Foram os motivos que tivemos para sorrir, num #DiaDeSporting que se queria cheio e que terminou em alguma decepções. Avancemos para elas, então, começando pelo Andebol.

Fala-se, invariavelmente, na ausência de estatura e de músculo na nossa equipa. Esse é um problema real  e, sem margem para dúvidas, ter um Julian Savea na equipa de andebol resolveria muitos problemas. Mas, sinceramente, após sermos eliminados por uma equipa completamente ao nosso alcance, o que me fica na retina é que, mais do que dimensão física, precisamos de dimensão mental. Temos capacidade de sofrimento, temos capacidade para ir buscar jogos que parecem perdidos, mas não temos cabeça de vencedores: se temos os jogos na mão, complicamo-los, se sentimos a vitória ao nosso alcance, entremos em curto circuito mental. O final do jogo de ontem é disso exemplo: chegamos aos últimos 40 segundos a vencer por 32-28, com posse de bola e a apenas um golo de poder seguir na Taça EHF. Pedimos um desconto de tempo, alinhava-se a estratégia e… nem chegamos a fazer um remate à baliza! Desesperante e exasperante!

No futsal, a história voltou a repetir-se: a despesa do jogo é toda nossa, o número de oportunidades de golo surgem em dobro face às do adversário, mas acabamos por perder o dérbi. Como é que se contraria isto? Goleando os gajos. O Sporting está a precisar de um dérbi onde as oportunidades de golo que se criam valham um resultado esmagador e inequívoco. É continuar a trabalhar da mesma forma, que esse dia chegará ainda esta época!

Falar de desilusão no hóquei em patins é ser tremendamente injusto com este fantástico grupo de trabalho. A tarefa era do outro mundo, como bem se sabia, e o que fica para a história, além do resultado, claro, é a forma como se colocou em sentido a melhor equipa do mundo. O Barça foi obrigado a descer à terra e tenho cá para mim que se a ordem dos jogos tivesse sido ao contrário, os catalães teriam recebido uma lição de humildade ainda maior no Livramento. Parabéns aos vencedores, parabéns à nossa equipa, um orgulho para todos nós (e um dedo do meio, em silêncio, para quem vier com a teoria que não há parabéns na derrotas).

Das derrotas para as vitórias, começando pelo ténis de mesa, onde conquistámos a Supertaça 2015, ao bater o campeão nacional G.D. Toledos por 3-1. A jornada começou mal, com a perda do primeiro jogo, mas, depois, Aruna Quadri e Diogo Chen esmagaram os açorianos, repetindo o parcial de 3-11 por mais do que uma vez.

E já que falamos em esmagar, a nossa equipa de juvenis (futebol) ofereceu um esclarecedor 11-0 ao CADE. Já vos disse e repito as vezes que forem necessárias: muita atenção a esta equipa. A próxima fornada de potenciais craques está nas mãos de João Couto. Entretanto, os juniores, foram a casa do Belenenses vencer por 2-1 e isolaram-se no primeiro lugar do campeonato. Tão bom ou melhor do que o resultado, foi o facto de terem sido utilizados três juvenis (Tipote, Luís Maximiano e David Tavares) e seis juniores de primeiro ano.

Não é junior, mas é senior de primeiro ano. Matheus Pereira, craque dos pés à cabeça, foi figura maior no jogo da Taça de Portugal, frente ao Vilafranquense. Dois golos, os primeiros, tornando fácil um jogo onde o Sporting foi sério e onde Jesus aproveitou para dar minutos a vários jogadores. Na baliza, Boeck surgiu na versão fit e claramente confiante, comandando uma defesa onde João Pereira fez um jogo sem rasgo, Paulo Oliveira e Ewerton voltaram a jogar juntos (será esta a dupla de Jesus?) e onde Jonathan foi um constante municiador de ataques pela ala esquerda (com uma assistência). William continuou a ganhar ritmo (jogou 45 minutos), Aquilani foi o pai dos gaiatos e voltou a pecar na finalização e Bruno Paulista estreou-se com um bom golo de cabeça e óptimos indicadores, nomeadamente na forma como entrega a bola. Mané foi uma espécie de vagabundo no ataque e manteve a rotação em alta ao longo dos 90 minutos, Matheus continuou a ganhar espaço com brilho e Montero voltou a mostrar que tem pés de veludo e uma capacidade de remate tecnicamente deliciosa, além de estar envolvido em quase todos os lances de ataque da equipa. Ainda deu tempo para ver Gelson a jogar e a marcar, para assistir ao regresso de Tanaka e para André Martins ter minutos de jogo. E já que falamos de André Martins, um dado curioso: se o médio termina contrato em Junho do próximo ano e, ao contrário do que aconteceu com Jefferson, ainda não renovou contrato, isso quer dizer que sairá em breve do Sporting? Assim sendo, não faria mais sentido chamar Ryan Gauld para estes jogos? (por momentos, parece que estou a recuperar discussões da época anterior…)

Palavra final para as nossas Leoas do futsal. Depois da derrota no dérbi, num jogo onde a arbitragem foi uma vergonha (ainda fala um gajo das arbitragens no futebol 11), vitória por 4-2 frente ao Golpilheira.