Outrora tido como um sistema obsoleto, principalmente pela utilização de um líbero como jogador central numa linha de três defesas centrais, formações táticas baseadas na utilização de três defesas esvaíram-se com o tempo dando lugar aos habituais sistemas táticos com linhas de quatro defensores. Em Portugal, o sistema de três defesas nunca fez escola, estando o futebol português intimamente ligado aos mais tradicionais 4-4-2 e 4-3-3 com todas as suas formas e variantes.
Na Europa, porém, a situação é bem diferente. Não tanto na tradicionalista Grã-Bretanha, mas principalmente ao nível continental. Na Alemanha, sistemas de três defesas e utilização de líberos foi recorrente até à revolução futebolística ocorrida no início dos anos 2000. Itália, porém, é um caso especial. Mesmo tendo o Milan de Sacchi e Capello mostrado ao Mundo que é possível dominar o futebol a jogar em 4-4-2, a utilização de sistemas táticos de três defesas nunca foi verdadeiramente abandonada pelos técnicos transalpinos.
Se Itália é desde o século XIV conhecida como o berço do Renascimento, é também em Itália que se encontra o epicentro da nova revolução tática futebolística que colocou tão em voga, de novo, o sistema de três defesas. Antonio Conte, com o sucesso alcançado ao serviço da Juventus e da seleção italiana, recolocou o sistema de três defesas na ordem do dia futebolística e depois de revolucionar o futebol italiano, e até europeu, transportou para Inglaterra as suas ideias com o sucesso que é já amplamente conhecido.
Frente ao Arsenal, à sexta jornada da temporada 2016/17, Conte saiu vergado mas ganhou ali o título inglês. Mais que isso, Conte operou uma revolução no futebol inglês que só viu paralelo com o que Arsène Wenger ou José Mourinho conseguiram na altura em que chegaram a Inglaterra. O sucesso alcançado pelo Chelsea a jogar em 3-4-3, serviu de inspiração à quase totalidade dos restantes treinadores da Premier League e, se alguns não alteraram o seu sistema de jogo de forma definitiva para sistemas de três defesas, pelo menos pontualmente, experimentaram-no. José Mourinho foi um deles.
Algo confirmado pelo próprio, ainda que Mourinho tenha garantido apenas ter utilizado o sistema nos encontros perante o Rostov na Liga Europa. Foi, porém, em 3-5-2 que, já em Abril, à 33ª jornada da Premier League, em Old Trafford, o Manchester United derrotou o Chelsea por 2-0. O contraste de estilos, porém, foi evidente. O United de Mourinho com uma presença interior em setores do campo mais recuados bem superior à do Chelsea que, apesar do sistema de três defesas, colocou vários jogadores em zonas avançadas do terreno. Ou seja, ainda que os sistemas de três defesas se tenham massificado e, agora, proliferado no futebol – no inglês em particular -, é possível obterem-se nuances dentro desses mesmos sistemas. Hoje frente ao LA Galaxy, José Mourinho pode até ter entrado na partida no seu habitual 4-2-3-1, mas as alterações operadas durante a segunda metade da partida tiveram em vista o desenvolvimento de rotinas posicionais para um sistema alternativo. Precisamente, um sistema de três defesas. Lindelof, Bailly e Tuanzebe foram então os três homens que serviram de experiência ao novo esquema que Mourinho pretende desenvolver ao longo da próxima temporada.
Jogar com três defesas não significa, portanto, que todas as equipas consigam emular o sistema de jogo de Antonio Conte. Ao Bancada, Luís Campos vinca a diferença entre as possibilidades encerradas em jogar com uma linha de três ou cinco defesas. “Jogar com 3 defesas centrais não é o mesmo que jogar com 3 defesas. Normalmente 3 defesas centrais + 2 defesas laterais (normalmente de maior propensão ofensiva) [tal como faz o Chelsea com Alonso e Moses], permite “fechar” melhor os espaços interiores que são os mais próximos da baliza. Ou seja, o que todos buscam inicialmente é segurança defensiva”, diz-nos o atual diretor desportivo do Lille.
José Mourinho, tal como Jorge Jesus, notabilizou-se por escalonar as suas equipas em sistemas táticos compostos por linhas defensivas de quatro homens. Contudo, estes primeiros momentos da temporada 2017/18 parecem mostrar que ambos os técnicos portugueses estão atentos às novas tendências do futebol e parecem procurar encontrar soluções para o caso de enfrentarem esses sistemas de forma mais regular ao longo da nova temporada. No final do encontro perante os LA Galaxy, Mourinho garantiu que o sistema de três defesas “é algo em que tem de continuar a trabalhar, caso decida jogar assim, durante a temporada. Fizeram-no por duas vezes com o Rostov na época passada e querem fazê-lo mais vezes” durante a próxima época. Tal qual a pré-temporada do Sporting de Jorge Jesus, em que o técnico leonino experimentou já um sistema com três defesas centrais quer frente ao Belenenses, quer frente ao Basileia que, garantiu, após o jogo e mesmo tendo em conta a derrota, tê-lo satisfeito apesar de erros individuais que assumiu não voltarem a ser possíveis durante a temporada.
Apesar destas experiências lusas em sistemas de três defesas, falha a memória em encontrar um técnico português bem sucedido a jogar em tal formação tática. Em Portugal, foi até um holandês, Co Adriaanse, quem conseguiu sagrar-se campeão jogando num sistema tático assente em três defesas. Para Luís Campos, hoje diretor desportivo no Lille, “nem 3 centrais, nem 3 defesas fazem parte da nossa escola e/ou da tradição Portuguesa”. Ao Bancada, o antigo treinador confessa “não acreditar muito que Mourinho ou Jesus utilizem este sistema mais adiante”. O técnico português sediado em França desde 2014, acredita que as experiências de Mourinho e Jesus não estão tão relacionadas com a consistência de um novo sistema tático ou um modelo alternativo, mas sim com uma técnica habitual para garantir consistência defensiva às equipas nesta fase precoce da temporada. “É para mim normal que num início de construção de uma equipa para uma nova época os treinadores explorem novos sistemas e nesta fase inicial trabalhem mais a consciência defensiva da equipa”, analisa Luís Campos ao Bancada. “Portanto eu penso que não passa de um apelo ao equilíbrio e consciência defensiva das suas equipas”, acrescentou ainda. Luís Campos não acredita, por isso, que estas experiências sejam uma espécie de adaptação a uma nova realidade do futebol, mas, sim, apenas o garantir da tal consistência defensiva à equipa neste período particular de pré-temporada. Uma opinião corroborada por Carlos Azenha, antigo treinador de Vitória de Setúbal, Portimonense e Al Sharjah até certo ponto.
Ao Bancada, Azenha diz não acreditar que, quer Mourinho, quer Jorge Jesus, venham a utilizar um sistema de três defesas de forma recorrente ao longo da temporada. Em situações muito pontuais de jogo, é possível, mas nunca como sistema de jogo base da equipa. Azenha reitera que deve ser distinguida a forma como se trabalha e a forma como se joga. O sistema em que as equipas se inserem, é apenas uma parte do modelo de jogo desejado pelos treinadores. “Normalmente as equipas de topo, quando têm um modelo de jogo bem definido, têm na sua génese dois sistemas táticos introduzidos, um sistema tático base e um sistema tático alternativo”, explica-nos. Carlos Azenha, antigo número dois de Jesualdo Ferreira no FC Porto, garante que os treinadores ao longo da época trabalham 70% do tempo o seu sistema de jogo base e 30% o sistema alternativo. Azenha defende que o Sporting “não irá nunca jogar em 3-5-2 ou 3-4-3 na sua génese mas em determinados momentos de jogo poderá, por razões estratégicas, proceder à utilização desse sistema”. O que ajuda a explicar, portanto, as experiências efetuadas por Jorge Jesus frente a Belenenses e Basileia.
O sistema de três defesas obriga a uma aprendizagem especial, uma vez que exige a cada um dos atletas cobrir mais terreno de jogo face aquilo que acontece quando se defende com uma linha de quatro defesas. E se já é difícil defender com quatro homens tendo cada um de cobrir menos terreno de jogo, com três torna-se ainda mais complicado ocupar-se racionalmente o espaço, explica-nos Carlos Azenha, que, admite, é muito complicado uma equipa jogar em tal sistema durante toda a temporada. “O Sporting jogar nesse sistema não tem lógica, é um contrassenso”, reitera. Carlos Azenha contou ainda ao Bancada os dilemas que a equipa técnica liderada por Jesualdo Ferreira encontrou no FC Porto pós Co Adriaanse. Transitar entre sistemas táticos em curtos espaços de tempo é uma situação complicada e a dupla Jesualdo/Azenha, que chegou do Boavista a uma semana do início da temporada, viu-se obrigada a esperar pela primeira interrupção no calendário para começar a desmontar o sistema instituído por Adriaanse na temporada anterior. “Para defender com três são precisas características mais exigentes que para defender com quatro. As características dos jogadores têm de ser diferentes”, avalia, explicando também que jogar num sistema de três centrais não significa necessariamente defender com três homens e que para defender com três, são necessários jogadores com características para jogar, tanto como central, como a lateral, pois dois desses jogadores vão necessitar oferecer largura; “abrir muito”. Para Carlos Azenha, o treinador tem sempre de ter em conta a forma de jogar da equipa adversária sob o risco de jogar três para três em zona defensiva.
É, por isso, importante, jogando num sistema de três defesas, que um treinador tenha jogadores dotados de uma plasticidade e maleabilidade que permitam não recorrer ao banco em caso de alterações posicionais adversárias. Muitas vezes trabalha-se, sim, uma defesa a três de forma a que o momento defensivo seja colocado sob pressão, segundo explica ao Bancada Carlos Azenha.
Se Jorge Jesus e José Mourinho vão habituando as suas equipas a sistemas táticos baseados em formações com três defensores ou, pelo menos, três defesas centrais (frente ao Basileia a linha defensiva do Sporting foi muitas vezes, declaradamente, uma linha de cinco ao invés dos verdadeiros três defensores do Chelsea de Conte, por exemplo), para Luís Campos e Carlos Azenha, dificilmente ambos os técnicos estarão a mutar-se e a adaptar-se a um novo paradigma futebolístico. Os três defesas não estão, afinal, no ADN do futebol português, e os testes de pré-épocas são somente isso: experiências.
17 Julho, 2017 at 12:08
Também não acredito que seja o modelo táctico preferencial que irá ser utilizado e que se irá manter o 4-4-2 mas em determinados momentos do jogo ou contra determinados adversários poderá ser utilizado e assim convém os jogadores estarem familiarizados com o sistema.
SL
17 Julho, 2017 at 19:17
Algo que faltou a época passada, e que tem sido muitas vezes o calcanhar de aquiles de Jesus! 4-4-2 é a sua tática, desenvolveu rotinas de treino neste modelo até à perfeição!
O outro modelo de Jesus, mais defensivo, é uma espécie de 4-2-3-1/4-5-1 (utilizado em Madrid por exemplo)! Não demonstra resultados eficazes, pq é muito semelhante a um 4-4-2, só muda a posição do 2* avançado!
Penso que o 3-4-3/5-3-2, dependendo do momento, é uma táctica alternativa mais atrevida, e que pode servir tanto para auxiliar a defesa, em jogos mais complicados ou para defender um resultado, ou balancear a equipa para destruir um autocarro.
Jesus está a trabalhar bem, é preciso ter outras variantes tácticas, e também é preciso criar algum desconforto na preparação das equipas adversárias, o 4-4-2 do Jesus já esta mais que estudado, qqr treinador mais competente sabe o que fazer para a contrariar
17 Julho, 2017 at 12:09
4-3-3 é para mim o melhor sistema em que o Sporting pode jogar
17 Julho, 2017 at 12:15
Não acredito que se use o sistema de 3 defesas. Mas acredito que por vezes se jogue com 3 centrais dando mais liberdade atacante aos laterais.
De qualquer das formas o sistema será o habitual 442. E eu gostava que o 433 fosse a 2a. escolha.
17 Julho, 2017 at 12:18
Sir, há sistemas e variantes que durante o jogo são usados, o 4-4-2 pode-se transformar num 4-3-3 ou num 2-5-3 num ápice.
Numa partida de futebol e com um treinador arrojado os sistemas mudam várias vezes e pelo menos cá no nosso futebol interno teremos que usar sistemas ofensivos, para isso teremos de ter uma defesa rápida e trabalhada, que isto não se aprende com 2 semanas de treino.
17 Julho, 2017 at 12:31
Andei a pensar na coisa esta semana porque sempre pensei que em casa contra equipas fechadas daria um grande jeito.
Mas os nossos adversários pequenos apostam forte em extremos rápidos e penso que será mais vantajoso manter o 4 4 2 onde os laterais são autênticos alas ofensivos.
17 Julho, 2017 at 19:23
Podemos sempre seguir a máxima do sofrer 5 e marcar 10
17 Julho, 2017 at 22:09
Peseiro?
17 Julho, 2017 at 12:33
Bem, se o mister JJ lê esta entrevista, lá virá o 3-5-2 para ficar xD
Parece-me que o 3-5-2 tem aparecido para treinar a fase de construção e ataque em que temos por hábito fazer descer um médio e subir os laterais. Nos grandes jogos feitos nestes dois anos, o 4-4-2 a defender não passa a 2-4-4 a atacar com a subida dos laterais, mas sim a esse tal 3-5-2 pela descida do Sir.
Em alguns jogos vai dar jeito, mas parecem-me só experiências.
17 Julho, 2017 at 12:43
Eu também sou da opinião de que o melhor distema tático do Sporting é o 4-3-3. Um lateral esquerdo e um lateral direito que em primeiro lugar defendem muito bem e se puderem atacar bem ótimo. Dois centrais em que um deles seja rápido e outro mais posicional ( o mais alto, que faça a diferença nas bolas paradas, que decidem muitos jogos). Depois um médio defensivo, que em primeiro lugar destrua jogo e logo num segundo momento possa lançar o ataque ( Sir William, conhecem?). à frente desse homem, dois homens, um médio centro box-to-box e um uns metros mais à frente um criativo, o pensador do jogo, sem grandes preocupações defensivas. Na frente, um 9 para receber as bolas dos dois alas ( o produto de excelência da Academia leonina), que deverão para além de saberem cruzar ( sim, nem todos sabem) deverão também saber finalizar quando o cruzamento surge do lado contrário). Esta é a minha equipa ideal!
17 Julho, 2017 at 12:43
Os sistemas tácticos assentam em dinâmicas no campo. Resultam da observação de necessidades e das possibilidades do plantel.
Se houver um central capaz de sair a jogar com eficácia, no momento ofensivo central passa a 6 e o 6 passa a oito. Isto associado a dois laterais ofensivos e a um bloco coeso dá mais competência ao ataque ao mesmo tempo que, no momento defensivo se não exija a um ponta de lança aquilo que Slimani tão bem fazia: estancar o ataque na perda da bola na frente. Deste modo há mais atacantes e Médios para repartirem entre si o início do momento ofensivo, cansando-se menos nessas tarefas que o que actualmente acontece com Adrien e William que, ano passado, se mostraram tantas vezes ineficazes, nesta matéria.
Dependendo de quem defrontamos podemos ou não usar esse método.
17 Julho, 2017 at 12:47
fico com a impressão que o Mestre J , depois de ouvir o veredicto unânime de inadaptação do Tobias, decidiu mostrar que toda a gente está errada e transformar o puto num centralão, InShaAllah
quanto ao post, três centrais funcionavam bem com (para ir buscar os últimos exemplos ideais) os equivalentes modernos de Rui Jorge e César Prates (ou o Cédric)…
17 Julho, 2017 at 13:04
Tendo em conta que temos á porta uma pré-Champions, que é bastante importante para o clube.
Parece-me mais certo deixar estas experiências para outra altura da época e nem presica ser aposta no inicio, mas até mesmo no decorrer dos jogos, ou em jogos “especiais” como Dortmund a época passada.
Espero ver amanhã frente ao Marselha, já uma proposta de jogo mais enquadrada com a qualidade dos jogadores, que é muita, mais uma vez.
17 Julho, 2017 at 13:09
Não me parece que o 3-5-2 seja boa aposta para nós. Pelo que o Brave refere principalmente. Equipas na retranca com extremos rapidos, a jogar nas costas dos nossos defesas
17 Julho, 2017 at 14:23
E em 4 4 2 pelo menos os laterais sempre são de raíz…
17 Julho, 2017 at 16:14
Só nos falta é um LD em condições
17 Julho, 2017 at 13:12
O sistema 1-3-4-3 ou 1-3-5-2 não é nada de novo para nós, em grande parte dos jogos o William fez de libero, adoptando uma linha de 3.
Vejo com muito bons olhos este sistema, desde que bem consolidado.
17 Julho, 2017 at 13:21
Se era para jogar com 3 centrais, acho que acabámos por vender o central que “talvez” fosse o melhor para esse sistema: RSemedo
17 Julho, 2017 at 13:51
O 343 ou o 352 são sistema muito complexos e por isso não acredito que sejam modelos alternativos. No limite são de desenrasque para alguns momentos não não efectivamente alternativos. A Juventus e o Tottenham conseguem fazê-lo mas são casos muito particulares. O Tottenham porque o sistema de origem já era MUITO parecido com o 343, a Juventus porque parte de 352 para o 442, também bastante parecidos.
Só vi 2 treinadores implementarem com qualidade este sistema. Pochetinno e Conte. E o Tottenham com a grande vantagem de ter centrais que jogam muito bem com bola desde início e do seu antigo 433 já ser de raiz muito parecido com o 343 (desde há 2 anos…o Dier a trinco sempre recuou para a direita da defesa para deixar o Walker livre e o Erickson e o Alli já jogavam atrás do PL).
Quanto ao Sporting continuo a achar muito difícil. Era preciso um ala direito com profundidade, 2 centrais que saíssem muito bem a jogar, o Alan Ruiz é muito difícil de encaixar assim (os 2 que jogam atrás do PL têm de ter muita velocidade para aparecer na ala, a defender e a aparecer na área) e o Gelson não se dá bem tão por dentro. Não creio que seja um sistema que venha a vingar no Sporting, pelo menos com o plantel actual.
Não tem a ver com o sistema em si. Quem viu o Tottenham a jogar assim percebe que pode perfeitamente ser um sistema de equipa grande que domina 90% do tempo. Mas é muito complicado e complexo, para além de MUITO diferente do 442 do JJ. Com muita facilidade o Sporting se pode tornar uma equipa em que parece que falta gente em todo o lado. A defender, na ala e na área.
17 Julho, 2017 at 14:03
Pelo que me parece o sistema ensaiado de 3 defesas centrais…não é o melhor sistema para nós…
Sei que são jogos de preparação, mas várias vezes me pareceu que quando o adversário atacava em saídas rápidas…
Ficavam os três defesas no centro e existiam dois valentes “buracos” de um lado e do outro…!
Fico aguardar para ver…!!
O meu neto Tomás já recebeu a nova gamebox…o avô continua à espera…!!
SL
17 Julho, 2017 at 14:12
Posso ser um sonhador mas que lindo era ter uma equipa com Patrício na baliza, 4 defesas com Coates como patrão, um meio campo constituido por William, Adrien e Bruno F ou Geraldes, Podence, Gelson, Iuri e Mateus nas alas com Bas Doost preparados para as meter lá dentro. Tinhamos ainda o Gauld para o meio ou alas se fosse preciso e o Dumbia para acabar com o trabalho. Uma defesa mais sólida, um meio campo com dois criadores e dois extremos alavancados pelo sir e um ponta de lança matador…e até tinhamos dinheiro para ir buscar um Central mais móvel e um defesa direito que saiba realmente defender…
17 Julho, 2017 at 15:48
Mike, podes esquecer isso com o Jesus. Enquanto ele cá estiver são contratados 12 jogadores por ano e os jogadores da melhor academia do mundo vão sendo despachados
A nossa sorte é que ele não dura mais que esta época.
17 Julho, 2017 at 14:55
Gosto deste sistema táctico! E, é inegável que muitas das grandes formações do futebol Mundial (Juventus, Bayern M., Chelsea, Man City, Barcelona, etc, etc) cada vez mais começam a aplicar esta táctica .
Por isso, e como eu gosto que o SCP esteja na vanguarda em todas as suas múltiplas facetas, fico muito satisfeito que se esteja a implementar este sistema táctico! Mais, acho até que nos diversos escalões de formação esta táctica deveria ser uma das utilizadas por forma a cada vez mais cedo ir permitindo aos nossos jogadores adaptarem-se à mesma!
SL
17 Julho, 2017 at 15:47
Bem que dois artistas foram encontrar para comentar isto o Luis Campos e o Carlos Azenha.
O futebol está a evoluir como nunca devido à partilha de conhecimento e estudo (como já aconteceu/acontece noutras atividades) JJ nisso está atento e até já referiu que acha que a próxima evolução será para os 3 defesas.
Agora ao contrário do que é dito na peça esta mudança tem sobretudo a ver com a organização ofensiva e tem como objectivo colocar mais gente entre a linha avançada e média do adversário e garantir um maior número de ligações na zona central em organização ofensiva. Muitas das equipas na europa que já usam este sistema (a última a entrar no comboio é o Arsenal onde Wenger já venceu inclusive o Chelsea com 3 defesas) até mudam em organização defensiva para uma linha de 4 com o lateral (médio) do lado da bola a recuar e a formar a linha de 4 com os 3 defesas. ficando outra linha de 4 à frente. Portanto a defender em organização praticamente ninguém joga com 3 defesas. JJ no Restelo (único jogo que vi com atenção) trabalhou esta variante e claramente procura em organização ofensiva causar desuquilibrios logo na 1º fase de construção acrescentando um 3 médio (posição para onde usou nesse jogo o Francisco Geraldes).
Também acho que vai ser a próxima variação (como o 4-4-2 que em Portugal nos tempos do Belem e do Braga só o JJ usava e que hoje todos usam) mas é um 3-5-2 novo, assim como o 442 atual não tem nada a ver com o dos anos 90. É um 3-5-2 em organização ofensiva com saída a 3 (com 2 médios já atrás da linha atacante adversária) e um 3º médio que vem ligar com o segundo AV aumentando as ligações no espaço mais difícil e determinante de ganhar ( o corredor central entre a linha média e defensiva do adversário). É também um 3-5-2 novo porque mantém a defesa em linha e junta no centro, o controlo de profundidade feito em linha em transição defensiva e que muda para uma linha de 4 em organização defensiva de modo a cobrir toda a largura do terreno.
17 Julho, 2017 at 16:00
Agora para entrarmos na revolução precisamos de 3 defesas que não temos. Mathieu vem cheio de vícios (de toda uma carreira a jogar de determinada forma) e em dois golos do Valencia está claramente mal colocado, não respeitando a linha e deixando demasiado espaço entre si e os colegas, sobretudo porque está demasiado habituado a seguir a referência individual (em Barcelona não lha ensinaram isso de certeza virá ainda do valência e de ter jogado grande parte da carreira a lateral). Coates o Melhor em termos posicionais (embora me lembre sempre da decisão péssima no segundo golo sofrido no dragão a época passada onde coloca os apoios de frente para a bola e com tanto espaço atrás ataca a bola ao invés de baixar metros e controlar a profundidade) mas não especialmente bom a fazer passes entre-linhas na primeira fase de construção (essencial para tirar partido dos médios extra nessa zona) André Pinto ainda não tenho opinião formada mas também não me parece. Usar Petrovic (boa decisão e procura sempre pelo passe para a zona mais prometedora) como 3 defesa poderia ser uma boa solução para jogar nesse esquema.
17 Julho, 2017 at 16:39
Precisamos de um sistema alternativo. Andámos dois anos sem ele e, quando estávamos a precisar de mudar algo, não havia nada trabalhado.
O ano passado jogamos duas vezes assim, com Dortmund e legia, e não correu bem porque não estava trabalhado. Agora na pre-epoca é que é hora de o fazer e não nos jogos da Champions.
Acho bem que Jesus tenha aprendido com esse erro e ande a trabalhar o sistema alternativo.
Claro que a base vai ser sempre o 4-4-2, mas em alguns jogos ou durante alguns jogos vai ser preciso dar algo diferente à equipa e espera-se que nessas alturas a equipa jogue neste sistema de forma natural e não da forma aberrante como jogou em Varsóvia.
17 Julho, 2017 at 16:49
Compartilho a ideia generalizada sobre a complexidade deste sistema e muitas das nossas ilações sobre alguns jogadores (sobretudo Mathieu) neste jogos estão contaminadas não só por estarem a jogar pelas primeiras vezes com companheiros novos mas também por se estarem a adaptar todos a um novo sistema táctico.
Este sistema, precisa de ter alas bastante verticais e com pulmão para aguentarem os constantes vai-vens, extremos com jogo interior e médios com capacidade de construção e remate exterior.
O Fabio Coentrão na esquerda pode dar profundidade, mas não tem pulmão. Piccini pode ter pulmão mas duvido da profundidade. Com este sistema, não se torna tão critica a posição 6, desde que se tenham 2 bons 8 (para auxiliar a vir buscar jogo à defesa). Em Portugal, maior parte das equipas jogam sem referencias fixas na área e com jogadores móveis,que vão obrigar os centrais a irem às laterais fazer coberturas e abrir espaços no meio.
