«Inaugurado em meados de 2013 numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares e do presidente da Câmara de Lisboa, que se referiu a ele como “um equipamento cultural de referência da cidade”, o Museu Benfica Cosme Damião está em situação ilegal. O mesmo acontece com vários outros equipamentos existentes no complexo do Estádio da Luz, incluindo espaços comerciais, piscinas e um pavilhão.
Em causa está o facto de essas construções não cumprirem com aquilo que estava estabelecido no alvará de loteamento que foi emitido pela câmara em 2004. A “alteração da licença de operação de loteamento” que vai permitir a regularização desta situação só foi aprovada em reunião camarária esta quarta-feira, com a oposição do PCP e os votos favoráveis dos restantes eleitos.
De acordo com informações constantes deste processo, estão em situação irregular dois espaços comerciais, um equipamento desportivo, um balneário e duas bilheteiras, bem como o edifício, com uma superfície de pavimento superior a 18 mil m2, que alberga o museu, as piscinas e um pavilhão. O Estádio da Luz é a excepção, sendo a única construção que se encontra licenciada.
O museu, que foi distinguido com o Prémio Museu Português 2014, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia, abriu as portas em Julho de 2013. Na altura, segundo se diz numa notícia publicada no site da autarquia, António Costa agradeceu ao Sport Lisboa e Benfica aquilo que considerou ser “uma dádiva à cidade” e realçou “o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal no âmbito dos Planos Directores Municipais e nos Planos de Pormenor, para ‘permitir que este museu aqui esteja’”.
Certo é que só em Abril de 2014 é que a Benfica Estádio, a proprietária do lote em questão, submeteu ao município o “pedido de alteração da licença da operação de loteamento”. Com ele, além da regularização das construções já mencionadas, aquela entidade pretendia obter luz verde do município para fazer um dos edifícios existentes crescer dois pisos e acrescentar um piso a um balneário. Tudo somado está em causa um aumento da superfície de pavimento de mais de 38 mil m2.
“Como é que é possível que se tenha construído aqueles edifícios sem qualquer licenciamento e que a câmara o tenha permitido”, pergunta o vereador Carlos Moura, sublinhando que as obras não foram feitas “secretamente”. “Anos depois apresenta-se uma proposta de resolução, que além disso permite aumentar a construção”, condena o autarca comunista, lembrando que esta questão atravessou “várias gestões camarárias”.
E as críticas não ficam por aqui, já que a proposta aprovada esta quarta-feira prevê também “a submissão à Assembleia Municipal de Lisboa da aceitação da isenção do pagamento da taxa TRIU [Taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas] e da compensação urbanística (…) respeitante unicamente ao uso de equipamento e serviços complementares à actividade desportiva, que corresponde a 95% da superfície de pavimento”. A oposição a esta proposta, que segundo disseram ao PÚBLICO vários eleitos envolve um montante de cerca de 1,8 milhões de euros, foi alargada: PSD, PCP, CDS e a vereadora Paula Marques (dos Cidadãos por Lisboa) votaram contra, e o vereador João Afonso (do mesmo movimento) absteve-se.
“É completamente inaceitável”, diz Carlos Moura. “Os portugueses, os lisboetas não conseguem já aceitar este tipo de tratamento diferenciado”, afirma por sua vez o vereador social-democrata António Prôa, que não hesita em falar num “tratamento de favor” ao Sport Lisboa e Benfica. Também o vereador centrista João Gonçalves Pereira se mostra contra uma isenção de taxas a esse clube, sublinhando que teria a mesma posição para qualquer outro.
Já Paula Marques explica que votou contra por entender que “não é correcto” isentar do pagamento de taxas um clube de futebol, entidade que, frisou, “não é uma associação sem fins lucrativos”. Especialmente, acrescentou, “na situação em que estamos a viver, na situação que o país está a atravessar”. Tanto a vereadora dos Cidadãos por Lisboa, eleita na lista do PS, como António Prôa e João Gonçalves Pereira frisam que a sua posição poderia ter sido outra se a isenção se aplicasse exclusivamente a equipamentos para a prática desportiva.»
quem quiser ler a versão DN, pode clicar aqui.
12 Fevereiro, 2015 at 22:54
Quando forem votar nas legislativas lembrem-se bem disto, e façam um manguito ao Dr. Antônio Costa, lampião do Caralho.
13 Fevereiro, 2015 at 16:13
Sancidino Silva, 20 anos, foi considerado esta sexta-feira inocente por um júri do tribunal de Liverpool, anunciou o futebolista na sua conta da rede social Instagram. O ex-avançado das camadas de formação do Benfica e da Seleção Nacional estava acusado de em junho do ano passado ter violado uma mulher inglesa, de 24 anos, que dormia após uma noite de álcool e cocaína. Para a decisão contribuíram as contradições do depoimento da mulher, que lhe retiraram credibilidade. A uma amiga confirmou ter tido sexo com um companheiro de apartamento de Sancidino, o que este confirmou em tribunal. A alegada vítima negou-o nos depoimentos. Sancidino Silva terá entrado no quarto, a convite do amigo, cinco minutos após esse casal ter tido sexo. E, ele próprio, teve sexo com a mulher. Esta afirmou à polícia e em tribunal que estava a dormir e foi violada, acordando com Sancidino em cima dela a penetrá-la. O futebolista – que está sem clube há oito meses – sempre afirmou que a jovem estava acordada e consentiu à relação sexual. Sancidino, que saiu do Benfica no final da época 2013/2014 por desacordo na renovação, encontrava-se em Liverpool à procura de clube. Estava a fazer testes com o Celtic de Glasgow.
13 Fevereiro, 2015 at 20:36
Não sou de defender lãzudos… mas verdade seja dita, as bifas são fodidas para arranjar merda!
13 Fevereiro, 2015 at 20:34
Sporting tem de esperar anos e anos e anos para poder ver coisas a andar…
Estes cabrões tem o sinal do semáforo… pasme-se… verde!