Patrício, Cedric, Esgaio, Tobias, Nuno Reis, William, Wallyson, Adrien, João Mário, Mané, Iury Medeiros e Daniel Podence. 12 jogadores. Diferentes níveis de afirmação.
Patrício, Adrien e William, três jogadores de Selecção A com titularidade no clube assegurada, fiáveis (por favor não vão na conversa da errática forma de Adrien…é pura idiotice) e com muito valor de mercado.
Cedric, João Mário e Mané. 3 excelentes jogadores com muita margem de progressão que de época para época dão saltos qualitativos enormes. Todos eles com a promessa de serem convocados para a Selecção, dependente da sua forma e mais ou menos aposta na geriatria desportiva portuguesa.
Tobias e Wallyson. Recheados de talento. Seguramente jogadores a fazerem parte do plantel da próxima temporada e em qualquer dos casos uma excelente aposta de crescimento. Não enganam ninguém e prometem ser solução a curtíssimo prazo.
Esgaio, Medeiros e Podence. Ainda com pouca experiência e pouco contacto com o futebol da alta roda…qualidade há, e muita, mas todos eles a precisar de “espaço” para jogar, errar e conquistar aqueles momentos que não tiram jogadores do onze.
E depois há…Nuno Reis. Um excelente jogador, que prometeu ser dos melhores centrais que alguma vez “fizemos”, mas que as entradas e saídas, as apostas e as meias-apostas, fizeram perder o timing de afirmação.
Cinco lotes de jogadores que me dão um orgulho estratosférico de estarem de leão ao peito e terem todas as possibilidades de alguém com olhos na cara defender a sua manutenção e valorização na próxima época. Todos e qualquer um deles acrescenta algo a qualquer equipa e temos de parar com o sindroma das salvações sul-americanas ou dos diamantes de leste. Os craques já cá moram e estão na prateleira à espera de serem os “meninos” de um Busby desta vida. Basta um treinador, apenas um treinador inteligente, corajoso e sensato…que coloque acima da sua resultância, o futuro do Sporting…e sim pode ser Marco Silva…e não haverá quem descubra petróleo debaixo das pedras da calçada.
O futebol é momento. Timing. Ondas, maré e rebentação. Um jogador pode enterrar uma equipa, uma equipa pode revelar um jogador. Há colectivos e individualidades, tácticas e técnicas…mas as palmas do público, o apoio do treinador, a confiança de uma direcção ainda são tudo o que pode “descobrir” uma promessa. Não é por mero acaso que tantos jovens se afirmam no Sporting. Não. Não é porque não temos dinheiro para os outros…lembro-me de Cristiano (o brasileiro), de Ângulo, de Farnerud e outros flops que provam que mesmo quando os euros não abundam é sempre possível ignorar a formação. O Sporting forma, lança e afirma tantos jovens “canteranos” porque acredita neles e, já agora, porque são bons. Em contra-peso, existem muitos interessados em que os Sportinguistas não acreditem que temos óptimos jogadores jovens na nossa folha de pagamentos, capazes de ser excelentes soluções a um preço muito recomendável.
Acredito profundamente que a grande crise da Academia, é de confiança. Ouvir e ler 2345 vezes por ano, a todo o tipo de bandalho, que a nossa formação está em crise. Que este ou aquele jogador não está preparado, que esta ou aquela equipa não está ao nível dos pergaminhos do clube…tem o seu preço. Sei que esta direcção tem-se batido, como pode, por manter o universo leonino imune a estas intoxicações convenientes, mas por mais remédios e terapias que se apliquem, as pessoas acreditam no que querem…e há muitos sportinguistas, que infelizmente guardam muito melhor na memoria os falhanços do que os sucessos, e sendo assim, é difícil de dar o segundo e terceiro passo, quando ninguém tem a certeza se o primeiro foi bem dado.
Apesar de Gauld, Carrillo, Rubio, Oliveira ou outros estarem a reunir os consensos…é preciso não esquecer estes 12 atletas e preparar o seu caminho de forma sustentada. No caso de Patrício, Adrien e William, essa via, gostaria eu, seria a conquista de troféus e a consagração como símbolos (não como os de pés de barro de Liedson ou Moutinho) verdadeiros da identidade do clube. Nos restantes, a opção terá de ser sempre a primazia do que já existe em stock, em vez das permanentes loucuras dos “saldos” dos outros.
