Nunca como nesta época os sportinguistas debateram tanto sobre o que nos falta como clube para sermos, de facto um emblema que não é só grande em história, quantidade e qualidade de adeptos, mas também grande pelos troféus que conquista numa época.
As razões pelo debate informal que mencionei são óbvias. O mandato de BdC vinha a obedecer a um progressivo e sólido crescimento desportivo. Se Marco Silva havia conquistado uma Taça de Portugal, Jesus “cheirou” o título e uma Supertaça, além de uma supremacia clara de qualidade de jogo sobre os rivais. A expectativa para a segunda época de JJ (e a primeira vez que neste mandato um treinador cumpria mais de um ano do seu contrato) era óbvia: conquistar o campeonato, mantendo ou até superando o equilíbrio para os principais candidatos ao mesmo troféu. Mais se reforçaram as esperanças, direi mesmo a convicção, quando é anunciada a intenção de reforçar o orçamento no custo global do plantel.
O mercado haveria de desferir dois golpes tardios num 11 que acabou a época a roçar a perfeição. Dois bons negócios retirariam o matador e um dos municiadores de jogo ao nosso conjunto verde e branco. E se é verdade que Bas Dost não nos deixa a carpir lágrimas de saudade por Slimani, a qualidade que João Mário dava ao tridente que fazia com William e Adrien deixou de existir. Sinceramente, ao olhar hoje para o que jogamos e ao relembrar o que fazíamos na temporada passada, fico de coração partido e nem sequer a certeza que não houve má fé ou desleixo nas contratações me apazigua a dor de corno que me fica na ressaca dos imensos e repetidos desaires que já engolimos esta temporada.
Tenho como certo que a poucos custará mais este tombo atrás do que ao Presidente Bruno de Carvalho e ao treinador Jorge Jesus. Também eles devem assistir incrédulos ao pesadelo que é ver os erros (a que já não estávamos habituados) de Rui Patrício, às hesitações e pânico de uma defesa outrora sólida e elogiada por todos, um meio-campo com 10% da criatividade e agilidade da versão anterior e um ataque que vive absolutamente dependente das (raras) bolas que chegam redondas a Dost.
O futebol do Sporting viveu (espero que o tempo do verbo esteja correcto) num verdadeiro downhill, com todos os atletas a perder confiança, testículos e sobretudo a arte do que fazem como equipa. Adrien continua ser um enorme lutador, Coates mantém-se como o “tal patrão” que tanto procurámos, Patrício não perdeu nenhuma das gigantes qualidades com que defende a nossa baliza, mas embora estes tenham perdido produtividade, o pior foram mesmo os outros.
Schelotto acumulou lesões com uma dificuldade enorme em fechar o seu flanco. Marvin e Jefferson continuam a desempenhar brilhantemente o papel de garotinhas em filmes de terror, Semedo esqueceu-se das promessas que nos deu em campo e voltou aos erros comprometedores, William perdeu algures um dos motores com que “cortava” geometricamente a relva aos adversários, Bruno Cesar serve mais de rolha esquerda do que outra coisa (e podem ser tantas) e Bryan Ruiz parece ter sofrido uma lobotomia durante o Verão, sendo praticamente absurda a sua ineficiência em campo.
É claro que há a magnifica confirmação de Gelson (que talento épico temos ali), o ressuscitar das cinzas de Paulo Oliveira (oi! Jota Jota…! o rapaz vai ter que fazer quantos pinos..?), o acerto na chegada de Beto e a intrépida arte de fazer o inesperado de Campbell, mas estas notas boas são apenas gotas num copo cheio de equívocos, que agora são fáceis de apontar, mas que não eram previsíveis. Acima de tudo o que saltou e ainda salta à vista é a perda contínua de confiança, motivação e acerto que assolou o plantel desde esse marco (tão elogiado como trágico) que foi a deslocação a Madrid.
Sem colocar paninhos onde não devem ser postos. Não houve estrutura para contrapor ou tapar alguns “buracos” abertos na confiança dos jogadores e seja por falta de empatia, cumplicidade ou solidariedade dos responsáveis, o que foi evidente foi que as soluções que foram adoptadas, falharam e agravaram os sintomas e os problemas. Interrogo-me se os que deveriam enfiar esta carapuça alguma vez o assumirão e isso deixa-me descrente quanto à não repetição de fenómenos semelhantes noutras épocas.
Muitos de vocês partilham comigo que existiram outras lições importantes a aprender esta época, mas não tenho tantas certezas se me acompanharão na absoluta certeza de que o pecado esteve sobretudo no parágrafo acima e não no que seguirá a este.
Não convém esquecer a saga das más decisões de arbitragem e as curvas perfeitas do zero que se revelaram as apostas em Douglas, Petrovic, Meli, Elias, Castaignos, André, Spalvis e sobretudo Markovic. E façamos aqui uma pausa insuspeita. Talvez nenhum deles seja mau jogador, talvez sejam bem melhores do que mostraram e talvez mesmo noutras circunstâncias tivessem acrescentado coisas muito mais positivas. Este pensamento ou dúvida são legítimos e isso leva-me a uma nova série de perguntas que se somam a todas as outras que persistem neste post e na minha cabeça. A culpa foi, mais uma vez, só dos jogadores?
Um dia escrevi isto num outro, remoto e até aqui, esquecido post. Na altura falava de Jorge Jesus como adversário e no meio de outras considerações, há uma que talvez não tenha ganho assim tanto pó e teias de aranha:
“…vejo uma qualidade de pensar os jogadores e o que fazem em campo acima da média, mas há…uma profunda incapacidade de entender os jogadores quando estes não são ou não fazem o que idealizou que fariam. É como se em pleno relvado passassem de válidos a inválidos e sem qualquer tipo de remédio ou reconversão…ele que tanto se arroga de “descobrir” e esculpir grandes craques é por vezes o treinador mais desastrado em aproveitar o que o jogador tem para dar ou do que é capaz de vir a dar com o apoio e a paciência adequadas. O pior que Vieira pode fazer (e parece que ainda não entendeu) é dar a Jesus um jogador à procura de uma confiança perdida ou um atleta que não encaixe à partida no dogma indiscutível do seu sistema de jogo. É simplesmente dinheiro jogado ao lixo…algo que entendo não incomodar, olhando para os rios de euros já despendidos na mestria do “fazedor” de estrelas…”.
Não pensem que faço de Jesus (o nome presta-se) o espiador de todos os pecados do futebol do Sporting. Não é. Há mais e alguns até maiores responsáveis, mas será inegável que todos, até ele, devem aprender com os erros e fazer exactamente o que pede de certeza aos seus jogadores: mais trabalho, mais foco, mais empenho, mais “moral”, mais persistência e que naquele momento…aquele momento onde o céu parece desabar em cima da tromba, nesse momento, não cuspir responsabilidades para baixo, não sacudir os erros e incapacidades para quem está ao lado, mas sim olhar para um conjunto de homens e ver tudo o que pode extrair de bom para melhorar, sabendo que (muitas vezes) apenas se disfarça o borrão, não conseguindo pintar Picassos.
É que se todos os treinadores tivessem Ronaldos, Messis, Ibrahimovics e afins…todos seriam supra sumos. Os meus treinadores favoritos são os que fazem muito com pouco e não os que se limitam a escolher com o dedo os melhores jogadores, seja qual for o preço que isso custar ao clube. E nem todos sabem escolher os tais que parecendo pouco, poderão fazer muito mais. Não se pode ter todos os talentos e por isso mesmo é que existem coisas chamadas “departamentos”, que ao contrário do que JJ muitas vezes deve pensar, não é um conjunto de pessoas que o podem desafiar, mas sim ajudar e em que pode e devia aprender a confiar.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
15 Fevereiro, 2017 at 12:18
Muito bom!
15 Fevereiro, 2017 at 15:02
Muito bom texto, mesmo!
15 Fevereiro, 2017 at 12:28
O Leão de Plástico ressurgiu, depois da crónica da passada semana, com garras e dentes.
Para se ser “Grande” há que ser-se “universal”. JJ é muito bom mas não é universal, é modal. Apesar disso, não há melhor em Português e quanto a mim, nem Moutinho que, esse sim, superou a “Modalidade” do Futebol Português e assumiu-se como “universal” sem pleno direito a esse epíteto mas, andando lá próximo.
As diferenças culturais entre um e outro permitem ao menos inteligente o salto que, o mais inteligente dos dois nunca será capaz de dar, para nossa felicidade e bem-estar. Não temos dinheiro para pagar um treinador do nível de JJ, nem plantel que o entusiasmasse a juntar-se-nos. JJ é o melhor dos treinadores por um preço acessível. Tudo o resto, é conversa fiada.
O custo de um treinador não é apenas constituído pelas suas remunerações fixa e variável. Custa também aquilo que custa o plantel e rende desportivamente aquilo que o plantel revela em desempenho e economicamente as receitas que trás para o clube, deduzidas do seu efectivo custo.
O negócio do futebol é um todo e contra tudo e contra todos Jorge Jesus acrescenta muito valor.
Quem não gosta, que se deite ao pé.
15 Fevereiro, 2017 at 12:31
Precisamos de um mês seguido de sorte apesar da acção dos árbitros. É isso que nos tem faltado mas, vai acontecer. É inelutável que assim seja.
15 Fevereiro, 2017 at 12:29
Grande tupperware. Muito bom
15 Fevereiro, 2017 at 12:45
Post muito lúcido e certeiro! Completamente de acordo.
A esperança essa, será renovada na próxima época com a espectativa de que, muitas destas situações abordadas no post, sejam corrigidas.
15 Fevereiro, 2017 at 13:06
Isto é como os golos do Ronaldo e o Ketchup: quando engatarmos nas vitórias são umas atrás das outras.
A confiança, num futebolista, é muito importante!
15 Fevereiro, 2017 at 13:21
Sim, é isto.
Golaço do meio campo.
15 Fevereiro, 2017 at 13:29
A equipa b vai ganhar. Não apostem grandes valores, senão o Santana suspende as apostas
15 Fevereiro, 2017 at 13:32
Pavel não me digas que conheces as chinocas aí da Póvoa? Ahaha
15 Fevereiro, 2017 at 13:31
Jorge Jesus é o treinador da equipa de futebol sénior do Sporting Clube de Portugal e tem contrato até 2019.
Enquanto estiver no Sporting é o meu treinador, que defenderei publicamente o melhor que puder.
15 Fevereiro, 2017 at 15:54
“Jorge Jesus é o treinador da equipa de futebol sénior do Sporting Clube de Portugal e tem contrato até 2019.
Enquanto estiver no Sporting é o meu treinador, que defenderei publicamente o melhor que puder.” – Nogueira82
Isto.
Porque de resto este texto do LdP acrescenta zero.
Correu mal e alguns jogadores não corresponderam ao esperado.
É normal. Acontece a todas as equipas. Em todo o mundo.
O Sporting não é pioneiro em ‘más’ apostas e contratações.
O que já não é normal é a quantidade de roubos de igreja que só acontecem ao Sporting e que deram cabo da moral de jogadores, treinador e restante equipa técnica.
Na minha opinião até afectam, e de que maneira, a postura da direcção.
Não é normal que o Sporting tenha de jogar a 200% para vencer os seus adversários e isso faz com que toda a equipa sinta que a tarefa é impossível (e na realidade, com estas condicionantes, é mesmo disso que se trata).
Agora, em teoria, seria a altura de nos unirmos e pararmos com as teorias da época mal aproveitada e outras que por aí andam que pedem a cabeça do treinador e direcção.
Os que desejam o sucesso efectivo deste projecto para o Sporting, claro.
Os outros? Estimo que se fodam.
Precisamos de tempo e estabilidade. Os resultados chegarão.
SL.
15 Fevereiro, 2017 at 18:12
Defenderei o treinador seja onde for desde que para mim haja razão para tal.
E JJ é o meu treinador. Espero (desejo pessoal) que a aposta do clube seja nos putos mesmo com os tropeções de crescimento. Será uma belíssima pré época e não tenho dúvidas que o terceiro lugar não foge. Assim, será mais fácil pensar no que é cirúrgico ou não no próximo mercado.
Mas qd dizes:
“O que já não é normal é a quantidade de roubos de igreja”
Eu respondo-te:
É normal. Infelizmente.
15 Fevereiro, 2017 at 22:59
Entretanto na Sporting TV:
– Carlos Padrão: «Como sportinguista defendo até à última gota aquele que for o treinador do Sporting»
https://www.youtube.com/watch?v=SW-PZRRVcL0
– Dias Ferreira: «Não gostava do Fernando Santos mas quando foi para o Sporting passou a ser o meu treinador»
https://www.youtube.com/watch?v=wLtR7vW8-fk
– Carlos Padrão: «A crítica construtiva, a crítica dentro de casa deve ser feita, mas publicamente não devemos dar tiros nos pés»
https://www.youtube.com/watch?v=ofAuqpkLT7E
15 Fevereiro, 2017 at 13:32
A verdade é que a estrutura do Sporting tem toda que ser melhorada e é com
pessoas competentes e ás vezes não é necessário muitos mas bons, todos nos lembramos de José Manuel Torcato e de Manolo Vidal que estavam dentro do futebol e sabiam estar, sabiam o que na gíria levar a água ao moinho e neste aspecto a nossa direção tem muita coisa a melhorar.
Um aparte a este post Madeira Rodrigues diz que tem investidores àrabes a
mim cheira-me que Jorge Mendes está por detrás dele para fazerem do Sporting um Valencia para pior, temos que ter cuidado com este individuo.
15 Fevereiro, 2017 at 13:42
Parabéns, LP!
É assim que se pode melhorar… criticando construtivamente.
Que não caia em saco rôto…
15 Fevereiro, 2017 at 13:49
Se me pedirem para encontrar o problema de fundo na equipa do Sporting…não consigo! Slimani e J. Mário foram substituídos pelos melhores deste ano e não me parece sequer que o problema esteja no ataque! A defesa e o meio campo são os mesmos…como é possível que tenha passado de uma equipa forte e segura para uma defesa mais macia que sei lá o quê (com os mesmos jogadores) é algo que não compreendo! Depois tudo veio…as perdas de pontos geram desconfiança em toda a equipa e depois nem se ataca bem nem se defende bem! Mas perceber a diferença abissal entre a defesa do ano passado (reforço…com os mesmos jogadores ) e a deste ano…sinceramente não consigo perceber…
15 Fevereiro, 2017 at 13:55
Gelson e Dost não são melhores ou piores que JM e Slimani.
São diferentes
15 Fevereiro, 2017 at 13:57
Voilà. E como tal, o modelo de jogo do JJ ressente-se.
15 Fevereiro, 2017 at 13:57
Eu preferia JM e Slimani, davam outra dimensão ao nosso futebol.
15 Fevereiro, 2017 at 18:15
Sli dava mais agressividade e claro, JM dava classe e posse de bola de qualidade onde é mais difícil. Junto à área adversária.
Mas se Dost for bem servido… ui. Caso muito sério…
15 Fevereiro, 2017 at 14:09
That’s the point!
Mas vai dizer ao JJ que teima em tentar por o BAs Dost a jogar à Slimani em vez de adaptar o estilo de jogo às características do Bas Dost que é muitíssimo mais letal que o Slimani!
15 Fevereiro, 2017 at 16:07
E como seria essa maneira?
Mais letal?
Poupa me
15 Fevereiro, 2017 at 16:10
É assim tão complicado para ti perceber que o Bas Dost precisa de menos oportunidades de golo que Slimani para marcar?
15 Fevereiro, 2017 at 17:05
Não te canses Ricardo. É falar por falar, ou neste caso, contrariar por contrariar.
15 Fevereiro, 2017 at 18:08
Meus caros…, sugiro que vejam a entrevista ao Doos antes de opinar…ele explica o que Jesus tem-lhe pedido.
S.L.
Aslan
15 Fevereiro, 2017 at 18:16
Atenção que Sli tb foi trabalhado para não ser só finalizador…
Acho que temos de ter calma.
15 Fevereiro, 2017 at 16:59
A melhor defesa do campeonato era composta por J. Pereira, P. Oliveira, Naldo e Jefferson. Em janeiro mudou tudo…
15 Fevereiro, 2017 at 13:49
No inicio do ano, pensei que o maior problema estivesse no ataque e na substituição do
Teo e Slimani. Mas agora, parece-me que esta má época se deve muito mais ao péssimo registo da nossa defesa, que tem comprometido em todas as competições. Sofremos tantos golos como um Guimaraes. Começando no Patricio, que estranhamente “acusou” a concorrência do Beto (que merece a titularidade, diga-se), passando pela instabilidade dos centrais até aos disparates dos laterais. Sem João Pereira e com Schelloto lesionado, ainda foi pior. Já nem falo na lateral esquerda. É claro que o rendimento do meio-campo influenciou, mas houve demasiados erros individuais da defesa, que comprometeram os objectivos da equipa.
15 Fevereiro, 2017 at 13:57
Excelent post, excelente! Que saibam aprender com os erros para surgirmos mais fortes na próxima época!
15 Fevereiro, 2017 at 14:02
LP
Concordo com as ideias do teu post, mas há acrescentar o que aconteceu na pré-época, ou melhor como a pré-época decorreu:
– Os jogadores que estiveram no Europeu vieram tarde, já a pré-época ia adiantada;
– Venderam-se 2 excelentes jogadores;
– Os seus substitutos já vieram tarde;
– Os maus resultados nos jogos de preparação;
– As restantes contratações não resultaram, perdendo-se o fio de jogo e a performance da época anterior!
SL
15 Fevereiro, 2017 at 14:03
Excelente post. Quando vi a contratação de jj não pude desde logo de franzer o sobrolho…pela forma como foi efectuada (quase mais para “arreliar” o rival do que pelo treinador em si e pelo afastamento de Marco Silva de um modo que não fica bem à instituição Sporting), mas sobretudo por concordar que jj pode fazer as suas equipas jogar à bola, mas nunca teve a capacidade de se adaptar aos jogadores que tem em mão (E desperdiçou tantos na passagem pelo benfica – Bernardo Silva talvez o maior exemplo). Isso no Sporting é por mais evidente com uma teimosia inusitada em querer utilizar um sistema que funcionou também na época passada mas que não tem este ano os mesmos jogadores e por isso precisava de ser mudado – Jardim e Emery serão dos melhores exemplos a este nível! Para o projecto do Sporting que se queria sustentado, com poucos custos ou custos racionais, um jj nunca será o treinador ideal aliando-se a isto a sua total incapacidade para aproveitar um jovem e fazê-lo crescer – falámos no Gelson, mas para mim é mais mérito das suas capacidades inatas do que propriamente fruto do trabalho do jj…Resta saber até quando se vai continuar nesta “cegueira ideológica” a roçar quase a fé de que um treinador que foi sendo campeão numa estrutura e contexto de “proteção total” (vulgo colinho) e que em 2 anos nada ganhou, irá alguma vez ser diferente nos anos que lhe restam no contrato…e entretanto, vamos desaproveitando ativos (custa-me tanto ver um miudo como o Gauld, com um mercado natural imenso no Reino Unido encostado desta forma ou jogadores como Geraldes, Palhinha ou Podence serem chamados “para aquecer bancos” e “tapar buracos)
15 Fevereiro, 2017 at 17:21
Concordo com isto tudo!
15 Fevereiro, 2017 at 14:08
Boas Tardes, Caros Tasqueiros.
“Os meus treinadores favoritos são os que fazem muito com pouco e não os que se limitam a escolher com o dedo os melhores jogadores, seja qual for o preço que isso custar ao clube. ”
Pois…
Este ano irá cair definitivamente o “mito Jesus”, e espero que os Sportinguistas de uma vez por todas percebam que é muito importante ter uma sólida e eficiente Estrutura (não só Equipe Técnica) para o futebol.
O completo amadorismo desta época não se pode repetir.
SL
15 Fevereiro, 2017 at 17:23
+1
15 Fevereiro, 2017 at 14:10
Só um louco em Agosto não diria que, apesar de algumas dúvidas, não tínhamos um plantel bem equilibrado e planificado.
Apesar de muitos de nós sermos os primeiros a criticar o empréstimo de alguns jovens craques, nenhum sportinguista ficou “triste” com a chegada de Markovic, Campbell, Bas Dost, Castaignos e até Elias (para muitos um traidor de regresso, mas a quem nunca se apontou o dedo em termos de qualidade).
No dia que derrotámos o Porto em casa, o destino parecia estar mais que desenhado: o Sporting só pára com o caneco no Marquês. E seríamos hipócritas ao dizer que a chegada dos reforços não nos ajudou a construir ainda mais essa ideia.
Muitos apontámos opções que não teríamos tomado, mas regra geral existia a ideia que a frente de ataque estava um luxo (e no papel estava) o meio-campo poderia dar descanso a Adrien finalmente, o centro da defesa equilibrada, finalmente uma alternativa a Rui Patrício, um ponta-de-lança de classe europeia e uma jovem promessa argentina que nos encantava. Para além claro, dos nossos meninos prodígio Gelson e Matheus.
Muitos dos reforços foram tiros ao lado. Mas como insistimos tantas vezes, isso prova-se é no campo, em jogos que contam. Não na pré-época mais mal planificada de que há memória, em que andámos a levar tareias e a massacrar os nossos jogadores sem qualquer necessidade e a fazer os putos parecerem pedreiros. E partiu daqui o problema: antes de entrarem em campo para o campeonato, muitos destes jogadores já eram “merda”. Uma mentalidade que terei sempre dificuldades em aceitar. Aliás, aqui mesmo na Tasca tive uma discussão absurda sobre o Palhinha que, segundo alguns, nem no banco do Boavista teria lugar.
Quando 7 dos titulares da temporada passada estão em má forma, a culpa é dos 7? Quando os capitães e referências do clube são a cara do cansaço físico e anímico, a culpa é dos capitães? Quando um médio ofensivo é forçado a jogar a lateral esquerdo em campos de máxima dificuldade, a culpa é do médio ofensivo? Quando não temos segundo avançado, nem jogadores que o cumpram, a culpa da manutenção do sistema é dos homens que temos disponíveis? Quando temos bons “terceiros médios” que entram para cumprir a posição 8 ou 9.5, a culpa é desses médios?
Não. Tenho-o dito e volto a repetir. A culpa do falhanço de muitos destes atletas está na fraca preparação psicológica e numa estrutura que não soube nunca transmitir confiança em relação a esta temporada. Nem dentro nem fora.
Jorge Jesus é tacticamente incrível, sabe explorar melhor que ninguém as qualidade individuais de um jogador, valoriza o futebol positivo e de posse. Mas são poucos os jogadores que “morrem por ele”. E muitos deles, que chegam sabe deus de onde e nem conhecem a nossa realidade, precisavam de uma bandeira por quem lutar. Os outros fazem-no pelo símbolo, o que explica o nosso terceiro lugar. Caso contrário, o quinto estava ali ao virar da esquina.
Apesar de tudo, acho importante que se dê mais um ano a JJ e estou certa que faremos uma época muito mais positiva agora que ele percebeu uma coisa simples: mais insistente que a sua teimosia, só a voz dos adeptos do Sporting. Mais chato do que ele achar que percebe de scouting, somos nós a achar que Alcochete foi tocada por Midas.
15 Fevereiro, 2017 at 14:45
Parece mais ou menos consensual que, para além de tudo o que referiste, o esquema tático também não favoreceu as características dos jogadores que chegaram, fazer de Dost um Slimani, ou Gelson um João Mario, acabou por ter um efeito negativo no equilíbrio da equipa.
Dost tem que ser Dost e Gelson tem que ser Gelson, quantas discussões tivemos aqui em como não andávamos a tirar o melhor proveito das características do holandês? Quantos aqui defenderam que o Elias era jogador para jogar num meio campo a 3 e não num meio campo a 2?
Para além disso, criar uma estrutura de futebol em torno de um treinador/manager não é positivo, mesmo que resulte, é um sucesso a termo, porque a partir do momento em que esse treinador abandona o clube, essa estrutura acaba por ruir…o melhor exemplo disso no futebol, foi a saída de Sir Alex Ferguson, basta ver o que era o MU durante o seu reinado e o que aconteceu quando saiu.
15 Fevereiro, 2017 at 15:00
“nenhum sportinguista ficou “triste”” não é verdade. 🙂
E do Elias nunca lhe vi essa qualidade toda. Aliás, as experiências dele na Europa ( Sporting e Atlético) foram péssimas!
15 Fevereiro, 2017 at 15:02
Ah, tens razão numa coisa. “triste” não fiquei. Foi mais “mas para que merda queremos estes gajos?”
15 Fevereiro, 2017 at 15:24
Nenhum ficou triste com o plantel que tinha em Agosto.
15 Fevereiro, 2017 at 18:20
No meu caso, triste seria impossível e até “aceitei” os empréstimos de putos.
Mas fiquei muito de pé atrás com Petrovic, Meli e Elias. Opinião pessoal.
Qd não conheço e vejo alternativa cá… não gosto.
Já Ruiz, achei muito bom pq Teo estava fora.
15 Fevereiro, 2017 at 18:20
E mandei muitas caralhadas no último minuto do mercado pq não veio um LE.
15 Fevereiro, 2017 at 15:16
Nenhum ficou triste, salvo seja…
As laterais, ou melhor, a falta de reforços para, foram criticadas.
Petrovic, Meli, Castaignos, eram incógnitas.
Markovic dividia-se entre os que o foram buscar ao aeroporto e os que diziam que era apenas um produto da propaganda.
Os únicos reforços que eram craques à partida eram o Bas Dost e o Campbell.
A confiança vinha basicamente do facto da estrutura do ano passada se manter…
Disso de não morrerem pelo JJ… honestamente, não morrem pelo Jesus, como não morrem pelo Vitorias, ou pelo Conte, Guardiola ou Klopp. Há uma relação profissional, enquanto os jogadores virem que tiram algo do relacionamento com o Jesus, estão com ele. Se notarem que o homem perdeu o pé, são os primeiros a dar-lhe um chuto no rabo. A cenoura da transferência é que faz a máquina andar. Pelo menos é assim que vejo a coisa.
15 Fevereiro, 2017 at 15:27
Achas mesmo que os jogadores do Klopp e do Conte não morrem por eles? Achas que o ano passado a relação dos jogadores do Benfica com o Vitória é igual à dos nossos com o Jota? É que não tem mesmo nada a ver.
15 Fevereiro, 2017 at 15:38
“A confiança vinha basicamente do facto da estrutura do ano passada se manter…”
+10000000000000000000000000000
15 Fevereiro, 2017 at 16:33
Excelente análise.
15 Fevereiro, 2017 at 17:50
Pois eu acho que só um louco via com bons olhos a contratação de um Petrovic e de um André! Só um louco achou bem a contratação de um Elias e festejou a contratação de um Castaignos, de um Douglas ou de um Markovic!
Do que me lembro, a esmagadora maioria dos comentários na altura foram todos desfavoráveis a estes 6 jogadores. Deu-se o beneficio da duvida ao Meli e ao Alain e a maioria ficou contente com o Campbell. Mas os únicos consensuais foram o Beto (que nem era o que o Jesus queria, que era o Eduardo) e o Dost.
De resto, mesmo com a desaprovação dos 6 jogadores citados inicialmente parecia que o plantel era melhor que do ano passado, não só porque havia mais um ano em cima dos jogadores como porque ficámos com 3 dos 4 campeões europeus.
