Enquanto nós andamos com estas merdinhas entre nós, os outros andam a combinar o que publicar para nos mandar a baixo… Perdemos demasiado tempo com coisinhas sem jeito nenhum, mais união precisa-se…

SL

O Nosso Departamento Médico é de excepção, designadamente na área traumatológica mas, também em ortopedia pura e dura. A CUF pelo seu lado, tem no Departamento de Cardiologia uma área de excepção dirigida por um médico de enorme “Low Profile” mas, um cardiologista que nada deve em conhecimentos, inteligência e know how aos melhores do Mundo. Acredito que os exames do Lucas Silva tenham sido analisados pelo Departamento de Cardiologia da CUF e que aquilo que foi detectado não constitua um bom presságio. O que acontece uma vez, durante uma prova de esforço, acontece uma ou mais vezes durante um jogo mas, ninguém o pode avaliar.

Há vários protocolos definidos para a realização de electrocardiogramas em prova de esforço, no meu caso, que faço regularmente esses exames o protocolo é ligeiro e absolutamente distinto de protocolos para jovens saudáveis e designadamente, diametralmente oposto em dificuldade para atletas de alta definição. Varia em intensidade e em duração mas varia não só no grau de intensidade mas na duração em que esse esforço é exigido. No meu caso, faz-se “andando” na passadeira durante cerca de 13 minutos, variando o esforço que me é exigido aqui e acolá e mantendo-se mais intenso, obrigando-me a estugar o passo, nos dois ou três minutos finais.
Um atleta de alta competição faz esses exames durante cerca de 25 minutos e, tanto quanto sei, sempre a correr, excepto nos primeiros dois minutos em que a rapidez do passo vai sendo acelerado pela passadeira até que só é possível ao atleta corresponder, correndo.

As alterações que possam surgir são de diferentes naturezas e apontam a diferentes problemas. Ocorrendo uma vez uma alteração “atípica” do electrocardiograma, só pode voltar a ocorrer mais vezes. Isso é inelutável e a partir do momento em que ocorra é indispensável determinar a causa.
Nenhuma destas alterações tem lugar sem que haja uma razão para isso. Razões graves e nada graves para quem não é atleta de competição. Qualquer alteração verificada no electrocardiograma de um atleta de alta competição, é grave e pode muito bem corresponder a uma elevada probabilidade de risco de vida, durante os treinos e durante os jogos.
Isto não quer dizer que a causa não possa ser eliminada definitivamente quer pela via medicamentosa quer pela via cirúrgica e que o jogador não possa voltar à sua actividade mas, desta vez, correndo os riscos que todos os atletas de alta competição correm sempre, mesmo que de plena saúde. É preciso ter esta noção, a de que qualquer atleta de alta competição corre diariamente risco de problemas cardio vasculares.

Parabéns ao Dr. Frederico Varandas “Vadinha” para os amigos de Liceu e parabéns ao Sporting Clube de Portugal pelos princípios que nos regem e dos quais não abdicamos em circunstância alguma.

Se morrem em campo, a culpa é nossa. Não vale a pena andar depois a chorar lágrimas de crocodilo e a erguer-lhes estátuas para evitar acções de responsabilidade civil ou para apaziguar as multidões que pensam, antes de mais, em “Doping” (quantas vezes com razão).