Grande, grande, grande vitória no clássico frente ao FC Porto, recheada por um calor humano e por um público que não estava disposto a desistir na sua equipa. Mais uma vez, este Sporting volta a encher-nos de orgulho, a superar as expectativas e a vencer confrontos de grande grau de dificuldade. Foi assim frente ao Benfica (três vezes), frente ao Besiktas, frente ao Lokomotiv e, agora, contra o Porto. Pelo caminho, duas desilusões chamadas SC Braga e CSKA de Moscovo, por motivos algo semelhantes. Agora, é tempo de reunir de novo as tropas e fazer com que esta equipa nunca se esqueça de que estão atrás deles milhões dispostos a carregá-los aos ombros.

O jogo de Setúbal está tudo menos ganho. Enfrentamos a equipa sensação do campeonato, disposta a mostrar aos Madeirenses, Paços e Rio Ave que a luta pela Europa será tudo menos pacífica. Um relvado impróprio, certamente, o cansaço acumulado dos nossos jogadores e um adversário que vai pressionar o nosso meio-campo e sair muito bem para o contra-golpe (como diz o mister). Por uma horas vamos esquecer o mercado e as necessidades do plantel, vamos esquecer a faltinha que nos fazia um defesa e um avançado, bem como se o Bruno César serve ou não para alguma coisa. É tempo de boas energias, de acreditar e de pedir ao Sporting que não se esqueça que basta apenas um empate para deixarmos a liderança isolada.

Já não podemos negar que existem excelentes sensações em torno desta época. A capacidade leonina de superação, a exibição individual de muitos dos nossos jogadores, bem como os reforços de Verão que se mostraram certeiros, fazem com que acreditemos cada vez mais no título em Maio. Que poderá até vir num embrulho em forma de boa prestação europeia e uma tacinha da Liga a ajudar. O laço já foi dado com uma Supertaça, conquistada em Agosto.

Segue-se depois o Braga, para que termine este ciclo infernal de final de primeira volta. Um jogo em que temos de provar, mais uma vez, o quão melhores somos quando comparados com a auto proclamada quarta força do futebol português.
O jogo da Taça não pode servir de tónico para uma boa prestação. Em Alvalade vamos lutar pela liderança da Liga, não pela vingança pela nossa eliminação. Pelo caminho, assistiremos ao que fazem os nosso rivais contra os complicados Marítimo e Rio Ave, que poderão muito bem arrancar alguns preciosos pontos a nosso favor e que, contra o Sporting, provaram mais uma vez ser equipas muito complicadas de ultrapassar.

Que Alvalade se encha sempre de orgulho e de gente, que continuemos a encher a nossa casa até final da época e que se entoe “O Mundo Sabe Que” em todos os jogos, como se de uma final se tratasse. Só isso é a diferença entre um jogador que sente cansaço ou quer lutar até ao fim, só isso motiva os nossos homens, que mostram sentir como poucos aquela camisola, só isso é a diferença entre os clubes enormes e os medíocres. Alvalade precisa de nós mas, primeiro, façamos de Setúbal, Alvalade.

*às terças, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa