Não é nova a ideia de que o futebol moderno está a destruir o conceito de 10 puro que todos nós endeusámos desde que nos tornámos adeptos do melhor desporto do mundo. E, no nosso caso, adeptos do melhor clube do mundo.
Em todos os campeonatos a solução é simples: se jogaste a 10 toda a tua formação, bem-vindo ao mundo do segundo avançado ou do ala interior. Não há tempo, nem táctica, nem modelo que resista a um buraco no centro do terreno, com pouca utilidade defensiva e com muito pouco espaço para pensar o jogo. Os adversários aprenderam a anulá-los, as equipas a encontrar outras formas de criatividade e o futebol avança tão ferozmente que são agora uma espécie em vias de extinção (e agora até se adaptam extremos a box-to-box, uma aberração que faço questão de ignorar).
Os mágicos, com total liberdade para criar estão a morrer. E no Sporting isso não é exceção. O nosso modelo é assente em dois avançados puros, dois centro-campistas todo o terreno e cheios de músculo, uma defesa subida e dois “extremos” que não o são, porque usam e abusam do jogo interior. É certo que o ano passado se tornava delicioso de assistir à nossa capacidade de inventar em toda a zona do terreno, com João Mário e Bryan Ruiz a serem um número 10, mas encostado a uma linha. E este ano Gelson copia o modelo ao navegar que nem um vagabundo por toda a frente de ataque, mas a quem o ADN diz que ele é bom é a fintá-los todos ao pé da bandeirola de canto. Quando aprender a usar o restante espaço, será imparável.
O fenómeno camisola 10 é então substituído pela capacidade de baralhar marcações, pela utilização do espaço, por um segundo avançado que cai na ala, desce para construir e se junta ao meio-campo e por dois extremos que pararam de ser uma cópia dos bonecos digitais do jogo Itália 90. Até aqui perfeito e mais que provado que dá espectáculo. Mas… e os jogadores que assim nasceram?
Se nem Leo Messi resiste ao mundo do futebol, quem serão Ryan Gauld, Rafael Barbosa, André Martins ou Chaby para o conseguir? Jogadores que jogavam ali, naquele terreno de ninguém e essencialmente de bola no pé. Que magicavam soltos e sem as amarras defensivas e tácticas de um 8?
São jogadores sem espaço no modelo do Sporting? São casos perdidos naquela que é a nossa forma de entrar em campo? Provavelmente sim. Enquanto o Sporting for isto, atletas como eles não terão qualquer chance de entrar e muito provavelmente a solução passará por descer alguns degraus na carreira para assumirem a sua criatividade. Porque um jogador como João Mário ou Bernardo Silva (que entretanto também já descaiu numa ala) têm a inteligência e a capacidade de compreender o que lhes é pedido numa posição que estão a aprender. O talento que possuem supera qualquer adversidade táctica e vingam em qualquer modelo. Mas quando o que nos distingue apenas é a nossa capacidade de bola no pé, sem conseguirmos dar o salto da visão de jogo, as dificuldades serão, à partida, insuperáveis.
Tudo isto para dizer: bem-vindo à ala Francisco Geraldes. Aprende o nome do Alan e do Bas Dost, porque provavelmente vais distinguir-te a servi-los como só tu sabes. Que tu e o Gelson se divirtam e um dia consigas fazer isto:
*às quintas, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa
3 Março, 2017 at 13:32
Nota: já existe uma mesa onde o pessoal está a discutir as eleições. A gerência agradece que continuem a usá-la se quiserem debruçar-se sobre esse assunto.
https://atascadocherba.com/2017/03/03/contagem-decrescente-ou-o-post-onde-podes-falar-das-eleicoes-ate-nao-sentires-os-dedos-no-teclado/
3 Março, 2017 at 13:46
o 10 desapareceu por causa do futebol total dos holandeses…
por causa do 3-4-3.
toda a gente procura ganhar o meio campo.
mesmo o 4-3-3 fica em 3-4-3 porque um dos laterais é sempre muito ofensivo.
Schelotto era atacante e foi adaptado a lateral ofensivo… joga em determinados jogos.
Zeegelaar idem.
3 Março, 2017 at 13:55
Para mim o que pode ter feito demorar o crescimento esperado foi o binómio Norton/União.
