Alucinante. Foi esta a expressão escolhida por um dos colaboradores de Jorge Jesus para definir a forma como têm decorrido os primeiros dias de convivência do novo treinador do Sporting. Também os jogadores já se aperceberam que com o técnico bicampeão não há descanso, períodos mortos ou tempo para convívios extrafutebol. A título de exemplo, basta referir que sempre que Jesus opta por realizar dois treinos no mesmo dia, a presença dos profissionais na Academia se prolonga por quase 12 horas.

Se não, repare-se: para participarem no treino da manhã, os jogadores têm de apresentar-se no local antes das 9, hora habitualmente escolhida para combater o calor que se faz sentir naquela região nesta altura do ano. Terminado o apronto matinal, os jogadores não regressam a casa. Permanecem no interior da infraestrutura, almoçam no refeitório e descansam nos quartos, até próximo da hora do treino da tarde, que arranca às 18 horas.

Seguem-se mais 90 minutos – ou mesmo 120 – de trabalho duro, pois com Jesus nenhum pormenor é deixado ao acaso.Com ele, a sessão só termina quando os objetivos definidos estiverem efetivamente concretizados. Caso contrário, o trabalho continua até que tudo fique perfeito.

Contas feitas, dias há em que os profissionais leoninos permanecem quase 12 horas fechados na Academia. Um meio de integrar os jogadores com a nova equipa técnica e, simultaneamente, acelerar a preparação do grupo para um início que se antevê complicado.