Serve este post para tentar fazer ver um ponto de vista do qual me acusarão de ser incoerente… de ser incoerente me confesso pecador… que atire a primeira pedra aquele que nunca teve a sensatez de mudar de opinião.

Adiante. Falei há tempos na importância do Capitão no rugby… e falta tanto que venho tentar completar a coisa.
Vamos lá então a completar a empreitada… há os pilares, que junto com o talonador levam a equipa aos ombros. Os segunda linhas, altos e fortes, são as torres que seguram os pilares e protegem as terceiras linhas, e que lhes permite tempo e espaço para o jogo. O formação, o nosso Yoda, a sua visão tem que ser 2 3 4 jogadas à frente. O abertura, que distribui o jogo, qual aranha lança a rede em intrincados mapas com triângulos e geometrias perfeitas.

Depois os pontas, Mercurios de asas no capacete que voam em fintas às Hárpias adversárias, até atingirem a linha de ensaio. O treinador… os suplentes que nunca o são… estão sempre a aquecer pois podem precisar de entrar a qualquer momento, e a equipa não o pode esperar. O público, que empurra e puxa a equipa, num baloiço, mais alto mais alto cada vez mais alto… enfim, no rugby o importante é o todo, que consegue ser bem mais que a soma das partes… é uma soma exponencial, área a desenvolver pela matemática.

Depois há outras pessoas, elementos da equipa também… os pais que de coração nas mãos olham o filho a jogar, a namorada que desvia o olhar numa placagem mais agressiva, o aguadeiro que não deixa a equipa sem água (aliás o aguadeiro das equipas mais fracas tem muito mais trabalho, pois as pausas dão-se mais quando se sofrem ensaios).
E depois há aqueles que sofrem por não poder estar com a família… ia dizer equipa, mas família é mais apropriado… que choram, de raiva e impotência de não poderem contribuir… As melhoras…

 

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio