O Ministério Público suspeita de branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada no caso de 12 contratos de jogadores do FC Porto onde estarão relacionadas sociedades offshore.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar 12 transferências de jogadores do FC Porto relativas ao anos de 2006 por suspeitas branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e abuso de confiança, todas elas relacionadas com uma ligação a sociedades offshore. Esta pista está na base de uma nova investigação do Ministério Público ao setor do futebol.
De acordo com o Correio da Manhã, que dá a notícia em primeira mão, estas suspeitas surgiram num inquérito do DCIAP a propósito da operação Furacão feito a uma empresa do universo Grupo Espírito Santos (GES), a Esger – Empresa de Serviços e de Consultoria. Ainda segundo aquele jornal, a empresa em causa teve como acionistas Ricardo Salgado e José Manuel Espírito Santo.
No âmbito desse inquérito, o DCIAP apreendeu em 2006 documentos após fazer buscas na Delloite & Touch e na Delloite e Associados SROC. Foram então apreendidos “inúmeros” documentos relacionados com transferências de 12 jogadores, entre estes alguns nomes conhecidos: Thiago Silva (atual capitão do Paris Saint-German, que alinhou pelo FC Porto B em 2004/05), Lisandro López, Lucho González, Anderson, Benny McCarthy ou, entre outros, Luís Fabiano.
Entre os documentos apreendidos, encontra-se um contrato celebrado entre o FC Porto e a Gestifute, do empresário Jorge Mendes. Segundo o Correio da Manhã, a Global Soccer Agencies e a Vidella Investments são algumas das sociedades offshore contempladas nos documentos apreendidos.
Num despacho datado de 2008, o procurador Jorge Rosário Teixeira escreveu que “os documentos suscitam suspeitas quanto à natureza, beneficiários e relevância fiscal de alguns dos pagamentos associados às referidas transferências de jogadores, em particular a eventuais crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e mesmo de branqueamento de vantagens de origem ilícita”. No mesmo documento, o procurador mandou extrair uma certidão do auto de busca “a fim de instaurar novo inquérito à ordem do qual passam a ficar apreendidos os documentos”.
1 Agosto, 2016 at 13:40
Junto à minha voz ao coro de pesar pela morte de um dos maiores entre os maiores. Que o seu legado seja tão ou mais nobre e frutuoso como foi a sua vida. Um exemplo maior do esforço, devoção, dedicação e glória!