Desta vez vou debruçar-me mais sobre rugby… e o que o rugby faz e ajuda a transformar na vida de um homem ou mulher.

Faz já algum tempo, que comecei a notar diferenças entre atletas de alta competição, dos vários desportos. E em várias situações da vida… Por exemplo, e não querendo eu transformar a Tasca num obituário, recordo a morte de Marc Vivien Foe… apesar de trágica, não houve comoção global… com Feher quase a mesma coisa, houve pesar em dois países europeus… Agora, pegando nesse mesmo exemplo de jogadores de rugby, que faleceram recentemente… Jerry Collins, morreu num acidente de viação, e conseguiu fazer com o corpo uma gaiola de proteção que permitiu a sobrevivência da sua filha bebé. Houve manifestações de pesar um pouco por todo o Mundo… tal como com Jonah Lomu, aquando da última paragem do Auckland Express… Houve um massivo haka de milhares de pessoas… era um dos melhores do Mundo oval, também houve manifestações de tristeza quase global.

Recentemente faleceu Axel Foley, treinador do Munster. Iam jogar com o Clermont. Mais uma vez, foram quase honras de estado prestadas a um herói. Para terem uma ideia, o Clermont apelou aos seus adeptos, que são conhecidos por Yellow Army, para usarem as cores do Munster… que são vermelhas, no jogo entre ambas as equipas… e disponibilizou a quem não tivesse a oportunidade de comprar ou ter algo do Munster, uma imagem digital para que o pudessem imprimir e levar ao jogo… conseguem imaginar outro desporto onde isto acontecesse?

Falando agora mais do presente e do quotidiano, em duas fases…

Fase um.
Neste sábado passado fui com o pequeno jogar touch ao Cascais, e como elas não matam mas moem, e não vou para novo, para o fim do treino fui apitar… O meu pequeno estava numa jogada a defender, e pareceu-me que o adversário dele marca ensaio limpo. Nisto o meu filho disse que não foi ensaio, que ele tinha tocado no adversário e seria recomeço do jogo em rollball…  Eu disse-lhe que não tinha visto assim e era ensaio. Nisto o adversário do meu pequeno veio ter comigo e confirmou o toque, não era ensaio.

Fase dois.
Acabou o treino, todos a caminho de casa, mas no caminho fiquei sem gasosa… coisas desse grande dietista PPC… encostei o popó, e nisto aparece um condutor que me perguntou se eu jogava rugby. Confirmei e disse que vinha de Cascais, ele conhecia a malta toda… desenrascou-me e manda abraços a toda a gente que jogou com ele… e com o irmão.

Ensaio…
Será que o Rugby consegue ser “mais” família que outros desportos???

Conversão…
Eu acho que sim… e que grande e unida família…

 

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio