Tinha tantas saudades. Saudades deste sentimento de que algo se completa, de que funciona como um todo. Saudades deste sentimento que vai do relvado para a bancada e da bancada para o relvado, numa comunhão que não deixa quem quer que seja indiferente por mais quilómetros que o separem de Alvalade. Saudades de ser aquele miúdo que chegava ao estádio depois de apanhar uma valente molha e que tudo o que queria era ver a bola rola e festejar golos.
E, ontem, o primeiro até podia ter sido para o Braga. Melhor entrada em jogo dos arsenalistas, capazes de colocar em perigo a baliza de Rui Patrício logo ao primeiro minuto. A bola saiu ao lado, mas ficava o aviso, com o Sporting a precisar de cerca de dez minutos para se equilibrar e pegar no jogo. João Mário marcaria, já depois de ser assinalado fora de jogo a Slimani, e o mesmo João Mário seria protagonista de uma fantástica jogada colectiva que o deixaria na cara do guarda-redes e que deixaria Alvalade com o grito de golo preso na garganta. Bruno César ensaiaria um livre directo, mas seria Slimani a ter mais uma estrondosa oportunidade: grande passe de Bryan Ruiz e o argelino a isolar-se e a preferir tentar o chapéu em vez de fuzilar o guarda-redes. Mãos na cabeça do avançado, mãos na cabeça nas bancadas, bola para a entrada de Ruiz que chega atrasado. O Sporting dominava completamente a partida, frente a um Braga encaixado no seu meio campo (e, por vezes, em metade do seu meio-campo) e só faltava um golo para efectivar esse domínio. Paulo Oliveira este perto de consegui-lo no seguimento de um canto, mas a potente cabeçada do central bate no poste, bate no guarda-redes e não entra.
As máximas do futebol davam ar de sua graça e povoa a mente de tudo e todos aquela que diz que “quem não marca arrisca-se a sofrer”, no momento em que Wilson Eduardo aproveita uma bola perdida para marcar o primeiro. As bancadas, já de si geladas pela chuva, não acusam o golpe e empurram a equipa para a frente. Slimani está perto de finalizar com êxito, mas é na baliza de Patrício que as redes voltam a agitar-se: enorme passividade da defesa e Rafa a fazer um golo de bela execução. Verdadeiro murro no estômago a um minuto do intervalo, verdadeira prova de fogo para o Sporting no seu todo. E, face a ela, os adeptos são os primeiros a não deixar margem para dúvidas: este jogo está longe de estar terminado!, escuta-se no eco dos cânticos que acompanham a equipa na saída para o balneário e a recebem de volta para os segundos 45 minutos.
Gelson já está em campo, substituindo William e entregando o miolo a Adrien e João Mário (que grande jogo dos dois meninos formados em Alvalade). E é Gelson quem arranca pela direita e vê o seu cruzamento ser cortado pela mão de um defesa. Corpo fora da área, mão dentro da mesma, penalti. Adrien avança e não treme. Falta meia hora. Faltam dois golos. Entra Montero. João Mário tem mais uma grande arrancada, trabalha com Ruiz e o costa riquenho descobre Slimani sozinho na área; o falhanço do argelino leva tudo e todos ao desespero e a dose repete-se pouco depois, quando Slimani não consegue emendar o ressalto de um primeiro remate de Gelson Martins.
Lá vai Jefferson. À quem lhe grite para cruzar, há quem lhe grite para centrar. O que ele faz não se sabe, mas Montero intromete-se, domina a bola e dispara para o fundo das redes. O vulcão de Alvalade explode definitivamente e não há quem não acredite que não chegamos ao terceiro nos 15 minutos que faltam. Respiração em suspenso dez minutos depois, quando Rafa se isola. Patrício volta a fazer-se maior do que qualquer baliza e diz não ao que seria uma tremenda injustiça. Falta um minuto. Canta-se. Acredita-se. Ruiz saca um cruzamento a régua e esquadro que encontra a cabeça de Slimani no meio de quatro defesas…
E quando o tempo volta a andar há uma loucura colectiva. Há aquele nós contra o mundo, há olhares que se encontram num desnorte de felicidade. E há o erguer o mais alto que posso uma pequena Leoa a quem sempre quis passar isto. Este Sporting. O meu Sporting. Um Sporting que nos faz acreditar, um Sporting que obriga os adeptos a continuarem a cantar já depois dos 90 minutos, um Sporting que no misto de trabalho e de brilhantismo faz com que adeptos e profissionais se liguem de forma electrizante. E enquanto uma criança agita o cachecol e bebe a felicidade colectiva, eu olho para a escada de pedra onde a força da chuva nos obrigou a ver o jogo e encontro, de lágrimas de felicidade nos olhos, aquele miúdo que levo sempre comigo para a bola à espera de momentos como este. Tinha tantas saudades.