Nunca se pode emprestar um jogador quando o treinador deles tem claramente alguma centelha lãzuda… E essa em Norton brilha. Puta q o pariu… Entretanto não aprendemos e mandamos para lá um Barbosa que é só magia mas que ficou claramente no desterro. Pode ter sido neste caso mais inadaptação.
Chaby tem de ir “rapidamente” para um clube de 1a liga e o Rafael não perdia nada ficar perto de Lisboa e do Sporting. Mas se tiver a fibra dum Podence (o q a não adaptação à madeira me leva a duvidar), até se arriscava na 1a liga. O rapaz faz-se… Mas deste não tinha ideia de um 10 mas dum ala/extremo. Esclareça qm o conhecer melhor, SFF.
3 Março, 2017 at 14:06
Referes-te ao Rafael? Jogou sempre no meio-campo.
3 Março, 2017 at 15:08
semprei gostei do rafael no meio campo, recuperava bem as bolas e atacava bem mas nos poucos jogos que vi nunca achei que fosse um 10, fique admirado por o ver no ultimo jogo da B quando entrou a jogar a extremo, não contava.
acho que em termos de altura foi ultrapassado por muita gente ( não se notava essa diferença quando ainda era junior ) e dai não ter hipoteses no meio campo actualmente.
posso estar a fazer uma analise injusta mas é o que me vem assim de repente a cabeça.
3 Março, 2017 at 14:01
para atacar o 3-4-3 ou 4-3-3 só vejo o 3-5-2… e no 3-5-2 já pode existir um jogador de ataque que não defende.
3 Março, 2017 at 14:06
Mas se vires o 3x5x2 do Conte, esse jogador não existe. Pedro e Hazard, bem como Diego Costa, são ajudas defensivas. Os médios são dois “touros” como Matic e Kante. Fábregas entra muito raramente e até Willian tem perdido espaço. Só quando Diego Costa está lesionado é que entra esse tal 10 puro, para marcar a diferença,
3 Março, 2017 at 14:19
Jogadores que não defendem, assim como os que não atacam já não existem no futebol moderno….até os G.R. têm papel no esquema ofensivo das equipas!!! (Claro que o Ronaldo e Messi não defendem tanto nem tão bem como Slimani’s ou Iniestas)
3 Março, 2017 at 14:20
O Fabregas começou no banco e a entrar pouco mas pai de à 2 meses para cá se não jogou mais que o Matic jogou o mesmo.
O Diego Costa é o avançado e atrás dele jogam 2 como interiores…enquanto o Pedro estiver nesta forma será o Pedro mas o Willian só perdeu espaço porque o Pedro está numa grande forma.
A Roma também está a jogar assim embora ache que o Conte é mestre e mais ninguém consegue meter uma equipa a jogar assim como ele mete.
Não há 1 dez mas sim 2 a jogar as costas do PL…as linhas entregues apenas aos alas com 1 destes 2 a cair lá. A defender ajuda o central daquele lado, a atacar ajuda o médio ofensivo daquele lado. Isto é uma simplificação porque aquilo é muito mais complexo do que isto…
3 Março, 2017 at 15:32
A equipa que joga nesse esquema e que tem um 10 que quase não defende só vejo o Sevilha com o Nasri. E diga-se, já não se usa, estraga uma equipa ter um jogador só para atacar.
3 Março, 2017 at 14:12
Adorei este texto!
É verdade que o 10 à antiga morreu…já nem o Zidane era bem isso.
Estes jogadores têm de ser trabalhados e adaptar-se à nova realidade! E por isso é que não percebi porque saiu o Barbosa tão cedo da equipa B (que é o melhor lugar para este trabalho). Ele era um 10 puro e tinha de fazer o trabalho de adaptação a ala de forma consistente! O Chaby cedo se chegou para a ala e para mim 1 péssimo empréstimo e a lesão foram padrastos para ele porque ele jogaria muito bem como interior!
O Geraldes para mim vai adaptar-se com facilidade a ser 2 avançado ou interior. Eu para mim ele era 2 avançado. Tem ultimo passe, tem golo, tem remate, tem “genica”. Falta-lhe capacidade física para o choque mas a inteligência com que se movimenta abriria buracos gigantes para a entrada os interiores ou do médio-centro. Mas vejo-o com facilidade a jogar como interior de qualquer um dos lados. Espero que seja para fazer este trabalho que ele foi chamado e que se tenha bem noção do tremendo potencial dele. Continuo a achar que como médio centro num meio campo a 2 era um tremendo desperdício e que o nosso meio sem Adrian pode bem evoluir com Palhinha e William!
O João Mário para mim nunca foi comparável a estes porque não era um 10 nem nunca me pareceu ser…
3 Março, 2017 at 14:14
Litos (Anos 80), Figo (Anos 90) e Simão (Final anos 90) também foram “10” na formação e nos seniores jogaram sempre na ala.
3 Março, 2017 at 14:16
Nani idem
3 Março, 2017 at 14:15
Saudades do tempo em que o futebol usava 10.
A altura onde olhava para o futebol pelo jogo e nao pelo que ele é agora.
Da para voltar no tempo?
3 Março, 2017 at 14:21
Bruno se conseguires toma nota, euromilhões 28-2-2017
10 20 31 35 42 + 2 12
Mando-te o NIB por email e transferes 50% depois (quando for novamente 3-3-2017 🙂 )
3 Março, 2017 at 14:45
Vou ja falar.com o meu amigo Marty Mcfly 🙂
3 Março, 2017 at 14:33
É possível que dentro de alguns anos a posição do 10 clássico deixe de existir. Hoje em dia, pede-se que o 10 seja uma unidade extra do meio campo quando a equipa está sem bola, quando se está no processo ofensivo esse 10 terá que aparecer em zonas de finalização.
É uma posição que, no futebol moderno, torna-se difícil de jogar de forma a beneficiar o jogo coletivo, o jogador que tem esta função tem de ter um rigor táctico muito grande e tem de ser inteligente para perceber quais a zonas que deve ocupar e em que momentos.
Nisto o João Mário era fabuloso, já mordi a língua mais de 50 vezes, achava que apesar de toda a sua qualidade, a sua saída era facilmente colmatada em comparação com a de Slimani…não podia estar mais enganado.
3 Março, 2017 at 15:42
Nunca é facil substituir um jogador que SÓ faz o que é estritamente necessário…e no timing certo. João Mário é um deles.
Recordo-me do prolongamento da final no Euro…e da capacidade de JM em gerir os momentos..é para vir num manual sobre futebol. Curiosamente já o tinha feito na final dos SUb-21.
Apesar de ter crescido imenso e de ser o nosso melhor jogador (a par de Bas), GMartins ainda tem algumas dificuldades nessa parte…mas vai chegar lá.
3 Março, 2017 at 16:11
Pois não, o problema é que o JM habitou-nos mal. O seu futebol e aquilo que dava ao jogo era tão natural que parecia algo fácil de fazer, tão fluido que era o seu jogo.
Tácticamente, foi o melhor jogador que vi jogar pelo Sporting, ultrapassou á larga o Moutinho nesse aspecto e o João Mário ainda conseguia fazer transporte de bola em velocidade. Só pecava mesmo era no capitulo da finalização, de resto, tem tudo.
3 Março, 2017 at 16:14
De facto.
Só João Mário para me fazer ver jogos do Inter…Se juntasse a finalização, provavelmente não o teriamos visto tanto tempo de verde-e-branco.
3 Março, 2017 at 16:16
E hoje também não estava no Inter 🙂
3 Março, 2017 at 16:18
pois 🙂
3 Março, 2017 at 14:33
No início do futebol, por volta de 1870, as “equipas” jogavam num esquema que hoje se classifica como 1-3-6. Naturalmente, este esquema super-atacante estabilizou e, durante décadas (!), manteve-se inalterado num 2-3-5. Mais tarde, com a necessidade de defender o resultado, passou a W-W (2-3-2-3) e depois a W-M (era em W-M que jogava a equipa dos ‘5 Violinos’). Só entre 1950-1970 é que começaram a surgir aquilo a que, na altura, a imprensa e as entidades futebolísticas que governavam o futebol (a inglesa FA) chamavam de aberrações: o 1-3-3-3 do Uruguai (e mais tarde do ‘catenaccio’ do Inter de Milão e do ‘totaalvoetbal’ holandês), o 4-1-3-2 de Inglaterra, o 4-2-4 do Brasil, etc.
Em praticamente nenhuma destas formações constava o chamado “número 10”. Frequentemente, era adaptado àquilo que hoje em dia se designa por “regista”, “construtor de jogo” (no meio ou na ala), ou “avançado interior”. Verdadeiramente, nunca ouve espaço para jogadores com caraterísticas de “número 10” jogarem como “número 10”. Apenas aqueles que tinham a inteligência de se adaptar a várias posições e fazer uso das suas capacidades é que triunfaram (que o digam Platini e Cruijff, por exemplo).
Como curiosidade, deixo apenas o facto de que, originalmente, o “número 10” pertencia ao jogador que jogava a avançado interior esquerdo (posicionalmente, no caso dos ‘5 violinos’, seria Travassos), pois os números que hoje em dia se conhecem derivam todos de uma regra imposta pela FA há quase um século que consistia em numerar as camisolas dos jogadores consoante a sua posição na tática-tipo da altura – o W-M.
3 Março, 2017 at 14:40
Caríssimos trolha e Tadeu,
Possivelmente já nenhum de vocês se lembra quando após o jogo com o nacional fiz um comentário a criticar,vocês me apelidaram de croquete e lampiao. Durante este tempo todo mantive-me calado e quase não comentei,venho agora falar sobre várias perguntas que me fizeram nesse dia. A primeira delas é em quem ia votar,ora são então 6 votos para o bruno de carvalho. A segunda foi se eu era militante dos croquetes,gosto tanto de croquetes que a única vez que vi um jogo na tribuna foi a convite do sporting devido ao facto de ter um grande número de jogos vistos em alvalade,de resto os jogos que vejo foram entre a norte e a sul,tenho uma gamebox dourada paga pelo meu pai enquanto não a pude pagar derivado a não ter idade nem trabalho(que muito lhe agradeço),mas que já a uns anos sou eu que o faço. Tenho apenas uma doença que se chama SPORTING, agradeço muito do que o bruno fez assim como também lhe aponto erros que espero ver corrigido no próximo mandato(não quero acreditar que haja tanta gente capaz de votar num monte de merda como o madeiras). Apenas nunca irei ser um céptico seguidor seja de quem for,defendo quando acho correcto e crítico quando acho errado,nesse dia critiquei e foi o festival que foi.
Confesso que fiquei fodido porque chamaram-me lampiao,croquete entre outras coisas nesse dia.
Mas pronto,em bom português que se foda,siga para bingo.
Peço desculpa pelo super off-topic
SL
3 Março, 2017 at 14:54
Desde o Balakov que nunca mais vi um 10.
3 Março, 2017 at 15:09
estás a gozar com o tamanho do Romagnoli?
3 Março, 2017 at 15:09
o Matias Fernandez também era um 10
3 Março, 2017 at 15:10
O Malevita estava a falar de jogadores de Futebol e não de jogadores da bola 🙂
3 Março, 2017 at 15:12
o Balakov era as duas coisas 🙂
3 Março, 2017 at 15:15
Já o Matigol e o Pipi não podem dizer o mesmo 🙂
3 Março, 2017 at 15:48
O Matias podia ter dado bem mais nao fosse o P. Bento querer que ele jogasse na direita. Isso e meter o Moutinho a marcar tudo o que era bola parada.
O Pipi fez grandes jogadas com o Nani quando ca esteve.
3 Março, 2017 at 15:58
Faltava consistência exibicional a ambos…
Tanto o Pipi como o Matigol tratavam a bola por tu, mas tão depressa faziam uma série de jogos “miseráveis” em que andavam desaparecidos como de repente sacavam uns coelhos da cartola.
Já o Krassimir…. era classe pura desde a ponta do cabelo até ao dedo mindinho!! Jogava futebol “todos os dias” e metia a equipa a jogar!
3 Março, 2017 at 16:03
O Matias tinha algumas debilidades fisicas. Mas acho qye jogava bem mais do que as amarras tacticas do PB o deixavam jogar.
3 Março, 2017 at 16:03
E pulmão também, em especial ao Pipi, em jogos mais intensos ele ficava sem pilhas ainda na primeira parte.
Por isso é que ele se tem dado bem pela América do Sul, o ritmo é mais baixo e não precisa de correr tanto.