Até Madrid a coisa resultou porque jogámos com 10 jogadores muito utilizados o ano passado mais o Dost (ou o Slimani no cado do jogo com o Porto, ou o João Mário no caso do jogo com o Marítimo).
O problema começou depois deste jogo, não só pelas declarações ridículas do cretino, mas porque começaste a ter de meter outros jogadores e tudo se agravou com a lesão do Adrien. Foi nesta altura que se percebeu que quem tinha chegado, com excepção do Dost, não valia o dinheiro gasto nem trazia mais valia nenhuma nem à equipa, nem ao plantel.
Entre meio de Setembro e meio de Outubro já toda a gente tinha percebido que o plantel não era melhor que o do ano passado. Alguns recusavam-se era a acreditar nisso! Aliás, ainda há 1 mês alguns deles continuavam a recusar-se acreditar nisso! E provavelmente um ou outro ainda achará isso em Maio… 🙂
Indo directamente ao ultimo paragrafo, é minha convicção que o Jesus não será campeão no Sporting, nem que esteja lá 10 anos! Não o será porque estraga a parte boa do que é como treinador com a parte má do que é como pessoa, não o será porque alguns jogadores importantes não estão com ele, não o será porque o Benfica nunca deixará que o seja. Viu-se isso o ano passado! Já se viu isso este ano. Para o ano isso estará à disposição para todos voltarem a ver…
Se o BdC for inteligente e arguto, arranjará uma colocação para o Jesus num bom clube e trará o Jardim de volta ao clube, uma vez que o Marco Silva está fora de questão. Se for muito inteligente e muito arguto, trará também o Rui Jorge para pegar na equipa B (melhorada, indo buscar uns putos interessantes para substituir os pinos que lá estão) por 2 ou 3 anos e depois poder substituir o Jardim tendo já uma base vinda de Alcochete para ajudar a equipa A.
De resto, enquanto se achar que o sucesso passa por ir buscar todos os anos 10 ou 11 jogadores para o plantel principal, o sucesso estará sempre longe de nós!
15 Fevereiro, 2017 at 14:15
OFF-Topic
Xico Geraldes a titular. André Geraldes na lateral.
15 Fevereiro, 2017 at 14:20
qual é o 11 inicial?
15 Fevereiro, 2017 at 14:21
XI: Pedro Silva, Francisco Geraldes, André Geraldes, Kiki, Gelson, Bilel, Abdu, Guima, L. Ruiz, Jovane, Demiral5 #SportingB
15 Fevereiro, 2017 at 14:24
Tens algum link para o jogo?
15 Fevereiro, 2017 at 14:29
És capaz de conseguir ver por aqui:
http://svpn.blogspot.pt/p/sporting-tv.html
15 Fevereiro, 2017 at 14:49
E o matheus nem no banco?
É que se o Matheus não joga hoje na B…. só consigo entender a opção se no Sábado for titular com o Rio Ave…..
15 Fevereiro, 2017 at 14:56
Nope, nem no banco.
15 Fevereiro, 2017 at 14:57
Gostava de perceber o “Mistério” Matheus….
Porque não é aposta?
E já agora…. o “mistério” Bryan Ruiz….
Porque joga sempre, quando é uma evidencia que esta época é uma sombra daquilo que já foi….
15 Fevereiro, 2017 at 15:12
Pelo que vem hoje na imprensa o Matheus não quer jogar mais na B, se é verdade ou não, provavelmente nunca saberemos, mas pode ser uma pista.
Em relação ser titular hoje para não jogar sábado, então podemos já dizer que o Geraldes não calça sábado! 🙁
15 Fevereiro, 2017 at 15:29
Mas ele pode jogar sábado. Ou não?
15 Fevereiro, 2017 at 15:43
Obrigado.
15 Fevereiro, 2017 at 15:11
Tiramos jogadores a competir na 1ª liga…para os colocar na equipaB a lutar para n descer.
Faz algum sentido?
15 Fevereiro, 2017 at 15:17
Sim
15 Fevereiro, 2017 at 14:18
Off
Pavilhão João Rocha 15/02/2017
https://www.facebook.com/omeusporting/posts/1023064477794142
15 Fevereiro, 2017 at 15:14
Está a ficar lindíssimo por dentro!!
15 Fevereiro, 2017 at 14:29
Jorge Jesus adapta os jogadores a sua ideia de jogo, e nunca a sua ideia de jogo as caracteristicas dos jogadores.
É por isso um treinador que necessita de muita materia prima, para fazer façe aos muitos equivocos que a sua forma de trabalhar provoca.
