ou a esfodaçar a tromba toda ao cabrão que nos inferniza a cabeça há anos, com piadinhas e enxovalhos ao nosso clube.
Nada justifica o que foi feito. Pelo menos para mim, que não aceito que a resposta ao satirizar da religião seja justificação para matar.
14 Janeiro, 2015 at 18:52
Caro Cherba,
Acho que a tua tentativa de não promoveres uma discussão já vem tarde.
A publicação deste post, o qual na minha opinião, é uma colagem de chavões, assim o ditou.
A tão propalada liberdade de expressão também passa por dizer não. Tanto somos livres de dizer tudo e mais um par de botas como de o não fazer.
Mais uma vez, a tentativa de misturar universos distintos gera desunião.
E essa desunião origina um desbaratar de forças e recursos que a Tasca não pode permitir. Qualquer segundo, ponto, frase que se perca, é vantagem que se dá aos nossos adversários.
Como alguém aqui já escreveu, e muito bem, eu sou Sporting. E é isso que me une fortemente a outros que professam uma religião diferente, defendem ideologias opostas à minha, etc…
14 Janeiro, 2015 at 12:57
Já agora: o policia muçulmano barbaramente assassinado estava a pedi-las? E os que morreram no supermercado também?
14 Janeiro, 2015 at 12:58
“eu discordo de ti, mas lutarei até à morte pelo teu direito de o dizeres”. Voltaire.
É isto, Sá.
E, já agora, considero-te suficientemente inteligente (os teus textos provam-no) para saberes distinguir que aquilo que o Charlie Hebdo faz (espero que continue a faze-lo) é ridicularizar e insultar o extremismo e a hipocrisia religiosas e não o religiosismo. Ridicularizar o Papa João Paulo II que destrói décadas de trabalho de planeamento familiar em África ao atacar (e contra-indicar) o uso do preservativo, e com isso, provocar por condicionamento milhares de mortos, tal como a hipocrisia do extremismo islamico, que degola crianças muçulmanas! Isto é que é ofensivo e se te dizes Muçulmano, devias dizer em bom som: je suis charlie, sim! je ne suis pas terroriste!
14 Janeiro, 2015 at 13:11
Lamento, amigo. Penso pela minha cabeça. E a minha cabeça diz-me para condenar dois actos estúpidos que levaram à morte trágica de pessoas.
Dois actos estúpidos. Não foi um, foram dois.
Um acto criminoso, terrorista, horrendo. Sim. Mas seguido de uma provocação completamente gratuita. Se achas que o Mundo fica melhor quando escreves e publicas que “O Corão é uma merda”, é a tua opinião.
Eu defendo a integração. Se um muçulmano não gosta de ler que o seu Livro Sagrado é “uma merda”, então, como bom cidadão que sou não vou escrever que é. Tal como um cristão, judeu, etc. esperaria a mesma cortesia.
No fundo isto vai desembocar no fim último da vida que é vivermos em sociedade, apesar das diferenças. Não creio que esse princípio tenha sido respeitado pela revista.
14 Janeiro, 2015 at 13:17
então é capaz de ser melhor começarmos a andar todos de kalashnikovs, Sá. É que é raro o dia onde não sinto que se coloca em causa essa ideia de viver em sociedade…
14 Janeiro, 2015 at 13:33
pois…:)
14 Janeiro, 2015 at 13:28
Ninguém, mesmo o Charlie Hebdo disse que o Corão é uma merda. Mas mesmo que o dissessem NADA legitimaria um acto de bestialidade daqueles… Nesse caso seriam motivo de reprovação mas não de assassínio!
14 Janeiro, 2015 at 13:31
Por acaso , Sá, essa frase “O Corão é uma merda” do Charlie Hebdo (que até aceito que possa ser ofensiva para um muçulmano) tem um contexto preciso: ela antedece outra que diz: “Não pára balas”, e foi uma maneira (muito provocadora, é certo) de satirizar o massacre de milhares de egípcios pela ditadura militar. Foi uma maneira de denunciar a “inutilidade” da religião, o que é perfeitamente legítimo do ponto de vista ateísta, num país laico. É violento? ´É. É ofensivo? Também.
