E ao nono jogo perdemos a invencibilidade. Foi no fatídico sábado passado (fatídico pois o futebol também esteve a baixo do esperado) que o andebol leonino sofreu a primeira derrota.
A visita ao Dragão Caixa era uma saída difícil, pois o FC Porto é talvez o adversário mais forte este ano. Conta, como vimos na crónica passada, com um plantel forte e equilibrado, com muita experiência de liga dos campeões, tal como o nosso.

O Sporting apresentou o seu tradicional 6:0 defensivo e no ataque jogou sob a batuta de Ruesga. O FC Porto defendeu também 6:0, um pouco mais profundo e dinâmico e no ataque teve Rui Silva como central e a Lateral esquerdo Matic, devido à lesão de Sepelic. O jogo começou muito equilibrado, apesar do 2-0 inicial favorável ao Porto e os primeiros 15 minutos foram de elevada qualidade, com ambos o Guarda-redes a mostrarem qualidade e no ataque a sobressaírem Bozovic no leões e Yoel Morales nos dragões. A igualdade a 8-8 registada sensivelmente a meio da primeira parte era um sinal desse mesmo equilíbrio.

Contudo um parcial de 3-0 levou os portista para a frente com 11-8 e Zupo solicita o seu primeiro time out procurando interromper este período de acerto do Porto. Após o time out o Porto passou por um período de 5 minutos sem marcar mas o Sporting só conseguiu reduzir para dois golos de diferença, é então que Ricardo Costa pede para parar o jogo e falar com os seus jogadores, estávamos sobre o minuto 20 e o FC Porto vencia 11-9.

Após esta paragem o Sporting vai conseguir aproximar-se até 12-11 mercê da desqualificação directa (cartão vermelho) de R. Moreira, uma decisão acertada da dupla de arbitragem.
Quando tudo parecia apontar para que o empate fosse surgir, eis que surge um momento pouco comum num jogo andebol. Bosko é excluído por agarrar e Zupo protesta de modo desproporcional e vê também a sanção de 2 minutos e posterior desqualificação (cartão vermelho). Gera-se um período de confusão no banco do Sporting e como resultado disso o Sporting fica em campo com o Guarda-redes Cudic mais Portela e Frankis, havendo ainda um livre de 7 metros contra.

O jogo recomeça com o golo do Porto que coloca o resultado em 13-11 e durante dois minutos os leões só tinham o GR e 2 jogadores de campo. Neste intervalo de tempo o Porto falha 2 remates aos 6 metros (duas defesas magnificas de Cudic) e Frankis consegue fazer um golo contra outro dos portistas. Após estes 2 minutos o resultado estava em 14-12 e esperava-se o Sporting volta-se a aproximar-se no resultado. Contudo dois livres de 7 metros defendidos por Quintana levaram a vantagem portista para 4 golos ao intervalo nuns 17-13, a maior vantagem registada na 1ª parte.

O segundo tempo começa com um golo do Porto e depois temos um parcial favorável aos leões que coloca o jogo em 2 golos de diferença aos 38 minutos e depois numa igualdade a 22-22 aos 42 minutos. Perante este cenário Ricardo Costa altera o seu sistema defensivo e passa para um 5:1 muito profundo, a este facto junta-se a exclusão de 2 minutos de Portela que permite ao FC Porto voltar à vantagem 24-22 que alarga para 4 aos 48 minutos (27-23).

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Surge então o pedido de time out por Hugo Canela (treinador adjunto dos leões) que procura acertar as combinações ofensivas para fazer frente à defesa portista. Com o resultado em 28-24 aos 54 minutos poucos adivinhavam o final de jogo que viria a acontecer. Com Asanin de regresso à baliza, uma alteração na defesa, marcação individual a Morales, e com um acerto no ataque, o Sporting foi recuperando a diferença até chegar à igualdade a 28-28 aos 59 minutos e 14 segundo com um golo de Frankis Carol. Restavam 45 segundos para jogar e a posse de bola estava com os Dragões.

O Porto retira o seu guarda-redes e coloca 7 jogares de campos contra os 6 defesas mais GR do Sporting. Esta decisão obriga a abdicar da marcação individual e Miguel Martins consegue descobrir Areias solto na ponta direita, que com 6 segundos para jogar faz o 29-28. O Sporting ainda teve oportunidade para marcar, pois Laurentino não estava na baliza mas não foi capaz de o fazer e assim perdeu pela primeira vez na prova.

O resultado não sendo favorável acaba por ser o melhor dos resultados negativos que poderíamos ter. Num campeonato que se prevê disputado até à última jornada é desejável que se vença o Porto no jogo em casa, e que não se perca pontos com as restantes equipa, para assim, irmos em igualdade pontual para a segunda fase.

p.s. – ontem à noite o Sporting voltou às vitórias, frente ao Belenenses, por 39-26 (com 21-11 ao intervalo). Uma exibição a mostrar que a única derrota foi esquecida e que a máquina se mantém firme na luta pelo título.

*às sextas, o Carlos Ruesga avança para a linha de sete metros e explica-nos o porquê da expressão “futebol… pé! andebol… mão!”