Alguns de vocês estarão a pensar “mas ainda há o Gelson, o Matheus, o novo “Pogba”, o Geraldes, o…” e eu digo-vos que se valorizar os putos é bom, glorificá-los antes de tempo é péssimo. Antes do Boubacar Djaló, há o William, depois há o Zezinho e ainda pelo meio um surpreendente Palhinha…o Pogba tem de comer ainda muita papa no nosso afecto e depósito de esperança e convém que não “saltemos” fornadas há procura de wonderkids, pois isso pressiona as jovens mentalidades dos nossos atletas e dá combustível à imprensa para por na “montra” os projectos em curso como prontos, quando estão bem longe de o ser.
A inarrável “corrida” de Zé Turbo para o Inter é um exemplo de como se confunde muitas vezes uma longa maratona de ascensão ao futebol de primeira linha com um sprint para as medianas ou medíocres escolas de reservas de muitos dos grandes emblemas europeus. Deixar uma das melhores faculdades, para ingressar num estágio (bem) remunerado a marcar passo é uma decisão que me custa a entender. Ou não, a nova escravatura em que o futebol mergulhou em que milhares e milhões de euros justificam qualquer pessoa fazer o que for preciso trouxe novos paradigmas em que a ética, a palavra, a lei ou a dignidade são compradas com a promessa de muitos maços de notas. No passado, como agora, a ignorância de uns é o lucro de outros. A inocência de muitos é a sabujice de uns poucos que reformaram as correntes, algemas e chicote por Jaguares, canetas de ouro e livro de cheques.
O desafio não é salvar a Academia para que vença as competições de Infantis, Juvenis ou Juniores. Não é para que brilhe na II Liga à frente das outras B´s. Salvar a Academia é formar cada vez menos atletas com Turbos ou outros distúrbios, criando atletas que não estejam “desertos” na ambição de rumar à Terra Prometida dos empresários, vendendo o seu talento inacabado prematuramente, deixando para trás o que tantas vezes prometia ser um oásis de vantagens para clube e jogador. Ao contrario do Seixal, Alcochete não é um viveiro para empresários e muito menos um armazém de lenha para troca chamado Olival, é a principal origem dos atletas da nossa equipa principal e da Selecção Nacional. Isso merece o nosso respeito, carinho e orgulho. Para os 12 atletas mencionados neste post, essa origem deve ser sempre um sinal de qualidade e uma garantia de competência e não o contrario.
E voltamos ao Nuno Reis. O perfeito exemplo de um jogador em quem nunca ninguém apostou apesar de todo um historial de formação exemplar, uma conduta imaculada e um Mundial de Sub-20 onde capitaneou (mesmo!) as nossas Quinas a uma brilhante final. Sarr foi muito menos que isso, mas…o futebol é o momento. Onda, marés e rebentação. Há quem nade e há quem navegue.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
18 Março, 2015 at 17:01
Desde que Rubio começou a jogar (no dia 25 de janeiro contra o farense – vitória por 5 a 3), só não marcou em 4 jogos e o Sporting em 12 jogos teve 8 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota! é obra!!
18 Março, 2015 at 17:06
É a principal razão da grande mudança …
18 Março, 2015 at 17:01
Grande vitória dos B’s… Estamos a 3 pts do primeiro, quem diria?
Tks Converge pelo relato 🙂
18 Março, 2015 at 17:05
Esta equipa B se não me engano já andou pelo 12º lugar. E antes desta jornada estávamos empatados com o Carnide B (que não sei o que fez).
Bem pelo menos um dos argumentos que havia contr BdC de que não havia qualidade na B cai por terra… Tinha jogadores a mais e alguns jogadores de menos (Cissé). Rubio foi uma grande mais-valia. Pena não poder ser experimentado na A para já…
18 Março, 2015 at 17:09
houve aí noticias a circular a dizer que ele estava à venda porque ganha muito. espero bem que isso nao aconteça, pelo menos antes de o chamar à equipa A. Rubio justifica fazer, pelo menos, a próxima pré epoca com a principal equipa.pelo menos!
18 Março, 2015 at 17:10
O problema com os comentadores em Portugal!
Não sei porque crl hoje em dia é preciso torcerem um tomate para dizer mal de um treinador tuga (já com o Patego a critica foi bem mais fácil)! Então o problema é sempre a qualidade da equipa e a estrutura! Nem vou pegar no caso do Sporting B…Académica, Setúbal e Estoril! Planteis razoáveis miseravelmente mal aproveitados pelos fracos treinadores respectivos…no entanto o comentário foi sempre “Com isto é difícil fazer melhor e tal…”! Vêem novos treinadores e MILAGRE!!! Começam a jogar melhor…mas aí é milagre do novo porque o antigo era bom e o plantel é o mesmo…por isso a explicação só pode mesmo ser milagre…
O Abel e o Barão pura e simplesmente não tinham unhas para o plantel do Sporting B! Ponto final!
