Tinha acontecido na meia-final, aquando das dificuldades frente ao Braga, voltou a acontecer ontem, depois da derrota frente ao benfica: a equipa de futsal passou de bestial a besta e Nuno Dias, o treinador, voltou a ser questionado por adeptos de cabeça quente que não hesitam em soltar a sua frustração nas redes sociais e em blogues.

Penso que Nuno Dias já deu provas mais do que suficientes da sua competência e da forma como concilia a mesma pela paixão pelo clube. Não quer isto dizer, obviamente, que seja intocável ou que seja o melhor treinador do mundo, mas colocar em causa aquilo que ele vale de cada vez que não ganhamos um jogo parece-me um disparate de todo o tamanho.

Mas o que acontece com Nuno Dias já aconteceu, por exemplo, com Frederico Santos, ex-treinador de andebol. O constante morrer na praia levou ao acumular de críticas e à mudança. E a verdade é que a entrada de Zupo se traduziu num decréscimo de jogo e de atitude em relação às equipas que, embora não conseguindo quebrar a hegemonia do fcPorto, iam conquistando, por exemplo, Taças de Portugal.

E não podemos esquecer Nuno Lopes, o homem que dirige o hóquei em patins, e que no espaço de dois anos foi capaz de passar do amadorismo às conquistas europeias, por exemplo. A verdade é que, para muito boa gente, Nuno Lopes é descartável (diz-se que sairá neste defeso) e não podemos deixar que o seu grande coração verde e branco nos tolde no momento de medir competência.

Acreditem, isto faz-me confusão. E fico sempre a pensar para com os meus botões, se será mais fácil bater nos nossos?