É ilegítimo? Não! É tão legítimo como os Monthy Python na década de 60 fazerem um sketche a gozar com a Última Ceia, em que põem três cangurus. Chama-se Humor. Chama-se Sátira. Chama-se desmistificação. Chama-se…Liberdade.
14 Janeiro, 2015 at 13:36
Vou fazer isto à José Luís Peixoto, só para não haver dúvidas:
Declaração de interesses: RECRIMINO O EXTREMISMO. SOU CATÓLICO. O TERRORISMO É CRIMINOSO E ATROZ.
Sá,
Isto não tem a ver com uma religião. Terias sempre razão, independentemente da religião em causa.
Liberdade de expressão não é libertinágem. Liberdade de expressão não é dizer o que se quer. Liberdade de expressão não é ser inimputável nem legalmente investido do poder de dizer o que me vai na gana. Liberdade de expressão não é carta branca. Eu defendo liberdade de expressão. Não defendo esta merda.
Qualquer Direito acaba onde outro Direito começa. E a liberdade de culto é um direito e a profanação de símbolo religioso é crime. O Profeta Maomé é um símbolo religioso que foi deliberada e premeditadamente profanado.
Isto é crime.
O que o Hebdo fazia e faz é, muitas vezes, criminoso.
É liberdade de expressão? Então pronto: “O “X” é um filho da puta”. “O pai do “Y” é corno”. Olha aí umas capas de jornal tão porreiras!
Tens toda a razão Sá. Não foi 1 erro, foram 2.
Para que não haja dúvidas: RECRIMINO O EXTREMISMO. SOU CATÓLICO. O TERRORISMO É CRIMINOSO E ATROZ.
14 Janeiro, 2015 at 15:02
Touché
Não sou católico nem muçulmano, e estou totalmente de acordo contigo!
As ditas sociedades democráticas deram origem a algo que não se coaduna com a liberdade, a libertinagem.
Somos reféns dos insultos que nos queiram fazer, pela dita liberdade de outrém! Não entendo que a liberdade seja consubtanciada na falta de limites.
Eu sou livre de achar que a mãe de alguém é uma puta… Devo ter a liberdade de o dizer publicamente?
Não existem liberdades e direitos absolutos sem que estas colidam com as liberdades e direitos de outros!
Abomino o terrorismo mas tenho a certeza pela educação que recebi, que jamais na vida em consciencia imporei os meus direitos se isso significar a ofensa de outros, mesmo que não o seja para mim…
Como diz o ilustre Max é sempre preciso bom senso, que quem ofende não repita e quem se sente ofendido perdoe!
Je ne suis pas Charlie
14 Janeiro, 2015 at 17:01
Desde quando profanar símbolos merece o castigo do corpo?
Já houve tempos assim. Basta de revisionismos bacocos.
O islão admira o desejo e a beleza, como o catolicismo admira a arquitectura vertical.
Nenhuma religião ofendida nos seus símbolos ou textos sagrados é “mais sagrada” do que um corpo, uma vida.
14 Janeiro, 2015 at 17:14
Meu caro, em primeiro lugar, quem é que falou em merecer castigo do corpo? Eu disse que era crime, tal como o é em Portugal, aliás, e disse que foram dois erros que aconteceram. Aconselho-te que leias de novo o meu comentário, mas desta vez com atenção. Em segundo lugar, fica-te mal adjectivar de bacoco algo com que não concordas. Além de que, parece-me, sustentei a minha opinião com argumentos validos e actuais.
Revisionismo? Estás a nadar fora de pé, não achas?
14 Janeiro, 2015 at 17:24
Caro kutuzov.
O meu comentário era para o PGB, abaixo. Não para o seu.
Na minha opinião é bacoco (porque medieval) criminalizar a profanação de símbolos imateriais por via de castigos corporais. Era isto .
14 Janeiro, 2015 at 17:52
Não há problema. Abc
14 Janeiro, 2015 at 17:53
Bacoco parece-me ser ler linha sim e linha não…
Mas quem é que defende isso de criminalizar a profanação de símbolos imateriais por via de castigos corporais? Mas que coisa mais absurda! Em que é que isso está relacionado com a sensibilidade deste assunto? Queres ver que afinal também sou um terrorista simplesmente por achar que o respeito é bonito?
14 Janeiro, 2015 at 13:43
Não vejo nenhum cristão a perseguir e assassinar cartoonistas que gozam com o Papa ou com Maomé.
Lamento a tua opinião, mas lá está: tens direito a ela, porque vivemos numa sociedade livre.
14 Janeiro, 2015 at 13:06
Da mesma maneira que eles satirizaram a tua religião, satirizaram outras religiões, entidades, empresas e grupos sociais.
E tens todo o direito de não gostar, de te sentir ofendido e até insultado. A isso chama-se liberdade de opinião, e ainda bem que a tens.
Já agora, ninguém chamou “uma merda” ao Corão.
Pratica e defende a tua religião em paz, agora a partir do momento em que começas a justificar, defender ou legitimizar homicídios, a coisa muda de figura.
14 Janeiro, 2015 at 13:40
Estes “assuntos” resolvem-se sempre…com tolerancia…!!
É esse o segredo para um bom relacionamento…em quaisquer circunstancias…
SL
14 Janeiro, 2015 at 15:16
Sà, eu senti-me insultado e nao sou muçulmano. Nao aprecio o Charlie Hebdo em certos aspectos mas nao te posso deixar dizer que quem semeia vento tem que levar com um tiro na cabeça!! Nao te esqueças que os alvos foram muito bem escolhidos: jornalistas, judeus e policia!!A liberdade de expressão nao se combate com armas. Muitas associações combaterão o Charlie Hebdo…..nos tribunais!!! E ai que se tratam estes tipos de “represálias”. A lei da vida??? Tu ès muçulmano e eu convivo com a comunidade todos os dias e nunc
14 Janeiro, 2015 at 12:47
Mas os tipos satirizavam Cristãos, Judeus, Hindus e toda a parafernália religiosa e política (além de se assumirem claramente como um jornal satírico, não são como os jornais dos manhas onde só se bate no SCP).
Só o que faltava era não termos a liberdade de gozar e mesmo publicar merda sobre os ridículos extremistas islâmicos e a sua ideologia e projeto político totalitário e criminoso. Ou sobre qualquer outro grupo.
Era o fim das NOSSAS sociedades liberais, democráticas e defensoras dos direitos humanos que ao longo da história foram sendo construídas à custa de sangue, dor e suor dos nossos antepassados.
Daqui a bocado também não podíamos satirizar o Bush, o Obama, o Coelho, o Pinócrates, o Vieira, o putanheiro da Costa, o Manha ou mesmo nós próprios…
14 Janeiro, 2015 at 14:07
“Era o fim das NOSSAS sociedades liberais, democráticas e defensoras dos direitos humanos que ao longo da história foram sendo construídas à custa de sangue, dor e suor dos nossos antepassados.”
Concordo com esta frase se puseres aspas em “democráticas” e “defensoras dos direitos humanos”.
14 Janeiro, 2015 at 12:49
Péssima comparação, Sá! péssima e infeliz. Mas perdoo-te, desde que continues a servir o bacalhauzinho às sextas te escuses de falar de outros assuntos.
sorry…;(
14 Janeiro, 2015 at 13:01
De facto, é melhor o pessoal ater-se àquilo que nos une: O Sporting e o Sportinguismo…
…porque se nos pomos a debater política e religião, haverá dissensão pela certa, porque cada um tem os seus ideais.
Mesmo dentro do ‘sportinguismo’ não é fácil conviver, como se tem comprovado nos últimos tempos…
14 Janeiro, 2015 at 13:17
Até que enfim um comentário sobre o Charlie hebdo que concordo plenamente.
Este tipo de análise também é corajoso.
SL
14 Janeiro, 2015 at 13:41
1 – Sou Ateu
2 – percebo que quem é Muçulmano se sinta ofendido com a publicação
3 – Não aceito que isso seja justificação para matar seja quem for
14 Janeiro, 2015 at 14:18
Sá, o argumento do discriminatório não se aplica aqui, precisamente porque ia tudo a eito: católicos, muçulmanos, políticos, etc. Tudo a eito. Mas negar essa evidência, pegando pelo politicamente correcto e atacando a essência do que se passou, é para mim pegar no lado errado. A opinião mais sensata que ouvi até hoje, sobre o assunto, é a visão do Daniel Oliveira. Eu, como ele, sou uma pessoa de esquerda e acho que sou tolerante. Defendi e defenderei sempre um Estado Palestiano reconhecido como tal, pelos direitos que assistem a estes cidadãos. Isto e outras coisas. Choca-me a forma como a epidemia do ébola foi combatida única e exclusivamente quando passou para o mundo ocidental. Chocam-me invasões de países, seja por que fenómeno for, sob uma espécie de charia nova que é preciso instituir, etc. Dito isto, não podia estar mais em desacordo com o que dizes. O que se passou na redacção foi incrivelmente doloroso e um atentado a todos, independentemente do credo. Morreram judeus, morreram cristãos, morreram eventualmente agnósticos e morreram pais e mães de família. Nenhuma ofensa, por maior que seja, justifica semelhante ataque, principalmente quando o histórico do jornal é mesmo esse, levar tudo a eito.
E esta discussão é só passar ao lado do problema. Vou deixar algumas notas que ouvi e que para mim são mais sensatas.
O DO disse que este ataque pouco tinha que ver verdadeiramente com algum choque que as caricaturas pudessem ter provocado. Não foi um ataque emocional, do típico gajo que se sente ofendido na sua máxima religiosidade e que vai para lá para matar, fazer o maior número de vítimas possível, e perder também a vida, pelo profeta, no mesmo exacto momento. Este ataque foi muito bem montado, levado a cabo por autênticos militares, e com o objectivo de matar e fugir, sem perder a vida. Conseguiram fugir durante algum tempo, mas acabaram por ser apanhados, já longe.
Como é um ataque que tem pouco a ver verdadeiramente com o resultado do que poderia ser uma retaliação pura e dura perante aqueles que ofenderam Maomé, visa essencialmente duas coisas: a) provocar o maior alarido possível, tornar-se bastante mediático, para b) levar a uma onda generalizada de islamofobia na Europa, que serviria os interesses destas organizações profundamente militarizadas. Num contexto de islamofobia, conseguem trazer mais facilmente mais combatentes para a causa. Enriquecem as fileiras e sustentam um clima de profundo ódio religioso e racial, levando à instabilidade na Europa. E aqui elogiou muito o papel dos cidadãos franceses, porque diz que, no geral, passam a imagem de que isto não é o Islão e isto não são os muçulmanos, que estão profundamente integrados nas sociedades europeias, ainda que com alguns focos de instabilidade (que se reproduzem depois no crescimento de algumas forças de extrema direita, como a frente nacional)e como franjas que sofrem mais facilmente o problema da austeridade, como qualquer outra comunidade imigrante sofre. Para mim esta é a lógica das coisas. Se a Europa não se deixar levar pelos dois lados, o lado que ataque, e o lado que quer retaliar numa lógica de ostracização, então estaremos mais ou menos seguros. Os ataques vão acontecer, como acontecem hoje nos atropelamentos indiscrimados por essa Europa, que os media não estão a referenciar, mas a coisa suporta-se mais ou menos bem. É preciso garantir que nenhuma liberdade de expressão sucumba ao medo, e para que isso aconteça, cristãos, budistas, muçulmanos, hindus, o que for, têm de perceber que matar não é o caminho. E se alguém se sente ofendido, que faça o mesmo, numa qualquer publicação. Para mim a edição de hoje do Charlie Hebdo é tudo aquilo que o jornal significava. Sem mensagens subliminares, sem nada. É de uma certa forma a certeza de que a intolerância religiosa, venha ela dos ortodoxos nos colonatos judeus, dos mormons de Salt Lake City, dos cristãos de santa comba, dos padres abusadores de crianças, ou dos budistas que atacam muçulmanos na Birmânia, hão-de perder sempre. A morte é subjectiva, claro que sim, e falar em vitória num momento em que morreram 17 pessoas, sendo que o grosso até sucumbe às mãos de concidadãos, como é o caso do boko haram na Nigéria, parece descabido. Contudo, a vitória é mesmo essa, juntar tudo em milhões de manifestantes numa rua impossível de instrumentalizar, com gajos do Mali, gajos de França, gajos de Portugal, a dizerem basicamente o que a redacção do jornal tem desejado passar sob a forma de sátira, tenham ou não razão. Divisões baseadas em visões de figuras abstractas, com a interpretação que cada grupo quiser dar do livro e dos livros sagrados, são irão levar a mais mortes, seja de que lado for. E não me venham com o discurso das manifestações que não ocorrem pelo fim da guerra civil na Síria, ou outras coisas que tais, porque nada disto é mutuamente exclusivo. Está tudo ligado e são publicações como o Charlie Hebdo que põem tudo a nu.
E não. Aquilo que o Charlie Hebdo faz, com as devidas diferenças de escala, não é o que a imprensa desportiva faz ao Sporting. A imprensa desportiva isola o Sporting, mentindo e omitindo o que se passa noutras esferas. Isso é discriminatório. Já o Charlie Hebdo leva tudo a eito. Padres pedófilos, muçulmanos que radicalizam e enviesam o livro sagrado, políticos de esquerda, políticos de direita. Vai tudo a eito. Não é a mesma coisa. Se alguns conteúdos te chocam? Eventualmente. Mas e então?
14 Janeiro, 2015 at 14:29
E claro: morreram muçulmanos também. A imagem mais bonita e única que consigo tirar de tudo isto, é a do trabalhador muçulmano de um supermercado judeu, que abre a arca frigorífica e esconde as pessoas que conseguir, sem que tenha o descaramento de perguntar se vem do Bangladesh, do Líbano ou de Israel. Para mim é o sinal de que as coisas hão-de melhorar.
E sim, estive e estarei sempre nas manifestações pelo fim das incursões militares na Palestina. Estive e estarei sempre nas marchas pelo fim das touradas. Estive e estarei sempre pelo direito ao corpo e à liberdade de escolha das mulheres. E também teria estado em Paris. As coisas não são mutuamente exclusivas. E o Charlie Hebdo, fustigado à lei da bala, não matou absolutamente ninguém, assim como os muçulmanos perseguidos no sudeste asiático não matam absolutamente ninguém. Religião e respectivas interpretações do sagrado? Estou fora, porra.
14 Janeiro, 2015 at 15:29
Diogo,
Estamos de acordo em tudo. Só um aparte: Quem acha que por criticar a linha editorial da Charlie Hebdo estou a legitimar o terrorismo, só posso dizer que é precisamente esse tipo de pensamento que norteia a mente dos terroristas.
Tudo tem de ser separado. O pior que podemos fazer é estabelecer ligações para actos independentes. Quem comete terrorismo não precisa de motivações. Aliás, as motivações são o que menos interessa tendo em conta o acto em si. Quem publica aquela capa, sabe que não está a fazer amigos no mundo inslâmico. Ambos os actos foram feitos em consciência, sabendo das consequências possíveis que daí poderiam advir.
Eu condeno os dois actos. Um, por razões óbvias e o outro porque em nada contribuiu para a paz. E entre liberdade (ou neste caso, libertinagem) de expressão e paz, vou sempre pela segunda. Se para termos paz o Mundo, tivessemos que abdicar todos de um pouco da nossa liberdade, eu abdicaria da minha. Ou pelo menos abdicaria “aquela” liberdade de expressão que me impele a ridicularizar quem é diferente de mim, de forma completamente gratuita.
14 Janeiro, 2015 at 16:33
Temos de saber separar a religião/fé ,por assim dizer, da utilização que é dada uma dada crença e tenho muita pena Sá mas os estados islâmicos declarados ou encapotados são uma tristeza, mais são um atentado aos direitos de todo o ser humano, os “ensinamentos” dos mhullas ( espero estar a escrever bem) actualmente pregam tudo menos o respeito pela diferença ou crença dos não muçulmanos e têm inclusive uma estratégia para locais em que são a maioria e locais aonde não o são existem exemplos sem fim das Filipinas até ao Paquistão….
A minha pergunta é esta gostarias como muçulmano a viver em Portugal de ter os mesmos direitos que tem um cristão a viver na arábia saudita?
O principio pelo qual eu defendo intransigentemente o teu direito a seres muçulmano e a poderes praticar livremente a tu fé num pais católico/cristão é o mesmo que me leva a defender que o “charlie” possa publicar coisas provocadoras ou parvas e meu caro Sá não há como separar estas duas situações.
Porque senão vamos colocarmos-nos na posição de Deus ou Allah se preferires e se ha algo de comum nas duas fés é o ensinamento que nos diz “há só um Deus e nada está acima dele” reconheces a frase com certeza…..
Um abraço e SL
14 Janeiro, 2015 at 16:56
Não me ofendes porque existem muitas religiões islâmicas. Apesar das bases serem as mesmas, aquilo que vês nos estados islâmicos não tem nada a ver com outras religiões islâmicas que proliferam por esse mundo fora. Teria todo o gosto em explicar-te isto. Colocar todos no mesmo saco é precisamente aquilo que a CH fez e que eu critico.
O meu direito de ser muçulmano e praticar a minha religião é igual ao direito da CH atacar essa mesma religião? Mas eu incomodo alguém? Interfiro, de alguma forma, na vida de qualquer outra pessoa? Ok. Estamos conversados, em termos de direitos. Então é isto. Temos todos o direito de fazer tudo o que quisermos e todos os direitos são iguais. Se calhar, aqueles animais também acham que têm o direito de fazer o que fizeram. Vês o ridículo disto? A palavra é tolerância e respeito, não é direito. Se todos invocarmos os nossos direitos, há-de chegar o dia em que alguém diz que o teu direito interfere no dele. Assim, ninguém se entende. Muitos direitos, muitos a quererem exercê-lo e alguns a sentirem-se atingidos. E se falássemos em tolerância e respeito? Tu fazes o que te der na gana…desde que isso não incomode ninguém.
14 Janeiro, 2015 at 17:19
Isto.
14 Janeiro, 2015 at 21:24
a) Pois e quem é que decide o que incomoda o quê ou quem? Tu? Eu? A maioria? A minoria?
b) em parte nenhuma do meu post eu escrevi algo que te pudesse ofender (mas isso é o meu entendimento claro) parece que tu achas que de alguma forma te tentei ofender?!? (o que nos leva de volta a quem decide o que incomoda?)
c) eu mencionei claramente que existem (pelo menos) 2 estratégias diferentes, portanto, implicitamente, acredito que existam 2 ou mais interpretações do Corão como da Biblia etc e tal, mas e este é um grande mas, nos estados islamicos não se prega a tolerancia…
Por ultimo não me respondeste nem á minha pergunta (se querias ter os mesmo direitos que um cristão tem na arábia saudita) nem á minha constatação (quem é que faz o papel de Deus para decidir o que é aceitavel ou não) será o bom senso? a lei? o senso comum (lido como o senso da maioria) é que misturares o direito á tolerancia religiosa, á liberdade de imprensa ou de opinião com o “direito” de matares uma dúzia de pessoas é brincar com as palavras, (e por exemplo na minha opinião, de mau gosto) porque assassinar pessoas não é um “direito” de homem ou grupo nenhum…
Os direitos que nos são concedidos a todos na nossa sociedade ocidental (ou outra) vêm com um conjunto de obrigações uma delas é o respeito pelos outros e não podes por no mesmo plano uma sátira de mau gosto com assassinio em massa, nem como “desculpabilização” do acto, nem como relação de causa-efeito, são dois campeonatos diferentes.
Todos os crentes (de qualquer religião) sabem que os direitos são acompanhados de obrigações/deveres e essa relação direito-obrigação é o que falta na tua argumentação, porque os muçulmanos (que eu respeito) tal como os cristãos, hindús, xintoístas não têm só direitos, têm obrigações também, uma é a tolerancia, nós não queremos nem precisamos de cruzados, inquisidores, axixin’s ou homens bomba e quem não concorda e quer viver de uma outra maneira mais radical pois “a porta da rua é serventia da casa”, se a esmagadora maioria de uma sociedade não quer radicalismos é por aí que se tem de ir…
SL
PS eu sei porque tu o disseste que não concordavas com a chacina, não concordo é com a tua “justificação” de que eles estavam a pedi-las…
14 Janeiro, 2015 at 15:43
O mundo só mudará para melhor quando, mais do que falar em “liberdade de expressão” ,se falar em Tolerância !
Tolerância é o contrário de extremista.
Enquanto nao fizermos todos o esforço para ser tolerante, o mundo será mais triste.
14 Janeiro, 2015 at 12:02
Je suis Leão de Plástico!!
Ou será Grande, Grande LdP!!
Desde 28-12-2014 sem acesso à bosta da imprensa desportiva escrita deste país e sinto-me tão bem… Podem-me dizer que acordei tarde, aceito, mas acordei…
SL
14 Janeiro, 2015 at 12:10
O principal neste texto, bem escrito e mordaz como usam ser os do Javardeiro (mais uma vez como é bom conhecer quem escreve) é o ultimo parágrafo.
14 Janeiro, 2015 at 12:14
O que mais gosto no javardeiro é a sua “assinatura”.
E o que é isso da assinatura? O Cherba traz o tupperware para a mesa onde sempre me sento. Não me diz quem confeccionou o petisco. Eu cheiro e sei logo de quem é.
Sim bastam ler duas linha de qualquer texto do LdP e é como o algodão.
Isto é raro e nem todos o conseguem (eu não consigo). Há outros “chefs” que também o fazem, mas nenhum como o javardeiro que, ainda por cima, é sempre certeiro.
Há tasqueiros que também o conseguem, mas não vou dizer quais 😉
Quanto à temática de hoje, mais uma vez na mouche.
14 Janeiro, 2015 at 12:15
Muito bom.
Uma sociedade como a Portuguesa nunca poderia ter um futebol diferente.
14 Janeiro, 2015 at 12:19
É nisto que a Tasca é enorme.
Vai além da bola a rolar e para nós neste espaço, não é só uma questão de “metê-la lá dentro”.
Muito haveria para dizer e contradizer.
Eu não sou Charlie, acho que ultrapassam alguns limites, mas quem sou eu para ter a certeza desses mesmo limites?
Apesar de não ser Charlie, nada justifica os actos.
A semente deste radicalismo cresceu em zonas onde os jovens sem futuro são infectados por psicopatas disfarçados de religiosos que os colocam numa guerra dominada pela ignorância.
E não podemos nem devemos generalizar.
14 Janeiro, 2015 at 12:33
Concordo completamente com o texto e penso da mesma forma. Tudo isto que se passou em França foi um festim para a classe politica, nunca mais se ouviu falar de quem morreu mas sim de quem se diz matou, muita coisa está mal contada mas mais uma vez como se passou no nosso clube recentemente esta a acontecer o mesmo com este caso.
Comemos , cala-mos e ainda consentimos, preparem-se mais restrições á nossa Liberdade virão ai.
Tenho um amigo que trabalha num pasquim generalizado e a 1º coisa que lhe disseram foi ” qualquer assunto sobre os fruteiros terá sempre que passar pela direção assim como de certas empresas nacionais” Empresas essas que têm interesses economicos no jornal ou que os financiam atraves da publicidade, logo aqui se ve a liberdade de imprensa.
Vão mas é todos esses especuladores mamar na quinta pata do cavalo e deixem o grande SPORTING em paz.
S.L.