18 Março, 2015 at 17:03
Obrigado pelo relato!
Sei que não é o mais importante, mas dava-me um gozo enorme o Sporting B ser campeão da 2ªliga
18 Março, 2015 at 17:07
Gozo dava a todos 🙂
Mas esta equipa esteve muito lá em baixo … a certa altura teve oportunidade de ouro para se chegar à frente e perdeu injustamente com os lampioes … depois caímos.
Com Rubio … nem há palavras.
Mais do que o título, importante continuar nesta senda e dar aos jogadores os minutos que precisam.
18 Março, 2015 at 17:11
Hehehehehe a pessoa que estava a fazer a cobertura para o Rascord do jogo do SCP B deve confundir o Gelson pelo Matheus Pereira.
Isto a julgar pelos pastes do Converge. Pois na primeira parte, o Matheus Pereira obrigou o guardião Oliveirense a três defesas apertadas.
18 Março, 2015 at 17:13
Faz lá mas é o resumo do jogo
18 Março, 2015 at 17:14
Vou tentar…
18 Março, 2015 at 17:14
pois, DF, eu limitei-me a transcrever. não mates o mensageiro:):) ehehe
18 Março, 2015 at 17:15
Claro que não. Mas é para tu teres uma ideia dos profissionais que andam por aí à solta.
18 Março, 2015 at 17:16
entao pelos vistos o Matheus encheu o campo, não?
18 Março, 2015 at 18:50
Não encheu o campo, mas nota-se logo que estás na presença de um jogador com uma técnica superior. Na primeira parte o Matheus estava a atacar do meu lado. Estava a pouco mais de 3 metros de distância do relvado. Difícil confundi-lo com o Gelson (que tem qualquer coisa de Levezinho).
18 Março, 2015 at 18:58
Ainda não tem o ritmo de jogo adequado para disputar os 90 minutos de uma partida da segunda liga. Os jogos são muito físicos, o terreno de jogo na maior parte das vezes é fraco… há condicionantes. Mas o Matheus Pereira teve excelentes apontamentos.
18 Março, 2015 at 17:15
A brincar a brincar, o RUBIO já só está a 8 golos do Tozé Marreco do Tondela , que está em primeiro. com a “pequena” diferença do Marreco ter 30 jogos e o Rubio…ter 12! 😉
18 Março, 2015 at 17:16
O Rubio já tem tantos golos como o Sli e o Montero
18 Março, 2015 at 17:19
e só está a 5 de ser melhor do que os dois…juntos! 😉
18 Março, 2015 at 17:20
Se contabilizarmos todas as competições…ainda faltam 10 😉
18 Março, 2015 at 17:22
claro, mas não te esqueças que está cá desde janeiro…melhor é impossível!
18 Março, 2015 at 17:23
finais de janeiro, o primeiro jogo dele foi em 25 janeiro. para todos os efeitos está cá há mês e meio!!
18 Março, 2015 at 17:23
Sem dúvida. Não fossem questões extra-desportivas e, para mim, tinha de ser titular na A.
É o único em forma e de pé quente!
18 Março, 2015 at 17:21
Excelente artigo, de leitura obrigatória! Mas esclareçam-me só uma dúvida em relação ao último parágrafo… O Sarr não foi campeão do mundo sub-20 pela França?
18 Março, 2015 at 17:25
Escrevi isto ontem:
“Ando há uns dias para falar nisto.
Estamos com dificuldades na frente de ataque. Isso é inegável.
Slimani, nos últimos dez jogos em que foi utilizado apenas fez dois golos.
Montero não tem sido opção mas também não fez muito melhor quando o foi. Três golos nos últimos dez jogos.
Tanaka tem sido quase sempre uma opção de recurso aos dois anteriores mas tem números semelhantes a Montero e Slimani se considerarmos os últimos dez jogos em que teve minutos em quantidade aceitável (também três golos nos últimos dez jogos em que fez mais do que dez minutos).
Vou incluir nesta equação Diego Rubio. Bem sei que aufere um vencimento de cerca de 700 mil euros anuais, bem fora dos valores ideais e que, para agravar a situação, o vencimento dispara com a utilização na equipa principal. Como tal, neste momento, está fora de questão a utilização na equipa principal e, apesar de ser da minha vontade que renove contrato, assinando por valores mais modestos e adequados à nova realidade do clube não sei se isso virá a acontecer.
A verdade é que Diego Rubio, sem ter feito pré-temporada no clube (a temporada na Noruega terminou em Novembro) e sem qualquer tipo de rotinas com os companheiros de equipa, chegou, viu e marcou. Foram já nove golos em apenas onze jogos na equipa B e um na Taça da Liga (este, vindo do banco).