11 Janeiro, 2016 at 11:36
Onde podemos ver o nacional – SL caixas negras?
11 Janeiro, 2016 at 11:47
Com tanta ladroagem junta, na judiciária seria o local certo…
11 Janeiro, 2016 at 12:34
😀
11 Janeiro, 2016 at 11:46
Enquanto não há jogo, sempre posso ver um resumo isento e sensato:
https://www.facebook.com/SportingDepressao/videos/207026789641478/?theater
Assim dá gosto!!!
11 Janeiro, 2016 at 11:46
O William, impressão minha, ou “quebra” por alturas da época de transferências? Ontem foi demasiado… é que há dias em que as coisas correm mal, mas ele foi de uma displicência gritante.
O jefferson, confesso que é daquelas relações amor-ódio. Ofensivamente é forte, defensivamente dá as suas casas, mas vai cumprindo, só que… quando não tem concorrência, acomoda-se. Ele tem feito bons jogos, mas o JJ disse que o Zagalote tão cedo não entra (o que é normal, ele tem de aprender o processo defensivo) e um dia depois… isto. São demasiadas coincidências que os seus melhores momentos cruzem sempre com alturas em que o Jonathan parecia ameaçar a titularidade.
O Slimani vai ter de se conter um bocado… os árbitros vão começar a mirá-lo com mais atenção. Aliás, repararam como ontem até um bloqueio num livre lateral se marcou? “Eles” andam de olho aberto. Aquilo não foi uma agressão, longe disso (então o Maxi e o Luisão já tinham sido irradiados), mas aqueles toques induzem em erro, especialmente quem está de má fé. Como dizia o outro, não há necessidade. O João Mário, na altura nem me apercebi, mas depois vi as imagens e aquilo é vermelho. Uma pantufada de pitons na perna do adversário.
Mas pronto, vai ser mais do mesmo esta semana. Contabilidade criativa, a pressão exercida sobre os árbitros pelas agências de comunicação e pelo Inácio alinhado com o Pina e o ROC, agressões, penalties fantasma, tralala, Sporting beneficiado desde Tondela até à 28ª jornada, e benfica prejudicado desde Arouca até à 46ª. Ah e não esquecer, esta semana temos o prato especial do Dia, VMOC.
11 Janeiro, 2016 at 11:50
As VMOCS já é não assunto… mas claro que até dia 17 vai ser faca e alguidar.
Os bancos já aceitaram prolongar até 2026… o resto é a cãozarrada a ladrar… E o Sporting a passar!
11 Janeiro, 2016 at 11:54
VMOC na perspectiva da banca salvar o Sporting, concorrência desleal, etc e tal
11 Janeiro, 2016 at 12:10
Mas até 6ª num correio da manhã desta vida vai aparecer a noticia “novo banco pondera não aceitar extensão das VMOCS”
E claro que a máquina de propaganda do estado lampianico vai continuar com a cassete de favorecimento do novo banco e o catano…
O que eu gostava mesmo era que o Bruno (sim…o Bruno, porque tem muito mais impacto que qualquer outro representante do Sporting) voltasse à carga (após 6ªf) sobre a pouca vergonha que é o calote deixado ao bes por parte das empresas do “universo Orelhas”
11 Janeiro, 2016 at 12:37
Resumo perfeito do que vai ser a semana…
11 Janeiro, 2016 at 11:58
Alguém dê ai um link para ver o nacional – SL caixas negras?