Bons jogadores ambos, gostei de os ver por cá apesar de tudo.
3 Março, 2017 at 15:36
O Mati foi o nosso último 10 sim. Se agora jogasse no Sporting jogaria no lugar de Bryan Ruiz. Mas uma das coisas que gostava no Sá Pinto (ou vá da ideia do Sá Pinto) era o 4x2x3x1. Que é secalhar a minha táctica favorita.
3 Março, 2017 at 16:11
eu também gosto dessa táctica. O problema é que enquanto jogarmos apenas com um extremo, neste caso o Gelson, essa liberdade ao Alan está comprometida, até pela quantidade de vezes que o Bryan ou quem vier para o interior acaba por pisar os terrenos que seriam do 10 vagabundo
William Adrien
Gelson 10 Matheus
Dost
3 Março, 2017 at 16:13
William Adrien
Gelson/Alan, Matheus/Francisco, Podence/Iuri (em trocas posicionais)
Dost
3 Março, 2017 at 16:17
Bruno César e Bryan tb entrariam bem no esquema 🙂
3 Março, 2017 at 16:00
Voces sabem do que estou a falar ;)…como o Balakov não houve até agora nenhum, ponto.
3 Março, 2017 at 15:32
eu acho que o Alan Ruiz tem ADN de 10…
3 Março, 2017 at 15:37
Tem sem dúvida. Aliás ainda só sabe ser isso. Por isso é que lhe está a custar jogar tão próximo de Bas Dost. Mais vai melhorando.
3 Março, 2017 at 15:42
Mas que boa está esta posta…
3 Março, 2017 at 15:45
O pedro madeira rodrigues era 10…
10 chapadas naquela cara!! Uahahahah
O 10 já não existe, como dizes foram reformulados, jogam noutra posições onde desempenham tarefas semelhantes, defendem em grande parte das situações (João Mário, Bernardo Silva, Hazard), e quando não o fazem (Messi) a equipa tem um posicionamento que permite cobrir essa falha.
Dos nomes em causa só vejo o Francisco Geraldes a vingar na primeira equipa, ao Chaby e ao Rafael não vejo capacidade apesar da qualidade, falta-lhes ali muitas coisas.
Actualmente vê-se muito é o 9,5 ou 11-0,5, o chamado falso 10 ou falso segundo avançado, como é o exemplo do gonçalo mendilhões guedes, é polivalente, faz merda em qualquer lado.
3 Março, 2017 at 15:47
não foi ao Postiga que chamaram 9,5?
3 Março, 2017 at 15:50
Já lhe chamei tanta coisa…..nem me lembro!
3 Março, 2017 at 15:53
O Postiga era um 0,5
3 Março, 2017 at 16:18
Era um 0,05.
3 Março, 2017 at 15:56
Ahah, o Postiga realmente já foi muita coisa, eu chama-lhe carteiro. Era o tal falso!
3 Março, 2017 at 15:58
carteiro era o Karl Malone!!!
3 Março, 2017 at 16:19
O meu puto diz que é Paulo.
http://www.misteriojuvenil.com/imagesforum/postmanpat.jpg
3 Março, 2017 at 16:55
O Paulo é o tuga que foi tirar o emprego ao Pat?
3 Março, 2017 at 17:40
LOL
3 Março, 2017 at 23:13
🙂
3 Março, 2017 at 23:13
Pablo Neruda style.
3 Março, 2017 at 15:49
Um dos melhores posts dos últimos tempos e os comentários estão ao mesmo nível. No fundo, um excelente prato com crítica do mais alto gabarito.
3 Março, 2017 at 16:14
nem gauld nem chabi nem barbosa têm, infelizmente na minha opinião, lugar no sporting. são três jogadores com um imenso défice físico sem no entanto o compensar por técnica de remate, velocidade ou espirito de luta fora do comum.
hoje em dia se um dez quiser ser dez tem que defender como gente grande ao exemplo do que fazia deco, por exemplo. senão terá que adaptar-se a segundo avançado.
3 Março, 2017 at 16:16
Mas vocês discutem jogadores de futebol ou números na camisola?
Precisamos é de jogadores de equipa, que joguem e façam jogar.
3 Março, 2017 at 16:20
Excelente post, só peca por uma coisa: é preciso meter a qualidade individual na equação.
Falar de João Mário e André Martins no mesmo post só pode ser brincadeira.
Mesmo o João Mário da época passada jogou muito, muito mais do que costumava jogar.
O André Martins teve várias oportunidades, no Sá Pinto ao Leonardo Jardim — e o resultado é que no final, antes de chegar JJ, passava mais tempo ausente em campo do que outra coisa.
Isto para desenbocar no Rafael, no Chaby, no Gauld… têm tudo o que é preciso? Mesmo?
Jogadores tipo Rui Barros, Messi ou Hazard, são excepções, não são a regra.
E entretanto estamos na maior excepção de todos: o número 10 existe quando existe um tipo como o Maradona. Só estes génios justificam que se construa uma equipa à volta deles.
3 Março, 2017 at 16:24
Ou seja, Maria Ribeiro, o ponto de partida do teu texto — excelente, volto a dizer — é que o modelo ‘mata’ o Gauld, o Martins, o Barbosa, o Chaby… e acho que o problema está na falta de talento destes para se imporem, qualquer que seja o modelo. Não serão os melhores exemplos, embora eu pessoalmente acredite que o Gauld vai dar jogador.
3 Março, 2017 at 16:26
Só se for noutro sítio, que cá não me parece 🙂
Agora o JJ vai ler isto e só por ser do contra convoca o gajo para domingo.
3 Março, 2017 at 16:58
Pode ser daqueles casos da psicologia invertida.
Era chegar lá e dizer “este Gauld não joga um &$%&$, vou vendê-lo. Nenhum treinador faz nada dele, é um caso perdido. Nem o Mourinho fazia dele jogador…”.
3 Março, 2017 at 23:15
Já escrevi num postal, o JJ não tem mail.
Só usa… sms 🙂
3 Março, 2017 at 16:28
A distinção que faço entre o JM e o André martins é precisamente essa: o talento de um permitiu-lhe alterar o seu jogo em prol da equipa. O André não consgeuiu, porque não tem o talento do João.
3 Março, 2017 at 16:30
“Porque um jogador como João Mário ou Bernardo Silva (que entretanto também já descaiu numa ala) têm a inteligência e a capacidade de compreender o que lhes é pedido numa posição que estão a aprender. O talento que possuem supera qualquer adversidade táctica e vingam em qualquer modelo. Mas quando o que nos distingue apenas é a nossa capacidade de bola no pé, sem conseguirmos dar o salto da visão de jogo, as dificuldades serão, à partida, insuperáveis.”
3 Março, 2017 at 16:23
O que seria hoje o Maradona? O melhor 10 de todos os tempos e ai de alguém que venha para aqui com merdas que parto isto tudo.
Já o Balakov adaptar-se-ia ao futebol “moderno” (como lhe chamam), mas não me fodam com pippis e matias (embora eu adorasse este gajo), que desde o Krassimir não temos igual.
Uma coisa é certa. O futebol era tão mais bonito com o 10 que não defendia, mesmo tendo o 6 apenas a distribuir fruta.
3 Março, 2017 at 16:25
respeito pelo William Douglas, pelo Stan Valckx, pelo Paulo Sousa e pelo Fernando Redondo!
3 Março, 2017 at 16:32
Esses jamais estariam no patamar da “fruta”.
Douglas, Redondo, Paulo Sousa… um luxo.
Xavi já não era bem um 6…
3 Março, 2017 at 17:45
hmm, Vidigal? o primeiro caso de outsorcing no futebol: os olhos do Vidigal estavam na cabeça do Duscher…
3 Março, 2017 at 17:01
O Zico era mais power :p
3 Março, 2017 at 17:59
Não interessa o que seria. D10S jogaria sempre e para sempre.
3 Março, 2017 at 16:27
Mais que numeros, o futebol actual tem cada vez menos espaço para jogadores…pouco inteligentes.
Para mim, os chamados “10’s” continuam a existir (Hazard, Dybala, Messi, Iniesta, Wilshere,…) mas evoluíram com o jogo. Não se limitam à espera pela redondinha sentados, enquanto andam 9 gajos atrás dela.
Eu gosto é de ver jogadores de futebol, não de bola
3 Março, 2017 at 16:29
Exacto. o 10 puro, que só trabalha a bola, desapareceu. E muito jogadores só conseguem rever-se nesse papel.
3 Março, 2017 at 16:47
Costuma-se dizer que até um relógio avariado está certo duas vezes. Também haveria de chegar o dia em que farias uma intervenção construtiva e, acima de tudo, pertinente.
Prova de que ainda há esperança para ti, afinal. Isto é um voto de confiança. Não me desiludas!
3 Março, 2017 at 16:32
Depois do lúcido último parágrafo do texto, tenho a certeza absoluta que muitos dos que começaram logo a miar com JJ, quando este declarou que via o Xico como um extremo ou um segundo avançado, lhe devem um pedido de desculpas público. Acho que o Cherba até devia criar um tópico exclusivo para isso, como o das eleições. Género muro das lamentações online.
3 Março, 2017 at 16:37
O futebol está em constante mutação, o 6 de hoje tem que ser um gajo que para além de distribuir pau tem que ser o primeiro construtor de jogo; os centrais antigamente despachavam as bolas de qualquer maneira, hoje têm de ser tecnicamente capazes de sair a jogar; os laterais que antes não passavam de meio campo, hoje têm de ser capazes de se integrar na manobra ofensiva, isto apenas para dar um pequeno exemplo.
O que era um box-to-box há 15/20 anos atrás? Não existia sequer o conceito, se fossemos perguntar ao Cajuda ele dizia que era o gajo que carregava caixotes 😀
3 Março, 2017 at 16:42
Se lhe perguntares isso hoje ele responde o mesmo ahahah
3 Março, 2017 at 16:43
Eheheheheheh 🙂
3 Março, 2017 at 16:54
Os laterais mal saíam da linha… isso de virem dobrar os centrais era mentira (e nem servia de muito, pois normalmente eram baixos), nem havia a “exploração de espaços interiores”. Normalmente tinham era de ser rápidos, pois marcavam os extremos, que na teoria tinham velocidade.
3 Março, 2017 at 23:16
E atrasavam para o GR que podia agarrar.
3 Março, 2017 at 17:06
Tal e qual!
3 Março, 2017 at 17:43
O mais parecido com o box-to-box foi o libero que fazia o corredor central de todo o campo, Danny Blind, Baresi, Beckenbauer, Matias Summer, Lothar Mathaus, Hugo, entre outros.
3 Março, 2017 at 16:48
Todos Atacam todos defendem, no futebol moderno a construção começa no G.R a saída é feita a 3 (normalmente centrais e 6) porque oferece soluções em todos os corredores o médio (antigo 8) nas costas da primeira linha de pressão adversária , laterais projectados e 3 jogadores entre e a linha média e a última linha do adversário. Não há 10 nem meios 10 à a procura do espaço certo, há o atrair dentro para lançar na lateral em vantagem, o jogar no apoio para deslocar a cobertura e conseguir um passe entre-linhas. Toda uma Evolução, começada em muito em Portugal por Mourinho, um dos primeiros discípulos de Vítor Frade e levada a um novo paradigma por Guardiola.
3 Março, 2017 at 17:02
SÓ FALTAM PRECISAMENTE 12 HORAS PARA APANHAR O AVIÃO EM GATWICK RUMO A LISBOA. ….DEPOIS DE CHEGAR A LISBOA VOU DIREITINHO PARA ALVALADE. ….ACHO QUE VAI SER UM GRANDE FIM DE SEMANA. ….BRUNO EU CONFIO EM SI , SPORTING SEMPRE. ..
3 Março, 2017 at 17:12
Para mim o BALACOV foi o melhor jogador do Sporting estrangeiro que eu vi jogar. … muito humilde. ….bem depois do Balacov foi o Liedson …..como pessoa possivelmente não valia nada mais como jogador, ,,,,,,,, deu-me muitas alegrias, grande levezinho
3 Março, 2017 at 17:32
Sim o Bala era de outro mundo mas também vi muitos outros jogadores estrangeiros com qualidade.
3 Março, 2017 at 17:45
E o Shikabala?
3 Março, 2017 at 17:51
o shikalaka veio e foi embora.
mérito à direção que conseguiu ganhar dinheiro com um jogador amador.
3 Março, 2017 at 21:20
Poderia dizer muita coisa mas não me apetece falar do Macaquito…
#shikaaaaaaaaaaaa