Isto quando, em termos comparativos com os colegas da equipa principal, acredito que tem até um melhor índice de eficácia (rácio oportunidades/golos).
Numa altura em que tudo aponta para que Slimani seja vendido no final da temporada (opção que me agrada pois, apesar de ser um jogador com algumas qualidades, não é um goleador e, ainda por cima, tem mercado) e se encontra num fraco momento de forma, acho que devíamos já tentar a renovação com Rubio (se for possível, claro) e intergrá-lo de imediato na equipa principal, aproveitando desde já o pé quente do chileno e preparando a temporada seguinte.
Admitindo Montero como um ’10’, partiríamos para 2015/2016 com uma frente de ataque composta por Rubio, Tanaka e uma contratação de valor e, de preferência, com experiência e provas dadas (bem sei que são características difíceis de contratar com o nosso parco orçamento).”
18 Março, 2015 at 17:29
Este teu post só está desactualizado numa coisa…
Já são 10 golos em 13 jogos 😀
18 Março, 2015 at 17:30
Nem mais 😉
18 Março, 2015 at 17:34
não tem absolutamente sentido nenhum não aproveitar o Rubio pelo menos para a próxima pré-época! se aproveitámos o Tobias (depois dum ano “sabático” no Reus) porque precisávamos dum Central, agora temos que aproveitar Rubio porque o nosso ataque está desfalcado. Apesar do que ele ganha.
18 Março, 2015 at 17:36
Caro LdP,
Bom post, sem dúvida. Gostaria de acrescentar ainda o seguinte:
Existem dois jogadores em quem acredito muito e que raramente são mencionados como futuras mais-valias, seja por esquecimento (longe da vista…), seja porque simplesmente não se acredita neles. Falo de Chaby e de Betinho.
Chaby é um médio ofensivo com inteligência muito acima da média. Não faz dribles de trocar olhos mas encontra linhas de passe que esventram as defesas. O treinador do União já não passa sem ele. E nós, na próxima época, também não devíamos passar.
O Betinho é um ponta de lança com um potencial tremendo. Quando olham para ele tiram-lhe logo a pinta, dizendo que dali não sairá nada porque não é um driblador, não é um pinheiro, não é um velocista… E se não satisfaz uma destas categorias, então não presta. Realmente o Betinho não é nada disto. É muito para além disto. É um jogador de processos simples e eficazes (recebe-passa; recebe-remata). E fá-lo muito bem. Exímio na desmarcação e nas tabelas com os colegas, frio e espontâneo na hora de rematar à baliza. Tudo feito com qualidade e critério. Aproveitando o que actualmente se tem visto de Rubio, relembro que enquanto coabitaram na B, Betinho foi sempre mais eficaz que o chileno. Fico sem perceber o porquê do não resgate em Janeiro último. Pelo que se percebe, o seu actual treinador também olha para ele e não vê pinheiro, nem malabarista, nem avestruz. Pois… mas o Betinho não é nada isso. É jogador de futebol.
18 Março, 2015 at 17:49
Meu caro, não discordo da análise, mas devo fazer um reparo.
Na época em que coabitaram na equipa B (2012/2013) foram estes os números:
Rubio 26 jogos 1999 minutos e 8 golos
Betinho 32 jogos 2222 minutos e 7 golos
18 Março, 2015 at 17:52
Caro GAG,
a memória por vezes atraiçoa-nos. Mas independentemente do nº de golos mostrar equilíbrio, parece-me que o Betinho se integrava melhor no jogo da equipa. Foi a ideia com que fiquei.
Obrigado pelos números! 😉
18 Março, 2015 at 17:56
E ambos foram utilizados (embora pouco) na equipa principal nessa mesma época.
Gosto de ambos (do Rubio e do Betinho).
Para mim, na próxima época, Rubio na A e Betinho titular indiscutível na B (já deu para perceber que, com ele, os empréstimos não funcionam).
18 Março, 2015 at 18:12
Sim, o Betinho foi utilizado pelo Sá Pinto naquelas alturas de desespero, a 10 minutos do fim, no tudo-ao-molho-e-fé-em-Deus.
Se se chamasse Betinhov, fosse contratado pelo Sporting e apresentasse isto
era tudo a babar-se.
18 Março, 2015 at 18:13
Não consegui colocar o vídeo. Fica o link. Vale a pena!
https://www.youtube.com/watch?v=5xDf-CeMjsY
18 Março, 2015 at 17:45
Não quero falar de coisas tristes, mas lembram-se de termos levado 5-0 do Atlético? (que agora está a lutar para não descer…) naquele fim-de-semana fatídico com o Guimarães em que levámos 3-0 (por acaso estava num restaurante do Porto – a Casa Antunes e o empregado, até simpático, mas tripeiro, estava todo contente com a nossa derrota). Que diferença!
Pelo menos há um problema que não vamos ter para resolver para o ano: o treinador da equipa B…
18 Março, 2015 at 17:46
Então cá vai:
Estive no Estádio Carlos Osório para assistir ao jogo da equipa B do SCP contra a UDO. Caíram umas gotas de chuva minutos antes do apito inicial do árbitro José Mota. Mau estado do relvado.
O SCP iniciou a partida com duas alterações relativamente ao jogo do passado Domingo contra o Académico de Viseu. Riquicho deu lugar ao Mica, sendo que o André Geraldes jogou no lado direito da defesa. O Palhinha jogou no lugar do Francisco Geraldes, de modo a conferir mais músculo ao meio-campo leonino. O Xico Geraldes é baixinho. Da TV parece maior 🙂
A primeira parte foi jogada a um ritmo relativamente baixo. As duas equipas estudavam-se mutuamente. No entanto o SCP assumiu sempre a batuta do jogo. O jogo canalizou-se essencialmente pelo lado direito do esquerdo do ataque leonino, com Matheus Pereira a assumir protagonismo encostado à ala. As três oportunidades mais flagrantes surgiram na sequência de três remates efectuados pelo Brasileiro, a que o guarda-redes da casa correspondeu com defesas apertadas. Ambos os remates saíram rasteiros e com força, obrigando a boas estiradas. A primeira parte, foi jogada com muita dureza por parte da equipa da casa, em três situações o Rubio foi placado com alguma violência. O nosso meio-campo mandava no jogo, embora com uma circulação de bola lenta. O Wally ia conferindo critério e segurança na circulação de bola, apoiado por um gigante Palhinha, implacável na recuperação de bolas. Jogador que não tem medo de ter a bola no pé. O nosso escocês parece algumas vezes alheado do jogo, mas quando damos por ele, a bola está a cair redonda nos pés de alguém. Assim aconteceu numa das oportunidades da equipa verde-e-branca, com o Matheus Pereira a rematar cruzado após uma boa leitura do Ryan. Do outro lado do ataque estava o Gelson. Irreverente, embora nem sempre feliz nas suas decisões. Jogador que poucas vezes baixou os braços quandos as coisas não lhe estavam a sair bem. A nossa defesa mostrou-se sempre atenta, embora não tivesse tido muito trabalho. A equipa da casa jogava em contenção, tentando surpreender através de rápidas transições. O Luis Ribeiro foi um espectador. A solidez do Palhinha, a disputar as bolas aéreas, é enorme. Por isso o Sambinha e o Nuno Reis tiveram pouco trabalho. Infelizmente a nossa superioridade não se materializou em golos.
A Segunda parte trouxe consigo os golos. Principalmente após a entrada do Ponde e do Francisco Geraldes. Até lá tivemos um cabeceamento do Matheus com algum perigo, um remate de ressaca do Ryan Gauld, bem fora da área para boa intervenção do João Pinho. O escocês começava a soltar-se da timidez e a abrir o livro. No entanto o ritmo mais forte dos leões ia sendo travado pela equipa da casa, através de atiranços para o «batatal», seguido de berros e lágrimas. Na sequência de um lance do género, Matheus Pereira e Rubio foram amarelados. Depois foi o Ryan. O jogo parecia voltar a cair no ritmo do primeiro tempo. Até que o Deus saca o Matheus Pereira, amarelado e com os índices físicos mais baixos, para meter o Ponde. Na primeira vez que toca na bola o Chris obriga o João Pinho a mais uma excelente intervenção… depois segue-se o Ryan com mais um remate manhoso. Cheirava a golo no Carlos Osório. Priiiiiiiiiiiii…. mais uma apitadela do Homem do Talho…. mais um histérico da Oliveirense em gritaria, contorcendo-se de dor. Amarelo para o baixinho escocês. Do meu sítio já adivinhava o que estava para acontecer. E assim foi. Francisco, o último elemento leonino que foi para exercício de aquecimento era chamado a jogo, para substituir o escocês. Passado uns instantes, o Xico assiste o chileno para mais um golo, num remate relativamente frouxo efectuado na quina da grande-área. A bola entra junto ao poste, dando a ideia que o guarda-redes foi mal batido. Bola ao centro… alguns pózinhos depois, boa jogada no lado direito do ataque leonino, com o Xico e o Gelson a entenderem muito bem para um golo de baliza quase aberta.
18 Março, 2015 at 17:49
Obrigado!
18 Março, 2015 at 17:52
Já perto do final da partida a Oliveirense reduziu após um lance bem desenvolvido pela direita. Com o extremo a bater o Mica e a cruzar com peso, conta e medida para a cabeça do Rui Lima, que surge nas costas dos dois centrais para finalizar sem apelo nem agravo o Luis Ribeiro. 100% de eficácia.
Antes do final da partida ainda tivemos mais uns minutinhos da categoria do Francisco Geraldes que poderia ter feito o terceiro golo da partida.
Exibição sem categoria do Manuel Mota. O gajo da chouriça que come tem uma cagueiro tão grande que sente enormes dificuldades para se arrastar em campo. Decide os lances sempre longe da bola. Foi muito condescendente na primeira parte com os homens da casa. Na primeira parte deixava andar. Na segunda parte mudou o critério, apitando falta por tudo e por nada. Árbitro facilmente influenciável pelo coro de prostestos dos adeptos da casa.
18 Março, 2015 at 18:04
Excelente De Fran. Que te pareceu a exibição do Rubio (além do golo)?
18 Março, 2015 at 18:10
Uma exibição muito sólida. De muito combate. Muito sangue e lágrimas. Apercebi-me – e isto foi sistemático durante toda a partida – nas reposições de bola do Luis Ribeiro, o Rubio caia para a posição do Matheus, encostando-se à linha para a ganhar a bola de cabeça. Correu muito. Deu muito trabalho à defesa oliveirense.
Foi dele a assistência para o golo do Gelson.
18 Março, 2015 at 18:11
Obrigado. Por mim estás já contratado… 🙂
18 Março, 2015 at 17:52
Obrigado enviado especial da Tasca! 😉
Hoje é cobertura completa do evento!
18 Março, 2015 at 17:53
Grande análise DeFran!
Obrigado!
Merece um post.
Posso usar para o blog?
Um abraço
18 Março, 2015 at 17:56
Podes, mas dá-lhe um pouco de «base» hehehehehe. Merece uns pózinhos extra.
18 Março, 2015 at 17:57
Pra quê?!
Tá perfeito!
18 Março, 2015 at 17:59
Posso citar a fonte?
18 Março, 2015 at 18:00
Não 😀
18 Março, 2015 at 18:23
excelente DF! thank´s!
18 Março, 2015 at 17:59
Na segunda parte estive mais distraído. Não que nas redondezas estivesse algum avião, mas porque comecei a meter conversa com um velhote. Ele a dada altura diz-me “A bola nos pés do Ryan Gauld não chora”. Hehehehehe.
Vi o jogo no local reservado aos adeptos do SCP. Éramos poucos. Muita malta de Estarreja. No final, quando a comitiva liderada pelo Manuel Inácio, estava a recolher aos balneários, parou para nos aplaudir, na sequência dos nossos.
18 Março, 2015 at 18:05
Está publicado o resumo, italiano.
Muito obrigado!
18 Março, 2015 at 18:56
*dos nossos aplausos.
18 Março, 2015 at 18:17
O Palhinha impressionou-me. Que estampa física impressionante. Dificilmente o Rabia lhe tira o lugar a trinco. O Palhina é imperial a ganhar bola de cabeça. Está ali um jogador muito promissor, que estava tapado por um tal de Fokobo e pelo Rabia.
Pra mim, foi o Homem do Jogo por tudo aquilo que fez ao longo dos 90 minutos.
18 Março, 2015 at 18:26
Acho exactamente o mesmo e, do que tenho visto, fico descansado quando chegar o dia e que Sir William vá espalhar magia para outras paragens 😉
18 Março, 2015 at 18:28
Ou seja fica provado que para ir buscar jogadores só se não tivermos melhor para o lugar na formação ou na equipa B… O Rabia está nitidamente a perder o comboio. Nem serve para central nem para trinco.
18 Março, 2015 at 18:40
Acho que a Maria é grande fã do Palhinha. Veio do Sacavenense em 2012, tem 1,89 m e no início da época teve uma mononucleose (nada de especial, a chamada doença do beijo) mas que atira as pessoas a baixo, pelo que só atingiu a forma bem mais tarde. Parece que temos homem… Mas antes que comecem a dizer que a malta aqui fica logo em êxtase com alguém da formação / equipa B, percebam que o entusiasmo com ele é inversamente proporcional ao que tenho pelo Rabia neste momento…
18 Março, 2015 at 18:41
atira as pessoas abaixo…
18 Março, 2015 at 18:44
Calma Lioníssimo, eu com isto não estou a dizer que o Rabia não tenha o seu potencial. Mas ao ver o Palhinha, é difícil gostares mais do egípicio. O Palhinha parece um White Patrick Vieira. Se o Palhinha tivesse a qualidade de passe do William seria um jogador de outro mundo.
18 Março, 2015 at 18:47
Descansa que não és tu italiano que está a dizer isso do Rabia. Sou mesmo eu, porque acho que já teve mais que tempo de fazer algo de jeito e ainda não vi nada… exceto fifias e fracos desempenhos.
18 Março, 2015 at 19:07
Ainda vai bem a tempo de aperfeiçoar o passe 😉
18 Março, 2015 at 18:46
Por exemplo, adorei o post do Javardeiro, e embora ele se refira ao jogador, já no final do prato, acho que ele devia incluído o Xico Geraldes nesse lote. O miúdo se tiver sorte na carreira pode vir a ser um maestro da bola.
Fico contente que tenha aparecido mais um Francisco na história deste enorme SCP!
18 Março, 2015 at 19:06
Este post esta mesmo perfeito, diz tudo o que eu penso e diz muito melhor do que eu diria.
O talento e potencial esta aqui, precisamos dum treinador inteligente que respeite o nosso projecto! Para quê tanto medo?
É desesperador acreditar que finalmente vamos começar a aproveitar a academia, e ter um contrato de 4 anos com um gajo que so forçado pelas circunstancias aposta nos jovens…se isto nao é uma puta duma ironia cosmica!
18 Março, 2015 at 19:14
Os juniores do FCP estão a levar 4 batatas do Anderlecht
18 Março, 2015 at 19:46
Good news 🙂 o Jonathan uruguaio fez hoje um hat-trick pela equipa do boifica B.
18 Março, 2015 at 20:38
Grande texto, excelente raciocínio, apenas não concordo com o Esgaio (tenho pena mas não trás nada, quando era novo destacava-se pela elevada maturidade para a idade, agora não, visto que os outros também começam a ter essa caracteristica e ele é mediano mesmo) Podence infelizmente não é suficientemente “génio” para suprir o seu handicap fisico, já o Nuno Reis, pois como dizes, LdP, esse comboio já passou…
Não esquecer que para esta “juventude” crescer, têm de estar bem enquadrados por jogadores com experiência que não os deixem “cair” quando a coisa corre mal, outra condição é que a espinha dorsal da equipa tenha um nivel de excelencia e não mude todos os anos, ou seja GR (temos), Patrão da defesa (temos e melhora a cada jogo PO claro) Trinco que sozinho segure o meio-campo e que saia a jogar (temos, claro que temos) Box-to-Box (temos 1 precisamos de 2) Nº10 (?) e um PL que marque 20 golos por época (não temos) portanto a minha esperança é que se mantenha a estrutura actual, com alguns acertos pontuais lançando 1 ou 2 “jovens” já aqui mencionados e investir a sério num PL, claro que se saír algum da estrutura mencionada acima ou vamos ao mercado comprar qualidade com experiência (caro) ou lá vamos para outro ano zero, porque os substitutos AINDA não estão á altura, mas de resto conseguimos suprir as outra posições e isto é que é investir na formação, lançar jovens sim, mas enquadrados por uma estrutura que os “puxe” para cima e não exigir que sejam eles a “puxar” uma equipa que todos os anos começa do zero e que portanto não tem os predicados suficientes para os “proteger” infelizmente os “putos” que conseguem sozinhos pegar de estaca e levantar uma equipa são muito raros e os nossos “putos” têm uma qualidade inquestionável, mas não são Maradonas, portanto não lhes peçam isso e dêm-lhes as condições para crescer, tal como o autor deste excelente post o LdP, acho que não se vão arrepender…
SL
18 Março, 2015 at 22:55
Eu acho que a idade não deve pesar na escolha do jogador A ou B. Se é bom joga e mais nada!
Em relação a ter esperança num jogador ou noutro…eu também tenho sempre esperança que os sportinguistas vão começar a saber ver futebol e a perceber alguma coisinha mas aparece cada cromo que até doe na alma! 🙂
Só um pequeno reparo, os jogadores da formação não podem nem devem ser endeusados antes do merecido momento mas é inacreditável o actual
vencimento do Cédric. Agora se calhar vai cobrar juros. Pois…
18 Março, 2015 at 23:01
Grande grande texto. Sou sincera, gostava de os ver todos afirmarem-se rápido e ao mesmo tempo, mas sei que isso é impossível. A pressa não ajuda nada nestes casos, cada um tem o seu momento.
Desde que não se repitam os Nunos Reis, que perderam o momento sem se perceber bem o motivo,.
18 Março, 2015 at 23:38
Agora com mais tempo, vou dar sequência ao diálogo que de manhã tive com o Tiago Coração de Leão (como tinha prometido).