11 Janeiro, 2016 at 12:28
http://www.thefeed2all.eu/watch/401140/1/watch-clube-desportivo-nacional-vs-sl-benfica.html
11 Janeiro, 2016 at 12:47
Tks
11 Janeiro, 2016 at 12:02
Começa bem na Choupana…cabrão do arbitro não vê uma falta escandalosa de Carcela que dá origem a um contra-ataque perigosíssimo.
11 Janeiro, 2016 at 12:04
Bom dia para toda a familia da Tasca (incluindo-me a mim…que estou constipadíssimo…!)…
Ontem não tive qualquer hipótese de “estar lá”…nems equer de ver ou ouvir…
Pelo que me limitei a ver as opinões diversas…às imagens e ao “conhecimento” e confiança nos nossos jogadores e equipa técnica…
Não vou valorizar individualmente nenhum jogador do Sporting…
“Pareceu-me” que todos foram enormes Leões…!!
Mas vou aqui “fazer um desafio”…
A alguns que de vez enquando aqui “têm dito mal” do nosso Rui Patricio…
E sabem qual é o desafio…?
Tão somente dizerem aqui…: Rui Patricio “és o MAIOR…” (podem mesmo gritar Rui Patricio…és o Máior…!!)…
Sporting Sempre…
Parabéns ao companheiro…:
“Luís Pais”
Desejos de muitos anos de vida, com saude a alegrias …”daquelas” que todos gostamos…
Abraço
SL
11 Janeiro, 2016 at 12:13
Muito bom dia a todos os tasqueiros!
Não tenho comentado….mas todos os dias ao balcão da Tasca!
Que orgulho grande ser do melhor clube do mundo!
11 Janeiro, 2016 at 12:14
Vou passando os olhos nos jornais e blogs, e só vejo gajos a serem comprados pelo EsseEle.
Ele é o Benitez, um Kalaica, ou Balalaica… depois é uma série deles (uns nem conheço, outros tipo Muktar, já me tinha esquecido) que andam por aqui e por ali.
Acho que o objectivo é comprarem jogadores suficientes para perfazerem os tais 14 milhões. Depois emprestam-nos por esse mundo fora de modo a criarem a tal diáspora benfiquista.
11 Janeiro, 2016 at 12:18
Deixa-os lá encher o galinheiro…
Aquilo depois de espremido não há lá nada a não ser montes de capas de jornais com muktars ics cavaleiros, renatos…
11 Janeiro, 2016 at 12:17
ESPERO MUITO SINCERAMENTE QUE O PORCO VÁ BUSCAR O MACAQUITO…
11 Janeiro, 2016 at 12:40
Não há hipóteses de isso acontecer. Mas eu não gostava…seria claramente um upgrade ao Lopetegui e o fcp até tem boa equipa (superior ao slb por exemplo)
11 Janeiro, 2016 at 12:18
O Nacional não joga um cartalho. Os jogadores parece que estão a fazer um frete…
O golo de Jonas é consentido como o caralho!!!!
11 Janeiro, 2016 at 12:20
Pq achas q foi feito este frete pelo Nacional , em prejuizo claro dos interreses do Nacional q tem jogo de taça na 4f?
11 Janeiro, 2016 at 12:20
Foi o golo mais fácil que ele marcou em Portugal, e não vai ficar por aqui. O Nacional está a defender muito mal…
11 Janeiro, 2016 at 12:21
O Nacional este ano so decidiu jogar bem contra nos, contra os outros riem-se a ver videos de penalties que ficam por marcar
11 Janeiro, 2016 at 12:22
Só mesmo a notícia do desaparecimento do Bowie para me cortar a enorme alegria pela fantástica vitória do SCP. Ou, só mesmo a fantástica vitória do SCP para suavizar a triste notícia do desaparecimento do Bowie…
Não tenho arte nem engenho para descrever a enorme vitória do SCP. Só quero aqui dizer, que assim que senti o Gelson a entrar com aquela confiança no 1×1 senti que podíamos dar a cambalhota no marcador. Este foi o melhor Missão Impossível que saiu para o mercado. Ontem, o “Cruise” de apito na boca não apareceu para salvar o braguilha. Ontem fomos “Heroes”. Fantástico jogo do Adrien, JM, Ruiz, Gelson e restante Turma de Alvalade!
Obrigado Sporting Clube de Portugal por um jogo épico e memorável!
11 Janeiro, 2016 at 12:28
Estive presente na roubalheira de Santa Maria da Feira, um dos pobres desgraçados que se encontravam atrás da baliza, levando com a chuva durante quase cerca de 90 minutos.
Quero aqui deixar uma palavra de apreço para o grande Pedro Silva, que no final do jogo teve o fantástico gesto de despir a camisola para oferecê-la a um miúdo. Os outros esqueceram-se por completo de quem os apoiou.
Também estive presente nas meias-finais e final da Taça da Liga de Futsal. Fantástico ambiente! Adeptos do Norte, sempre presentes a demonstrarem de forma inequívoca que o Sporting é um clube de Portugal!
O Rui Queimado parece um aleijado. Tenho a certeza que esse iluminado da bola deve usar meia dúzia de almofadas na cadeira da tvi para se fazer grande.
11 Janeiro, 2016 at 12:27
Não estive lá, Cherba e restantes tasqueiros. E sofri que me fartei!
O jogo, vi-o mais ou menos da mesma forma e, por isso, faço copy/paste do GAG (é um pouco longo).
“Eu tinha avisado ontem…o Braga sabe defender e, connosco, fê-lo em bloco baixo, só arriscando pressionar no próprio meio campo.
Eu tinha avisado…o Braga sabe jogar em ataque rápido, usa para isso processos simples e tem jogadores rápidos e de qualidade que ajudam (e muito) a dar-nos alguns calafrios.
Foi assim que, sem qualquer problema, entregaram o domínio total do jogo ao Sporting e se limitaram a tentar chegar à área de Rui Patrício em jogadas rápidas, aproveitando bem alguns erros a que o nosso estilo de jogo é propenso.
Os primeiros lances de perigo surgem de duas desatenções de Jefferson e William Carvalho. Na primeira, Wilson Eduardo não acertou na baliza. Na segunda, Rui Patrício teve de mostrar serviço.
Na primeira parte, ofensivamente, o Braga só existiu nestes primeiros cinco minutos e nos últimos cinco (pena que com efeitos diferentes dos que acabei de mencionar).
Entre estes dois períodos, as melhores situações de golo foram do Sporting, por João Mário, que só não finalizou melhor porque a bola lhe sobrou para o pior pé, por Slimani, que complicou uma finalização que se queria simples e por Paulo Oliveira, que cabeceou de forma violenta ao poste da baliza de Kritciuk, que havia defendido as duas ocasiões anteriores.
Já diz o povo que, quem não marca, sofre. E assim foi.
Ambos os golos que haveriam de colocar o Braga em vantagem por 0-2 ao intervalo têm um denominador comum: Jefferson, que num deles tem a ‘colaboração’ de Adrien e no outro de William Carvalho.
No primeiro golo, o alívio de William é o possível, tendo em conta a trajectória da bola e o posicionamento do jogador (correcto, diga-se). O resto, é ‘sono’ de Jefferson (que se deixa antecipar) e Adrien (que está demasiado longe de Wilson para que possa estorvar a sua acção).
Curiosamente, é no momento do 0-2 que o Sporting começa a vencer o jogo. Imediatamente após o golo de Rafa (que também tem mérito do próprio e de Rui Fonte, que desposiciona totalmente Paulo Oliveira) o vulcão de Alvalade mostrou a sua força e a palestra de Jorge Jesus começou com aquelas gargantas a cantar “Só eu sei, porque não fico em casa”.
Os adeptos sabiam que ia valer a pena e, na segunda parte, os jogadores acabaram por fazer valer o bilhete.
Era preciso arriscar para virar um resultado de dois golos frente a este Braga e Jorge Jesus não esperou. William ficou no balneário (porque já tinha amarelo e era, naquela altura, o elemento mais ‘descartável’ do nosso meio-campo).
Jesus sabia que a pressão ia fazer moça e que Gelson ia ser importante para isso.
A segunda parte é poética.
A toada do jogo não se altera. O Sporting domina e o Braga tenta explorar o ataque rápido, nunca com mais de três homens.
A primeira oportunidade, não estava ainda completo o terceiro minuto, esteve nos pés de Ruiz, servido por Slimani, que havia recebido de Gelson. Tal como nas oportunidades anteriores, o ressalto vindo do guarda-redes não nos é favorável mas estava dado o primeiro aviso.
Logo a seguir, Pedro Santos volta a por Patrício à prova, após mais um deslize (literalmente) de Jefferson. O Braga mostrava também que estava pronto a aproveitar os nossos erros.
Quase dez minutos de futebol algo atabalhoado de ambas as partes e Jesus percebe que este não é o dia de Bruno César. Fredy Montero está na linha lateral, preparado para entrar, quando o cruzamento de Gelson é travado pelo braço de André Pinto. Grande penalidade bem assinalada, que Adrien não desperdiça. Mais do que nunca, as esperanças reacendem. Grita-se o amor ao Sporting! É possível!
Montero entra para o lugar de ‘chuta-chuta’. O golo não altera nada. Ainda estamos em desvantagem.
Na primeira vez que toca na bola, Montero isola Slimani. Kritciuk chega primeiro.
Neste momento, o Braga já abusa do anti-jogo. Era um bom sinal. Sentiram o golo. Fonseca troca de avançados. Nada muda na estratégia do Braga.
Montero tenta um passe picado, ganha a segunda bola e ataca a área. Segunda grande-penalidade, desta vez não assinalada mais uma vez com um jogador do Braga a jogar a bola com a mão no interior da área (desta vez foi Ricardo Ferreira).
Ruiz coloca de bandeja na cabeça de Slimani, mesmo como ele gosta. O argelino desperdiça, o público desespera, o Braga respira de alívio. A pressão está a subir de tom.
Montero tenta mais um passe picado. Não resultou mas eu sentia a sua confiança.
Minuto 70. Mais um aviso. Gelson combina com Ruiz, remata, o russo defende e, na recarga, Slimani volta a acertar no boneco. Está quase…já cheira a golo em Alvalade!
João Mário tem uma entrada dura que devia ter valido cartão amarelo. Não vou discutir nem esmiuçar a arbitragem mas, para os lampiões (sejam do sul ou do norte) que exigiam a expulsão do jogador do Sporting, recomendo que revejam as três faltas de Ricardo Ferreira até ao lance que origina a grande-penalidade não assinalada. E fico-me por aqui.
Wilson Eduardo sai ovacionado após marcar um golo em mais um regresso a ‘casa’.
Faltam quinze minutos para o final.
Para os menos desatentos, o lance do golo de Fredy Montero surge após uma troca de bola de quase um minuto, em que a bola passa pelos três corredores e por nove dos onze jogadores do Sporting em campo (só Rui Patrício e Bryan Ruiz não participaram no lance). Só Fredy Montero transformaria um remate de Jefferson numa assistência, tornando o que parecia difícil em fácil. Pé direito para receber e esquerdo para rematar, sem pedir licença, com a potência e direcção certas. Estava feito o empate e eu estava eufórico. Foi o golo quer mais festejei e que mais tranquilo me deixou.
Porquê? Slimani ainda não tinha marcado e tínhamos um quarto de hora para tomar de assalto a baliza dos bracarenses.
Paulo Oliveira tenta o tiro do meio da rua. Sai por cima e está na hora de apostar na qualidade de passe e veia goleadora de Aquilani. João Mário é o ‘sacrificado’. Faltam dez minutos para o final.
Seguem-se cinco minutos em que abrandámos a pressão (os homens não são de ferro) e o Braga teve mais bola, embora se sentisse desconfortável com ela. Este momento de jogo haveria de culminar com o recém-entrado Marcelo Goiano a isolar Rafa que, na cara de Rui Patrício viu o guarda-redes leoninio ser aquilo que é…o Rei! Mancha monumental, a mostrar aquilo que vale…pontos.
O Sporting volta a carregar a anunciam-se mais de 42 mil em Alvalade. O melhor, ainda estava para vir.
Patrício emenda um erro de Naldo e antecipa-se a Stojilkovic. Falta um minuto para os 90 e o publico ainda acredita.
Ruiz também e mostra porque é que nunca sai. Mais uma redondinha na cabeça de Slimani que, desta vez, não perdoa e escreve o último verso de um poema épico.
Estava feito o 3-2. Estava virado o jogo em menos de 45 minutos e eu só dizia ao meu puto: “Filho, este ano somos campeões! Este é o ano do Sporting!”
Podia nomear um homem do jogo e vou fazê-lo: Jorge Jesus.
Pela mestria como leu o jogo e mexeu na equipa, pela forma como cantou com os mais de 40 mil, pela forma louca como festejou a vitória.
Jesus é treinador do Sporting de corpo e alma. Vive e entrega-se ao jogo como se jogasse e, embora não tenha marcado um golo, esta vitória é dele. Dele e daqueles 40 e tal mil leões que nunca desistiram e acreditaram sempre.”
11 Janeiro, 2016 at 12:46
” Estava feito o empate e eu estava eufórico. Foi o golo quer mais festejei e que mais tranquilo me deixou.
Porquê? Slimani ainda não tinha marcado e tínhamos um quarto de hora para tomar de assalto a baliza dos bracarenses.”
Depois do empate achou que se não foram todos, a grande maioria tinha a certeza que ganhávamos com o golo do Slimani…
11 Janeiro, 2016 at 13:58
Essa é a diferença para o passado. Esta equipa tem o mérito de nos fazer acreditar SEMPRE!
11 Janeiro, 2016 at 13:20
Boa descrição, GAG.
Um aparte:
Dei por mim a contar as oportunidades claras de golo. Sublinho “claras” porque nem todos os remates são oportunidades de golo da mesma forma que nem todas as oportunidades de golo claras acabam em remate. Na primeira parte temos 3 oportunidades de golo claras (JM, Slimani, Paulo Oliveira) e o Braga tem 2 (Wilson no primeiro lance do jogo e Rafa). O golo do Wilson não é uma oportunidade de golo clara, é um remate com oposição do Naldo que acaba por permitir que a bola passe entre as pernas. Portanto, na primeira parte o Braga tem uma eficácia de 50% no rácio oportunidades claras/golos. Nós temos uma eficácia de 0%. A somar a isto, o Braga faz outro golo num lance fortuito (embora com muito mérito do Wilson) porque na maioria das vezes aquele lance não acaba dentro da baliza. Resultado muito injusto ao intervalo.
Na segunda parte, o padrão de jogo mantém-se mas algo muda, os níveis de eficácia de ambas as equipas. O Braga deixou de marcar nas oportunidades claras (Rafa) e o Sporting começou a aproveitar melhor. Ainda assim, entre os golos, o Sporting cria 3 oportunidades claras (Ruiz e Slimani x2) que não concretiza e em outras 3 concretiza, ou seja, 50% de eficácia.
Isto tudo para dizer duas coisas. Primeiro, o Sporting criou cerca de 7/8 oportunidade de golo claras. Independentemente daquilo que o adversário faz ou da eficácia que tem, quem cria este nr de oportunidades de golo claras, sublinho, claras…com um nível de eficácia de 30/40% ganha os jogos. Segundo, para os adversários discutirem jogos com o Sporting precisam de ter uma eficácia absurda e/ou beneficiarem de momentos de inspiração que não acontecem todos os dias como o golo do Wilson. É isto que faz do Sporting a melhor equipa deste campeonato. As oportunidades de golo claras que cria torna quase impossível não marcar golos e aquilo que não concede aos adversários obriga-os, praticamente, a serem perfeitos.
11 Janeiro, 2016 at 13:50
Sem dúvida, Sá!
É precisamente por isso que friso várias vezes que o domínio de jogo foi sempre nosso e que o Braga fez o que fazem 95% das equipas que vêm a nossa casa: bloco baixo e contra-ataque.
Revi o jogo. Queria fazer uma boa análise e, a verdade, é que para o estilo de jogo que praticamos, erramos muito pouco.
A diferença esteve precisamente na eficácia do Braga. Não fosse isso e teríamos ganho com maior facilidade.
Depois há a nossa mentalidade. Nunca, em momento algum, a equipa abdica da sua forma de jogar porque sabe e acredita que é a melhor forma de chegar aos golos. Grande mérito de JJ e da sua equipa técnica, bem como dos jogadores, que acreditam piamente naquilo que lhes é transmitido.
Estamos MUITA FORTES!
11 Janeiro, 2016 at 15:15
“…para os adversários discutirem jogos com o Sporting precisam de ter uma eficácia absurda” = União da Madeira
Ainda continuo a perguntar-me como foi possível perder aquele jogo…
11 Janeiro, 2016 at 15:57
Segundo, para os adversários discutirem jogos com o Sporting precisam de ter uma eficácia absurda e/ou beneficiarem de momentos de inspiração…
…Ou ter uma caga incrível como o união da Madeira 😉
11 Janeiro, 2016 at 12:37
Que FÉ andava ontem no ar em Alvalade!!
És a nossa FÉ… força SPORTING! allez!!
Nós acreditamos em vocês! e muito!
Até breve… contra o Tondela!
11 Janeiro, 2016 at 12:51
Mais um belíssimo texto. O nosso Sporting está mesmo de volta. Que felicidade!!! FORÇA SPORTING!!!
11 Janeiro, 2016 at 13:22
Slimani tem 13 golos na Liga e marca há 3 jogos consecutivos!!! Nos últimos 8 jogos tem 8 golos…
Aqui é que está o problema para aqueles que antes gozavam com ele e o apelidavam de “coxo” (isto para não falar do preço), que tiveram ou têm Maxi Pereira e que estão 4 pontos atrás do Sporting e no confronto direto perderam os respetivos jogos…
Sendo que este tipo de campanha já não é virgem, antes era o Montero que só marcava em fora de jogo e deu resultado quando começaram a a anular-lhe golos legais!
Quanto ao Slimani que continue a marcar e a “aziar” os nossos rivais 😀 Mas também é preciso que tenha cuidado com o “excesso de zelo” porque neste jogo não foi o caso mas já por diversas vezes arrisca desnecessariamente ver cartões (especialmente jogando no Sporting)
11 Janeiro, 2016 at 13:30
Este ano estamos a escrever páginas e páginas de história debruadas a ouro!!!
Com muito Esforço, muita Dedicação, muita Devoção… iremos atingir as Glórias que todos merecemos e ansiamos á muitos anos a esta parte!
Vamos Sporting Clube de Portugal! Contra tudo e contra todos os que nos querem mal!
SL
11 Janeiro, 2016 at 13:36
Agora e so proteger e defender ao maximo o principal obreiro disto tudo Bruno de Carvalho. E desfrutar destes momentos.
11 Janeiro, 2016 at 13:50
Ocorreu-me um pensamento em OFF:
Naldo-PO – melhor dupla de centrais desde Marco Aurélio e Naybet? S/N
Ou pelo menos desde Beto e Quiroga!!!
(PS no caso do MA/Naybet é equivalencia directa…o Naldo é o ‘durao’ estilo Marco Aurélio e o PO tem a classe e tranquilidade do Naybet.)
11 Janeiro, 2016 at 16:53
Curioso, ver marco Aurélio associado a durao e não classe !
11 Janeiro, 2016 at 18:52
Tb a tinha 😀 Mas do que me lembro era o mais pragmático e ‘tira-fora’ dos dois da altura…lembro-me do Naybet ser mais de sair a jogar. Se calhar era ao contrário…eu era puto, 7 anos ou assim.
11 Janeiro, 2016 at 15:03
Sempre fui um gajo muito positivo em relaçäo ao Sporting…quantas vezes tive que ouvir de amigos e mais ainda de alguns adversarios, coisas como ” tu ainda acreditas no pai natal “. Mas esta época e depois do que se tem passado, do Show Sporting uma e outra vez, passei a acreditar muito mais (como se isso fosse possivel ) , acredito que é possivel uma Liga Europa, que num ano näo muito distante , lutar pela champions näo é utopia e que iremos ser um dia , aquele clube que conquistou as tres taças europeias, impossivel de realizar para quem nunca ganhou uma Taça das Taças . Rezo só para que os tempos passados näo se repitam e que presidencias como as que recentemente tivemos näo sejam nunca mais possivel.
11 Janeiro, 2016 at 18:16
Obviamente que sofrer 2 golos não é bom e lições devem ser aprendidas. Mas são vitórias destas que dão moral! Estar enterrado na lama e conseguir sair.
Grande Sporting!
Enormes adeptos no estádio!
Que grande vitória!