Quem tem filhos sabe que educar é uma tarefa que, embora possa parecer fácil tem as suas delicadezas. Há que ensinar e dar o exemplo! Transmitir bons valores para tentar criar um bom ser humano.
Ora, no almoço de Natal da Tasca, em conversa com o Jorge Lagarto (que levou consigo o filho) comentei o óbvio e evidente Sportinguismo do pequeno Guilherme. Continuei dizendo que tinha um filho (hoje com 17 meses) e que esperava um dia que ele partilhasse a minha paixão pelo Sporting e me acompanhasse para eventos relacionados com o meu clube, o nosso clube (como aquele monumental almoço em que se respirou companheirismo e Sportinguismo).
Venho de uma família maioritariamente Sportinguista mas do lado da esposa é tudo lampião. Confesso que seria um desgosto que o meu pequenote não fosse do Sporting. Na verdade, seria uma desilusão que se tornasse benfiquista. Sim, tornasse…acredito que se fui eu que lhe escolhi o sexo (pois somos nós, homens, que tratamos de ‘decidir’ se é menino ou menina), também poderei ter transmitido o gene Sportinguista (não que ambos estejam directamente relacionados). Adiante.
Disse-me o Jorge: E já o fizeste sócio do Sporting?
Eu respondi: Não. (Explicando a dicotomia resultante das escolhas clubísticas da família e dizendo que esperava que ele um dia fizesse a sua própria escolha)
É então que o Jorge me diz qualquer coisa do género: Mas isso não é assim! Ser do Sporting é uma obrigatoriedade! Faz parte da boa educação transmitir bons valores e ser do Sporting representa isso mesmo! (Ok, o Jorge não foi tão poético, mas foi isto que eu entendi).
Foi então que decidi que o Joaquim não vai escolher o clube. O Joaquim vai aprender a ser do Sporting, porque ser do Sporting é muito melhor do que ser de outro clube qualquer. Porque ser do Sporting não é ser de um clube qualquer! Tenho tentado que ele perceba do que o pai gosta e começo a ver o trabalho dar frutos. Assim sendo, caro Jorge Lagarto e caros amigos e amigas Tasqueiras, aqui vai a prova de que o puto está bem encaminhado. Por cá, vou continuar a educá-lo e não me vou esquecer de lhe explicar o que é o Sporting. Quando o perceber, saberá que fez a melhor escolha!
TEXTO ESCRITO POR grandeartistaegoleador
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
14 Janeiro, 2015 at 18:58
Este é sem duvida o post mail fixe que ja aqui vi!
Tb sou da equipa dos que acham que passar Sportinguismo é passar valores!
Mas os meus são apaixonados pelo hockey no gelo, não têm muita paciencia para futebol.
Mas la vão gritando Spooooorting quando marcamos golo, e eu e o meu irmão deitamos a casa a baixo aos berros!
Mas lampioes é que nepia, o gajo do transporte escolar é lampiao e tentou dizer ao miudo que o benfas era fixe, quando chegou a minha casa disse-me logo “nunca mais falo de futebol com este puto”, o Alex veio o caminho todo a berrar Spoooooooooorting e ja estavam todos com dor de cabeça dentro da carrinha……hehehehe….leveio logo o puto ao Macdonald’s como premio de bom comportamento!
14 Janeiro, 2015 at 21:39
Obrigado Lyondream! Com tanta gente a escrever por aqui e bem melhor que eu, sinto-me lisonjeado com este destaque.
É apenas a minha história com o meu puto que se começa a escrever!
Espero vir a ter muitas mais e melhores que, com certeza, partilharei nesta Tasca como se de vitórias se tratassem.
O seu miúdo é que sabe! Quem mandou o lampião meter-se com um leão de garras afiadas?!
14 Janeiro, 2015 at 23:04
Tenho que ver se faço uns videos com o meu garoto para partilhar aqui!
Ele já canta sem desafinar duas músicas:
“Onde tú fores jogar” e o “Sporting, tú nunca vais acabar”
é um espectáculo quando ele desata a cantar isto…e já me fez isso num restaurante assim sem mais nem menos a gritar bem alto 😀
até fiquei com vergonha! hahaha
15 Janeiro, 2015 at 12:13
Vergonha?! Isso é motivo de orgulho!! 😀
15 Janeiro, 2015 at 1:44
Permitam-me que conte aqui uma história, baseada em factos reais, ou será mesmo real?