Diz ele que o principal problema é o carácter (ou a falta dele) dos jogadores. Eu continuo a dizer que há dois factores que têm contribuído para que o Sporting não aproveite a sua formação: o carácter dos jogadores e a influência dos empresários, de que atualmente o maior expoente é Jorge Mendes. Aliado a esses e muito importante, tem sido a incompetência das nossas Direcções para conseguir conservar os jogadores pelos menos dois a três anos de modo a obter retorno desportivo ou conseguir os valores justos pelas suas transferências (na maioria das vezes) – ou seja não temos sido competentes a lidar com o duo jogadores-emprsários.
Mas vamos então por partes: será que os jogadores sem carácter serão exclusivo do Sporting? Claro que não. O que acontece é que, não havendo respeito pelo Sporting e pelo contrário vontade de desestabilizar o clube, torna-se muito fácil a qualquer empresário e muito mais a um que seja poderoso, fazer a cabeça dos jogadores para saírem. Este tipo de jogada costuma ser mais eficaz em jogadores muito jovens (com 18, 19 anos) e em empresários relativamente desconhecidos, como o ano passado o do Bruma (o Balde de merda) e agora o do Bubacar Djalo… Com estes o Sporting pode e deve ser mais firme. Por exemplo: mais nenhum jogador do Balde vestiria a camisola verde e branca (penso que esta será também a ideia da nossa direcção).
Aliás, já em relação às nádegas, eles sabem que se pisam o risco podem ficar em maus lençóis e deixarem de fazer os negócios que querem.
Como é que podemos reagir a isto? Como o temos feito com Bruno de Carvalho, ou seja credibilizando o clube, negociando de forma dura e não deixando sair os nossos activos de qualquer forma, mantendo-os no clube ou conseguindo mais-valias e mostrando aos empresários que têm mais a perder do que a ganhar se hostilizarem o Sporting. Podemos fazer também qualquer coisa em relação ao carácter dos jogadores? Claro que sim, mas será sempre de resultado incerto, porque apenas podemos tentar inculcar nos jogadores de forma mais efectiva a cultura sportinguista e procurar que a Academia seja mais eficaz a transmitir os nossos valores. Mas parece mais fácil de o dizer do que o fazer. Se muitas vezes não se consegue controlar o carácter dos filhos que vivem tanto tempo com os pais, podemos ter garantias de que vamos ter sucesso em relação aos jogadores? Eu penso é que, não menosprezando o facto de podermos tentar melhorar o carácter dos jogadores, será a nível da relação com os empresários que teremos de evoluir.
Em primeiro lugar, temos de decidir com quem queremos estabelecer ou não relação privilegiada. Jorge Mendes é empresário neste momento de 6 jogadores do Sporting: Rui Patrício, Adrien, William Carvalho, João Mário, André Martins, Diogo Salomão. Ou seja, tem com ele alguns dos melhores ativos do Sporting como são os 4 primeiros casos. Eu detesto o gajo, mas será que podemos completamente cortar com ele? Seria importante arranjar uma forma de entendimento. Este fdp tem o poder de nos desestabilizar a equipa. Não convém esquecer isso.
Aliás a seguir em outra intervenção, farei um resumo de algumas das coisas que o Mendes fez no seu percurso do que pude recolher. Mas se connosco tem sido ultimamente um sacana do pior, sabem qual foi um dos seus primeiros grandes negócios? Exactamente: Hugo Viana do Sporting para o Newcastle, de Inglaterra, jogador que foi vendido por 12,5 milhões de euros, o valor mais alto de sempre no mundo envolvendo um futebolista jovem… e não podemos dizer que tenhamos ficado a chorar com o que aconteceu depois com o Viana depois, pois não? Ou seja, mesmo com ele já houve bons negócios para o Sporting. Foi também ele que terá pressionado para a colocação de Costinha no Sporting como director desportivo (aqui já não foi um grande negócio…). Claro que estes bons negócios terão uma contrapartida que são as comissões chorudas que ele cobra. Eu penso que o Sporting tem de ter uma relação pragmática com todos estes chulos. Não me parece que possamos impedir os jogadores de terem empresários da forma que o futebol está organizado actualmente (faz parte dos seus direitos, escolherem um representante). E tendo o Sporting tantos jogadores jovens com potencial, será que os empresários ganharão mesmo em nos tratar de forma desrespeitosa? Assim eles percebam de vez que não brincam com esta Direcção. No próximo defeso, veremos o que acontece, sendo certo que o Sporting terá de vender, mas deveria fazê-lo no máximo para 2-3 jogadores, sendo que o ideal era que aí não estivesse incluído William Carvalho…
19 Março, 2015 at 11:04
Grande post LdP, grande.