Se pertences à minha geração ou a gerações próximas, sabes bem o quão difícil foi chegar até aqui. Falo-te de Sportinguismo, obviamente, e já nem vou entrar na distinção de quem teve quem lhe embalasse o sentimento ou fez a escolha porque tinha mesmo que ser. A verdade é que não tenho a mais pequena memória do título conquistado em 1980 e da dobradinha de 1982 restam-me flashes das pessoas a darem-me parabéns pelo facto do meu clube ter sido campeão e o desejo, próprio de um puto de cinco anos, de conhecer o Meszaros, o Jordão e o Manuel Fernandes.
Depois veio o deserto, intercalado por aquela conquista da Taça, em 95, até chegarmos a Maio de 2000 e o país de pintar de verde e branco numa festa a que nem muitos rivais resistiram. Novo campeonato, dois anos volvidos, como que assinalando a entrada na idade adulta e nova travessia do deserto, minimizada por três Taças de Portugal.
Quando olho para trás, sinto que a travessia do deserto mais longa, mesmo sendo a mais difícil, foi vivida de forma mais feliz. As expectativas constantemente defraudadas, matéria mais do que suficiente para amigos e colegas de escola de cores diferentes nos infernizarem as manhãs, alimentavam de forma estranha a colagem da camisola verde e branca à pele. Gostava dos jogadores todos, por mais inaptos que fosse para a prática do futebol e, em discussões, defendia-os como sendo os melhores do mundo. Aliás, sentimento podia resumir-se a isso: tudo o que era do Sporting era a melhor coisa do mundo. Um gajo sofria em silêncio, mas a cada novo desaire encontrava forma de passar à realidade a máxima “o que não me mata torna-me mais forte”, nem que fosse dando um estampilho na tromba do colega que te azedava às oito da manhã depois de teres chegado a casa demasiado tarde e eliminado pelo Grasshopers, do Sutter.
De 2002 até hoje, esse sentimento tem mudado numa larga franja de adeptos leoninos. É verdade que muita coisa se alterou, desde logo a forma como o clube nos foi sendo apresentado, cada vez mais, como uma empresa. Uma empresa onde, aos poucos, nos foram tiradas as modalidades e as tardes passadas no velhinho Alvalade, que primeiro ficou sem Nave e depois ficou sem jogos ao sol para fazer a vontade ao capitalismo e aos tecnocratas para quem a emoção do desporto funciona como uma slot machine. A disposição para defender os “pernetas” que nos colocavam na equipa era cada vez menor, os motivos para questionar a vida do clube eram cada vez maiores. Sim, és capaz de ter razão se me disseres “mas isso foste tu a cresceres e a passares a comportar-te como um adulto”, mas permite-me contar-te um segredo que se ainda for segredo para ti é porque tens estado muito desatento ao tanto que já te escrevi: quando isto corre mesmo mal, é ao puto que fez a maior travessia do deserto que vou buscar amparo.
E é esse puto que aqui escreve hoje. Um puto desencantado não com o Sporting, mas com o Sportinguistas. Um puto que cresceu sem fazer a mínima ideia do que é um telemóvel, muito menos redes sociais, e, hoje, vê ambos serem utilizados massivamente para ajudar a atacar o clube de que sempre gostou. Não, não é por adversários, é por quem se diz Sportinguista (explica lá isso a um puto, se fores capaz). Um puto que cresceu com dois canais de televisão, onde até havia a distinta lata de te oferecerem um programa intitulado “agora escolha” e onde uma transmissão futebolística de um jogo do Sporting era uma festa e que, hoje, esmagado por centenas de canais por cabo e por streamings virtuais, vê tantos e tantos adeptos do seu clube tornarem rotina não assistir aos jogos do Sporting. Depois, quando assistem, os aplausos transformam-se em críticas fáceis e em assobios que parecem ter sido ensaiados ao espelho, principalmente os que são dirigidos aos jogadores formados em nossa própria casa.
Tudo isto faz-me enorme confusão. Angustia-me. Revolta-me. Esta incapacidade de sermos unidos é a maior arma ao serviço de todos aqueles que nos tentam derrubar. Este fazer eco de todas as encomendas que são veiculadas pela comunicação social é o maior veneno que podemos injectar em nós mesmos. Quantas e quantas vezes, dou por mim à procura de uma explicação para isto. E não encontro. Sinceramente. Que uma matilha de hienas, habituadas a sugar o sangue do Leão, continue a tentar, por todas e mais algumas formas, recuperar o domínio que perdeu e que quase nos matou enquanto clube, eu ainda entendo. Agora, não entendo e não posso tolerar que tantos e tantos adeptos não sejam capazes de perceber o ponto em que nos encontramos: estamos sob fogo cruzado. Estamos num momento da nossa história em que podemos ser alavanca da viragem ou fazer peso do lado de todos os que desejam que continuemos a ser um clube engraçado em relação ao qual até fica bem dizer “o Sporting forte faz falta ao futebol português”. Hipocrisia.
E é com essa hipocrisia que não podemos ser coniventes, muito menos num momento da nossa história em que abrimos tantas frentes de batalha: comunicação social, empresários, fundos, arbitragem. Achas que é demasiado? Então imagina o quão mais complicado se torna se quem devia cerrar fileiras de verde e branco vestido dá uns passos atrás e se assume como uma ameaça à retaguarda, obrigando o exército leonino a dispersar atenções e a formar um círculo! Sim, é isso que ajudas a fazer quando fazes ecos dos Cervis, quando falas do Carrillo com base em papa mastigada que te dão, quando assobias os nossos jogadores da formação, quando finges não ver que termos contratado Jorge Jesus deixou a nu a máquina de propaganda, quando pareces desejar que não consigamos fazer valer os nossos pontos de vista em relação ao fundos e em relação à introdução dos meios tecnológicos na arbitragem, quando te revelas um palerma e tens a distinta lata de questionar o dinheiro que investimos na equipa só porque se orquestra uma campanha comunicacional nesse sentido, quando levaste uma época inteira a alimentar a separação entre presidente e treinador e já te preparas para dar voz às mentiras atiradas à opinião pública que agora até já chegam do outro lado do oceano ou de um professor a residir no norte de África. Estás a ajudar a cercar-nos!
Devias ter vergonha. Mesmo. Devias ter vergonha de não perceber que os teus pequenos ódios pessoais e a tua incapacidade de gerires agruras da tua vida privada te transformam numa arma ao serviço de quem tem como objectivos diminuir, achincalhar, atacar, acabar com o clube que dizes amar. Devias ter vergonha de apunhalar pelas costas o catraio ou a catraia que já foste e que te ensinou algo que agora guardas na gaveta das meias velhas: se fosse para ganhar sempre, se fosse para só apoiar nas vitórias e se fosse para utilizar os mais sórdidos meios para atingi-las, tu não eras do Sporting. Ser do Sporting dá muito trabalho. Querer ser diferente e assumir uma luta desarmada contra os poderes instituídos, dá ainda mais. Não sei se a ganharemos, mas sei que sinto que vale a pena travá-la por mais dolorosa e espinhosa que possa ser. Aliás, se pertences à minha geração ou a gerações próximas, sabes bem o quão difícil foi chegar até aqui. E se aqui chegámos capazes de manter acesa a tocha do Sportinguismo, foi porque depois de cada derrota e de cada pancada o que sobrou foi a vontade de voltar a colocar o Leão Rampante sobre o coração. Foi porque soubemos manter vivo algo que começou quando as nossas mãos ainda mal conseguiam agarrar uma bola. Nunca te esqueças disso. E, tal como ontem, hoje e cada vez mais, orgulha-te de ser do Sporting!
24 Setembro, 2015 at 10:17
“Quando olho para trás, sinto que a travessia do deserto mais longa, mesmo sendo a mais difícil, foi vivida de forma mais feliz.”…
Mas é que é mesmo isto…. Sem tirar nem pôr.
24 Setembro, 2015 at 10:19
Grande post!
Nasci em 1983, e sempre vivi na cidade do Porto, portanto podem imaginar o
24 Setembro, 2015 at 10:36
Grande post!
Nasci em 1983, e sempre vivi na cidade do Porto, portanto podem imaginar o que sofria na escola, na altura não havia bully nem ofensas nas redes sociais. Era do Sporting, era gozado, ponto final. Mas nunca me importei estar numa turma de 30 alunos e era o único Leão. Quando encontrava alguem de outra turma que se dizia ser do Sporting já o considerava grande amigo, mesmo apesar de não o conhecer de lado nenhum, mas bastava ser do Sporting.
Infelizmente não tinha possibilidade de ir a Lisboa ver um jogos, esse sonho só foi concretizado em 1997.
Tenho saudades de fazer relatos imaginários numa tábua de pregos, que lhe chamava campo de alvalade.
Tenho saudades de ficar no quarto com as luzes apagadas a sintonizar a aparelhagem para ouvir o relato.
Tenho saudades de ver a programação na TVGuia com a ânsia de ver que o nosso Sporting ia dar na TV.
Tenho saudades de saber que os jogos em Alvalade eram de tarde, mesmo não tendo possibilidade de ir, sentia que havia festa sempre que haviam jogos ao sol em Alvalade.
Mas com isto tudo, não digo que os Sportinguistas dos anos 80 são melhores dos que dos 90 ou já deste milénio, são épocas diferentes, acredito hoje os miúdos pelas redes sociais sejam mais crueis, os gozos são mais publicos, e há putos que conseguem ser muito crueis, mas ainda assim acho que tudo está mais facilitado em termos de acesso ao clube. (Caramba, o que eu senti quando no meu 6º ou 7º aniversário me ofereceram um equipamento completo do Sporting, quase de certeza de contrafacção, mas que orgulho tinha em vestir aquilo). Hoje em dia em qql loja online ou fisica se consegue tudo do nosso clube.
Para concluir, acho que somos nós “Sportinguistas” que temos de educar os novos ou mudados “Sportinguistas” e relembrar esses tempos para que se volte seja em Alvalade, seja num café, seja na nossa família.