Numa família de benfiquistas, família grande por sinal, composta por um pai, sua mulher e seis filhos, três homens e três mulheres, onde a questão de pertencer a outro clube não era sequer admissível, entra um estranho que enamorado da filha mais velha, quase é escorraçado, quando se sabe que o estrangeiro não milita na vermelha santidade e horror dos horrores afirma-se como Sportinguista.
Apesar de tudo é aceite e com o casamento, a entrada oficial do “inimigo” na família que de oito benfiquistas passa a somar um elemento estranho, alvo de críticas e observações mais ou menos veladas em todas as refeições de fim-de-semana, coisa que um clã tradicional sempre se orgulha e bem de continuar a manter, começa a surgir um fenómeno algo inesperado.
A filha mais velha e recente noiva do nosso sportinguista, que aparentemente não ligava nada a futebol, começa a interessar-se, talvez influenciada pelo verde marido, sócio e adepto ferrenho do grande clube, por este belo desporto e pasmem-se assume alguma simpatia pelo Sporting, que rapidamente passa a militância, “exigindo” ser sócia do SCP.
Esta heresia trouxe grandes discussões à mesa, desde acusações de traição clubística à filha a aliciamento e proselitismo para outra fé ao genro, tudo serviu para tentar desmotivar esta “viragem”, que os vermelhos é que eram os maiores, a sua catedral era a mais alta, os reis do futebol viviam ali e até o papa do futebol embora azul, rezava aos deuses vermelhos.
Surge uma nova realidade familiar, de oito benfiquistas passaram a ser sete e surgem dois Sportinguistas. Esta maioria avassaladora, que demonstraria segundo eles a grandiosidade da agremiação carnidense, voltou a ser atenuada com o nascimento e crescimento de três filhos do jovem casal leonino, que para gaudio dos seus progenitores se revelaram precocemente adeptos do Leão. Concretizando, sete vermelhos, cinco verdes.
Poderíamos aqui terminar a nossa história com um “e viveram felizes para sempre”, mas a roda do tempo que não para e dá voltas numa constante dialética, transforma o que parecia uma verdade insofismável em algo diferente. As pessoas juntam-se ou casam, têm filhos, separam-se, infelizmente também morrem e o clã inicial transformou-se hoje após a ausência do grande patriarca numa grande família com uma Mãe , seis Filhos , três Noras, dois Genros, Onze Netos e dois Bisnetos.
Agora pasmem, tendo em conta que entraram mais Sportinguistas para a família e na terceira e quarta geração estes estão bem representados, o panorama modificou-se radicalmente, existindo num total de vinte cinco membros, Treze Sportinguistas, ou seja uma nova maioria e parece-me que não vai parar por aí.
Conclusão, o Sporting Clube de Portugal está vivo e ao contrário do muito que por aí se especula as diferenças entre adeptos dos dois grandes clubes não é assim tão grande, a julgar por esta família. Digo ainda que pela parte que me cabe entre mim, a minha mulher, três filhos uma nora (embora estrangeira é simpatizante do leão) e um futuro genro, fazemos o pleno ou seja todos Sportinguistas.
15 Janeiro, 2015 at 10:02
História bem interessante Leorodri!
“que os vermelhos é que eram os maiores, a sua catedral era a mais alta, os reis do futebol viviam ali e até o papa do futebol embora azul, rezava aos deuses vermelhos”…Esta sua descrição do que são os vermelhos e da pressão que usam sobre todos aqueles que são diferentes deles é tão real e verdadeira. Parabéns.
15 Janeiro, 2015 at 11:49
Grande história leorodri! Adorei.
Moral da história…se queremos fazer vingar as nossas convicções, temos que ser pressistentes e nunca desistir!
Com o tempo, um cenário vermelho pode ser transformado num paraíso verde e branco.
Sem me querer repetir no que já disse por ai…
Tudo farei para que a minha casa seja 100% sportinguista.
Por enquanto, a coisa vai bem: mulher, 2 filhos e ate o gato é Leão.
Há que continuar assim.
15 Janeiro, 2015 at 12:17
Leorodri, espectacular testemunho.
Eu ainda tenho esperanças de ‘abrir os olhos’ à esposa!
15 Janeiro, 2015 at 12:09
Isto funciona assim:
Qualquer criança, quando fizer 18 anos, tem a liberdade de escolher… o número a estampar na camisola.
A camisola essa, é sempre verde e branca!
15 Janeiro, 2015 at 12:18
Tomara que assim seja, Jusko 😉
15 Janeiro, 2015 at 19:07
O Pequeno Grande Guilherme já é um Artista como o pai. Será Sportinguista com certeza, só pode…
SL