Torneio Internacional de S. Mateus 2016/2017, em Viseu, Vencedor Sporting Clube de Portugal.

Como já havíamos falado aqui, o Torneio de Viseu seria um bom teste ao valor da nossa equipa, pois iria enfrentar outros dois candidatos ao título nacional, FC Porto e SL Benfica. Ditou o sorteio que o Sporting encontrasse o Porto no jogo de apuramento para a final.

Nesse jogo o Sporting iniciou com uma defesa 6:0 com A. Cudic na baliza, os pontas foram Portela na direita e Ivan Nikcevic na esquerda e a pivot M. Kopco. A primeira linha tinha Frankis à esquerda e Janko Bolovic à direita, o central Carlos Ruesga só atacava e trocava com Bosko na defesa. Com uma entrada segura na defesa, destaque para Kopco com duas intercepções, o Sporting fez um parcial de 5-1 o que levou Ricardo Costa, treinador do Porto, a para o jogo para falar com os seus jogadores. A paragem não fez logo efeito e o Sporting com um jogo rápido chegou a 10-4 perto dos 20 minutos.

Após os 20 minutos fez-se notar que ainda estamos em início de época e a coordenação entre os jogadores ainda requer afinação. Algumas Falhas Técnicas (FT) levaram a uma recuperação do Porto para um 12-9. Zupo utilizou o seu time out e procurou corrigir o ataque organizado. Contudo, uma exclusão na defesa obrigou a jogar com menos um e os dragões aproveitaram para igualar a 12. Após a reposição da igualdade numérica o Sporting fez dois golos e foi a vencer 14-12 ao intervalo.

Para a segunda parte, o treinador leonino trocou os dois pontas, entrando Solha para a esquerda e o jovem Francisco Tavares para a direita. Quem entrou também foi Asanin para a baliza. Os primeiros 10 minutos da segunda parte foram de baixa qualidade de ambas a equipas com as defesas a superiorizarem-se aos ataques, o que levou a um magro parcial de 2-1 para o Sporting. Deste modo Zupo voltou a mexer na equipa e através de um punhado de boas defesas de Asanin e excelentes finalizações de Frankis o Sporting coloca-se à frente por 5 golos 18-13 e depois 25-20. Nos últimos 10 minutos o FC Porto subiu a sua defesa para um 5:1 mais agressivo e Zupo volta a pedir um time out para falar com a equipa. A resposta foi positiva e chegou-se a liderança por 6 golos (26-20) o que fez sentir que a vitória já não fugiria. Laurentino, guarda-redes do Porto, com 3 boas intervenções ainda ajuda a reduzir a diferença para os 27-23 finais.

Apurados para a final iriamos defrontar o adversário da segunda circular, no domingo, pelas 17:30. O sete inicial do Sporting apresenta Cudic na baliza, a primeira linha com João P. Pinto à esquerda e Bolovic na direita com Carneiro a Central. Os pontas foram Francisco Tavares na direita e Solha à esquerda com Kopco a Pivot. Na defesa o 6:0 contava com Bosko no lugar de Carneiro para defender ao meio.

O Benfica fez o 0-1 e liderou até aos 4-3. Despois o Sporting fez um parcial de 3-0 e passou a liderar 5-3 e depois 6-4, a primeira vez que uma das equipas ganha a vantagem de 2 golos. Apesar da desvantagem numérica que se seguiu com muita segurança e paciência conseguimos manter os dois golos de vantagem 8-6.
Em seguida passámos por um período de instabilidade com 3 FT que permitem a igualdade a 8, e logo depois outra FT que leva Zupo a parar o jogo com o Sporting em desvantagem por 8-9.

A paragem foi positiva e com Cudic na baliza a fazer 4 defesas fantásticas permite chegar outra vez à liderança por 12-10 e uma outra defesa de Cudic permite uma vantagem de 3 golos, 13-10, e é a vez de M. Ortega (treinador das águias) que utiliza o time out para poder falar com os seus jogadores.
Uma exclusão de Bosko e o respectivo livre de 7 metros leva o marcador para 14-12 com que se chega ao intervalo.

Para a segunda parte na baliza esteve Asanin, os dois pontas deram o lugar a Portela e Nikcevic e na primeira linha, Frankis entrou para lateral esquerdo e Ruesga para central. Asanin entrou com duas fantásticas defesas nos dois primeiros remates do adversário e embalou para uma exibição espectacular. No entanto no ataque a eficácia não foi a desejada e o Benfica chega à igualdade a 15 aos 37 minutos de jogo, resultado de alguns remates falhados, em particular Janko Bolovic, e algumas FT.

Zupo mexe na defesa, entra Edmilson e através de alguns contra ataques e sub a batuta de Carlos Ruesga no ataque o Sporting volta a liderar com 3 golos de vantagem (20-17) através de um golo digno de Champions de Nikcevic, um jogo aéreo de ponta a ponta com Pedro Portela que leva Ortega a parar o jogo.
Um erro infantil da equipa de arbitragem leva a exclusão de Asanin e obriga Cudic a entrar. Em desvantagem numérica o Sporting consegue manter os 3 golos de vantagem (24-21) através de duas defesas de Cudic e um livre de 7 metros conquistado por Ruesga. Os 3 golos foram a diferença que registou no final com um 25-22, que confere ao Sporting a conquista do troféu em disputa.

Como balanço final podemos dizer que a equipa mostrou-se ainda em construção, a necessidade de afinar tempos de saída e de passe entre os jogadores. Contudo, já podemos ver que o plantel parece dar garantias. Os quatros pontas repartiram uma parte em cada jogo, o mesmo aconteceu com os dois guarda-redes. Os dois pivôs mostraram mais a defender do que a atacar, mas já se notou a capacidade para jogar sem bola, através de bons bloqueios que permitiram aos laterais atirar sem oposição. Os dois centrais são experientes e Ruesga mostrou isso mesmo no jogo da final, quando em inferioridade numérica conseguiu um livre de 7 metros. Os laterais estiveram bem, na esquerda Frankis e JP Pinto excelentes bem secundados por Edmilson Araújo. Na direita só tivemos Janko Bolovic que mostrou um remate forte ainda que nem sempre eficaz. Cláudio Pedroso esteve presente mas não jogou por precaução devido a toque ligeiro.

Uma vitória que não significa mais do que uma taça, e ainda que uma taça seja sempre uma taça… o ano passado também vencemos este torneio e no final o balanço não foi positivo. Assim, é importante ganhar, mas mais importante ainda é continuar a trabalhar com esforço, devoção e dedicação … para se chegar à Glória!

*às sextas, o Carlos Ruesga avança para a linha de sete metros e explica-nos o porquê da expressão “futebol… pé! andebol… mão!”