SL
24 Setembro, 2015 at 10:21
Sou de 1975.
É tudo isso Cherba!
Obrigado, obrigado, obrigado!
Um abraço.
24 Setembro, 2015 at 10:22
Excelente ! Excelente ! Excelente ! Excelente !
24 Setembro, 2015 at 10:24
Clap. Clap. Clap. Clap.
Acho que muitos dos que falas Cherba sofrem daquela doença que impede um ser humano de apoiar algo que perde ou ter orgulho em qualquer coisa que não parece ser tão boa como outras. O consumismo também molda o “ser” adepto. Há quem seja do Sporting e quem “consuma” ser do Sporting. São coisas diferentes.
A partir do momento em que o “consumo” já não garante posts no fb “à boss” ou fotos no estádio a fazer o “v” com os dedos…casca-se no clube como se não existisse amanhã. Na verdade para os “consumidores” do Sporting o amanhã é irrelevante…há sempre uma nova disco ou bar de sushi para onde ir “consumir” o social.
24 Setembro, 2015 at 10:26
Um bocadito mais antigo, e onde calava qualquer puto lampião (na altura não havia andrades, no sul), com a frase:
– Desporto, não é só futebol. E listava as modalidades em que eramos crónicos campeões.
SL
24 Setembro, 2015 at 10:29
Nasci a meio dos anos 80 e não tenho grandes memórias desses anos. Nasci numa familia benfiquista, onde apenas o meu padrinho e o seu filho eram do Sporting.
Aprendi a ler antes de entrar na escola primária. E aprendi a ler através de noticias do Sporting, no jornal Record. E foi com isso que a minha paixão pelo Sporting cresceu, mesmo estando longe de Alvalade…
Recordo-me da conquista da taça de Portugal frente ao Maritimo com um jogão do Iordanov. Lembro-me ainda dos dois campeonatos, praticamente seguidos, sendo que a festa que se viveu parou este país praticamente por 2 ou 3 dias.
E concordo com o que dizes… Aquela década de 90, apesar da seca quase total, passou-se com muito mais “tranquilidade”. Em relação à seca actual, cada ano que passa, deixa-me uma agonia maior (mas aumenta ainda mais a vontade de apoiar e lutar por este Leão Rampante)… Não sei se a culpa é dos programas de “futebol” que proliferam pelos canais televisivos, se é pelos constantes ataques veiculados pela CS, se por sentir que tivemos uma corja que se serviu única e exclusivamente do Sporting, servindo banha de cobra disfarçada de caviar, nem sei sequer se a culpa é das redes sociais que permitem os rivais (com esses eu ainda aguento) e os “nossos” destilarem ódio contra todos os que nos representam diariamente…
Sei que continuarei a lutar, sei que por muito reduzido que seja o meu vencimento, contarei todos os trocos para que seja possível comprar uma gamebox…
Continuarei a filtar o que leio e o que oiço, evitarei ser manipulado e levantarei a minha voz sempre que seja necessário defender o meu Grande Amor.
E vou seguir ao lado de quem luta pelo meu Grande Amor, mesmo que essa pessoa tenha uma ou outra má decisão.. Porque no fundo, é o amor por este clube que nos define, nos atraiçoa mas que sobretudo, nos enche de orgulho.
24 Setembro, 2015 at 10:30
Grande, enorme EDITORIAL! Cherba nunca esiveste melhor.
Por isso, não há nada a acrescentar e não há comentário que se me sugiram.
Se todos fossemos como tu o Sporting estaria bem melhor…
24 Setembro, 2015 at 10:30
Um Post de LEÃO!! Dos Puros e Verdadeiros!!!
Fizeste-me lembrar o “Puto” que com 6 anos foi ver pela 1ª vez o Sporting ao vivo a Elvas e 1 ano depois se “estreou” em Alvalade…
E que com o passar dos anos lá ia convencendo o Pai para ir a Lisboa (fazendo um total de 400 km) para ir ver o Sporting nos jogos Europeus à noite durante a semana e alguns Domingos à tarde!
E esse “Puto” na escola…. na turma em que andava era sempre 3 / Sportinguistas e 20/25 lampiões, MAS o Orgulho em ser do Sporting já cá morava e já crescia de dia para dia…. tal como ainda acontece hoje em que esse ORGULHO é cada vez maior!!
E em Abril nasce um Leão (ou Leoa)!!!
A Mãe tem direito a escolher Nome e muita coisa, MAS…. o clube não há opção de escolha! Ou é Sporting Clube de Portugal… ou é Sporting Clube de Portugal!!
24 Setembro, 2015 at 10:30
Sou de 79… Percebo demasiado bem
24 Setembro, 2015 at 10:31
Grande texto
Concordo com tudo, nasci em 77 e muitas das coisas que estão ai, são situações vividas por mim.
Obrigado por mais um texto de orgulho leonino.
Como já aqui foi dito devia ser espalhado por todo o lado. Para muitos lembrarem o essencial antes de repetirem os disparates encomendados que lhe são colocados nos olhos e ouvidos.
SL
24 Setembro, 2015 at 10:36
será o bessa um bom jogo para o regresso de Tanaka e os seus livres directos?
24 Setembro, 2015 at 15:53
Para mim, tanaka devia estar sempre no banco….. Em jogos emperrados como o de domingo, se calhar tínhamos marcado antes…. era faltas à entrada da área e tanaka a tentar…
24 Setembro, 2015 at 10:38
“E, tal como ontem, hoje e cada vez mais, orgulha-te de ser do Sporting!”
Assim o farei!!!
SL
24 Setembro, 2015 at 10:42
Que ninguém tenha ilusões, ser do Sporting não é fácil. Exige esforço, dedicação, devoção para (às vezes) se atingir a glória. Sou de 78 e via os outros ganharem títulos, como quem muda de camisa. Vi Balacov e o Figo a jogar na mesma equipa e mesmo assim não fomos campeões. Nunca desisti e foi precisamente quando menos acreditava (aquela equipa estava a anos-luz da de 93/94) que fui recompensado. Tenho muito orgulho no meu Sporting, porque a história do Desporto em Portugal é a História do Sporting Clube de Portugal!
24 Setembro, 2015 at 10:45
É tao tudo isso….
24 Setembro, 2015 at 10:47
Excelente texto sobre o que te vai na alma. A ti e a tantos outros Sportinguistas.
Mas até neste tasco já vi este filme demasiadas vezes. Todos vão buscar às suas memórias algo com que se identifiquem. Amanhã, depois ou para a semana volta tudo ao mesmo.
Infelizmente, já não tenho a fé que tu tens no “Sportinguismo”.
24 Setembro, 2015 at 14:40
O texto é excelente, mas este comentário é ainda melhor. Já há mais sportinguenses que sportinguistas.
24 Setembro, 2015 at 10:47
Grande texto.
Nasci em 80 e revejo-me em cada palavra.
O orgulho que tenho em pertencer a esta familia é o mesmo quer tenha 5 ou 80 anos.
Temos que meter de uma vez por todas na cabeça que se não remarmos todos para o mesmo lado não vamos a lado nenhum e é isso que os de carnide e do norte querem.
Mas uma coisa tenho a certeza, os nosso filhos não irão ver o nosso Sporting com tanta seca de titulos como nós (da geração de 80) assistimos. Eles vão ver o reerguer do grande Sporting
24 Setembro, 2015 at 10:49
Off: alguém sabe o que é que o Leão de Plástico anda a fumar? Agora postou uma cena marada com o Zivkovic!?!??!
24 Setembro, 2015 at 10:55
Olha ele ali em cima…pergunta-lhe…heheh!
24 Setembro, 2015 at 11:49
Já perguntei, afinal é só pinga da boa! 😀
24 Setembro, 2015 at 11:01
eu também vi … mas deve ser só um desejo …amanha o CM ja fala nisto !!!!!
24 Setembro, 2015 at 10:52
“Devias ter vergonha. Mesmo. Devias ter vergonha de não perceber que os teus pequenos ódios pessoais e a tua incapacidade de gerires agruras da tua vida privada te transformam numa arma ao serviço de quem tem como objectivos diminuir, achincalhar, atacar, acabar com o clube que dizes amar.”
É tão isto! Por vezes sinto-me um alien neste planeta, em que parece que (e não é só no futebol) todos os restantes seres se viram privados de inteligência e de capacidade de raciocínio próprio. É muito mais fácil criticar da boca para fora do que parar para pensar bem no assunto e, depois sim, dizer o que se pensa sobre o mesmo. É mais fácil comer gelados com a testa, servidos pelos jornais e televisões deste país!
E quando o assunto é o Sporting, custa-me a controlar quando oiço malta que se assume sportinguista passar a vida a malhar no Clube, nos dirigentes, no treinador, nos jogadores, etc…
Quando chega a dia de jogo pergunto-lhes apenas: vão hoje a Alvalade? Pois, isso nunca dá jeito…e se calhar explica muita coisa…
Fight&Resist!
PS: hoje ou amanhã vou ao Estádio comprar a Gamebox do Hóquei em Patins! Aproveitar que moro perto para apoiar quem sua e luta pela nossa camisola e que já me deu muitas alegrias!
24 Setembro, 2015 at 10:52
Toda a gente que lê este texto devia meter a mão na consciência e perceber onde tem estado mal e o que tem de mudar na sua forma de viver o Sporting!
Eu da minha parte…vou fazê-lo…
24 Setembro, 2015 at 11:09
Não encontro a carapuça para a meter Tiago, atento estou há 33 anos, e a despertar consciências também!
Mas percebo o que queres dizer, podemos sempre ser melhores…por isso logo vou buscar uma verde e branca com o nr 21 do Fito 😉
24 Setembro, 2015 at 11:53
Não era para ti nem era para ninguém em particular, sendo para todos em geral! Exame de consciência que pode resultar em achar que tem sempre atitudes condignas e continuar na sua forma de viver o Sporting, achar coisas em que não está bem e mudar ou concluir que está completamente errado e mudar radicalmente!
Isto não era recado para 1 ou 2 pessoas em particular…é um desejo particular sobre a comunidade Sportinguista em geral…
24 Setembro, 2015 at 12:09
Nem todos são assim, quanto a mim é uma minoria que teima em fazer barulho, não são capazes de abrir os olhos.
Temos tanta gente com o Sporting, de corpo e alma, e esses sim é que merecem ser valorizados. Os outros, como costumo dizer em tom de brincadeira, “não têm pedigree”.
24 Setembro, 2015 at 10:57
Apenas um pequeno reparo …
Desenganem-se os da geração de 80 ou 90, de pensarem que só a vocês tocou pela porta o desespero da travessia do deserto, o perder estatuto de um clube enorme mergulhado numa crise desportiva e pior ainda de encruzilhada de uma instituição demasiadas vezes em convulsão interna.
E tudo isto para vos dizer que a geração dos vossos pais (a minha) não viu os violinos, não viu Peyroteo, viu sim a ditadura vermelha nas suas épocas de apogeu e o começo da ditadura azul.
A tudo isso agarrou-se ao símbolo, a Damas, Joaquim Agostinho, Carlos Lopes, Livramento e a tantos outros.
Na angústia de se ver impotente de mostrar aos seus herdeiros a verdadeira grandeza do SCP, criou um pacto leonino e a cada desaire a cada desilusão, cerrou fileiras, incutiu aos seus descendentes o que é verdadeiramente amar um clube contra tudo e contra todos e tal como a natureza é nos ambientes difíceis que produz a melhor casta, também o Sporting criou os melhores adeptos.
Porque nenhum clube português resistia a tanto tiro nos pés.
O adepto leonino é único e incomparavelmente o mais incondicional de todos eles.
Um leão não se esconde nos maus momentos, não deixa de ter net, o futebol não deixa por artes mágicas de ser importante após um desaire, o leão lambe as feridas e vai à luta na defesa da sua paixão até ao limite das suas forças.
E por tudo isto e por tudo que que não é possível transcrever em palavras é que se chegou ao século XXI com a grandeza intacta de um clube que teima em se manter como baluarte do desporto português alicerçado numa massa adepta que não verga, porque os sentimentos nobres são indestrutíveis.
24 Setembro, 2015 at 11:01
Da minha parte, simplesmente não consigo odiar um Sportinguista.
Nem o José Eduardo 🙂
24 Setembro, 2015 at 11:13
Fantástico texto.
Se me permitirem, vou meter as coisas bem mais simples: o futebol em Portugal deixou de ser um desporto e passou a ser uma guerra sem quartel. E numa guerra só podemos escolher um de 3 lados: o nosso, o do inimigo ou desertamos.
24 Setembro, 2015 at 11:13
Grande Post Cherba.
Obrigado 😉
SL
24 Setembro, 2015 at 11:15
Está um frio esquisito aqui em casa… até me arrepiei a ler o texto. Muito bom! 🙂
24 Setembro, 2015 at 11:15
Quando ganhámos aquela taca, saiu um poster da equipa na TV Guia, e eu – do alto dos meus 9 anos – colei-o de imediato na parede, onde ficou até a fita cola secar e ele se rasgar.
E depois os anos que se seguiram…a notícia do meu guarda-redes favorito (Schmeichel) e do meu jogador favorito (JVP) ambos na minha equipa, e o segundo roubado ao Benfica…os dois campeonatos…o Boloni…o Liedson…porra, que se desse para voltar atrás no tempo, nao mudava uma vírgula!!!
SPOOOOOOORTING!!!!
24 Setembro, 2015 at 11:16
Obrigado, nada há a dizer quando as palavras escritas são sentidas.
24 Setembro, 2015 at 11:20
Bom dia!
Grande texto, Cherba! Identifico-me com tudo, como a maioria dos que aqui vêm todos os dias. No entanto, há uns tempos que a minha veia realista (não, não jogo puto de hóquei, e os patins foram sempre um entrave maior que o stick) se sobrepõe ao lirismo.
Não há dúvidas que somos diferentes. Poucos clubes aumentariam 40 mil sócios depois de mais de uma década sem ser campeão nacional. Poucos continuariam a acreditar depois de dois títulos em 30 anos.
Gabo-te a luta de união das tropas mas acho que a recruta já terminou. Os que se alistaram, serão Sporting até à morte e não regatearão esforços na hora de dar o devido apoio.
É hora de não deixar fugir nenhum dos que se alistaram e não de recrutar aqueles que, após dois anos e meio, ainda não acreditam o suficiente para se juntarem à luta.
Os recrutas do Fight&Resist terão de fazer mais barulho, terão de apoiar ainda mais e fa-lo-ão porque o amor ao Clube é incondicional e desinteressado. Podemos já não ser os putos irracionais. Podemos perceber todos os podres do desporto. Mas a paixão está sempre lá e é ela que nos move. E será essa paixão, a dos que acreditam, que abafará a descrença dos que nunca acreditam.
Nunca a despreocupação dos idos 80 e 90 poderá regressar porque isso não nos faria bem. Foi essa despreocupação, transmitida pelos nossos pais e avós, que eu não transmitirei ao meu filho. Quero que ele queira saber, que se preocupe e que não julgue que está tudo bem, independentemente se ganhamos muito ou perdemos sempre.
Por isso, acho que ainda bem que o realismo da fase adulta substituiu o romantismo da infância e adolescência.
Nunca me deu mais prazer ser do Sporting do que hoje!
Também sorrio quando me lembro de entrar no café e dizer o plantel de uma ponta a outra, para orgulho do meu pai. Lembro-me dos relatos enquanto jogava sozinho contra uma parede. Lembro-me das colecções da Panini. Lembro-me de ser um dos 4/5 Sportinguistas em turmas de mais de 20. Sempre defendi o Clube e, por isso, muitas vezes chorei de raiva após mais uma intensa discussão com um colega de escola. Nunca nenhum dos argumentos dados pelos outros me demoveu do amor ao Sporting.
Não tenho fé que consigamos um dia remar todos para o mesmo lado mas sei que os que remarem para o lado certo serão sempre mais e mais fortes que os outros.
Por isso me orgulho todos os dias de pertencer a este ‘cantinho’ teu e de todos nós, onde os verdadeiros guardiões do Sportinguismo ( 😉 ) se encontram para viver um amor comum, uns dias mais alegres, outros depressivos e por vezes até exaltados mas SEMPRE, e agora cada vez mais, apenas e só em prol do Sporting Clube de Portugal.
SL a todos e viva o Sporting!
24 Setembro, 2015 at 11:27
Isto
24 Setembro, 2015 at 11:28
GAG : Disseste tudo o que me vai na alma aqui :
“Gabo-te a luta de união das tropas mas acho que a recruta já terminou. Os que se alistaram, serão Sporting até à morte e não regatearão esforços na hora de dar o devido apoio.
É hora de não deixar fugir nenhum dos que se alistaram e não de recrutar aqueles que, após dois anos e meio, ainda não acreditam o suficiente para se juntarem à luta.”
24 Setembro, 2015 at 11:33
Foda-se, quem fala assim não é gago. É GAG.
Este teu comentário é o complemento perfeito ao texto do cherba.
24 Setembro, 2015 at 11:46
UAU GAG….que bonito!
24 Setembro, 2015 at 13:11
Muito bom. Todos temos de decidir até que ponto queremos e podemos ajudar o Sporting. Há pessoas que provavelmente odeiam tanto o presidente que gostariam que o Sporting fracassasse para que ele fosse afastado. Quem coloca o ódio a alguém acima do amor ao Sporting não é sportinguista e não merece o Sporting.
24 Setembro, 2015 at 11:21
Em 69 nasci, e foi o meu tio praticante de atletismo no Sporting, que me incutio o amor, paixão e doença pelo nosso clube.
Lembro-me da equipa do Manuel, do Jordão, do Marinho, do Virgílio…
Lembro-me das primeiras surpresas, como Jaime Pacheco, Oliveira e Sousa
Lembro-me da equipa do Cadete, do Meade, Mário Jorge, Carlos Xavier, Oceano, Venâncio…
Lembro-me das unhas do Gonçalves… Silas, Douglas e a a unha partida que me fez sonhar Frank Rikjard.
Lembro-me de Bala, Iorda, Vallcx, Vujacic, Marco Aurélio, Figo…
Lembro-me de João Pinto, Pacheco, Jardel…
Tivemos muitos, mas muitos, bons jogadores, muitas mas muitas grandes equipas… Deviámos ter muitos mas muitos mais títulos nestes 46 anos que levo no pêlo.
Ser do Sporting é viver com a sabedoria de que vamos sofrer… Eu normalmente não tenho essa sabedoria, e desconfio que nunca a terei, talvez só com uma continuidade de títulos num curto espaço de tempo…
Por isso perdoe-me quando estou de cabeça quente… não sou mau Sportinguista, apenas tenho muita revolta pelos erros sistemáticos e próprios deste jogo… e pelas propelias que nos apoquentam neste país corrupto e desleal, nós estamos na Europa mas vivemos mesmo nos cornos de África…
24 Setembro, 2015 at 11:23
Desculpa Cherba…. Grande, Enorme TEXTO !!!
5 estrelas
24 Setembro, 2015 at 11:29
Muito bom!!
SL
24 Setembro, 2015 at 11:33
Grande texto Cherba,
Recebi agora uma óptima prenda de aniversário.
William a 100%, apto a jogar.
Carrega King!
24 Setembro, 2015 at 11:39
Parabéns! 🙂
24 Setembro, 2015 at 11:47
Parabéns Gonçalo.
24 Setembro, 2015 at 12:24
Parabéns, Gonçalo!
SL
24 Setembro, 2015 at 18:38
Parabéns Gonçalo que contes muitos e bons.
24 Setembro, 2015 at 11:35
Cherba, revejo-me no texto e nas vivências dele reproduzido. Sou da geração de 81, só tenho memória dos campeonatos ganhos em 2000 e 2002. Sou também da zona do Porto, precisamente o clube que começou a ter a hegemonia do futebol português que começou nesse período. Sinto no entanto que se não fosse fácil, não era para nós!
Falando por mim, quanto mais os anos passaram mais sportinguista me tornei, hoje em dia, quanto mais conheço do Sporting mais encantado fico. A fé que nos caracteriza foi sempre aumentando e sinto que o Sporting é um clube extraordinário, a família leonina é algo de especial!
Para mim, é uma das mais belas histórias que a humanidade assistiu em termos de clubes desportivos!!!!!
SPORTING SEMPRE!!!
24 Setembro, 2015 at 11:36
OFF TOPIC
Se muitas vezes critico os jornalistas desportivos pela sua incoerência e ataques “encomendados” ao nosso clube, também será justo elogiar quando, na minha opinião, as suas crónicas me parecem corretas e justas. Tal é o caso da crónica, no site mais futebol do jornalista benfiquista (mas não lampião) José Manuel Freitas sobre o “caso Carrillo”:
CARRILLO – com as duas máquinas de propaganda a atuar forte, a do jogador e a do Sporting, tenho para mim que acontecerá aquilo que desde há muito me cheira: o peruano não renova pelos leões e o clube procurará desvalorizá-lo o mais possível impedindo-o de jogar (depois de toda a vontade evidenciada pelo SCP em querer manter o futebolista percebo perfeitamente a sua posição) por decreto presidencial. Podem dizer-me que isso não é bom para as partes, mas se o jogador fica livre e o Sporting nada lucra, desde que lhe pague… Sim, porque não acredito em saída partilhada em Janeiro. Casareto não deixa e como é ele que determina o futuro de Carrillo e se prepara para ficar com o cofre a abarrotar… Logo, e porque não acho, sinceramente, Carrillo o fantástico jogador que tanta gente agora defende, JJ só tem de fazer o que o patrão decidir. Assim sendo, não joga no Bessa, nem em mais campo nenhum pelos leões. Só se renovar, o que não acredito, mantenho.
24 Setembro, 2015 at 11:42
O Freitas é dos nossos, não é lampião 😉
24 Setembro, 2015 at 11:46
Não sabia … como sempre o associei ao jornal “A Bola” pensava que ele era benfiquista mas sempre o gostei de ler e ouvir …. afinal é dos nossos ! Devia ter desconfiado! 🙂
24 Setembro, 2015 at 13:42
É sportinguista sim 😉
24 Setembro, 2015 at 12:09
O Freitas é sportinguista.
24 Setembro, 2015 at 11:37
Clap Clap Clap
Conseguiste passar a sensação de estar a ler um texto escrito por mim, se eu soubesse escrever alguma coisa de jeito. Muito boa descrição daquilo que muitos de nós certamente vivemos na nossa infância e aquilo que sentimos pelo nosso clube.
Quanto à parte da mobilização das tropas, trata-se de um esforço herculano e que cada vez parece estar a ser mais complicado de se conseguir e isso infelizmente tem se visto aqui pela tasca. Mas o que “não nos mata, torna-nos mais fortes”.
24 Setembro, 2015 at 11:42
Grande post!
Grande upgrde com o William a partir de agora.
Estou desiludido por o carrilho ainda não ter sido afastado da equipa! (ainda nao percebi o que anda ele a fazer lá. Para mim é como o labyad e treinar à parte. Não quer jogar prolongar o contrato que arranje clube ou então terina à parte. Escusam de ter esperanças de renovação porque este gajo já tem tudo decidido com o empresário e o zahavi à muito muito tempo. Só lá anda a perturbar o grupo! FORA COM ELE DA EQUIPA!)
24 Setembro, 2015 at 11:44
So me lembro de apoiar verdadeiramente o Sporting desde a epoca 93/94, ainda muito miudo, 5 estrelas para o Cherba, este texto devia ser entregue a todos que entrassem no estadio de alvalade.
24 Setembro, 2015 at 11:56
Isto sim! Isto é dos posts que me fazia frequentar este tasco… Ainda bem que hoje passei por cá!!
Li a “minha” história de vida, sorri, lembrei-me do puto que ainda está tão vivo em mim…
Assim sim!
Sporting Sempre!!
24 Setembro, 2015 at 12:02
Ora então bom dia para a Familia da Tasca…
e antes de “avançar”…
os meus parabéns ao companheiro…
Gonçalo Mano
Abraço para ele e desejos de boa saude e muitos anos de vida…!!
E agora o motivo do post…
Bem…cá para mim “sou um sortudo”…
É que isto de ter nascido em 1943…
“Facilitou-me” e muito este meu “ser sportinguista”…!!
Pois é…nasci nos tempos em que se o Sporting não ganhava tudo…estava muito perto disso…
Mas meus amigos …eu também fiz “a travessia do deserto”…
E mantive-me como desde a peimeira hora…: um sportinuista de “antes quebrar que torcer…”
E continuo assim …e por isso fico “piurso” quando oiço alguém, por exemplo…a assobiar a equipa …
E penso…:
“Mas que m…. de sportinguistas são estes, que em vez de apoiar a equipa para ela poder dar a volta…antes estão a fazer o papel dos adversários…a puxá-la mais para baixo…?”
Olhem sabem o que vos digo…?
É fantástico “poder ser”…um verdadeiro sportinguista…!!
Como eu gosto de ti Sporting…!!
SL
24 Setembro, 2015 at 18:43
Faço minhas as palavras do Maxi, se é que me o permite claro. SL
24 Setembro, 2015 at 18:51
é tao bom ser um sportinguista que “sente” o Sporting assim…nao é amigo Max??
24 Setembro, 2015 at 12:06
Eu pertenço à tua Geração, Cherba, nasci em 72 e tenho o privilégio de me lembrar perfeitamente do titulo de 82 (estava lá!).
O Sportinguismo alimentado pelo meu pai e que transmito ao meu filho faz parte integrande do meu ADN. E mesmo nos momentos mais negros, nunca duvidei do meu Sporting, nunca virei a cara, nunca quis ser do Barcelona ou do Real, nunca deixei de ir a Alvalade e nunca deixei de ir aos cafés ver os jogos fora, tantas e tantas vezes pejados de tripeiros e lampiões à espera de (mais uma) escorregadela.
Posso inclusive dizer-te que na época mais negra do nosso futebol (2012/2013 – olhando para hoje, foi há tanto tempo e agradeço-te por isso, Bruno!) estava a viver em Braga e via religiosamente todos os jogos do Sporting, até os mais vergonhosos, como as derrotas para a Liga Europa!
Mas vergonha é coisa que nunca senti. NUNCA! E Sabes porquê?
Porque SENTIR O SPORTING É VIVER O SPORTING, é ter este bálsamo no Coração que não se explica, mas que se Sente:
– é ver o Jordão – meu ídolo de sempre – arrasar o rio ave em Alvalade com 5 golos marcados (não sei se em 9 minutos, mas pouco faltou!), numa goleada gloriosa de 7-1 (mais um bis do Manel), em que conquistámos o titulo nacional;
– é ver o Mamede e o Lopes a darem 2,3 voltas de avanço aos seus concorrentes nos campeonatos de atletismo no Jamor;
– é religiosamente ver no sofá com o meu Pai o cross das amendoeiras só para ver o Leão Rampante a dar um bigode aos outros…Ezequiel Canário, Lopes, Gémeos Castros e tantos outros;
– é ver a Volta a Bicicleta terminar no velhinho Alvalade com o Lendário Agostinho (sim, cheguei a vê-lo!) e com o Marco Chagas e com o Joaquim Gomes. E vê-los na subida da Torre, ali in loco, o espetáculo Leonino sobre rodas (que pena que eu tenho de já não termos ciclismo);
– é ir de mão dada com o meu pai ao Pavilhão de Queluz (cidade onde o meu pequeno décadas depois nasceu) ver o Lisboa e os outros esmagarem no basquete;
– é ver o Mezaros defender um pontapé com o…rabo;
– é estar acordado , com 12 anos, até de madrugada para ver o maior feito desportivo de PortugaL: 1ª medalha de ouro Olímpica, com o nosso Lopes;
– é ver o Sporting conquistar o primeiro campeonato do milénio e ir ver , semanas depois do 11 de setembro esse grande Sporting ao Giuzeppe Meaza, com medo de viajar mas com euforia em ir ao estrangeiro ver o nosso Amor;
– e é chorar baba e ranho pelo Sporting. Seja aos 10 anos, seja aos 40! Chorar de tristeza e chorar de alegria como poucas vezes chorei na minha vida: chorar de alegria quando eliminámos epicamente o Alkmaar e o City, em épocas muito complicadas, e chorar de tristeza e raiva com a eliminação em 1982 nos Quartos de Final da Taça dos Campeões Europeus com a Real Sociedade, e rasgar as fotos a preto e branco dos jornais com o Manel e o Jordão, para no dia seguinte já as ter de novo emolduradas no meu pequeno quarto; 🙂
Em suma, caro Cherba e demais caros Tasqueiros, a melhor maneira de ilustrar o meu (e o nosso) verdadeiro Sportinguismo é dizer que, nos momentos mais negros da nossa História, quadruplicamos o nosso Sportinguismo!
É isto que significa ser do Sporting: nunca voltar a cara ao Clube. Nunca abandonar o Leão!
Bruno de Carvalho e Jorge Jesus sabem isso: o Maior Património deste Clube são mesmo os seus verdadeiros sócios e adeptos. Que nunca se esquecem que nada é adquirido, tudo é conquistado. E que a opção em se ser Sportinguista não é imposta, é a melhor escolha que fizemos na vida.
Somos do Sporting em todos os momentos da nossa vida, e em todos os detalhes da Vida desta Enorme Instituição.
Deixo-vos as palavras de um dos Nossos, de um dos Grandes.
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” É de pensar que o Sporting é muito grande, e que são estas coisas que valem muito para um clube. São estas coisas que trazem sportinguismo ao clube. Isto não é quantificável. Isto não são 6%, 7%… Isto é o Sporting! Isso traz coisas muito importantes ao Sporting. Fervor sportinguista, acima de tudo!”
João Benedito, 20-06-2010
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