Quando as coisas correm bem, tem equipas que a escala nacional, sao virtualmente imbativeis, e invariavelmente lutam pelos titulos ate ao fim. E para alem disso, o seu modelo de jogo potencia o jogador que o interpreta bem, para niveis muitas das vezes superiores aquilo que ele realmente vale.
Quando as coisas correm mal, temos o Sporting deste ano como exemplo.
O nosso futuro vai ser ditado, pela capacidade do Jorge Jesus perceber que se calhar vai ter de mudar um bocadinho a sua forma de trabalhar, porque nao vai voltar a ter recursos a disposiçao, para poder ter a fartura de que tanto gosta.
A ter essa fartura, tera de ser atraves da formaçao.
15 Fevereiro, 2017 at 15:16
Hoje tivemos “direito a carvão sobre a equipa B, que a esta hora já está a jogar em Alcochete. Os merdia nunca se esquecem de “moralizar” o Sporting. É impressionante.
http://sportingcpbr.blogspot.pt/p/sporting-tv_5.html?m=0
15 Fevereiro, 2017 at 15:18
como é que está a ser o jogo?
15 Fevereiro, 2017 at 15:22
0-1 varzim
15 Fevereiro, 2017 at 15:24
o resultado já respondeu por si 🙁
15 Fevereiro, 2017 at 15:28
Vamos descer…
15 Fevereiro, 2017 at 15:45
Neste momento:
Porto B
Olhanense
Freamunde
a ganharem!
Está complicado
15 Fevereiro, 2017 at 16:39
Acreditem
15 Fevereiro, 2017 at 18:22
O cabrão do Mendes influenciou os jogadores do Sporting hoje.
15 Fevereiro, 2017 at 15:33
Este Jovane… que inconsequente.
Guima… é uma vergonha envergar a camisola verde-e-branca-
15 Fevereiro, 2017 at 15:35
Comentadores fraquíssimos que têm omitido o que vêem à frente dos olhos.
15 Fevereiro, 2017 at 15:43
Há jogadores que só sabem jogar para trás, e quando isso acontece com muita frequência só quer dizer uma coisa: não têm pés, não têm confiança, basicamente, são uns toscos.
15 Fevereiro, 2017 at 15:37
O Jovane só tem um problema: faz mira sempre no corpo do adversário.
O Guima mete mesmo dó. Que fraco…
15 Fevereiro, 2017 at 15:46
O Guima é o gajo com as exibições mais consistentes ao longo da época…joga sempre mal, não falha
15 Fevereiro, 2017 at 15:39
E o Bilel é outra “star”…..
15 Fevereiro, 2017 at 15:40
O Bilel tem técnica. É tudo o que se pode dizer dele…
15 Fevereiro, 2017 at 15:42
Falta é TUDO o resto….
15 Fevereiro, 2017 at 15:38
Aquela jogada dos cantos ofensivos darem contra-ataques perigosos é treinada em todas as equipas
15 Fevereiro, 2017 at 18:22
Ajax style.
15 Fevereiro, 2017 at 15:38
Honestamente para que serve esta equipa B?
15 Fevereiro, 2017 at 15:46
Há ali uns quantos que me fazem recordar o Valtinho como um virtuoso da bola.
Gelson tem pezinhos, velocidade, Bilel finta (ou tenta), Geraldes (F) vai tentando fazer jogar, o resto é chutão e pouco mais.
15 Fevereiro, 2017 at 15:50
Outros fazem-me lembrar o Eskilsson.
15 Fevereiro, 2017 at 15:51
E o Matheus não joga hoje porquê?
Constipou-se outra vez?
15 Fevereiro, 2017 at 15:48
Hoje, talvez por nostalgia, ou por cansaço, lembrei-me de um golo mal anulado a Ricky Van Wolfswinkel, no último minuto de um jogo para a taça de Portugal, contra o Moreirense. Estávamos no fatídico ano de 2013. Teríamos passado a eliminatória.
Há, de facto, razões sócio-culturais de peso, que alimentam a cegueira, até a nossa, quanto mais as dos “neutros” árbitros e dos sectários adversários.
Equipa A, equipa B, modalidades, Sporting é sinónimo de “na dúvida, apita-se contra”. Na dúvida, fala-se mal. NA duvida, temos culpas próprias.
Torna-se quase obsessivo e obnubila a visão do mais clarividente adepto.
Sou totalmente a favor do pensamento crítico, até pela minha formação filosófica, mas há forças que se tornam invisíveis quando se movem no terreno hábito.
Somos todos vítimas da cegueira, quanto mais os mal-intencionados, que jogam com ela.
Abramos, pois, os olhos, mas, por favor, nunca sejamos acríticos.
SL
15 Fevereiro, 2017 at 15:57
Certo.