Desta vez vou falar-vos sobre a minha experiência como Pai de um rugbysta.
Como em todos os desportos, o Pai representa um papel fundamental. Normalmente o Pai de véspera vai verificar (após ter mandado o petiz fazer as malas do rugby e da escola) se não falta nada. Numa mochila os manuais e livros escolares, borrachas lápis e afias, marcadores e cadernos de exercícios. Na outra se não faltam os calções, a camisola, as licras de aquecimento, as botas, a boqueira… o capacete, as ombreiras e o material de banho.
Com a certeza de nada faltar, e após uma noite de sono, revela-se enfim o Pai de rugby. Leva o rapaz ou a menina para o treino, ajuda a equipar aquela peça mais complicada, encoraja para um execício mais exigente. Vai fazendo uma leitura da evolução da equipa, e do que se pode esperar do conjunto. Sim porque ser pai do rugby é ser pai de mais que um elemento da equipa. A equipa é a família.
Após o treino, o banho e o regresso a casa. Tentar esconder os arranhões, para a mãe não ver, a camisola que se estragou, e calcular em como fazer para a substituir… E em dia de jogos então… é o pai do rugby que incentiva, puxa, acalenta. Que conforta. Que celebra. Que sofre de fora as dores as dores da equipa, pois mais uma vez, os pais de rugby têm a família alargada, são todos família. Até os adversários, se aplaudem as jogadas, se respeitam os pontapés aos postes… tudo.
O pai do rugby gosta do seu filho, mas acarinha todos os outros, colegas e adversários do seu filho ou filha. Pois são todos família… E quantos pais do rugby são Mães do Rugby… que sofrem em dobro, torcem em dobro, acarinham em dobro, de coração grande e cheio.
Um abraço a todos esses Pais e Mães do Rugby!
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
15 Dezembro, 2017 at 13:04
Um abraço para o meu amigo e para o Gui…
“Sinto parte” desses “problemas”…
Sou eu que levo aos treinos o Tomás e sinto “as mesmas preocupações”…
E acho interessante uma outra coisa…
Muitos dos companheiros do Tomás quando chego, cumprimentam-me “Olá avô do Tomás”, ao que eu respondo, uma vez que não sei o nome da maior parte deles…: “Olá amigo do Tomás…”
Boas Festas e SL (“ovais”…)
15 Dezembro, 2017 at 13:40
Grande prosa. Sensibilidade e bom gosto! Não sendo um apreciador da modalidade não posso deixar de aplaudir o q escreveste. Grande abraço e saudações Leoninas.
15 Dezembro, 2017 at 14:31
Muito boa leitura! Bem hajas!
15 Dezembro, 2017 at 15:29
Caro Escondidinho do Leão,
Agradeço o abraço na qualidade de Pai do Rugby e retribuo esse mesmo abraço.
Espero, brevemente, enviar abraços na qualidade de Avô do Rugby pois tenho duas ferozes leoas à espera de sua iniciação com a oval (embora a mais nova tenho uma jeiteira danada para o futebol).
No meu tempo, em dias de chuva, chamávamos aos campos da Cidade Universitária »Empadão de M&%$#«. Será que esse distinto epíteto ainda se mantém?
15 Dezembro, 2017 at 15:37
e dares-lhe esse abraço no almoço de domingo? 🙂
15 Dezembro, 2017 at 17:17
Estamos a tentar ir ao almoço.
O Gui está doente. Se recuperar, vamos.
15 Dezembro, 2017 at 17:19
Um abraço. Já perdeu esse nome mas algumas vezes ainda o merecia.
15 Dezembro, 2017 at 16:11
☺
Isso tudo.