Defendo que devamos ter um modelo alternativo, mas quando se tem um ponta de lança como o Bas Dost, acho que deveríamos potenciar o 4x3x3. Mais, já acho isso desde o ano passado, sobretudo após a venda do J. Mário e aquando das ausências forçadas do A. Silva.
Importa é mentalizar os jogadores a rematar à baliza, de fora da área sobretudo quando metem o autocarro. Se formos perigosos no remate exterior, vamos obrigar as linhas de defesa a abrirem para evitar os remates de fora, o que nos poderá abrir espaços para o jogo interior.
Este anos temos jogadores que nos permitem uma mariolar amplitude de soluções, mas estamos coxos na saída de bola e se o WC e AS saírem, isto ainda vai ser mais gravoso.
Defendo que devamos ter um modelo alternativo, mas quando se tem um ponta de lança como o Bas Dost, temos que potenciar um sistema que lhe ponha bolas na área, defendo por isso o 4x3x3, mas com um duplo pivot defensivo (Battaglia|Bruno Fernandes|B. Cesar|Matheus Oliveira) e um 10 (com poder de fogo, Acuna|Geraldes|B. Fernandes) bem definido, com Gelson na direita e Podence/Matheus Pereira) na esquerda (com trocas com o Acuna)
Mas seja qual for o sistema precisamos urgentemente de LD, estilo César Prates, que dê dinâmica e contundência ao ataque e rapidez nos reposicionamentos defensivos.
SL
17 Julho, 2017 at 17:27
As tácticas da moda são as tácticas das selecções que vão dominando o futebol em determinada época…
Em 94 o Brasil venceu usando 2 trincos e fez escola durante os anos 90. Em Portugal houve equipas que chegaram a jogar com 3 trincos…
Depois veio um período de domínio da França em 4-3-1-2, parecido com o 4-4-2 em losango, com um 10 (Zidane) a jogar atrás de 2 avançados, 1 mais fixo e outro móvel. Seguiram-se anos sem predominância de nenhum sistema táctico até aparecer a Espanha baseada no sistema de jogo de Guardiola 4-3-3 ou 3-4-3, de obsessão pela posse de bola e sair a jogar desde o guarda-redes. Nos últimos anos o sistema de 3 centrais pareceu ressurgir com equipas como a Alemanha, Juve e Chelsea de Conte e o Chile de Sampaoli a dar cartas, mas o presente e o futuro deve passar por equipas que durante o jogo adoptam vários sistemas tácticos de acordo com o que o jogo vai pedindo…
17 Julho, 2017 at 20:37
Concordo plenamente!!!
Claro está que, para evoluirmos no sentido das equipas variarem de sistema durante as partidas, isso tem que estar rotinado!
E é isso mesmo que tenho estado a observar neste estágio … O resto, bem o resto a história há-de lembrar-se!!!
SL
17 Julho, 2017 at 18:17
não tenho capacidade técnica para discutir isto, mas parece-me que qualquer sistema falha se não tiver jogadores à altura ou vice versa.
venha um lateral direito mas é 🙂
17 Julho, 2017 at 19:20
O Co Adriense usava 3 defesas, com o fernando a 3º defesa. Todos diziam que era maluco.
Não acho que os jogadores do plantel tenham escola de 3 centrais. Mas podiam ensinar esse sistema alternativo desde os iniciados.
17 Julho, 2017 at 19:31
Hoje era o dia da apresentação dos Internacionais.
Estranha-se o silêncio da Sporting TV com presença na Academia. Soube-se entretanto pelo Record que William e Patricio tiveram autorização para não se apresentar…..
Surpreende-me o Patricio. Estava à espera que fosse o Adrien.. As noticias menos boas vem aí…
17 Julho, 2017 at 20:41
O Adrien e o Gélson apresentaram-se …
E o Beto?!?
O estágio só termina amanhã … Podem ter dado mais dois dias de descanso, para se juntarem na 4ª feira …
18 Julho, 2017 at 10:20
Quando se cita Luís campos em qualquer que seja a vertente técnica, a credibilidade do texto está comprometida. Como comprometida está, para já, a massificação do 343. À excepção do Chelsea ninguém o fez com sucesso recentemente.
Qual é a lógica de ter 3 defesas se na prática a maioria das equipas só usam 1 avançado em Portugal.
O Sporting deverá manter o 442, que com laterais ofensivos se transforma em 2134.
Estou a mandar postas de pescada, mas se o Luís campos pode…